Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor. 1 Coríntios 15: 58

O memorial do pregador e escritor de hinos Paul Eber na igreja da cidade de Wittenberg traz uma pintura de Lucas Cranach, o Jovem, intitulada "A Vinha do Senhor".

 

Nesta vinha, os reformadores são vistos trabalhando juntos: Martin Luther está ocupado com um grande ancinho, limpando as ervas daninhas e preparando o campo de trabalho para seus colegas de trabalho. Justus Jonas está lavrando o solo com uma enxada. Philipp Melanchthon retira água do poço e Forster a derrama sobre o solo solto.

Johannes Bugenhagen e Caspar Cruciger colocaram estacas no chão para que as videiras crescessem. O próprio Paul Eber e Georg Major estão ocupados com as videiras. Paul Crell transporta uvas em uma cuba para o lagar. Portanto, há trabalho para todos na vinha do Senhor.

Hoje, também, há trabalho para cada crente na obra do Senhor. Ainda é necessário resistir ao que está errado e promover o que é bom. Quantas tarefas diferentes existem e quantas oportunidades para servir ao Senhor! Não devemos manter nossos olhos abertos para Seus interesses e para as necessidades de nossos irmãos e irmãs na fé e dos descrentes que nos rodeiam?

O Senhor está à procura de trabalhadores. Só temos que nos dispor a Ele de boa vontade para fazer o que Ele quer. Pois a "vinha lhe pertence".

"Ide vós também para a vinha!" Mateus 20: 4, 7

Leitura diária da Bíblia: Isaías 56: 1 - 12; Hebreus 13: 17 - 25

E fez-lhe uma túnica talar de mangas compridas. Gênesis 37: 3

Jacó amava José e o distinguia com uma túnica de mangas compridas que só os nobres vestiam. Assim como José, em seus sofrimentos e reinado, aponta os sofrimentos de Cristo e as "glórias do futuro", também esta túnica é uma referência às honras que Deus lhe deu enquanto viveu como homem na terra. Embora Jesus não fosse externamente diferente dos outros, Deus certificou-se de que a fé pudesse reconhecer nEle o Filho amado (cf. 1 Pedro 1: 11; Lucas 24: 27).

• Já em Seu nascimento os anjos proclamavam que Ele era Cristo, o Senhor. A criança na manjedoura era o Senhor. Os pastores ouviram esta mensagem e a divulgaram (Lucas 2: 10, 17). 
• Quando Jesus foi batizado, Deus abriu o céu para distinguir Seu Filho diante de todos: "Este é Meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mateus 3: 17). 
• No final de Sua vida na terra, quando Ele foi pregado numa cruz entre dois malfeitores, Deus certificou-se de que a legenda se referisse a Ele como o "Rei dos Judeus".

Os irmãos despiram José de sua preciosa túnica antes de jogá-lo no poço. Eles não queriam que Ele ocupasse uma posição mais alta do que eles. Mas mais tarde - quando ele foi elevado aos mais altos cargos - Faraó lhe deu “vestes de linho fino” que correspondiam à sua posição (Gênesis 37: 23; 41: 40 - 42).

Os judeus rejeitaram o testemunho de Deus sobre Seu Filho. Mas o olho da fé O vê coroado de honra e glória à direita de Deus. Logo Ele virá à terra com sua túnica judicial. Então cada joelho se curvará diante Dele. Mas dêmos-lhe toda a glória mesmo agora (Hebreus 2: 9; Apocalipse 1: 13 - 16; Filipenses 2: 9 - 11).

Leitura diária da Bíblia: Isaías 55: 1 - 13; Hebreus 13: 8 - 16

Não me instes para que te deixe e me obrigue a não seguir-te; porque, aonde quer que fores, irei eu e, onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. Onde quer que morreres, morrerei eu e aí serei sepultada; faça-me o SENHOR o que bem lhe aprouver, se outra coisa que não seja a morte me separar de ti! Rute 1: 16, 17

Uma bela declaração de amor, uma verdadeira profissão de fidelidade! Mas onde Rute conseguiu essa convicção?

Noemi a impressionou tanto? Difícil de imaginar! Pouco antes, ela havia dito: "o SENHOR descarregou contra mim a sua mão", um pouco mais tarde ela lamenta: "grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso", e: "O SENHOR se manifestou contra mim". Suas palavras soam tristes e amargas - ela ainda tem que aprender a confiar plenamente em Deus novamente (v. 13, 20, 21).

Ou Rute chegou à sua convicção porque o povo de Israel testemunhou tão fielmente a Deus? De jeito nenhum! Afinal, o incidente obviamente ocorre em um período do tempo dos Juízes, quando todos estavam fazendo "o que parecia reto aos seus olhos" (cap. 1: 1; Juízes 21: 25).

E, no entanto, Rute faz esta bela confissão! Apesar de toda a fraqueza na vida de Noemi e do povo de Israel, um desejo, até mesmo uma convicção, foi despertado nela que a levou a apoiar-se no Deus de Israel. Ela O conhece apenas imperfeitamente e, no entanto, confia toda a sua vida a Ele. Incrível!

A Graça traz Rute a Belém - e então lhe atribui um lugar no registro genealógico do Messias. É graça quando hoje, apesar de nossas falhas e fraquezas, quando apesar dos muitos fracassos entre o povo de Deus, as pessoas tomam coragem e seguem o Senhor Jesus. Eles, como nós, amam Aquele que não viram e crêem Nele, mesmo que ainda não O vejam. 1 Pedro 1: 8).

