1 Samuel 14:35-52

Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne

(Eclesiastes 5:6).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 SAMUEL (Leia 1 Samuel 14:35-52)

Precisamos ter cuidado com o que dizemos e particularmente com as promessas que fazemos. Vimos anteriormente as desastrosas conseqüências do juramento precipitado de Saul. Isso enfraqueceu o exército, que ficou impotente, evitando uma vitória completa sobre os inimigos, e fez o povo pecar por comer carne com sangue. A última conseqüência que, como as demais, não abriu os olhos do rei, foi a condenação do único homem de fé – o valente Jônatas. Ele está agora correndo risco de morrer não pela espada filistéia, mas por aquilo que o pai dele havia dito. Por trás de tudo isso, vemos a obra do próprio Satanás. Ele tentou por meio desse esquema livrar-se do homem de Deus. Contudo, o Senhor não permitiu isso e usou o povo para libertar Jônatas. Esse incidente é similar ao que se seguiu à derrota de Ai (Josué 7). Aqui, porém, todas as falhas foram de Saul, cuja loucura e soberba ficaram patentes ao povo. E, em vez de atribuir a vitória ao Senhor, o rei continuou a confiar na carne, recrutando homens fortes e valentes para sua guarda pessoal.

Eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo

(Atos 27:24).

TUDO DEPENDE DO PONTO DE VISTA

Quem estava navegando naquele navio que levava o apóstolo Paulo para Roma? Talvez a resposta seja que o capitão romano Júlio estava viajando com certo número de prisioneiros, entre os quais o apóstolo. Ou podemos sugerir que no navio alexandrino, além da carga e tripulação, havia um grupo de passageiros, dos quais Paulo era parte.

Deus vê as coisas de maneira diferente. Para Ele, Paulo não era alguém que viajava com Júlio e os demais; eram eles que estavam viajando com Paulo. Para Deus apenas um homem importava naquele navio que transportava as 276 pessoas a bordo: Seu servo Paulo. Tudo depende do ponto de vista.

Você vê as coisas como os olhos de Deus ou com os olhos naturais? Astrônomos consideram a Terra como um planeta insignificante em um pequeno sistema solar. Há planetas, como Júpiter, que fazem a Terra parecer um grão. No entanto, para Deus a Terra é o mais importante objeto em todo o conjunto de estrelas. Aqui Ele colocou a humanidade como coroa de Sua criação. Além disso, foi aqui que o Filho de Deus sofreu e morreu para redimir o homem caído.

Naquela ocasião, a vida de todos os que viajavam com Paulo foi preservada e todos chegaram ao destino. Hoje, em um sentido espiritual, os que viajam em companhia de Paulo, ou seja, os que aceitam o evangelho que ele pregou, serão salvos e entrarão na glória de Deus.

Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do diabo. Qualquer que não pratica a justiça, e não ama a seu irmão, não é de Deus

(1 João 3:10).

QUEM É O SEU PAI?

Aqui a Bíblia divide a humanidade em dois grupos: os filhos de Deus e os filhos do diabo. Somente os que “nasceram de Deus” (João 1:13) pela fé no Senhor Jesus pertencem à família de Deus. E tal distinção, ainda que pareça dura para nós, é feita pela Bíblia, ou seja, pela Palavra de Deus.

Muitos se chocam por causa dessa afirmação e censuram os que crêem argumentando que tal separação é uma injustiça. Até citam as palavras do Senhor em Mateus 7:1: “Não julgueis, para que não sejais julgados”. Porém, no contexto de Mateus, o Senhor está falando sobre não julgar os motivos do próximo, e da nossa prontidão para criticar os outros e suspeitar de tudo.

O versículo de hoje trata dos que pertencem ou não à família de Deus. Como um filho de Deus poderia amar seus irmãos e irmãs se não fosse capaz de saber quem são ou se não houvesse uma clara diferença entre eles e o restante? Há características patentes que marcam os filhos de Deus: a justiça e o amor fraternal.

O novo nascimento, pelo qual uma pessoa se torna filho de Deus e acompanhado de uma conversão genuína e de uma fé sem fingimento, é um processo espiritual que escapa à nossa compreensão. O Senhor disse: “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito” (João 3:8). O desejo de Deus é que “todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade” (1 Timóteo 2:4), em outras palavras, que todos se tornem Seus filhos, e para isso Ele enviou o Senhor Jesus. Mas essa é uma decisão que cabe a cada um de nós!

Tendo em vista a mensagem de hoje, quem é o seu pai, querido leitor?

E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos

(Atos 4:12).

ELES NÃO CONSEGUIRAM!

Os líderes da nação judaica haviam conseguido seu objetivo: crucificaram Jesus Cristo. Agora não poderia mais desviar as pessoas, como pensavam. Mas então vieram as notícias do sepulcro aberto. Poderiam resolver esse problema com suborno? Tudo isso pode ser lido em Mateus 27 e 28.

Os líderes do povo fracassaram em obter a paz que queriam. Os discípulos, que fugiram quando o Senhor Jesus foi preso, agora pregavam ousadamente Sua ressurreição. De fato, em poucas semanas, milhares de homens haviam se convertido ao Senhor ressurreto. Pedro e João, essas testemunhas destemidas, foram trazidos à força perante os líderes e escribas. Como resultado, estes tiveram de ouvir o evangelho. Nas palavras do versículo de hoje, Pedro deixou bastante claro que a salvação somente pode ser obtida em Cristo Jesus.

Na verdade, o que os religiosos fanáticos estavam combatendo era algo imaterial: o Nome de Jesus, no qual o único e verdadeiro Deus foi revelado, nome dado para nossa salvação (Atos 10:42-43).

