Mas um só e o mesmo Espírito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. 1 Coríntios 12: 11

Como é interessante um enxame de abelhas! As abelhas podem viver em uma árvore oca, ou em uma caixa de madeira, ou mesmo no corpo de um leão morto (Juízes 14: 8). Seu estado não tem chefe de governo, comandante em chefe, gerente e parlamento. Há uma rainha, mas ela não governa.

 

E, no entanto, a colônia de abelhas é uma comunidade que funciona perfeitamente. Nela se aplica: Todos por um - e um por todos! Há perfeita cooperação e unidade em ação. Não há ciúmes e nem brigas. Eles não lutam entre si, mas se defendem contra seus inimigos.

Toda abelha operária conhece bem seu trabalho e o faz sem que os supervisores precisem dizer ou mostrar, porque não há supervisores – e também não há desemprego.

Com essas criaturinhas fascinantes, podemos aprender a cumprir nossos deveres nas congregações cristãs. Quão radiante e poderoso será o testemunho do Senhor onde houver íntima cooperação e unidade entre os crentes, onde reconhecemos que nosso inimigo é o diabo e não nossos irmãos, e onde cada membro do corpo for ativo de acordo com as habilidades que lhe foram dadas por Deus.

Enquanto as abelhas agem de acordo com seus instintos, temos um agente muito real e muito precioso dentro de nós e em nosso meio para glorificar a Cristo e nos conduzir a toda a verdade – o Espírito Santo. Quanto "mel" nutritivo seria produzido entre os crentes para a glória de Deus e a edificação uns dos outros se déssemos ao Espírito Santo a liderança em tudo!

Leitura diária da Bíblia: Daniel 2: 17 - 30; Salmo 38: 1 - 11

Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Tiago 1:13-15

Tentações para o mal

Se as provações ou tentações do bem vêm de Deus, de onde vêm as tentações do mal? Aqui estamos rapidamente prontos para a resposta: Eles vêm do diabo. - Mas é exatamente isso que Tiago não diz! Ele diz algo bem diferente: as tentações do mal vêm de dentro de nós mesmos.

Em suma, Deus, por sua própria natureza, não tem nada a ver com o mal e, portanto, Ele mesmo não tenta ninguém para o mal. Isso seria uma contradição à sua natureza. Mas conosco é diferente. O pecado não é estranho para nós. E tão verdadeiro quanto é para cada crente que "nosso velho homem foi crucificado com ele" e que estamos mortos para o pecado, o pecado não está morto. Ele tem seu domínio sobre a carne enquanto ainda estamos vivos vivendo na terra, a carne quer ver suas concupiscências cumpridas. Aí está a fonte da tentação do mal (Romanos 6: 6; 13: 14).

Para ser franco: não precisamos do diabo para pecar; basta que nós mesmos estejamos em ação. É verdade que o diabo procura se conectar com as concupiscências da carne em nós, a fim de nos derrubar, se possível - e quantas vezes ele consegue! Mas isso não nos desculpa, porque a vontade de pecar está dentro de nós mesmos. Muito rapidamente, e talvez inconscientemente, passamos a culpa e apontamos para o inimigo. Em vez disso, devemos nos perguntar como surgiu o pecado. Quando o confessamos, podemos ter coragem, de que podemos fazer melhor no futuro com a ajuda de Deus.

Leitura diária da Bíblia: Daniel 2: 1 - 16; Salmo 37: 30 - 40

Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança. Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que sejais perfeitos e íntegros, em nada deficientes. Tiago 1: 2 - 4

Provações como tentações para o bem

Os destinatários da carta de Tiago quase poderiam ter ficado assustados. Isto é muito, entrar em várias provações, e ter isso como motivo de alegria! Mas trata-se da provação da fé com todos os seus frutos abençoados. E quem pensar neste fruto, pode entender melhor a conexão com a alegria.

Há provações ou tentações para o bem (v. 2, 12) e tentações para o mal (v. 13-15). Encontramos ambos neste capítulo; no texto básico trata-se da mesma palavra raiz. As provas para o bem vêm de Deus; elas sempre têm como objetivo testar nossa fé, e alcançam este objetivo.

Provavelmente o exemplo mais conhecido disso é encontrado na história de Abraão: "E aconteceu, depois destas coisas, que tentou Deus a Abraão" (Gênesis 22: 1). Assim começa o relato de um teste de fé único que não apenas materializou a fé de Abraão, mas também é uma imagem comovente, de como Deus deu seu amado Filho para ser sacrificado.

Quais foram as "coisas" após as quais veio este teste? Todos podem ler sobre isso nos capítulos anteriores: A mão guia de Deus havia levado Abraão a ordenar tudo em sua vida para que nada se opusesse ao pleno desenvolvimento de sua fé. Agora quando Deus "tentou" Abraão, Ele sabia o que estava fazendo. E assim é sempre. Há um conforto profundo nisso. Deus não testará um crente de tal forma que ele sofra danos como resultado.