Leitura diária da Bíblia: Isaías 54: 1 - 17; Hebreus 13: 1 - 7

E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça. João 1: 16

"A graça e a verdade vieram a ser por Jesus Cristo" (v. 17. Não só foi transmitida através Dele, como a lei outrora por Moisés. Não, na pessoa do Filho de Deus, a graça apareceu em toda a sua plenitude e perfeição. Porque estávamos "mortos em ofensas e pecados", precisávamos desta graça. Em Cristo, Deus nos estendeu um amor que não merecíamos (Efésios 2: 1).

 

Mesmo depois de termos recebido esta graça como pecadores e nos termos tornado agora filhos amados de Deus, ainda precisamos da graça de Deus - diariamente, de hora em hora, de fato, a cada momento. Deus não nos deu a graça da qual dependemos em nossas vidas de uma só vez.

Ele quer ter comunhão com seus filhos. E se cultivamos diariamente a comunhão com Ele, esse é o quadro no qual Deus quer nos dar a graça que Ele nos destinou. Desta forma, recebemos a graça somente para o momento. Justificado pela fé, o cristão está na graça de Deus de uma vez por todas, mas cabe a nós fazer uso do acesso a esta graça repetidamente (Romanos 5: 2).

Devemos fazer mais uso dela e achegar "com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno"! (Hebreus 4: 16).

É precisamente a abundância de graça que Deus quer nos dar e que nós conhecemos que nos torna conscientes de que somos dependentes da graça. Ela quebra a autoconfiança prejudicial, mas em troca nos dá uma confiança perfeita em nosso Pai, a fonte da graça.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 53: 1 - 12; Hebreus 12: 18 - 29

O que eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois. João 13: 7

Muitas vezes não sabemos por que Deus nos conduz desta maneira e não de outra. E nem sempre podemos compreender Deus nosso Pai e o Senhor Jesus, nosso Salvador e Bom Pastor. No entanto, devemos fazer uma coisa: confiar tranquilamente no Senhor. Não vimos o amor insondável de nosso Salvador no Calvário, na cruz? Isto não desperta nossa confiança nEle? Como o Espírito de Deus chama com encanto e conforto ao crente já no Antigo Testamento: "Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR."! (Salmo 27: 14). A fé se torna verdadeiramente visível quando é provada. Por isso, em todos os momentos Deus conduziu as pessoas através de tribulações que tiveram sua aprovação.

 

Mas

* José não ficou na prisão,

* Jó não ficou no amontoado de cinzas,

* Davi não ficou na caverna de Adulão,

* Jeremias não ficou no calabouço.

Sabemos, além disso, "que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada". Portanto, querido filho de Deus, não "rejeita a tua confiança", pois ela tem um "grande e avultado galardão". Não pense que Deus está contra você. Ele era contra Jó quando passou por sofrimentos? Não, mas Jó devia aprender melhor na escola de Deus, não só seu próprio coração, mas também a grandeza de Deus (Romanos 8: 18, 31; Hebreus 10: 35; Jó 42: 5, 6).

Deus estava contra Paulo quando ele sofreu? Não, mas Ele o preservou através dos sofrimentos no caminho da humildade e da dependência. Com você, Deus também tem pensamentos de salvação e paz. Guarde isto: Deus é por você!

Leitura diária da Bíblia: Isaías 52: 1 - 15; Hebreus 12: 12 - 17

Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos). Efésios 2: 4, 5

Hoje, em grandes partes da cristandade, propaga-se uma generosidade geral, uma tolerância sem limites, um liberalismo universal, um respeito por outras visões que chegam ao ponto de permitir até mesmo o mal, uma amplitude de espírito que se toma - sem exame mais atento - para o amor e a misericórdia cristã.

 

"Misericórdia para cada pecado", dizem eles. Isso não é o Evangelho? Não, longe disso! Essa é precisamente a negação do Evangelho. Por quê? Porque este tipo de acomodação ou compreensão da misericórdia é apenas indiferença à verdade e ao engano, ao bem e ao mal. É a atitude egoísta daqueles que não querem ser perturbados em sua paz pessoal.

O amor cristão genuíno é algo completamente diferente. Ela sofre diante do mal e sente uma grande tristeza. Por amor verdadeiro àqueles que se desviaram, não perde a oportunidade de adverti-los. Ela sabe: Deus não passa por cima do pecado generosamente, mas Ele deve julgá-lo. Mas Ele ama o pecador e enviou Seu Filho, o Senhor Jesus, como um sacrifício expiatório para que os pecados possam ser perdoados e os pecadores salvos.

Isto não é verdadeiramente uma misericórdia barata. Custou muito caro a Deus. O Filho de Deus deu sua vida por amor a nós, seres humanos. Que gratidão enche o crente quando ele entende que Cristo, o único no mundo sem defeito, deu sua vida por ele! Ele não merece tal amor. Uma misericórdia que custou tanto parecerá tão inesperada, tão inédita, tão incrível para ele que uma profunda mudança se iniciará nele.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 51: 12 - 23; Hebreus 12: 1 - 11

Sucedeu, pois, que, havendo o SENHOR de elevar a Elias num redemoinho ao céu, Elias partiu com Eliseu de Gilgal. ... E assim foram a Betel. ... E assim vieram a Jericó. ... E eles ambos pararam junto ao Jordão. 2 Reis 2: 1, 2, 4, 7

Gilgal - Betel - Jericó - Jordão: Nomes com memória!