Somos salvos apenas em Seu Nome. Todos estão perdidos e precisam ser salvos da justa e eterna punição de Deus sobre o pecado. Mas esse versículo também nos mostra a possibilidade de salvação por intermédio de Jesus Cristo e, portanto, anuncia as boas novas para todos indistintamente. Todos podem ser salvos, se desejarem.

Mas nós, que somos do dia, sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e do amor, e tendo por capacete a esperança da salvação

(1 Tessalonicenses 5:8).

PROTEÇÃO E DEFESA

Sobriedade é o oposto do fanatismo. Na vida cristã precisamos nos proteger da exposição a todas as doutrinas e influências, as quais apelam à natureza e sentimentos humanos com o objetivo de nos desviar da direção do Espírito Santo.

A couraça descrita acima providencia a proteção necessária contra tais influências. Ela consiste na couraça da fé e do amor e no capacete da salvação. Esses itens da armadura são para defesa, não para o ataque. As três grandes virtudes cristãs – fé, esperança e amor – são enfatizados repetidamente no Novo Testamento. São características diferentes da vida espiritual, e servem para nos resguardar da escuridão moral do pecado.

A couraça protege o coração, e consiste em uma firme confiança na maneira bondosa com que Deus lida conosco. A fé enxerga o invisível, as bênçãos celestiais que Deus já nos concedeu. O amor para com Deus e para com o próximo também é uma poderosa proteção, um laço que nos circunda e nos mantém estáveis. Quem usa essa couraça permanece firme e sóbrio na fé em Deus.

O capacete protege a cabeça. Pensar é uma das atividades humanas mais constantes durante o dia, e até à noite quando sonhamos. Qual o rumo de nossos pensamentos? Para cima ou para baixo? Nossos pensamentos precisam ser direcionados para o alto, para a meta à nossa frente, ou seja, nossa salvação em Cristo Jesus. Para abandonarmos qualquer pecado, que sempre começa na mente, é imprescindível prestarmos atenção aos nossos pensamentos e selecioná-los como se fossem alimentos bons ou não.

Os fanáticos não conseguem entender o chamado de Deus, pois estão desprotegidos, abertos a todo “vento de doutrina”. Os sóbrios completam a carreira. Escolha que tipo de cristão você será.

Caindo a árvore para o sul, ou para o norte, no lugar em que a árvore cair ali ficará

(Eclesiastes 11:3; 2 Coríntios 6:2).

JOGOS DE COMPUTADOR

Tim é completamente envolvido com seus jogos de computador. Ele move seus dedos habilidosamente nos controles. Elimina cada possível adversário. De repente, olha para mim e exclama: “Agora tenho só cinco vidas!”

É claro que é somente um jogo. Quando Tim perde uma vida, ainda tem outras de reserva. É simples assim. Tomara que Tim jamais confunda o jogo com a realidade da vida!

Jogos desse tipo têm apenas um perigo: apresentam a morte como algo ordinário, vulgarizando a beleza da vida. Passam a idéia que sempre se pode começar uma nova vida, que se pode brincar com a própria vida e a dos outros também. Mas temos somente uma única vida! Não podemos simplesmente “dar um reset”. A morte é o inescapável fim de linha.

A vida que nos foi concedida é única; cujo final é um mistério. Durante o curso de nossa vida temos a oportunidade de conhecer Deus, o qual deseja nos salvar. É por isso que deu Seu único Filho, Jesus Cristo. Não devemos ignorar Sua oferta. No tempo presente, a maioria “brinca” com o destino eterno. Será trágico se nossos leitores ficarem tão envolvidos com as breves “fases” desta vida e não se prepararem para a realidade de uma fase que jamais acabará: a eternidade.

Se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados

(João 8:24).

JESUS, O “EU SOU”

Foram notáveis essas palavras que o Senhor Jesus falou aos fariseus e judeus. Eles haviam trazido diante do Senhor uma mulher pega no ato do adultério. Mas o Senhor Jesus, verdadeira luz do mundo, disse poucas palavras e expôs a motivação oculta do coração daqueles homens: “Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (v. 7). Isso provou que as razões dos acusadores eram enganosas. Não estavam nem um pouco preocupados com a glória devida a Deus; queriam apenas envolver o Senhor Jesus em uma armadilha.

Que dificuldade para o Senhor Jesus lhes mostrar que precisavam crer nEle, o Filho de Deus. Crer requer muito mais do que dizer simplesmente “Eu creio em Jesus”. A fé vai além disso. O Senhor Jesus disse: “Se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados”. “EU SOU” é um dos muitos nomes pelos quais Deus Se revelou à humanidade (Êxodo 3:14). Esse EU SOU não é ninguém menos que o próprio Jesus Cristo, o Eterno, o qual escolheu Israel como Seu povo no Antigo Testamento.

Os fariseus e judeus não entenderam, mas depois perceberam que o Senhor estava afirmando literalmente que era Deus. E repetidamente se escandalizaram com isso, até o ponto de O levarem à cruz.

A convicção que temos sobre tal afirmativa do Senhor Jesus é uma questão decisiva. Quem é o Senhor Jesus  para você? É apenas um Homem, o fundador de uma religião, um idealista, ou é “o verdadeiro Deus e a vida eterna” (1 João 5:20)? Você já O conhece como Aquele que veio ao mundo para salvar o perdido, o único Senhor e Salvador?

