Era meu dever diário enfaixar o pé de um paciente que sofria de gangrena senil. Mal sabia o homem que não tinha muito mais tempo de vida. Então eu estava muito preocupado com sua alma. Eu descobri com a família com quem ele morava que ele era um ateu confesso e hostil à fé. Certa vez chamaram o pastor, mas o paciente cuspiu na cara dele e se recusou a falar.
Orei muito por esse homem antes de falar sobre fé pela primeira vez. Como cuidei muito bem da perna dele, consegui aliviar muito sua dor.
Um dia, quando ele me agradeceu calorosamente por minha ajuda, aproveitei a oportunidade para lhe dizer que Cristo era o motivo de meu ministério. Expliquei-lhe a gravidade de sua situação e apontei-lhe a graça de Deus em Cristo. O paciente só conseguia reprimir sua raiva com dificuldade. Ele se virou para a parede e não disse uma palavra. — No tempo que se seguiu orei muito por ele e nunca deixei de lhe dizer algumas palavras. Como nunca houve resposta, aos poucos fui perdendo o ânimo.
Mais uma vez eu o tinha enfaixado e virei para a porta. Olhei para trás hesitante, percebendo como ele estava surpreso que eu estava prestes a deixá-lo pela primeira vez sem dizer uma palavra sobre o meu Mestre. Então falei para ele entre lágrimas: "Meu amigo, não posso evitar, tenho que falar com você de novo!"
(conclui amanhã)
Leitura diária da Bíblia: Gênesis 49: 19 - 33; Salmo 35: 19 - 28
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