 

Em Gilgal, o povo de Israel acampou quando ingressou na terra prometida. Lá Josué circuncidou os israelitas masculinos, e lá o povo retornou repetidas vezes durante a tomada da terra. A circuncisão é um sinal de julgamento sobre o homem natural. - O cristão pode sempre se lembrar que a carne, sua natureza pecaminosa, foi julgada na morte de Cristo e que agora ele deve "matar" os frutos da carne (Josué 5: 9; Colossenses 2: 11; 3: 5 - 8).

Em Betel, Deus encontrou o patriarca Jacó e lhe prometeu: "E eis que estou contigo e te guardarei ... te farei tornar ... te não deixarei". Mais tarde Jacó construiu ali um altar a Deus. Betel nos lembra as promessas incondicionais de Deus (Gênesis 28: 15; 35: 7, 9).

Jericó foi a primeira cidade na terra de Canaã que o povo de Israel conquistou com a ajuda de Deus. A cidade foi destruída e o povo foi obrigado por um juramento a não reconstruir Jericó. Jericó é a figura de um mundo sob o julgamento de Deus (Josué 6: 24, 26).

Deus fez do rio Jordão represar, e o povo de Israel pôde entrar na Terra Prometida com os pés secos. O Jordão fala da morte e ressurreição de Cristo e de nossa morte e ressurreição com Ele (Josué 3: 17; Colossenses 3: 1 - 3; Efésios 2: 6).

Gilgal fala de nossa velha natureza maligna; mas Betel fala da graça incondicional de Deus; Jericó fala do julgamento do mundo; e no Jordão nós morremos e fomos ressuscitados com Cristo. - Que panorama tremendo!

Na época de Elias, tudo isso foi esquecido. Mas hoje também nós precisamos lembrar e ouvir estes ensinamentos espirituais!

Leitura diária da Bíblia: Isaías 51: 1 - 11; Hebreus 11: 32 - 40

Portanto, dai a cada um o que deveis ... A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros. Romanos 13: 7, 8

Deus não quer que seus filhos fiquem devendo algo aos outros. Pelo contrário, eles devem se comportar de maneira exemplar em relação a seus semelhantes e na ordem pública em que vivem. Após as mensagens sobre o evangelho da salvação, encontramos numerosas exortações na Carta aos Romanos que se seguem, incluindo as exortações da palavra bíblica de hoje. Devemos dar a todas as pessoas o que é devido a elas. Isto pode dizer respeito a demandas materiais, tais como impostos e costumes, ou obrigações morais, tais como reverência e obediência.

 

Há apenas uma dívida que nunca conseguiremos pagar: a dívida de nos amarmos uns aos outros. - Mesmo sob a Lei de Moisés havia a exigência: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo", um mandamento que nenhum ser humano pode cumprir; pois o homem é por natureza cheio de amor-próprio e egoísmo, e demonstra isso hoje muito mais abertamente do que nunca (Êxodo 19: 18; 2 Timóteo 2: 2, 3).

Mas agora, como filhos de Deus, possuímos a nova vida e tornou-se realidade o que o Senhor Jesus disse em sua oração ao Pai: "... para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja". Agora o velho padrão de "como a ti mesmo" não se aplica mais, mas o novo "como eu vos amei". Como isso direciona nossos olhos para longe de nós mesmos e para Ele! (João 17: 26; 15: 12).

Não deveríamos ter um sentimento profundo dessa "dívida de amor"? E então não deveríamos "pagar" algo com corações alegres e incansavelmente em nossas relações uns com os outros? - Mesmo que não terminemos com isso ao longo de nossas vidas? Deus nos tirou a culpa do pecado para que seu amor possa desdobrar-se visivelmente em nós de tal forma.

"Se nós amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a sua caridade." 1 João 4: 12

Leitura diária da Bíblia: Isaías 50: 1 - 11; Hebreus 11: 17 - 31

Foi, pois, Jesus seis dias antes da Páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem ressuscitara dos mortos. Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. João 12: 1, 2

À mesa com Jesus

Nas três pessoas Lázaro, Marta e Maria, vemos neste incidente três características da vida cristã. O centro deste quadro maravilhoso é o próprio Senhor Jesus - num momento em que apenas alguns dias O separam da cruz. Lázaro está à mesa com Ele. Este homem, que o Senhor Jesus ressuscitou dentre os mortos pouco antes, está lá como um vivo dentre os mortos - em comunhão com o Senhor a quem ele tudo deve. A simples presença desta testemunha silenciosa é suficiente para louvar o que o Senhor tem feito por ele.

Marta serve ao Senhor - um feliz privilégio para cada pessoa redimida. Sem serviço não há comunhão nem adoração. Assim, encontramos o serviço representado por Marta.

Maria, no entanto, encarna a adoração, por assim dizer. Esta mulher é movida pelo desejo de honrar o Filho de Deus dignamente consagrando a Ele, em profunda reverência, a coisa mais preciosa que ela tem. Assim, ela expressa silenciosamente, mas claramente perceptível, que seu Senhor, que está prestes a ir para a cruz, significa tudo para ela.

As palavras muitas vezes não são suficientes para expressar o que o coração sente. Mas pensemos em Maria: quanto a adoração silenciosa, a profunda homenagem do coração, que se tornou visível em seu comportamento, também agradou ao Senhor Jesus em face de seus sofrimentos.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 49: 14 - 26; Hebreus 11: 8 - 16

E, quando Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite, estava Pedro dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias. Atos 12: 6, 7

O Pedro adormecido

 

A situação de Pedro parece completamente desesperadora: ele está deitado em uma cela de prisão escura e será executado no dia seguinte. Como parece estar em seu coração? Pânico? Desespero? Ou mesmo revoltar-se? Quais são os nossos sentimentos em situações sem esperança? Como passaríamos o tempo se pensássemos que seria a nossa última noite?