1 Samuel 14:23-34

Mais importa obedecer a Deus do que aos homens

(Atos 5:29).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 SAMUEL (Leia 1 Samuel 14:23-34)

A fuga dos filisteus foi completa. O povo se ajuntou a Saul com o objetivo de persegui-los e fazê-los em pedaços. No entanto, eles não estavam imbuídos da mesma paixão que Gideão e seus companheiros demonstraram a mesma situação. Estes enfrentaram os midianitas, “cansados mas ainda perseguindo”, pois tinham sido renovados antes de sair à batalha (Juízes 7:6; 8:4). Aqui, ao contrário, Saul proibiu o povo de comer por um dia inteiro, apesar da árdua tarefa que eles teriam pela frente. A proibição legal, fruto da imaginação, faz-nos pensar em tantas outras invenções religiosas humanas! Neste caso, isso trouxe conseqüências ruins. Primeiramente, a derrota dos filisteus foi menor do que poderia ter sido se o exército estivesse com as forças restabelecidas. Em segundo lugar, quando a noite chegou e o povo teve a liberdade para comer, eles estavam tão famintos que mataram animais e os comeram com sangue, um pecado passível de morte (Levítico 17:10-14). Não foi muito mais sério desobedecer ao Senhor que transgredir a ordem de Saul?

A ti agradou livrar a minha alma da cova da corrupção; porque lançaste para trás das tuas costas todos os meus pecados

(Isaías 38: 17).

PERDIDO NAS CATACUMBAS

O exército de Napoleão havia ocupado Roma. Um grupo de oficiais resolveu visitar as catacumbas subterrâneas que serviam de lugar de sepultamento. Os primeiros cristãos as usavam para se reunirem durante os tempos de perseguição. Onde no passado se ouviam hinos, aqueles homens queriam fazer ressoar sons de bebedeira e divertimento profano.

Um dos oficiais, mais aventureiro que os outros, decidiu explorar as passagens escuras nas quais normalmente ninguém ousava ir sem guia. Ele disse que não temia nem o diabo, pois não acreditava nem em Deus. Apesar das várias advertências, ele prosseguiu e, por fim, percebeu que tinha se perdido no enorme labirinto.

Esse homem havia rejeitado a Deus, mas Deus não o rejeitou. Na manhã seguinte, um grupo de resgate foi enviado à sua procura. Após alguns dias, o encontraram à beira da morte por exaustão.

Sua ousadia resultou em uma doença grave. Mas Deus lhe deu uma boa recuperação e algo mais. O Senhor tocou a consciência daquele homem e o levou aos pés dAquele a quem antes zombava: Jesus Cristo.

Sete anos depois, o oficial foi morto na batalha. Em seus pertences estava uma Bíblia, seu tesouro mais precioso. Um lugar de morte se tornou o lugar do novo nascimento para aquele homem. Como Deus age de maneira extraordinária!

Um dos soldados lhe furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais

(João 19:34-35).

A BANDEIRA

Na parte leste dos Estados Unidos houve um sério acidente. Um trem antigo foi atingido por outro que seguia na linha tronco, embora um funcionário da companhia ferroviária tivesse tentado pará-lo, sinalizando com uma bandeira. O maquinista conseguiu salvar a própria vida pulando da cabine. Algum tempo depois, ele teve de comparecer ao tribunal que investigava o acidente. “O senhor não viu o funcionário agitando a bandeira?” – “Sim, vi. Mas ele estava balançando a bandeira amarela e, por isso, concluí que a linha estava livre e continuei.” O funcionário em questão foi convocado. “Qual bandeira o senhor usou?” – “A bandeira vermelha. Mas o trem continuou como uma bomba.” – “O senhor tem certeza de que usou a bandeira vermelha?” – “Tenho certeza absoluta!”

Ambos insistiam na exatidão de seu testemunho. O juiz solicitou a bandeira para exame. A contradição ficou evidente: a bandeira era de fato vermelha, porém, com os anos o sol amarelou o tecido!

Tenhamos o cuidado de não permitir que nossa bandeira perca a cor! Agitemos a bandeira vermelha para aqueles que, tendo perdido a consciência do valor do precioso sangue de Cristo, já não percebem a necessidade desse sangue que nos lava dos pecados. Não tenhamos medo de proclamar a seguinte doutrina essencial da Bíblia: “O sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado” (1 João 1:7).

Ó Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande em beneficência

(Neemias 9:17).

UM DEUS PRONTO A PERDOAR

Um jovem certa vez se aproximou de um respeitado cristão e perguntou: “Como você pode acreditar que somente o cristianismo é a verdade? Eu creio que o Senhor Deus não se importa se alguém é budista, muçulmano ou cristão”. O ancião escutou pacientemente e então falou: “O profeta Miquéias respondeu sua pergunta há quase três mil anos quando disse: ‘Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade?… Tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar’. Uma coisa interessante é que apenas a Bíblia tornou conhecido o perdão dos pecados. Ela diz que o Senhor Jesus ‘nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados’. Se você não precisa do perdão de seus pecados, não há razão pela qual não deva se tornar um muçulmano ou budista, ou um praticante de qualquer outra religião. Caso contrário…” Ele não pôde terminar a frase porque o jovem se recusou a ouvir e foi embora.

Ninguém deveria evitar a escolha correta. Ouça cuidadosamente! Comece falando com o Senhor Jesus em oração; Ele ouvirá você. Confesse a Ele seus pecados e seus sentimentos. O Senhor lhe perdoará e lhe dará a vida eterna. São felizes todos os que experimentam o perdão, a clemência e a misericórdia de Deus.

“Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dentre os mortos, e em seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações” (Lucas 24:46-47).

Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniqüidade

(Tiago 3:5-6).

EVITE INCÊNDIOS!

Na época da estiagem na qual ocorrem incêndios florestais, bombeiros e guardas florestais estão sempre alerta a qualquer sinal de fumaça. Incêndios catastróficos envolvendo a destruição de grandes áreas, a morte de muitos animais, e até de pessoas, geralmente começam com algo simples como a ponta de um cigarro.