Leitura diária da Bíblia: Daniel 1: 9 - 21; Salmo 37: 21 - 29

Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Romanos 12: 3

Nos primeiros capítulos de Romanos, Paulo apresentou o evangelho de Deus como uma doutrina. Mas ele não é um mestre do tipo teórico. No capítulo 12 ele retoma as "misericórdias de Deus" descritas anteriormente e as faz a base de seus conselhos práticos. Os crentes devem agora se colocar completamente à disposição de Deus e perguntar por sua vontade, e isso em todas as áreas da vida, incluindo a união como "um só corpo em Cristo" (v. 1-5).

 

Ao cumprirmos nossas responsabilidades como membros do corpo de Cristo, a modéstia é necessária. Não devemos "pensar mais de nós mesmos além do que convém". Quão rapidamente pensamos em nós mesmos! A cultura e a educação podem nos impedir de expressar nossas altas opiniões na frente dos outros, mas como pensamos? - Muitas vezes pensamos muito em nós mesmos, em nossas habilidades e dons. Mas olhar para nós mesmos não nos torna humildes, mas nos faz pensar bem de nós mesmos e nos gabar de nós mesmos. Então esquecemos que só “recebemos” como dom a capacidade natural e espiritual para as nossas tarefas (cf. 1 Coríntios 4: 6, 7).

No entanto, não devemos parar de pensar inteiramente, mas na direção certa. O crente deve antes pensar “com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu”. Assim com a modéstia também a prudência e com ela a fé. Cada cristão individual, ao exercer seu dom da graça, deve olhar para Deus, o Doador, e tornar-se ativo na dependência dEle. Então agimos com fé e por fé; e só assim podemos encontrar a medida certa para beneficiar uns aos outros, para servir uns aos outros.

Leitura diária da Bíblia: Daniel 1: 1 - 7; Salmo 37: 12 - 20

E vieram ao lugar que Deus lhes dissera, e edificou Abraão ali um altar, e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque, seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha. E estendeu Abraão a sua mão e tomou o cutelo para imolar o seu filho. Gênesis 22: 9 - 10

Uma cena verdadeiramente incompreensível: Abraão com Isaque a caminho de Moriá — "caminharam ambos juntos". Isaque perguntou: “Mas onde está o cordeiro para o holocausto?” e Abraão respondeu que Deus proveria o cordeiro. Agora eles haviam chegado ao lugar designado por Deus, e Abraão amarrou seu filho e tomou o cutelo (v. 7, 8).

 

O que se passava na mente de Isaque agora? Havia apenas uma certa passividade em seu caráter? Ele se permitiu ser amarrado completamente sem vontade? — Temos que pensa isso!

Mas as Escrituras são totalmente silenciosas sobre isso, e nós entendemos o porquê: Um outro deve estar diante de nós, que não perguntou, na verdade não precisa perguntar: "Onde está o cordeiro para o holocausto?" Quando o Filho de Deus disse: "Eis aqui venho, para fazer, ó Deus, a tua vontade", Ele conscientemente e voluntariamente se ofereceu para se tornar o sacrifício. Não havia necessidade de perguntar a Deus seu Pai. Ele também não foi para um lugar desconhecido, mas tinha o objetivo em mente: E assim “ambos foram juntos”.

Em contraste com os sentimentos de Isaque, os sentimentos do Senhor são revelados a nós nas Escrituras, visto que Ele não apenas deveria morrer, mas também ser feito pecado e sobrecarregado com nossos pecados. Ele foi realmente paciente e, por assim dizer, se permitiu ser amarrado. E por não poder ser Sua vontade tocar nosso pecado, Ele disse: “Não se faça a minha vontade, mas a tua”. - Adorável Salvador!

Leitura Diária da Bíblia: Gênesis 50: 15 - 26; Salmo 37: 1 - 4

Não é a minha palavra … como um martelo que esmiúça a penha? Jeremias 23: 29

Hudson Taylor relata ainda:

Então falei urgentemente com o doente e lhe disse o quanto gostaria de orar com ele. Para minha alegria, ele não se virou, mas respondeu: “Se serve de consolo, vá em frente.” Ajoelhei-me e derramei diante de Deus o que estava em meu coração por este homem.

Naquele dia, creio, o Senhor fez uma mudança em seu coração. A partir de então, ele não mostrou mais ressentimento, mas ouvia atentamente quando eu falava com ele e orava por ele; e depois de alguns dias ele aceitou o Senhor Jesus como seu Salvador.

