Para o cristão crente há uma dupla santificação. Primeiro, ele é santificado "pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez", ou seja, separado para Deus fora do mundo e do pecado (Hebreus 10: 10). Esta é sua posição imutável desde o momento da conversão: todo crente é um santo pelo chamado e vontade de Deus. Este lado da santificação, que podemos chamar de santificação absoluta, repousa inalteravelmente sobre a obra de Cristo e é, portanto, perfeito. Nada pode ser acrescentado a ela, nem mesmo por fidelidade pessoal.
Além disso, somos chamados a buscar a santificação prática, "sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12: 14). Somos chamados a consagrar nossos corações e nossas vidas a Deus, com fidelidade e devoção. Deus nos comprou com o precioso sangue de Seu Filho unigênito, agora pertencemos a Ele e, portanto, qualquer parcialidade de coração seria uma quebra de fé e, por assim dizer, um roubo do templo.
Se alguém sob o Antigo Testamento tivesse roubado o altar, tirando o sacrifício oferecido a Deus para satisfazer sua fome, quão triste isso teria sido e quão desonroso para Deus! E quanto menos desculpável seria se hoje um crente por quem Cristo morreu, vivesse para si mesmo e "apresentasse seus membros ao pecado, por instrumentos de iniqüidade" (Romanos 6: 13). E ainda - como isso acontece fácil e frequentemente!
Não esqueçamos que não pertencemos mais a nós mesmos! Cristo nos comprou a um preço tão alto. E não é um privilégio infinito que possamos nos esquecer de nós mesmos, e servir Aquele que tanto nos amou?
Leitura diária da Bíblia: Isaías 37: 21 - 38; Hebreus 4: 1 - 9
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