Pedro dorme! Que impressionante! Nenhum vestígio de medo ou resignação, ao invés disso, completa calma e paz interior. Pedro está dormindo tão profundamente que nem percebe a chegada do anjo, mas tem que ser despertado por ele com um toque. Seu sono revela sua grande confiança em Deus; ele sabe que está seguro na mão forte de Deus. O que quer que venha, Deus fará o certo! O Deus todo poderoso e amoroso está do seu lado, e isso o torna calmo.

Pedro costumava dormir no lugar errado na hora errada: uma vez ele adormeceu na montanha quando o Senhor Jesus estava falando com Moisés e Elias, outra vez no Jardim do Getsêmani onde ele deveria estar vigiando e orando. Mas agora Pedro honra seu Deus por seu sono naquela noite memorável! (Lucas 9: 32; 22: 45).

O comportamento de Pedro também mostra que ele aprendeu com seu Mestre. Jesus havia dormido no meio de uma violenta tempestade no barco naquela época, enquanto os discípulos estavam em grande tensão. A mesma calma e confiança em Deus é agora evidente em Pedro, nesta situação de risco de vida. Quão digno de ser imitado por nós hoje!

Leitura diária da Bíblia: Isaías 49: 1 - 13; Hebreus 11: 1 - 7

Depois dessas coisas e dessa fidelidade, veio Senaqueribe, rei da Assíria, e entrou em Judá, e acampou-se contra as cidades fortes, e intentou separá-las para si. 2 Crônicas 32: 1

O rei Ezequias de Judá mostrou desde o primeiro dia de seu reinado que queria ser fiel a seu Deus. Seu pai Acaz havia criado ídolos, roubado o templo de Deus e trancado suas portas (cap. 28).

 

Quando Ezequias começou a governar, ele imediatamente fez abrir as portas e limpar a casa de Deus. Ele restabeleceu o culto, celebrou a Páscoa e convidou o remanescente do antigo reino do norte de Israel a participar. Finalmente, os ídolos também foram removidos de seu reino. Em 2 Crônicas 29-31, estas reformas são relatadas, e no final diz: "E fez o que era bom, e reto, e verdadeiro perante o SENHOR, seu Deus".

Mas então, "depois... desta fidelidade", o rei da Assíria veio com seu exército. Deus quis pôr à prova seu fiel servo. E Ezequias passou na prova. Ele preparou sabiamente as defesas e encorajou o povo a confiar em Deus (cap. 32: 2 - 8). Mas o comandante inimigo não desistiu tão facilmente. Sentindo de onde Ezequias e o povo de Deus estavam tirando sua coragem, ele zombou de Deus em voz alta - mais tarde, porém, por carta - para abalar sua confiança em Deus.

O que Ezequias fez? Ele e Isaías "oraram por causa disso e clamaram ao céu" (v. 20; mais completamente relatado 2 Reis 18-19). Deus ouviu suas orações e colocou o inimigo em fuga. O transtorno tinha acabado, a prova estava terminada.

O inimigo queria criar uma cunha entre Ezequias e seu Deus. Mas Ezequias só havia buscado a proximidade de Deus ainda mais - e a experimentou de uma maneira maravilhosa.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 48: 9 - 22; Hebreus 10: 31 - 39

E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses; e a que veio de Laodicéia, lede-a vós também. Colossenses 4:16

"Fazei que ... seja lido"! Essa é a preocupação de Paulo. Os crentes em Colossos e Laodicéia deveriam ler duas cartas: uma carta - e depois outra carta.

 

A primeira carta era aquela que os Colossenses tinham acabado de pegar em suas mãos e que Paulo havia endereçado diretamente a eles. Este texto foi "inspirado por Deus". E o Espírito de Deus mais tarde certificou-se de que isto fosse reconhecido como parte de toda a Palavra de Deus. Por isso, a temos hoje em nossas Bíblias (2 Timóteo 3: 16).

É tão importante que nós, crentes, lemos a Bíblia. - Vocês crianças que já estão salvas, vocês jovens com suas dúvidas, vocês adultos estressados e vocês cristãos que envelheceram: leiam a Bíblia! Também as cartas de Paulo. Muito do que ele escreve não pode ser encontrado em nenhum outro lugar na Palavra de Deus.

Havia uma segunda carta, "aquela de Laodicéia". O que dizia? Paulo a escreveu ou foi escrita por outra pessoa? A quem foi dirigida pela primeira vez? Estava nas mãos dos Laodicenses naquela época e foi lida lá. Muitos assumem que foi a carta aos Efésios, que em alguns aspectos tem o caráter de uma carta circular. Ou era uma carta que, embora útil e proveitosa para os crentes da época, e não era permanentemente necessária para a edificação dos crentes?

Nós não sabemos, e não precisamos saber. Também não conhecemos o texto de uma carta do apóstolo João (3 João 9).