Que alegria para mim ver como o enfermo estava feliz por estar caminhando para a glória de Deus! Contou-me que há quarenta anos nunca ia a uma igreja e que naquela época só entrara para se casar. Mesmo no funeral de sua esposa, ele não pôde ser persuadido a entrar na capela.

Mas agora seu coração endurecido pelo pecado foi transformado. Ele foi “lavado, santificado, justificado em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus” (1 Coríntios 6: 11).

O agora feliz, sofredor, viveu por algum tempo depois de sua conversão e nunca se cansou de testemunhar a graça de Deus. Embora sua condição estivesse se tornando cada vez mais miserável, a mudança em seu comportamento fez com que cuidar dele fosse uma alegria – ao contrário de antes.

Quando mais tarde comecei meu trabalho na China, a lembrança dessa experiência me deu coragem repetidas vezes para pregar a palavra de Deus, mesmo nas circunstâncias mais desesperadoras - quer as pessoas quisessem ouvi-la ou não.

Leitura Diária da Bíblia: Gênesis 50: 1 - 14; Salmo 36: 1 - 12

Quem é o SENHOR, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o SENHOR. Êxodo 5: 2

Antes de o missionário Hudson Taylor (1832 - 1905) partir para o campo missionário na China pela primeira vez, ele recebeu treinamento médico na Inglaterra, onde ele relatou uma experiência da seguinte forma (abreviada).

 

Era meu dever diário enfaixar o pé de um paciente que sofria de gangrena senil. Mal sabia o homem que não tinha muito mais tempo de vida. Então eu estava muito preocupado com sua alma. Eu descobri com a família com quem ele morava que ele era um ateu confesso e hostil à fé. Certa vez chamaram o pastor, mas o paciente cuspiu na cara dele e se recusou a falar.

Orei muito por esse homem antes de falar sobre fé pela primeira vez. Como cuidei muito bem da perna dele, consegui aliviar muito sua dor.

Um dia, quando ele me agradeceu calorosamente por minha ajuda, aproveitei a oportunidade para lhe dizer que Cristo era o motivo de meu ministério. Expliquei-lhe a gravidade de sua situação e apontei-lhe a graça de Deus em Cristo. O paciente só conseguia reprimir sua raiva com dificuldade. Ele se virou para a parede e não disse uma palavra. — No tempo que se seguiu orei muito por ele e nunca deixei de lhe dizer algumas palavras. Como nunca houve resposta, aos poucos fui perdendo o ânimo.

Mais uma vez eu o tinha enfaixado e virei para a porta. Olhei para trás hesitante, percebendo como ele estava surpreso que eu estava prestes a deixá-lo pela primeira vez sem dizer uma palavra sobre o meu Mestre. Então falei para ele entre lágrimas: "Meu amigo, não posso evitar, tenho que falar com você de novo!"

(conclui amanhã)

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 49: 19 - 33; Salmo 35: 19 - 28

A este Moisés, ao qual haviam negado, … A este enviou Deus como príncipe e libertador, pela mão do anjo que lhe aparecera no sarçal. Atos 7: 35

Ilustrações e figuras nos ajudam a entender melhor a mensagem bíblica.

 

Veja, por exemplo, o discurso de Estêvão em Atos 7. É o discurso mais longo registrado no Novo Testamento – mas mesmo se lido em voz alta, dura apenas sete minutos. Nele Estêvão lida com eventos revolucionários na história de Israel. Ele descreve em detalhes pontos marcantes da vida de Moisés, para os quais os escribas olhavam com admiração.

Estevão menciona três vezes que os israelitas não entenderam Moisés, o rejeitaram e desobedeceram suas palavras. Estevão diz: "Este é aquele Moisés que disse aos filhos de Israel: O Senhor, vosso Deus, vos levantará dentre vossos irmãos um profeta como eu." E então ele repreende seus ouvintes que não quiseram obedecer, rejeitaram e mataram Aquele de quem Moisés disse: "a ele ouvireis" (v. 25, 35, 37, 39; Deuteronômio 18: 15).

Estevão usa como ilustração o fato de Moisés ter sido rejeitado pelo povo, um tipo de Cristo que também foi rejeitado. Como seus ouvintes reagem à comparação? Eles apedrejaram Estêvão (v. 58). Sua resposta é brutal - mas nos mostra quanto poder existe em uma imagem. Uma ilustração clara e concisa torna muito mais fácil para nós entendermos a mensagem bíblica!

Mas não apenas as figuras da Bíblia podem servir para esclarecer sua mensagem - nós mesmos também podemos contribuir sendo exemplos. Paulo deseja que Timóteo seja um “exemplo dos fiéis” e que Tito seja “exemplo de boas obras” (1 Timóteo 4: 12; Tito 2: 7). Ainda hoje, cada crente pode ser uma imagem e exemplo do que a graça de Deus faz em um coração. Se as pessoas hoje já não lêem a Bíblia, então deveriam "ler" nós - e ver Cristo em nós.