Isso não é uma coisa nova. Tiago usa isso como exemplo de um tipo diferente de “fogo”: nossa língua. E sobre esse assunto, ele tem muito a dizer, e que merece ser ouvido. O homem já domou grandes e fortes animais, porém jamais controlou a própria língua. Nem mesmo o mais inteligente dos homens é capaz de evitar pecar com a língua. As palavras ferem tanto quanto o fio de uma faca. Há pessoas que nunca feriram ninguém fisicamente, mas que devastaram outros com suas palavras. E isso mostra o que está dentro do coração humano. Tiago também faz outra comparação: ele diz que da mesma fonte não pode jorrar água doce e amarga. Portanto, só evitaremos que nossos pensamentos se tornem ações, purificando a fonte do qual eles procedem, ou seja, nosso coração.

Insultos e fofocas são pecados que temos de colocar em ordem com o ofendido. E, além disso, sabendo que o santo Deus vê tudo, isso deveria nos levar a confessarmos completa e incondicionalmente tais coisas a Ele.

Como você tem usado a sua língua? Não se esqueça que um incêndio pode se tornar incontrolável e matar a pessoa que o causou. Muitos têm sido destruídos pelo mau uso das palavras. “A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto” (Provérbios 18:21).

Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim te aprouve

(Mateus 11:25-26).

CREIA ANTES DE TENTAR ENTENDER

Um pregador da Palavra de Deus estava lendo e explicando o capítulo 3 do Evangelho de João, que fala sobre o novo nascimento. Após a reunião, um jovem lhe disse: “Fiquei impressionado com o que o senhor falou. Se consegui entender sua linha de raciocínio, para alguém que queira se tornar cristão, é preciso entender o que o evangelho é”. Como universitário, aquele jovem estava acostumado e pensar e a examinar as coisas analiticamente.

O pregador respondeu: “Você está completamente enganado. Um amigo meu é missionário entre os pigmeus da África central. Se um completo entendimento do evangelho fosse requisito para a salvação, como esse povo poderia ser alcançado?” – “ Não tinha pensado nisso!” O pregador então exclamou: “Mas graças a Deus que Ele pensou! O evangelho tem de primeiro ser aceito pela fé, não analisado, investigado e digerido racionalmente”.

Após crer, o cristão obediente à Palavra de Deus é instruído pelo Espírito Santo e assim se torna capaz de compreender as verdades divinas. Dessa maneira, cada um cresce “na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo” (2 Pedro 3:18).

O evangelho contém algo que está além de todo entendimento e sabedoria humana: o amor de Deus, o qual deu Seu Filho para a salvação de Seus inimigos! Entender e esquadrinhar tal amor é impossível. Cabe a nós apenas desfrutar dele.

Levantai as vossas mãos no santuário, e bendizei ao Senhor

(Salmo 134:2).

BENDIZEI AO Senhor!

Quando o Espírito Santo lidera os crentes no momento em que estão reunidos, cumprindo a promessa do Senhor Jesus, Sua presença é sentida. Submetemos nossa vontade a Ele, nosso coração se ocupa com Ele, e pela fé nossos olhos se direcionam para Ele. Deus Pai Se agrada quando Seus filhos, em reverência e amor, percebem Sua presença, pois a “igreja está sujeita a Cristo” (Efésios 5:24). Se estivermos unânimes nessa atitude de coração, o Espírito Santo nos fará conhecer as verdades espirituais (João 16:14).

O coração do Senhor Se alegra quando vários redimidos podem ser usados como instrumentos Seus na congregação. A falta de disposição e entusiasmo em participar ativamente da adoração pública é um sinal de anormalidade na vida dos filhos de Deus.

Encorajemos e ajudemos uns aos outros a contemplar as maravilhas do Senhor. Que os filhos de Deus sempre “ofereçam os sacrifícios de louvor, e relatem as suas obras com regozijo” (Salmo 107:22).

1 Samuel 14:11-22

Quem despreza o dia das coisas pequenas? Pois esse se alegrará

(Zacarias 4:10).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 SAMUEL (Leia 1 Samuel 14:11-22)

Do posto fortificado no topo da penha, os vigias filisteus observaram os dois jovens israelitas lá embaixo. E não perderam a chance de zombar deles.

“Subi a nós”, gritaram com escárnio, sem saber que estavam dando o sinal que Jônatas esperava da parte do Senhor – um sinal que seria para destruição dos próprios inimigos.

No entanto, a fé não apenas sabe como aguardar, mas também como avançar e lutar quando Deus dá as instruções para tal. Com grande coragem, nossos dois guerreiros escalaram a rocha e chegaram ao cume. Não pensaram no perigo que corriam, mas apenas no poder divino. E isso fez os inimigos de Israel cair diante deles. A zombaria anterior cedeu espaço ao terror que, aos poucos, se espalhou no acampamento filisteu. Estes, em uma loucura cega, começaram a se matar, enquanto os hebreus dispersos tomaram coragem e se agruparam. Portanto, pequenos começos, quando produzidos pela fé, podem ter grandes resultados. Quando somos fiéis, Deus usa nossas pequenas vitórias para encorajar e fortalecer os cristãos que nos rodeiam.

Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina… a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal

(Gênesis 19:17, 26).

UM CORAÇÃO DIVIDIDO

A história da mulher de Ló é bem conhecida. Como uma habitante de Sodoma, ela se tornou familiarizada com a imoralidade daquele lugar. Mas Deus queria demonstrar Sua misericórdia poupando a família dela da destruição que se abateria sobre a cidade. No entanto, o anjo de Deus praticamente teve de arrancá-los de casa, pegando-os pela mão, e quase implorar que fugissem logo.

Da mesma maneira, Deus adverte e insiste com todos os seres humanos. Deus não tem prazer na morte do pecador, “mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva” (Ezequiel 33:11). O mais inacreditável é perceber que a maioria não quer segui-Lo!

A mulher de Ló olhou para trás. Com amargura e desgosto, ela se virou para ver a cidade, na qual estava seu coração, queimando juntamente com todas as suas posses. Podemos até pensar que isso não foi um ato tão ruim a ponto de merecer um castigo desses. Porém, ela desobedeceu a ordem expressa de Deus de não olhar para trás. Essa mulher não conseguiu abandonar a vida pecaminosa que Deus teve de julgar. Ela havia deixado a cidade fisicamente, porém seu coração ainda estava lá, e Deus detesta um coração dividido!