O que é certo é que Deus preservou para nós, nos livros da Bíblia, todo o ensinamento necessário "para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra" (2 Timóteo 3: 17). Nós mesmos queremos ler estas escrituras e incentivar os outros a lê-las também.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 48: 1 - 8; Hebreus 10: 23 - 30

Respondeu, porém, Itai ao rei e disse: Vive o SENHOR, e vive o rei, meu senhor, que no lugar em que estiver o rei, meu senhor, seja para morte seja para vida, aí certamente estará também o teu servidor! 2 Samuel 15: 21

Como uma luz na noite, a confissão de Itai a Davi brilha nesta cena escura. Pois o governo de Davi sobre Israel parece estar no fim: seu filho Absalão não só roubou os corações dos homens de Israel (v. 6), mas também tomou o poder com um golpe de Estado. Até mesmo Aitofel, o conselheiro de confiança de Davi, mudou de lado e agora segue Absalão.

 

É precisamente por isso que as palavras de Itai são tão bonitas! Se Davi é rejeitado por seu próprio povo aqui, se há juramentos de lealdade a Absalão, se antigos amigos se afastam dele - então Itai não se deixa impedir de seguir Davi. Ele coloca os interesses pessoais de lado, não olha para os custos ou perigos, e pouco se preocupa com o que os outros pensam sobre isso ou o que eles fazem. Seu coração está com Davi, e ele considera uma honra seguir o rei rejeitado de Israel para o exílio.

Com Itai, outros seguem Davi. Eles conhecem os perigos que os esperam? Um pouco mais tarde, Davi faz de Itai comandante de um terço de seu exército antes da batalha decisiva contra Absalão, que os homens de Davi vencem (v. 22; cap. 18: 2).

Não é o dever ou cálculo, não, a devoção e o amor que levam Itai a Davi e o levam a pôr sua vida a seus pés.

Ainda hoje existem "Itais" que não buscam sua própria honra ou bem-estar - mas que têm apenas Um em mente, seu Senhor Jesus Cristo. A Ele pertencem, a Ele seguem e servem. E por amor a Ele, eles aceitam de bom grado a rejeição do mundo.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 47: 1 - 15; Hebreus 10: 11 - 22

Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra. Disse-vos isso por parábolas; chega, porém, a hora em que vos não falarei mais por parábolas, mas abertamente vos falarei acerca do Pai. João 16: 24, 25

O Senhor Jesus disse estas palavras durante seus discursos de despedida a seus discípulos porque Ele os estava deixando e ia "passar deste mundo para o Pai". Até então, Ele havia falado com eles por parábolas. Pois Ele ainda não podia falar abertamente do que pesava mais em Seu coração - do Pai e do relacionamento dos seus com Ele - porque eles não podiam "suportar agora" (cap. 13: 1; 16: 12).

 

Logo, porém, o Senhor proclamaria abertamente o Pai aos discípulos. Esta proclamação começou após Sua ressurreição e se aprofundou quando o Espírito Santo veio para habitar nos crentes e guiá-los a toda verdade (cap. 20: 17; 16: 13).

Um pouco mais tarde, os discípulos puderam olhar para trás com fé para a obra redentora realizada de Jesus e olhar para cima para o Cristo glorificado no céu. Agora eles eram capazes de "suportar" o que o Senhor queria proclamar do Pai: a intimidade do relacionamento com o Pai no qual Ele os tinha trazido, e também sua posição "em Cristo" diante de Deus.

Quando lemos o Novo Testamento de tal forma que queremos ouvir como o Senhor Jesus "nos proclama abertamente" sobre o Pai, ficamos conhecendo Seus pensamentos, seu coração. Então Ele poderá colocar petições "em Seu nome" em nossos corações - petições que servem a Seus interesses e estão de acordo com Sua vontade, e que o Pai ouve. E então "nossa alegria será completa".

Leitura diária da Bíblia: Isaías 46: 1 - 13; Hebreus 10: 1 - 10

Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? Atos 2: 37

Deus envia sua palavra para que possamos ouvi-la. Ao fazer isso, deve tocar nossos corações; e então deve nos levar a fazer realmente o que ouvimos.

 

Às vezes há um problema no primeiro ponto: a palavra de Deus é proclamada ou compartilhada - e nem todos os crentes estão presentes. Alguns estão ausentes sem uma boa razão. Eles nem sequer vêm para ouvir. Ou estamos fisicamente presentes, mas distantes em pensamento e não ouvimos realmente.

E se o fizermos, a pergunta é: a mensagem de Deus encontra seu caminho aos nossos corações?

Aqui, em Atos 2, foi o caso. A Palavra de Deus usa uma expressão muito viva para isso: "Compungiram-se em seu coração". Isto não foi apenas um gesto emocional passageiro, eles sentiram uma pontada no coração, uma dor profunda. A consciência deles foi afetada. Os ouvintes estavam claramente sob a impressão: Deus está falando, e Ele está falando conosco agora! Sua palavra atingiu os corações; não através da oratória de Pedro, mas através do poder inerente a esta palavra.

Portanto, não nos surpreende que os ouvintes perguntem: "Que faremos, varões irmãos?". - Deveríamos sempre lembrar o seguinte, quando lemos a Bíblia ou quando a Palavra é pregada: A Palavra de Deus quer ter um efeito em nossas vidas - caso contrário ela permaneceria "ineficaz" em relação a nós (cf. Lucas 7: 30). Ela quer revelar seu poder de forma visível e tangível em nossas vidas. O poder de Deus deve moldar nossas vidas e nos transformar, para que Cristo seja visto em nós e nós sejamos instrumentos úteis a serviço dEle.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 45: 14 - 25; Hebreus 9: 19 - 28

Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma. Isaías 42: 1

Deus, o Filho, tomou a forma de um servo e se tornou homem. Quando Ele veio à Terra, Ele disse: "Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade". Assim começou Sua caminhada como servo de Deus (Filipenses 2: 7; Hebreus 10: 5, 7).