Leitura Diária da Bíblia: Gênesis 49: 1 - 18; Salmo 35: 11 - 18

Faltou-vos, porventura, alguma coisa? Lucas 22: 35

O Senhor Jesus tinha instituído a sua ceia memorial na noite anterior à sua captura. Antes de sair para a escuridão com os seus discípulos, lembrou-os mais uma vez do tempo em que os tinha enviado para proclamar o reino de Deus (Lucas 9: 2). Perguntou-lhes se tiveram falta de alguma coisa, quando não deviam levar nada com eles no seu caminho. Não, responderam os discípulos, não nos faltou nada. 

 

Vale a pena pensar na pergunta do Senhor e na pronta resposta dos discípulos, e refletir sobre o nosso caminho da fé percorrido até agora. 

Quantas tempestades podem ter passado por nós ao longo das décadas, quantas dificuldades temos suportado! Algumas mortes de membros da família e amigos queridos abalaram-nos profundamente. E no entanto nunca fomos deixados sozinhos com o nosso sofrimento e dificuldades. Por conseguinte, também nós seremos capazes de responder à pergunta do Senhor: Não, Senhor, nada nos faltou! 

Mesmo quando fomos afligidos pelo sofrimento e pela doença - não pudemos toda vez reconhecer, que o Senhor estava muito próximo de nós? 

E quando chorávamos em profundo luto e sentimos a perda de forma tão dolorosa - não tínhamos a impressão de que o Senhor chorou connosco? Não encontrámos nele conforto e apoio? 

Alguma vez nos faltou alguma coisa quando trabalhamos diligentemente para o Senhor? Por vezes pode ter parecido que todo o esforço foi em vão. Durante muito tempo houve pouco ou nenhum fruto para ser visto. E no entanto, o Senhor sempre nos deu um refrigério. 

Independentemente da situação em que nos encontrássemos: Graças ao amor e à fidelidade do Senhor, nunca nos faltou nada! 

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 48: 8 - 22; Salmo 35: 1 - 10 

Por esta razão, nós também, desde o dia em que o ouvimos, não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual. Colossenses 1: 9

O apóstolo Paulo provavelmente nunca pôde visitar Colossos. Mas um dia ele ouviu falar de uma obra de Deus ali, de pessoas que vieram à fé em Jesus Cristo. Isso imediatamente desencadeou algo nele: ele começou a orar por esses jovens cristãos naquele dia e não parou desde então. Nós também podemos fazer isso: orar por todos com quem estamos conectados por meio da fé em Cristo. Para aqueles com quem temos contato pessoal e para aqueles que só conhecemos de ouvirmos. Para aqueles que estão indo bem na vida de fé e para outros que tropeçaram. Para aqueles cujas necessidades são óbvias e para aqueles cuja situação não conhecemos bem.

 

A oração de Paulo pelos colossenses não é abrangente (como às vezes nossas orações), mas tem um objetivo específico: eles devem ser preenchidos com o conhecimento da vontade de Deus. Há uma razão para isso: um sentimento de carência espiritual se enraizou neles. Pessoas com maus motivos notaram isso. Eles tentam tapar essa "falha" percebida - com certos aspectos das filosofias pagãs ou com elementos do antigo culto judaico. O primeiro está completamente errado, o segundo, pela vontade de Deus, agora está obsoleto.

Em primeiro lugar, Paulo não culpa os colossenses. Ele pede a Deus que encha seus filhos com o conhecimento de sua boa vontade para que eles possam entender a beleza substantiva e a relevância prática dessa vontade. Eles precisam “ser enchidos” - cheios com a vontade de Deus! Isso afasta as influências negativas e transforma a sensação de falta em alegria em suas riquezas espirituais. Esse tipo de serviço também não sanaria algumas das deficiências nossas, reais ou supostas?

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 47: 27 - 48:7; Salmo 34: 11 - 22

Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos... 2 Timóteo 3: 1

Tempos difíceis - como é necessário estarmos realmente diante de Deus. Se quisermos resistir à maré do mal, precisamos de uma comunhão forte e vital com Ele. Em todas as épocas, homens e mulheres fiéis que viveram em dias de crise e apostasia estiveram diante de Deus.

 

Quem quer estar diante de Deus, como Paulo, dobra os “joelhos perante o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo”. Então, como o profeta Elias, o cristão pode dizer, apesar do poder da incredulidade: "Vive o SENHOR, … perante cuja face estou..." (Efésios 3: 14; 1 Reis 17: 1).

Tiago nos revela o segredo do poder e autoridade moral de Elias: a oração! “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse, e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto.” (Tiago 5: 17, 18).

