Qualquer que comete pecado, também comete iniqüidade; porque
o pecado é iniquidade
(1 João 3:4).
TOSQUIANDO O PECADO
O escritor J. N. Darby comenta em uma nota de rodapé de sua
tradução da Bíblia: “Pecado é ilegalidade – ausência do princípio da lei”.
Atualmente o conceito de “pecado” está ausente do pensamento da maioria das
pessoas e, portanto, não faz qualquer sentido. Como Arthur Krystal afirma em
sua resenha de uma serie de livros sobre os ‘pecados capitais’: “Provavelmente
é correto dizer que nos tornamos dessensibilizados para com a palavra, senão
para com a Palavra”.
Não considerar a Bíblia como a Palavra de Deus acaba na negação
da realidade da ira de Deus contra o pecado, do inferno, do julgamento eterno,
e da responsabilidade individual por cada ato que cometemos. Hoje ao invés de
pecado, a sociedade fala de traumas de infância, tendência genética a
determinado comportamento, e até mesmo nossa “química cerebral”. Krystal
observa que “o pecado se torna neutralizado [quando] tosquiado pelo medo e pela
repugnância religiosos… O pecado tem sido cooptado pelos terapeutas”.
O pior é que as igrejas têm ensinado isso também. Alguns
pregadores escolhem somente as porções palatáveis da Palavra de Deus, e não
confrontam nem o pecado nem o comportamento pecaminoso das pessoas. Sob o
pretexto de “não julgar”, eles fecham os olhos para o pecado e o justificam
usando os argumentos dos terapeutas, desprezando assim Deus e Sua Palavra.
Nós que cremos somos responsáveis por revelar a força das
verdades de Deus em uma cultura mergulhada nas trevas, como os profetas e
apóstolos em seus dias. Não podemos transformar o pecado em “histórias
bíblicas” sem a menor relevância para a nossa vida.
Não podemos esquecer que Deus leva tão a sério o pecado que
enviou Seu Filho para morrer na cruz para nos resgatar dos grilhões do pecado!
Se Deus trata essa questão assim, como podemos tratá-la de outra forma?
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