 

Toda sua vida foi de serviço, sendo a obediência a Deus seu princípio orientador. Cada ato, cada palavra, até mesmo cada pensamento, foi marcado pela obediência voluntária. De Sua entrega à morte Ele disse: "Esse mandamento recebi de meu Pai" (João 10: 18).

Deus aponta para este servo único em nosso verso do dia. Será que sentimos com quanta alegria Deus diz estas palavras sobre Ele? "Eis, meu servo".

Todos os dias da vida do Senhor, Deus O olhou com prazer. Logo pela manhã, o servo de Deus teve seu ouvido despertado e O escutou, seu Deus (Isaías 50: 4). Assim começou cada dia em que este servo perfeito serviu a seu Deus com devoção. Sim, que alegria Deus tinha neste servo: "Eis, ... o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma". Deus olhou para o coração de Seu servo e encontrou só perfeição. Certamente, Ele viu mais do que podemos compreender com nossa compreensão limitada. Mas o que Deus nos revelou em Sua Palavra, o que Ele encontrou de bom grado e prazer, Ele quer compartilhar conosco. Por isso Ele nos convida a contemplá-lo, "para que todos honrem o Filho, como honram o Pai" (João 5: 23).

Assim, tu foste à cruz 

como fiel servo de Deus, 

movido por amor eterno, 

obediente e justo.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 45: 1 - 13; Hebreus 9: 11 - 18

Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas. Efésios 2: 10

De pessoas que antes estavam "mortos em ofensas e pecados" (v. 1), Deus fez uma maravilhosa obra de arte: "Nós somos sua obra de arte". Em Cristo Jesus somos uma nova criação e por toda a eternidade o seremos para sua honra e glória.

 

Mas nosso verso continua com uma declaração que toca nossa vida cotidiana: Somos "criados para as boas obras". Embora nossa salvação tenha sido inteiramente por graça e nossas obras não pudessem contribuir para ela (v. 8, 9), as boas obras não são de forma alguma insignificantes. Entretanto, isto não significa obras da lei que o homem poderia fazer por si mesmo, mas obras que vêm do novo relacionamento com Deus para o qual o crente foi trazido. Deus os preparou de antemão para que façamos aqui e agora o que Ele nos proporcionou.

Quando consideramos que Deus preparou estas obras de antemão, isso dá um alto valor às nossas ações. Ao mesmo tempo, isto coloca uma grande seriedade em nosso modo de vida. Pois se a graça que recebemos não determina a maneira como vivemos, então podemos fracassar em fazer as obras que Deus preparou de antemão!

Boas obras são obras feitas por obediência e devoção a Deus. Nelas se expressa vividamente que o próprio cristão é uma obra de Deus.

Quando o mundo fala de "boas obras", geralmente pensa em atividades que têm o homem em seu centro. Nas boas obras aqui faladas, o próprio Deus é o ponto de partida e o centro.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 44: 14 - 28; Hebreus 9: 1 - 10

Regozijai-vos, sempre, no Senhor! Filipenses 4: 4

Paulo foi um apóstolo chamado pelo Senhor, mas em Filipenses ele não menciona isto. Ele também não destaca os dons e poderes especiais que distinguiram os apóstolos ali. Em vez disso, ele fala de experiências felizes que todo cristão pode ter em sua vida de fé - se ele vive sua vida no poder do Espírito Santo.

 

Quando Paulo escreveu esta carta, suas circunstâncias externas foram muito deprimentes. Ele mesmo era um prisioneiro. Havia inveja e contenda entre os cristãos. E, por parte do mundo, houve muita oposição. No entanto, o apóstolo era um cristão feliz mesmo nesta situação: ele tinha uma alegria profunda e duradoura no Senhor e se deleitava com tudo o que era visível de Cristo entre os crentes. Sua confiança no Senhor era inabalável. Ele "se gloriava em Cristo Jesus e não confiava na carne" Cap. 3: 3. Ele foi preservado na paz de Deus. Seu amor se estendeu aos crentes e apreciava o amor deles por ele. Sua expectativa era desimpedida, pois ele esperava do céu o Senhor Jesus. Sua fé confiava nEle em qualquer situação em que se encontrasse.

Qual é o segredo de experiências tão felizes em circunstâncias tão difíceis? - Em uma palavra, é Cristo. Todas estas experiências são o resultado de um crente ter Cristo diante de seus olhos. O apóstolo está ciente de que o Senhor está agora na presença de Deus para representar os crentes lá diante de Deus, e que os crentes são deixados na Terra por um tempo para representar Cristo aqui. Paulo sabe que Cristo é nossa justiça diante de Deus e o prêmio da luta no final da corrida, e por isso ele tem apenas Cristo em mente a cada passo do caminho,

Leitura diária da Bíblia: Isaías 44: 1 - 13; Hebreus 8: 7 - 13

E Saulo levantou-se da terra e, abrindo os olhos, não via a ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco. E esteve três dias sem ver, e não comeu, nem bebeu. Atos 9: 8, 9

A cegueira de Saulo

O encontro repentino e esmagador com o glorificado Senhor Jesus faz com que Saulo se vire de repente 180 graus. O maior perseguidor dos cristãos torna-se um valioso servo de Deus. Mas primeiro Paulo fica deslumbrado com a grande luz "que excedia o esplendor do sol" (cap. 26: 13). Obviamente, Deus, em sua sabedoria, tem um propósito especial nisto.