Nisto, como em todos os outros aspectos, o Senhor Jesus é nosso exemplo perfeito. No profeta Isaías se diz dele: “Ele desperta- me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça como aqueles que aprendem”, e o Evangelho de Marcos confirma isso: “E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saiu, e foi para um lugar deserto, e ali orava” (Isaías 50: 4; Marcos 1: 35). Não sejamos como Jonas, que “se levantou para fugir de diante da face do SENHOR!” (Jonas 1: 3).

"Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém!” Judas 24: 25

Leitura Diária da Bíblia: Gênesis 47: 13 - 26; Salmo 34: 1 - 10

Considerai, pois, atentamente, aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que não vos fatigueis, desmaiando em vossa alma. Hebreus 12: 3

Cansado e exausto, desmaiando na alma - essas expressões descrevem um estado com o qual muitos de nós provavelmente estão familiarizados. Uma razão pode ser que temos uma consciência pesada. Nesse caso, devemos urgentemente “deixar todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia”, como diz na primeira exortação deste capítulo (v. 1).

 

No entanto, pode haver momentos em que enfrentamos tantos ventos contrários em nossa vida de fé que nos cansamos e deixamos nossas asas caírem. Então é hora de dar uma nova olhada em nosso Senhor. A palavra 'considerar', que só ocorre neste ponto no Novo Testamento, nos leva a pensar profundamente - nos deixa ficar parados, por assim dizer:

Contemplamos o Senhor Jesus enquanto Ele caminhava por este mundo, suportando a contradição dos pecadores "a cada passo". Quando Simeão profetizou sobre a vida de Jesus no templo, este fato já estava claramente expresso: "Eis que este é posto ... para sinal que é contraditado" (Lucas 2: 34). E assim o encontramos confirmado nos evangelhos de maneira geral e literalmente repetidas vezes confirmado: os homens ousaram duvidar das palavras e da autoridade do Senhor, coisas ruins foram imputadas a ele, os homens o enfrentaram com ódio e inimizade. Finalmente, esta "oposição" culminou com a multidão gritando: "Fora daqui com este! ... Crucifica- o! Crucifica-o!” (Lucas 23: 18, 21).

Mas em todas as coisas Jesus provou ser o “autor e consumador da fé”; Ele manteve seus olhos firmemente fixados em seu objetivo: retornar à glória em breve.

Alma minha, contemple-O e avance na caminhada da fé com renovado frescor!

Leitura Diária da Bíblia: Gênesis 47: 1 - 12; Salmo 33: 13 - 22

… por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo. Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que... a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz. Filipenses 2: 3, 5, 8

Considerações sobre humildade

A verdadeira humildade consiste não tanto em pensar mal de nós mesmos, mas em não pensar em nós mesmos.

O que nos torna humildes é reconhecer nossas falhas quando nos encontramos lançados sobre o perdão de Deus. O que nos mantém humildes é a consciência de sua graça, seu amor livre e incondicional.

Os galhos que dão mais frutos sempre se vergam mais para baixo. Quanto mais poderosa a corrente da água, mais profundo o leito do rio. Quanto mais desfrutarmos da graça de Deus, mais humildes seremos.

Quanto mais buscamos proximidade com Deus, menor nos sentimos na presença de Sua glória. Só isso capacita cada um de nós a pensar mais alto em nossos irmãos de fé do que em nós mesmos.

Um cristão humilde não se ofende com nada e tem o cuidado de não ofender ninguém. Ele está sempre pronto para servir aos outros porque aprendeu com Jesus como é agradável servir.

"Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes" Romanos 12: 16

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 46: 1 - 34; Salmo 33: 1 - 12

Porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer. João 15: 15

Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. João 15: 20

 

O Evangelho de João descreve em muitos lugares o acordo entre o Filho de Deus e seu Pai. Por meio de Jesus, seu Senhor, os discípulos conheceram a Deus Pai. Ele poderia dizer: "Quem me vê a mim vê o Pai" (João 14: 9). A vontade do Senhor, seus atos e suas palavras estavam todos de acordo com os pensamentos do Pai. E contou aos seus discípulos tudo o que tinha ouvido de seu Pai. 

Mais tarde, o Espírito Santo novamente lembrou os discípulos de tudo o que o Senhor havia dito para eles (Ap 14: 26). Isso os capacitou a expressar com precisão os pensamentos de Deus, tanto oralmente quanto por escrito. Embora Deus tenha usado pessoas falíveis para escrever Sua Palavra, o resultado é impecável porque é obra do Espírito Santo. Podemos confiar inteiramente nas Escrituras porque foram "divinamente inspiradas" (2 Timóteo 3: 16).