A Palavra de Deus sempre propõe ao homem uma clara resolução: o mundo ou Cristo. Não há meio-termo. O caminho do mundo leva inexoravelmente à destruição eterna. O caminho da fé traz salvação e a segurança da comunhão com Deus, mas exige renúncia. Só que o final dele é a vida eterna!

E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço

(Mateus 25:11-12).

BOM, MAS INÚTIL SEM O ESSENCIAL

Na parábola das virgens, no capítulo 25 de Mateus, o Senhor Jesus indicou algo bastante sério: quando Cristo vier para levar os Seus para a glória, nem todos os que professam o cristianismo serão levados. Haverá os excluídos da bênção divina, que, neste caso, é apresentada sob a ilustração de uma cerimônia de casamento.

O destino das virgens prudentes é glorioso, ao passo que o das loucas, que possuíam a lâmpada, mas não o óleo, é horrível. Elas presumiram que nada as impediria de participar da festa de casamento. Mas se viram do lado de fora de uma porta fechada. Quão pavoroso para elas foi ouvir as palavras do Senhor: “Vos não conheço”.

Uma lâmpada sem óleo significa que o essencial está faltando. A lâmpada em si mesma é útil, mas é apenas a parte exterior. Um comportamento exteriormente cristão também é ineficaz, por mais virtuoso que seja. Se uma pessoa não nasceu de novo pela fé em Cristo, ela não possui a vida eterna. A mais admirável lâmpada de uma confissão cristã é inútil sem o óleo do Espírito Santo, ou seja, sem uma vida onde a natureza divina está presente. E é isso o que importa diante de Deus.

Felizes são os que não somente confessam a Cristo, mas os que crêem nEle e Lhe obedecem antes que a porta dos céus seja fechada para sempre.

Não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê. Havendo recebido de nós a palavra da pregação de Deus, a recebestes, não como palavra de homens, mas (segundo é, na verdade), como palavra de Deus

(Romanos 1:16; 1 Tessalonicenses 2:13).

MODERNIZANDO-SE?

“Você tem que se modernizar!” Será mesmo? Depende do que se quer dizer com essa frase tão comum. É claro que não temos de viver como nos séculos passados. A vida hoje oferece grande conforto e facilidade, além de maior liberdade, a qual podemos aceitar e desfrutar como um presente de Deus, “que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos” (1 Timóteo 6:17).

Essa frase é, contudo, mais usada como um argumento contra alguém que se recusa a seguir a maré de imoralidade, na qual a maioria das pessoas hoje está mergulhada. É usada também como uma justificativa para encobrir a deturpação dos princípios que até agora limitaram a escalada do mal.

O que podemos aprender através do exemplo da vida de Jesus Cristo? Se Ele tivesse “se modernizado”, certamente o final de Sua vida não teria sido na cruz do Calvário. Ao invés de se opor às idéias vigentes, o Senhor Jesus teria se moldado a elas. Ao invés de enfatizar a incapacidade do homem de agradar a Deus por seus próprios esforços, Ele teria ensinado que nossas obras são suficientes para obter o favor de Deus. Dessa forma, o Senhor Jesus jamais nos elevaria ao nível da luz e do amor de Deus.

O evangelho absolutamente não é ultrapassado. Os princípios que ele propõe, o Deus que revela e a salvação que oferece gratuitamente correspondem perfeitamente às nossas necessidades desde o primeiro até o último segundo da história humana.

PEDRO E AS CHAVES DO REINO

“E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”
(Mateus 16:19)

PEDRO E AS CHAVES DO REINO
 
Para entendermos essa palavra do Senhor Jesus a Pedro corretamente é preciso não confundir o céu com o reino dos céus. O reino dos céus está na terra. É o reino de Deus em seu estado atual, enquanto Cristo, o Rei, estiver no céu. E assim será até que Ele apareça para exercer Seu governo sobre o mundo e as nações.
Quando o Senhor Jesus estava vivo neste mundo, os judeus esperavam o reino de Deus em uma forma visível, com poder e glória. Isso havia sido anunciado pelos profetas. Mas a maioria do povo, sob a influência dos líderes religiosos, rejeitou o Senhor Jesus. Eles permaneceram incrédulos e crucificaram o Rei que tanto esperavam. Por tal razão, o reino assumiu um caráter de mistério apenas compreendido pelos que crêem. Após a ascensão do Senhor, coube a Pedro dar início à pregação do evangelho sob essas novas condições e assim introduzir o reino dos céus.
Ao fazê-lo, ele usou as “chaves do reino”. Por meio de seu ministério, Pedro abriu as portas primeiro para os judeus (Atos 2), depois para os samaritanos (Atos 8:14-17), e, por fim, aos gentios (cap. 10). Todos os que reconhecem a autoridade do Senhor glorificado no céu entram nesse reino.
No entanto, o Senhor definitivamente não deu a Pedro a autoridade para introduzir ninguém no reino ou na Igreja. Isso somente é possível pela fé no Senhor e Redentor Jesus Cristo.

Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus

(Mateus 4:4).

PÃO FRESCO

Na parede posterior de uma padaria estão pintadas as seguintes palavras: “Pão velho não é duro; duro é não ter pão”. Pensamos que o dono está tentando se justificar por vender pão velho. Uma coisa, no entanto, é verdade: quem está realmente faminto vai entender o que tais palavras significam. Por muitos anos temos tido abundância de pão. E como rapidamente ficamos insatisfeitos se ele não corresponde às nossas expectativas. Devemos ser gratos a Deus por Sua bondade, uma vez que a prosperidade não é garantida para sempre.