Primeiro de tudo, Saulo tem que reconhecer sua impotência. O homem autoconfiante que vinha perseguindo os cristãos com grande energia é agora conduzido para a cidade pela mão de outro. Que humilhação! Como fariseu, ele se vangloriou de seus méritos religiosos, pensou que tinha discernimento e estava "vendo", mas agora ele tem que perceber que tem sido cego para a pessoa de Cristo.

Em segundo lugar, após este drástico encontro com o Senhor, nenhuma influência externa deve impedir a obra de Deus no coração deste homem. Saulo precisa de um tempo de reflexão interior para tomar consciência de sua rebelião contra o Filho de Deus e para refletir mais sobre as impressões que recebeu de Cristo. Nada deve distraí-lo no processo.

Além disso, o temperamental Saulo não sabe quanto tempo a cegueira vai durar. Ele aprende a esperar pacientemente até que Deus intervenha na hora certa.

Assim, o recém convertido Saulo aprende suas primeiras lições de humildade, reflexão interior e paciência. - Não precisamos disto repetidamente?

Leitura diária da Bíblia: Isaías 43: 8 - 28; Hebreus 8: 1 - 6

Tomai também … a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Efésios 6: 17

Como crentes na Terra, estamos em uma batalha. Os "poderes espirituais da maldade" querem contestar a posse de nossas bênçãos nos lugares celestiais. Recebemos estas bênçãos de acordo com o conselho de Deus através da morte e ressurreição de Cristo. Deus os deu a nós em Cristo. Esta foi sua obra. Não podíamos contribuir com nada (Efésios 1: 3 - 8; 2: 4 - 6).

 

Mas então é uma questão de reivindicar nossos bens frente ao inimigo. Se realmente queremos desfrutar destas bênçãos em nossa posição em Cristo diante de Deus e em nossas relações com o Pai, então somos desafiados, então temos que lutar.

Da mesma forma, temos que lutar pelo evangelho. Aos Filipenses Paulo escreve: "...que estais num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho". E ele fala deles tendo a mesma luta que ele (Filipenses 1: 27, 30).

Para isso, precisamos da "espada do Espírito" - a Palavra de Deus. É uma batalha contra os poderes espirituais, contra as influências por trás das quais está o inimigo das almas. Quantas vezes isso foi esquecido na história da Igreja e o povo lutou com força de armas contra "carne e sangue"! Ou - e este é muito mais o perigo para nós hoje - lutamos a batalha do espírito com "nossas próprias armas": Acreditamos então que nossos bons argumentos devem convencer as pessoas e ficamos desapontados com o resultado.

Naturalmente, não podemos falar apenas sob a forma de citações bíblicas. Mas o que importa é que sejam realmente os pensamentos de Deus e que sejam aplicados com precisão. E isto deve ser feito de uma forma espiritual, sob a orientação do Espírito.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 42: 18 - 43: 7; Hebreus 7: 18 - 28

Ora, o Senhor encaminhe o vosso coração na caridade de Deus e na paciência de Cristo! 2 Tessalonicenses 3: 5

Repetidamente nos encontramos em circunstâncias em que é necessário perseverar, mostrar paciência e perseverança. Isto pode ser exaustivo, especialmente porque a paciência e a perseverança não se encaixam em nossos tempos de rápida movimentação. Em uma sociedade caracterizada pela (suposta) liberdade e autodeterminação, as restrições e os tempos de espera são às vezes percebidos como insuportáveis. Mas a perseverança também é parte de um desenvolvimento espiritual saudável de um crente. É precisamente em circunstâncias difíceis que se torna aparente em que força vivemos - seja por nossa própria força ou pela força de Deus.

 

Em nosso versículo bíblico, nossa atenção é atraída para a "perseverança de Cristo". Ele persevera e é nosso modelo nisso. Não se trata da perseverança de Jesus, ou seja, como Ele se comportou nas circunstâncias adversas de Sua vida na terra, mas de Cristo no céu. Até hoje Ele é rejeitado, até hoje é dito no mundo: "Não queremos que este reine sobre nós". É por isso que Cristo persevera - até o momento em que "seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés" (Lucas 19: 14; Hebreus 10: 13).

A rejeição que nosso Senhor encontra também nos encontra - e vice versa. Ele resiste, e nós resistimos. Nisso temos comunhão com Ele. O que nos faz especialmente felizes é o fato de que nossa perseverança é uma "paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo". Ele vem em breve para nos arrebatar a Si mesmo, porque Ele quer nos ter com Ele. Ele está esperando por isso mais do que nós! À luz de nosso glorioso futuro com Ele no céu, toda carga da vida é "leve e momentânea". Vale a pena perseverar, pois em breve teremos atingido nosso alvo (1 Tessalonicenses 1: 3; 2 Coríntios 4: 17).

Leitura diária da Bíblia: Isaías 42:1-17 - Hebreus 7:1-17

Ora, o Senhor encaminhe o vosso coração na caridade de Deus e na paciência de Cristo. 2 Tessalonicenses 3: 5

Quando as coisas estão indo bem em nossas vidas - somos saudáveis, necessários e capazes de trabalhar duro - nos sentimos amados e abençoados por Deus. Se, por outro lado, estamos lutando contra a doença, o fracasso ou a falta de reconhecimento, podemos nos sentir mais ameaçados por Deus do que amados. Mas não nos deixemos enganar! O sucesso visível e o bem-estar não são indicações de uma vida abençoada. Davi observou em seu tempo, "Muitas são as aflições do justo" (Salmo 34: 19). O apóstolo Paulo experimentou da mesma forma. Apesar de se sacrificar ao Senhor, ele se viu quase sozinho no final de sua vida.