A afirmação do Senhor: "Se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa" tem um valor especial. Cristo aqui coloca sua palavra e a palavra dos apóstolos no mesmo nível (cf. Lucas 10: 16; 1 João 4: 6). Portanto, não devemos pensar que citações da boca do Senhor têm mais autoridade nos evangelhos do que as epístolas inspiradas dos Apóstolos.

Os Evangelhos e as Epístolas diferem no assunto, mas não se contradizem. Nos Evangelhos, o Espírito Santo glorifica o Senhor Jesus em Sua beleza moral como homem na terra e nos mostra o que se espera de Seus discípulos. Nas Epístolas o Espírito Santo nos mostra Cristo como um Homem glorificado no céu, mostrando nossa ligação com Ele e a responsabilidade que a acompanha (cf. João 16: 14, 15). Ambas as partes da Bíblia se complementam e estão em completa harmonia uma com a outra.

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 45: 16 - 28; Salmo 32: 6 - 11

Porque assim como é o veremos. 1 João 3: 2

Um servo do Senhor escreveu: “As necessidades são sempre grandes demais para os obreiros do Senhor hoje. Com a ajuda de Deus, eles fazem o que podem. Mas somente Deus pode e irá suprir todas as necessidades. Eles não podem fazer muito, eles atingem seus limites; além disso, os trabalhadores são poucos. Mas um dia encontraremos um servo que não se sentiu impotente quando cercado por tantas necessidades de todos os tipos."

 

Este é um bom lembrete: Cristo não é apenas nosso Senhor, em cujo serviço estamos. Ele próprio estava a serviço de Deus ao homem quando esteve aqui na terra. E com quantas e variadas demandas Ele foi confrontado: Havia doentes e sofredores, viúvas de luto, multidões famintas, pessoas sobrecarregadas com o ocultismo, líderes religiosos agressivos, pessoas espiritualmente desorientadas, discípulos fracos na fé. No entanto, em nenhum lugar nos Evangelhos Ele é frio ou aborrecido nunca deprimido ou com pressa.

Esse também é o benefício dos quatro evangelhos: de aprendermos a servir com o servo perfeito, não por uma lista do que fazer e o que não fazer, mas por um exemplo atraente e até comovente.

E quando em breve veremos o Senhor “como Ele é”, nos maravilharemos com a beleza dEle: que Ele foi fiel no serviço de Deus, e que há muito a ser aprendido dEle também a esse respeito.

Maravilhados te contemplamos

como com maior dignidade

e com grande amor serviste 

em fadiga e trabalho.

Tu Senhor nos dizes devedores

de também amar e de servir, 

como serviste, totalmente dedicados.

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 45: 1 - 15; Salmo 32: 1 - 5

A paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. Colossenses 3: 15

A paz de Cristo é a paz que encheu seu coração quando Ele estava na terra – apesar da oposição e inimizade dos homens (compare Mateus 11: 29; João 14: 27).

 

Que esta paz reine em nossas vidas e nos encha mesmo nas circunstâncias mais difíceis. Sim, ela deve reinar e decidir em nossos corações. Somos chamados a isso "em um só corpo", o que significa: não devemos apenas desfrutar da paz de Cristo para nós mesmos, mas ela também deve nos unir uns aos outros.

Cristo agora desfruta dessa paz na glória. Quem poderia perturbar a paz quando Ele está posto acima de todos os principados, potestades e domínios? Ele está sentado à destra de Deus, "esperando até que os seus inimigos sejam postos por escabelo de seus pés" (Efésios 1: 21, Hebreus 10: 13).

Cristo senta-se na glória e espera. Que paz estas palavras irradiam! Neste respeito, também, devemos desfrutar a paz de Cristo com Ele, pois estamos inseparavelmente unidos com Aquele que é a Cabeça. E porque nada pode perturbar a cabeça no céu, nada pode perturbar seu corpo na terra (Colossenses 1: 18).

Mas para ter essa paz em nossos corações, devemos viver nossas vidas em comunhão consciente e íntima com Ele. O apóstolo Paulo nos recomenda isso no início do capítulo:

"Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima  … Cristo, que é a nossa vida.” Colossenses 3: 1 - 4

Leitura Diária da Bíblia: Gênesis 44: 18 - 34; Salmo 31: 17 - 24

Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Filipenses 3: 12

Preso por Cristo Jesus

Quando faço download de um aplicativo para meu smartphone, geralmente me perguntam: "Permitir acesso?" Posso permitir ou negar o acesso ao aplicativo para vários recursos, como localização, câmera ou calendário. 

O apóstolo Paulo escreve aos filipenses que foi preso por Cristo Jesus. Ele havia permitido conscientemente o "acesso" à sua vida - e isso em todos os detalhes! Desta forma, ele poderia se tornar um servo abençoado do Senhor. Jesus apareceu a ele no caminho de Damasco e se apresentou com as palavras:

"Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu persegues." Saulo, como era então chamado, ficou tão impressionado com a gloriosa aparição do Senhor que perguntou: "Senhor, que farei?" permitiu "acesso" à sua vida. Muitos anos depois, enquanto ele estava acorrentado na prisão, ainda era verdade, que ele foi preso por Cristo Jesus (Atos 22: 6 - 10).