Mas, e quando se trata do “Pão da vida”, que é Cristo e Sua Palavra? Ele mesmo disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu” (João 6:51). Você se alimenta diariamente dessa comida espiritual? Ou a Palavra de Deus parece velha e dura para você?

No deserto, o povo de Israel era alimentado por Deus com o maná. Com o passar do tempo, eles enjoaram do maná, pois era sempre o mesmo sabor. Contudo, sem esse alimento eles morreriam bem rápido.

Para o crente, o Senhor Jesus é o único alimento que satisfaz o homem interior. Se permitirmos que Ele nos fale todos os dias, sempre haverá pão fresquinho. Então, dia após dia, aprenderemos a conhecê-Lo melhor e a vislumbrar mais de Sua glória e beleza. Também desfrutaremos da segurança da salvação, e, dessa maneira, não será difícil segui-Lo fielmente. Sem essa comida, a vida cristã neste mundo é impraticável.

Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto

(João 12:24).

O MARAVILHOSO GRÃO DE TRIGO

Essa significativa ilustração do grão de trigo que tem de morrer para não ficar só foi dada pelo Senhor aos discípulos. Na aplicação dela, o Senhor Jesus era o grão de trigo. Nessa ocasião, alguns gregos foram à festa da Páscoa em Jerusalém e procuraram pelo Senhor Jesus: “Queríamos ver a Jesus”. Mas Ele não poderia reunir os perdidos entre os povos, grupo ao qual esses gregos pertenciam, se não morresse por eles.

Em Sua morte, o Senhor expiou a culpa de todos os que crêem nEle, suportando o julgamento que paira sobre nossa raça caída. Em Sua ressurreição, Ele reuniu os crentes ao redor de Si mesmo, tornado-Se “o príncipe da salvação deles” (Hebreus 2:10).

Que alegria foi para Ele, como resultado de Sua morte, dar a Deus muitos frutos semelhantes a Si mesmo, ou seja, grãos de trigo: “Porque, assim o que santifica, como os que são santificados, são todos de um” (Hebreus 2:11). Na glória haverá uma multidão “a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro” (Apocalipse 7:9).

Isso só foi possível porque o Senhor Jesus Se deixou crucificar. Porque Ele pagou com Seu sangue por nossos pecados. Porque Ele nos amou até à morte. Glórias ao Cordeiro de Deus!

1 Samuel 14:1-10

Para com o Senhor nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos

(1 Samuel 14:6).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 SAMUEL (Leia 1 Samuel 14:1-10)

No capítulo 13 vimos o que a carne pode fazer, ou melhor, o que não pode fazer: esperar pelo tempo de Deus. Em contraste, o capítulo de hoje nos revela o que a fé é capaz de realizar. Todos os recursos humanos favoreciam Saul. Oficialmente, o poder em Israel estava debaixo da romeira em Gibeá. Mas a fé, uma fé pessoal, estava do lado de Jônatas e de seu companheiro. Para eles, a ajuda vinha de Deus, a quem eles conheciam como Salvador (v. 6). Essa é uma figura que nos faz pensar na cristandade de hoje. Os grandes líderes religiosos, que se autodenominam cristãos, proclamam ter autoridade espiritual e se consideram mediadores essenciais entre Deus e a humanidade. O Senhor Jesus, porém, conhece os que são Seus e lhes dá apoio, o conhecimento de Sua mente e o prazer de Sua presença, sem a necessidade de todos os sistemas inventados pelas organizações controladas por pessoas. A expedição de Jônatas foi uma completa tolice, humanamente falando. Os filisteus ocupavam os lugares estratégicos e tinham grande poderio militar. Jônatas contava com Deus, esperava que Ele lhe desse um sinal para avançar. Que contraste com o seu pai, Saul, e que maravilhoso exemplo para nós!

Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o odeio, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas só o mal

(1 Reis 22:8).

ESCOLHAS IDIOTAS

O ímpio rei Acabe e o piedoso rei Josafá fizeram uma aliança para irem à guerra juntos – um jugo desigual!

Antes da batalha, o desejo de Josafá era saber a orientação de Deus. Mas há muito tempo Acabe evitava os profetas fiéis a Deus. Os falsos profetas, que sempre diziam o que o rei queria ouvir, naturalmente o estimularam a ir à guerra. Porém, Josafá insistiu em ouvir algum profeta de Deus que ainda estivesse disponível. O profeta predisse a morte de Acabe nessa empreitada obstinada. Furioso, Acabe ordenou que o prendesse e o mantivessem a pão e água. E saiu para a batalha – perdendo a vida no mesmo dia.

Hoje em dia, quando as pessoas são confrontadas com a mensagem de Deus, a reação delas não é diferente da de Acabe. A maioria não se incomoda com um pouco de religião, mas ao escutar a Palavra de Deus lhes dizendo que são pecadores perdidos, destinados à condenação eterna, recusam-se a ouvir. E começam a isolar e evitar os mensageiros de Deus.

Vejamos as coisas como realmente são! Deus não fica maquinando formas de nos irritar. Se Sua Palavra nos constrange é para nos despertar, pois Ele não deseja “que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3:9). Agora essa é uma decisão que cabe exclusivamente a cada um de nós. Acabe fez sua escolha, ou seja, dar ouvidos ao que lhe convinha e sofreu as conseqüências disso. Josafá fez sua escolha: se unir a um inimigo de Deus, contrariando um mandamento do Senhor, e sofreu as conseqüências disso. E você também tem de fazer a escolha de ouvir ou não a Deus, sabendo que irá sofrer as conseqüências – para o seu bem ou para o seu mal.

Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração

(Hebreus 4:12).

AVALANCHE DE INFORMAÇÕES

Pela manhã estive em uma grande biblioteca. Que enorme quantidade de livros. Centenas e centenas de cada assunto, para cada gosto e idade. Quantas horas foram gastas para escrevê-los. Somadas chegam facilmente a milhares de anos!