 

Em tempos de necessidade, é especialmente necessário que nossos corações sejam dirigidos para o amor de Deus do qual nada pode nos separar! Não há razão para duvidar do amor de Deus: Ele não poupou Seu próprio Filho, mas O entregou por nós. E Ele nos dará tudo com Ele! Deixemos que os raios deste amor caiam em nossos corações olhando para o Gólgota (Romanos 8: 32).

É notável que aqui é o próprio Senhor quer dirigir nossos corações para o amor de Deus. É como se Ele estivesse fazendo uma recomendação a partir de sua própria experiência. Pensamos em Sua vida na Terra, onde Ele foi rejeitado e odiado. Mas, ao mesmo tempo, uma profunda alegria O encheu porque Ele permaneceu no amor de Seu Pai (João 15: 10).

Aquele que permanece sempre no amor de Deus será feliz e satisfeito mesmo diante da adversidade. Ele não se esforçará pelo reconhecimento nem sofrerá com sentimentos de inferioridade. A alma vem para descansar e é até mesmo capaz de dar amor aos outros. - Que seu coração esteja (re)alinhado com o amor de Deus!

Leitura diária da Bíblia: Isaías 41: 1 - 29; Hebreus 6: 10 - 20

Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela. Efésios 5: 25

Efésios nos leva às alturas mais altas da instrução espiritual: os crentes foram escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo; e mesmo agora são abençoados Nele com toda bênção espiritual que o céu tem a oferecer, mesmo antes de estarem ali com Ele. Esta é uma das mensagens mais marcantes de toda a Bíblia. Esta mensagem foi confiada ao Apóstolo Paulo.

 

Após a conclusão da parte instrutiva, Paulo acrescenta, como de costume, exortações para a vida diária. Quando ele fala do comportamento de maridos crentes, ele escolhe como padrão a relação íntima e estreita de Cristo com sua congregação (igreja).

Nada menos que isso poderia ter feito justiça ao tema sublime desta carta.

O amor de Cristo é a fonte de toda bênção para a igreja - um amor que não depende de encontrar algo atraente em seu objeto.... Pois antes da formação da igreja, Ele a amava com um amor divino. Ele não morreu primeiro por eles para depois amá-los, mas amou-os, e por isso se entregou à morte por eles a fim de depois purificá-los. Seu amor foi ao extremo: Ele se deu a si mesmo. Não apenas "tudo o que Ele tinha", mas "Ele mesmo" - ninguém pode dar mais (cf. Mateus 13: 44, 46).

Esta gloriosa e íntima relação entre Cristo e a igreja existe mesmo agora, embora as bodas ainda não tenham sido realizadas. Ela se baseia unicamente em Sua obra no Calvário e é o fruto de Seu amor. Quando as "bodas do Cordeiro" chegarem ao céu, então o traje nupcial da noiva mostrará que ações justas Ele foi capaz de realizar através dela.

Leitura diária da Bíblia Isaías 40:18-31 - Hebreus 6:1-9

Jesus Cristo, ... declarado Filho de Deus em poder ... pela ressurreição dos mortos. Romanos 1: 1, 4

Quando Jesus ressuscitou os mortos, seu poder como Filho de Deus era especialmente evidente. Estes eventos são um retrato da vitória de Jesus sobre a morte. A filha de Jairo havia morrido antes que o Senhor Jesus lá chegasse. - O jovem de Naim foi levado para fora da cidade para ser sepultado. -E Lázaro tinha estado no túmulo quatro dias. Sim, Cristo tem poder sobre a morte; e a decadência não pode impedir esse poder! (Marcos 5: 35; Lucas 7: 12; João 11: 39).

 

As pessoas ressuscitadas são figuras de novos convertidos que receberam a vida divina. A filha de Jairo "se levantou e andava". Ela 'caminhou' em seu ambiente imediato 'em novidade de vida', deixando que se soubesse o que Cristo tinha feito por ela. - O jovem de Naim "assentou-se e começou a falar". Aqui o O testemunho tem um caráter mais público: falamos de nossa fé às pessoas com as quais temos de fazer. - Lázaro estava presente em um jantar após sua ressurreição. Ele sentou-se à mesa com o Senhor - uma figura da comunhão que todas as pessoas que são ressuscitadas com Cristo agora têm com seu Senhor e umas com as outras (Marcos 5: 42; Romanos 6: 4; Lucas 7: 15; João 12: 2; Efésios 2: 5-7).

Somente Cristo pode trazer uma pessoa da morte espiritual para a vida (João 5: 24). Mas depois há tarefas para nós também: A jovem deveria receber algo para comer. O Senhor nos dá a responsabilidade de transmitir um alimento espiritual que atenda às necessidades das almas. - O jovem de Naim foi confiado aos cuidados de sua mãe. -E para aqueles que estavam presentes na ressurreição de Lázaro, o Senhor disse: "Desligai-o e deixai-o ir"! Portanto, devemos ajudar aqueles que são jovens na fé a se libertarem dos velhos hábitos (as faixas de sepultura) para seguir o Senhor Jesus e ter comunhão com Ele ( João 11: 44).

Leitura diária da Bíblia: Isaías 40: 1 - 18; Hebreus 5: 11 - 14