Desde sua hora de Damasco, toda a vida de Paulo foi marcada por ele estar completamente aberto ao "acesso" do Senhor — para sua boa orientação. Cristo podia operar tanto nele como por meio dele. Paulo testificou "publicamente e pelas casas... a conversão a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo." E mesmo enquanto ele estava em cativeiro, Deus o usou "para cumprir a palavra de Deus" (Atos 20: 20, 21; Colossenses 1: 25).

Na sua conversão, todo crente permite que o Senhor tenha acesso à sua vida pela primeira vez e por uma questão de princípio. Essa permissão deve durar por toda a vida e nunca deve ser restringida. Então podemos experimentar o quão benéfico Ele quer trabalhar em nós e através de nós.

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 44: 1 - 17; Salmo 31: 10 - 18

A minha alma espera somente em Deus; dele vem a minha salvação. Salmo 62: 1

Davi, o homem de Deus, escreveu estas palavras com grande confiança, e nós, filhos de Deus, hoje as repetimos com igual certeza. Nós também queremos esperar salvação e ajuda somente de Deus.

 

Mas aí vem a necessidade. Talvez a pressão comece aos poucos para que possamos tomar nossas contramedidas como estamos acostumados no dia a dia. Mas as dificuldades permanecem e até aumentam. Colocamos a necessidade diante do Senhor e Lhe pedimos ajuda. Mas tudo continua como estava, ou as coisas podem até piorar. Nós mesmos fizemos tudo o que precisava ser feito pelos homens; também procuramos aconselhamento ou - em caso de doença - consultamos o médico. Isso pode e deve ser assim.

Mas o Senhor prova a autenticidade da nossa fé: "Espera somente em Deus..." Talvez o Senhor agora possa nos esclarecer que as possibilidades humanas não são toda a realidade em nossas vidas: "são mais leves do que a vaidade" (v. 10). Então não podemos nos apegar a isso.

Nossa fé precisa de uma base firme! - Conselheiros falaram, médicos, irmãos e irmãs estenderam a mão, e nós aceitamos sua ajuda de bom grado. Mas quando todos estão no fim e nós com eles, então a palavra ganha um poder totalmente novo: "A minha alma espera somente em Deus!"

A alma precisa urgentemente deste encorajamento. O chamado de Deus para confiar Nele permanece. Ele mesmo quer ser o centro e a meta de nossos pensamentos e expectativas. Só assim o coração pode ficar calmo. E como quer que Ele nos guie - será "salvação" para nós de qualquer maneira.

Leitura Diária da Bíblia: Gênesis 43: 16 - 34; Salmo 31: 1 - 9

E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra. Lucas 22: 44

Quem poderia compreender esta batalha que o Senhor Jesus travou nas horas do Getsêmani, de joelhos! Ele estava lá sozinho em oração com seu Pai. Seus discípulos jaziam a poucos metros de distância e dormiam. A luta de seu mestre permaneceu estranha para eles. "E, posto em agonia, orava mais intensamente."

O Espírito Santo usa essas expressões para nos lembrar da profunda aflição do Senhor Jesus. - Sim, foi uma luta árdua que fez seu suor como grandes gotas de sangue caírem no chão.

Então ouvimos as suas próprias palavras: "Pai, se queres, passa de mim este cálice..." (v. 42). Diante de sua santa alma estava o cálice da ira de Deus, o terrível julgamento que estava para cair sobre Ele ali na cruz. - Poderia Ele, o puro e sem pecado, desejar ser sobrecarregado com a culpa de outros e ser feito pecado; Ele poderia desejar ser abandonado por Deus? - Temos um vislumbre de que tipo de batalha foi que o Senhor travou?

Mas que triunfo: nada poderia impedir o Senhor de cumprir todo o conselho de Deus! Ele disse: "... todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua." Quando Deus esperava Dele, o que Ele, como o perfeitamente Santo, não podia desejar, Ele obedientemente tomou o cálice da mão do Pai. Ele sabia tudo o que iria acontecer com Ele - e ainda assim Ele seguiu o caminho da submissão à morte, e morte de cruz. Assim Ele realizou a grande obra de expiação pela qual devemos admirá-Lo e adorá-Lo por toda a eternidade.

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 43: 1 - 15; Salmo 30: 1 - 12

E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Lucas 18: 7

Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. 1 João 3: 1

Porque o próprio Pai vos ama. João 16: 27

Um menino está parado na praia e vê um barco vindo da pesca e navegando pela costa. Ele começa a agitar os braços vigorosamente para chamar a atenção. Um homem próximo observa isso e diz: "Não seja tão ingênuo! O barco não virá até você só porque você está agitando os braços!"