Mas os livros não são a única forma de obtermos informações. Hoje existe uma enxurrada de revistas, canais de rádio e TV, e a internet. Precisamos apenas ser seletivos e capazes de dizermos “não” a todo lixo cultural.

O excesso de informações que absorvemos diariamente camufla coisas essenciais. E quer gostemos ou não, essa avalanche influencia nosso modo de pensar, molda nossos sentimentos e entorpece nossa consciência.

No entanto, temos de agradecer a Deus porque, apesar dessa crescente onda de novidades e imagens, podemos ainda ouvir a inconfundível voz de Deus. Em Seu amor, neste século XXI Ele ainda fala conosco pela Bíblia, a qual é viva e permanece para sempre. E é imutável eternamente. Quantas horas desperdiçamos ocupando nossa mente com coisas absolutamente inúteis versus quantas horas passamos enchendo nossa mente com as palavras do Senhor?

 A Bíblia nos mostra o caminho para Deus. Ela nos dá orientações corretas para o cotidiano e para a eternidade também. Será que algum livro ou publicação humana, por melhor que seja, pode fazer isso?

Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo

(João 3:5,7; 2 Coríntios 5:17-18).

A DOCUMENTAÇÃO CERTA

Certa vez viajei à Itália para me encontrar com dois jovens recém-convertidos. Na recepção do hotel em que me hospedei, apresentei minha carteira de identidade, como é o costume ali. Combinei de encontrá-los à noite no ancoradouro. Conversamos longamente sobre a Bíblia debaixo da luz de um poste. De repente, um carro parou perto de nós. Alguns policiais saltaram e pediram para ver nossos documentos de identidade. Na minha perturbação, mostrei a Bíblia. Isso foi suficiente para convencê-los de que não éramos usuários de drogas, como pensavam.

Naquela ocasião, satisfiz os oficiais deste mundo. No entanto, logo irei estar diante do Juiz de vivos e mortos. O que irá satisfazê-Lo? A Bíblia afirma que não há nenhum justo, exceto Jesus Cristo. Contudo, Deus nos ama e nos deu a oportunidade de nos tornarmos Seus filhos por meio do novo nascimento. O Senhor Jesus disse: “Necessário vos é nascer de novo”.

Isso não significa começar minha vida com as melhores intenções, mas confessar minha culpa diante de Deus e crer na obra expiatória que o Senhor Jesus realizou na cruz. Então se recebe o perdão e a nova vida que Ele oferece. A partir daí, a Palavra de Deus nos afirma: “A todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1:12-13).

E o rei me disse: Que me pedes agora? Então orei ao Deus dos céus

(Neemias 2:4).

EM TODO LUGAR

O trabalho dos mineiros sempre foi perigoso. Nos tempos antigos, eles raramente passavam dos quarenta anos. Muitos se tornavam vítimas de pedras que caíam ou de silicose (doença dos pulmões), além de outros perigos. Temperaturas extremas e a umidade causavam danos aos trabalhadores. Obviamente sabiam que sua saúde e segurança não dependiam somente deles, pois em uma mina que visitei recentemente havia uma capela subterrânea. Eles iam lá para orar antes do trabalho. E tinham razão para isso. O guia que estava nos mostrando o lugar não tinha explicação para aquilo, e os outros turistas consideravam a capela como uma mera relíquia do passado. “Como as pessoas eram retrógradas naquele tempo!” Será?

Mudança de cenário. O respeitado ministro Neemias estava envolvido em uma importante conversa com o poderoso rei da Pérsia, Artaxerxes-I. Havia questões relevantes em jogo. Uma palavra errada poderia causar conseqüências imprevisíveis. O que esse homem, em posição tão alta, fez? Ele orou (leia o capítulo 2 de Neemias).

Deus ouviu aquela curta oração. Que maravilha é podermos orar onde estivermos. Nós também precisamos de proteção e ajuda nas tarefas e decisões difíceis. E nosso grande Deus escuta as orações, seja em uma mina, no palácio dos governantes, na cozinha de uma dona-de-casa, enfim, em qualquer lugar. E orar não é ser retrógrado, é ser sábio!

Sem mim nada podeis fazer

(João 15:5).

FIOS EMARANHADOS

Em certa indústria têxtil havia um complexo maquinário. Na parede próxima a ele estava pendurada uma placa: “Se os fios emaranharem, chame o supervisor!”

Em um dos turnos, ocorreu o seguinte incidente: os fios enroscaram e a confiante e habilidosa funcionária que operava a máquina começou imediatamente a desembaraçá-los. Porém, quanto mais tentava, mais a situação se complicava. Por fim, exausta e irritada, chamou o supervisor.

– Você tentou desembaraçar os fios, não foi? – perguntou o supervisor.

– Sim.

– E por que não me chamou como era para fazer?

– Fiz o meu melhor!

– Então, no futuro, se lembre que o seu melhor é me chamar!

Quantas pessoas neste mundo agem exatamente como essa mulher. São honestas, corajosas e diligentes. Enfrentam a vida com bravura. Mas quando as circunstâncias se tornam difíceis, descobrem que não podem solucionar seus problemas. Tentam o máximo que agüentam – em vão. Por fim, estão tão desencorajadas que caem no cinismo e na descrença.

Quem estiver assim tem de saber que a única solução está no Senhor Jesus Cristo. Ninguém deveria perder a oportunidade de Lhe pedir ajuda. Ele é a resposta para todos os problemas humanos. E sem Ele não podemos fazer nada, seja pelos outros ou por nós mesmos!

E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos

(1 Coríntios 12:5-6).

