Um espinho na carne
O apóstolo Paulo relata como Deus o arrebatou ao terceiro céu e lhe concedeu uma profunda compreensão das coisas eternas e divinas. Lá, ele “ouviu palavras inefáveis” (v. 4). As Escrituras não relatam que qualquer outro homem tenha recebido tais revelações.
Essa experiência poderia ter levado Paulo a se tornar arrogante. Ele poderia ter olhado com altivez para outros crentes, aos quais Deus não havia confiado tanto quanto a ele. A tendência ao orgulho e à arrogância ainda está presente na velha natureza de todo cristão.
O orgulho ou a arrogância, porém, teriam prejudicado fortemente o importante e valioso ministério de Paulo. Por isso, Deus lhe deu um “espinho na carne” — provavelmente uma doença — que o fazia lembrar constantemente que, sem o Senhor, ele não podia fazer nada. Somente a força de Deus o mantinha no ministério. Isso deveria mantê-lo humilde.
Sim, as doenças e dificuldades na vida de um crente podem ter causas e objetivos muito diferentes, por exemplo, castigo ou educação. No entanto, nenhum dos dois se aplicava neste caso. Aqui, foi uma doença que Deus enviou por precaução. Isso nos mostra como devemos ser cautelosos em nosso julgamento quando vemos outros filhos de Deus sofrendo.
Ainda hoje, pode acontecer que uma necessidade nos atinja para nos proteger de um caminho errado ou de um mau comportamento. Então, será uma bênção para nós se aceitarmos a orientação de Deus e nos apoiarmos, como Paulo, na promessa do Senhor: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (v. 9).
Leitura bíblica diária: Isaías 13:1-22 : Atos 24:22-27
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