Então - o barco vira e se aproxima da costa. Em seguida, um bote é baixado na água e busca o menino. Assim que está a bordo, ele grita do passadiço: “Não sou nada ingênuo; o capitão é meu pai!”

Esta história contém um encorajamento para todo crente: por que o capitão mudou de direção? Não porque um menino pudesse parar qualquer barco, mas porque era o filho do capitão.

Quando nossas circunstâncias são terríveis, talvez até sem esperança, Deus intervirá no curso dos eventos? Ele fará isso por um homem orando? Sim, aquele que governa todo o universo pode e muitas vezes o faz, porque o adorador não é um homem qualquer, mas um filho de Deus.

Como aquele garoto na praia, podemos ser incompreendidos ao nosso redor. Mas vamos ainda orar a Deus implacavelmente. Embora muitas vezes Ele não responda da maneira que queremos ou esperamos, Ele sabe o que é melhor para nós. Ele nos conhece pessoalmente e nos ama como Seus filhos, Ele está perto de nós e cuida de nós.

O menino na praia era pequeno frente ao barco, mas tinha um grande lugar no coração do capitão. É o mesmo com o amor de nosso Pai celestial.

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 42: 27 - 38; Salmo 29: 1 - 11

Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. 1 João 4: 4

Como os filhos de Deus podem vencer (2)

 

Repetidamente em João encontramos estes dois "grupos": "o que está em vós" - "o que está no mundo"! Então, estes são grupos de pessoas completamente diferentes. Um é de Deus, o outro do mundo — dois tipos bem diferentes de origens. Os filhos de Deus são guiados pelo Espírito Santo, os filhos do diabo pelo espírito do Anticristo, que “já está no mundo”, ou seja, por um espírito completamente diferente (v. 3, 5).

Que tremendo encorajamento é que aquele que está em nós é maior do que aquele que está no mundo - maior do que o espírito do Anticristo e maior do que o próprio diabo! Este é tanto o príncipe deste mundo quanto o deus deste século. Mas diante de todo o poder do inimigo, tenhamos a alegre convicção de que maior é aquele que está em nós! (João 12: 31; 2 Coríntios 4: 4).

Assim, o poder de rejeitar os falsos ensinos e vencer os enganadores vem somente do Espírito Santo que habita em nós e nos ocupa com Cristo. Nisto reside a nossa segurança. A verdade, o ensinamento correto como tal, ainda não nos dá nenhuma força. Devemos agarrá-lo de coração e estar abertos às obras do Espírito de Deus. Pois é sempre Seu propósito fixar nossos corações em Cristo, e assim exercer poder sobre nossas consciências e afeições. Só assim podemos vencer.

O que pode parecer difícil na verdade é bem fácil. Para ser preservado, para permanecer vitorioso, basta conhecer a voz do Bom Pastor e segui-lo (João 10: 27 - 29; 1 João 4: 6).

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 42: 9 - 26; Salmo 28: 1 - 9

Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo. 1 João 4: 4

Como os filhos de Deus podem vencer (1)

O termo filhinhos, que João gosta de usar, não apenas inclui todos os membros da família de Deus, mas também descreve seu relacionamento íntimo, uns com os outros. Frente aos enganadores anticristos, João diz sobre os crentes: "sois de Deus". A ênfase filhinhos no início da frase contrasta com o mundo também no início do versículo seguinte: Eles – os falsos profetas – são do mundo.

Quão encorajador, quão reconfortante é que "vós sois de Deus"! Deus não é apenas a fonte de todas as bênçãos que os crentes possuem, mas eles próprios são dEle, são nascidos dEle e, portanto, têm o direito de saber que são amados por Ele.

Essa certeza pode nos dar firmeza em todas as provações e profunda felicidade em todas as circunstâncias.

Então o apóstolo continua: "... já os tendes vencido." Em quem ele pensa aqui? Aparentemente nos falsos profetas mencionados anteriormente. A forma da palavra ativa "tendes vencido" significa de acordo com o texto básico: Vós tendes levado a vitória sobre eles e continuarão a ser vencedores. — Uma declaração surpreendente!

Podemos vencer os enganadores do anticristo não os ouvindo e rejeitando sua mensagem. Mas o poder para fazer isso está somente no Espírito Santo que nos foi dado (cap. 3: 24). Por isso é dito: "...porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo." Porque Deus, o Espírito Santo, está dentro de nós, temos o poder e a capacidade de discernir o mal e rejeitar os ensinamentos dos enganadores.

(conclui amanhã)

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 41: 53 - 42:8; Salmo 27: 7 - 14