DIVERSIDADE DE DONS, MAS UM MESMO ESPÍRITO (2)

Aqui vemos como as várias formas de ministério devem ser exercidas. O Espírito Santo distribui os dons conforme deseja, mas quem os recebe está sujeito à autoridade do Senhor. Quando o Espírito nos concede um dom, nos tornamos servos e mordomos, e temos de agir sob Sua direção. Não temos o direito de fazer nada em independência ou por nossa própria vontade. Não importa quão grande seja o poder do Espírito Santo em nós, ainda assim não passamos de servos e mordomos de Cristo, e temos de nos comportar como tais.

Quando Deus está agindo na Igreja, a vontade humana não tem lugar. Deus sempre trabalha conforme a Sua vontade. Isso é uma severa condenação a tudo o que os homens têm estabelecido no tocante à obra de Deus. Como isso contradiz a prática de numerosas congregações cristãs onde a ministração está limitada a uma ou a poucas pessoas! Além disso, o conceito de que qualquer pessoa tem o direito de servir igualmente nega o ensino bíblico. Na Igreja de Deus não há direitos, somente privilégios. A obediência e a dependência são requisitos fundamentais para a obra.

Será que esse princípio está enraizado em nosso coração? Se os cristãos puserem essa verdade em prática, Deus será glorificado e Suas bênçãos transbordarão.

1 Samuel 13:6-23

A prova da vossa fé produz a paciência. Tenha, porém, a paciência a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, sem faltar em coisa alguma

(Tiago 1:3-4).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 SAMUEL (Leia 1 Samuel 13:6-23)

A situação não poderia ser mais crítica. Os filisteus estavam vindo, numerosos como a areia da praia (v. 5); eles ocuparam os lugares fortificados e enviaram tropas que devastaram o país (v. 17). Em Israel era cada um por si. Umas poucas centenas de homens, apavorados, ainda seguiam Saul, porém não tinham nem armas com as quais se defender, pois o povo dependia dos inimigos para amolar seus instrumentos. O rei estava muito preocupado. Samuel, que havia dito para que o rei esperasse em Gilgal (10:8), ainda não havia chegado, mesmo sendo o dia marcado. Durante esse tempo, o povo, desencorajado, abandonou Saul; portanto, o número de homens de guerra minguou. O rei perdeu a paciência. Será que Samuel não viria? Não tem importância – ele mesmo faria o holocausto. Porém o ato profano do rei mal tinha acabado quando o profeta chegou. “Que fizeste?”, perguntou Samuel indignado. Em vão, Saul procurou justificar-se. “Procedeste nesciamente”, responde o profeta. E ele declara a palavra do Senhor – Saul não deixaria uma dinastia. O filho dele não o sucederia no trono. A impaciência é um fruto da carne. Por outro lado, a fé é paciente – ela espera até o fim pelo tempo de Deus (Tiago 1:4).

Pecado é iniqüidade

(1 João 3:4).

PECADO

Pecado é um mestre impiedoso e um péssimo pagador. Desde a queda, seu princípio básico não mudou: independência de Deus, complacência e recusa em assumir a culpa e a responsabilidade pelos próprios erros. Em resumo, seu lema é: Siga-me, e seja o seu próprio Deus. Ao longo dos séculos, ele se adapta ao pensamento reinante. Em nossa geração, ele oferece uma saída para cada necessidade ou gosto, seja do rico ou do pobre, do velho e do jovem, do educado ou do ignorante.

O pecado sempre disfarça seu real caráter, usando meias-verdades como justificativa. Quando a palavra “pecado” é mencionada, em geral pensamos nos criminosos, prostitutas, viciados, todos os “fracassados”, mas nunca em nós mesmos! Mas o pecado está também oculto na cultura, na honradez e na benevolência. Além disso, ele corrompe nossa alegria e sede pelas bênçãos divinas. Ele nos estimula a tentar qualquer coisa que venha à nossa mente, mas sem Deus, é óbvio.

Uma coisa que o pecado jamais faz é falar sobre conseqüências. Jamais declara que “o salário do pecado é a morte”. Este versículo em Romanos 6:23 significa tanto a morte física quanto a espiritual, a eterna separação de Deus, cuja autoridade e amor as pessoas rejeitam.

Deus providenciou por meio do Senhor Jesus a libertação do pecado e da morte, pois o Cordeiro de Deus “padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus” (1 Pedro 3:18).

Não ajunteis tesouros na terra… Mas ajuntai tesouros no céu… Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração

(Mateus 6:19-21).

JOGOS E LOTERIAS

A mentalidade atual é enriquecer rápido. Para isso as pessoas são tentadas a arriscar e, na maioria dos casos, a perder consideráveis quantias de dinheiro. Até mesmo os pobres arriscam o que têm para sobreviver, iludidos pelo sonho de ganho imediato. Por causa disso, milhares de famílias são destruídas e muitos se suicidam. As pessoas ficam sob o feitiço da “sorte” e se dispõem a jogar um “pouquinho mais”. Quanta ruína!

O que a Bíblia fala sobre esse assunto? “Não te fatigues para enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria. Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? Porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia” (Provérbios 23:4-5). “Mas é grande ganho a piedade com contentamento… Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (1 Timóteo 6:6,8).

Todos deveriam rever seus valores e ajustá-los ao padrão de Deus, enquanto há tempo. O mais importante é o inestimável valor da alma humana, preciosíssima aos olhos do Senhor Jesus, o qual nos preza tanto que deu Sua vida para possuí-las (Mateus 13:44).

Em um mundo onde as pessoas só valem pelo que têm, Ele nos dá abundantemente todos os tesouros de Seu amor. Pertencer ao Senhor Jesus é a maior riqueza que alguém pode ter, independente da situação financeira. Mas é preciso aprender um segredo: o segredo de “contentar-me com o que tenho”, como disse o apóstolo Paulo (Filipenses 4:11). Assim não há como a mentalidade do mundo de enriquecimento rápido – e todas as conseqüências terríveis que ela traz – atingir você.