Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge .... Ora, o mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado das ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido ...; e dou a minha vida pelas ovelhas. João 10: 12 - 15

O mercenário e o Bom Pastor

Na conhecida figura do Bom Pastor, o Senhor Jesus compara o pastor com um ladrão e um mercenário. Através destas duas comparações, torna-se claro o quanto nosso Pastor Jesus Cristo é único.

A passagem bíblica de hoje trata do contraste entre o mercenário e o Bom Pastor. O mercenário é um pastor que é contratado por um determinado período de tempo. Ao contrário do ladrão, tal "pastor temporário" não tem más intenções (v 8-10), mas também não tem nenhuma relação pessoal com as ovelhas, pois elas não pertencem a ele. Para ele, cuidar do rebanho é apenas um trabalho remunerado. Esta atitude se torna visível quando o perigo ameaça: quando um lobo vem, o mercenário se preocupa mais com sua própria segurança do que com a das ovelhas; ele foge e não se preocupa mais com o rebanho.

Como nosso Bom Pastor é muito diferente! Ele está preocupado com as ovelhas porque elas pertencem a Ele. Ele tem uma relação pessoal com nós crentes: "Conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido". Quando o rebanho está em perigo, Ele se coloca de forma protetora diante deles. Assim, o Senhor Jesus fala mais tarde em Sua prisão a respeito dos discípulos: "se, pois me buscais a mim, deixai ir estes"! (cap. 18: 8).

O Bom Pastor se preocupa mais com a vida das ovelhas do que com sua própria vida! "Eu dou a minha vida pelas ovelhas". Vicarialmente, nosso Senhor morreu na cruz do Calvário por nós. Nos admiramos de novo como nosso Pastor é bom e como somos preciosos para Ele.

Leitura diária da Bíblia: Jó 38: 39 - 39: 18; Atos 18: 23 - 28

O ladrão não vem senão a roubar, a matar e a destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. João 10: 10, 11

O Ladrão e o Bom Pastor

No conhecido discurso da figura do Bom Pastor, o Senhor Jesus compara o pastor a um ladrão e a um mercenário. Através destas duas posturas, torna-se claro o quanto nosso Pastor Jesus Cristo é único.

O ladrão vem não só dissimulado e indesejado, mas também com más intenções: Ele quer roubar os animais do rebanho a fim de abatê-los e arruiná-los. Estas atividades apontam para a atividade de Satanás, que quer prejudicar o rebanho de Deus; ele traz destruição e morte. Neste contexto, as ovelhas que estão à margem do rebanho são presas particularmente fáceis para o ladrão.

Em contraste, o Senhor Jesus veio para dar vida às suas ovelhas. Satanás toma, Jesus dá. Ele dá vida! Assim, o Senhor retoma aqui o grande tema do Evangelho de João: O Filho de Deus veio para que todos que crêem nEle possam ter a vida eterna. Esta vida é muito mais que a existência eterna, é a vida do Eterno. Como crentes, possuímos o Filho e, portanto, a vida eterna (1 João 5:12).

A vida abundante é uma gloriosa bênção da dispensação da graça - e é uma conseqüência da morte sacrificial de Cristo. Por isso o Senhor acrescenta: "O bom pastor dá sua vida pelas ovelhas". Sim, o Senhor Jesus é bom, é o Bom Pastor, pois Deus por sua natureza é bom e só faz o bem (cf. Salmo 119: 68). E em nosso verso é Sua morte sacrificial substitutiva que prova que Ele é verdadeiramente bom: o Pastor é bom porque Ele dá Sua vida pelas ovelhas para que elas possam ter vida em abundância.

Como somos preciosos para o nosso Bom Pastor que Ele fez isso por nós!

Leitura diária da Bíblia: Jó 38: 19 - 38; Atos 18: 12 - 22

Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti. Salmo 119: 11

Quando o Filho de Deus foi tentado por Satanás no deserto, Ele não se envolveu em discussões com ele. Ao invés disso, Ele usou a única arma com a qual também nós podemos colocar o inimigo em fuga. Como homem, Ele viveu de cada palavra que saía da boca de Deus. Ele viveu em completa dependência de Deus - uma atitude da qual dependem também nossa segurança e felicidade no caminho da fé. Somente assim experimentamos a conexão viva e pessoal com o Senhor e desfrutamos da riqueza e do poder da Palavra de Deus para todas as necessidades espirituais.

 

Muito marcadamente, o Senhor não citou as Escrituras para silenciar o adversário, mas simplesmente como autoridade para Suas próprias ações. Nós, por outro lado, tendemos a usar a Palavra mais para combater o inimigo do que para aplicá-la em nossos próprios corações e consciências. Mas a Palavra de Deus é destinada a ser o alimento espiritual para nossos corações. E quanto mais a usamos dessa forma, mais nos damos conta de quão vital e preciosa ela é. A vida interior é alimentada pela Palavra, todo o comportamento é influenciado para o bem. Como o pão é essencial para sustentar a vida natural, assim a Palavra de Deus serve para purificar, sustentar e aprofundar a vida espiritual.

Através da leitura regular em oração das Escrituras, recebemos luz, alimento, orientação, conforto e força - em outras palavras, tudo o que o novo homem precisa. E se desta forma "a palavra de Cristo habita em nós ricamente", estaremos armados contra as múltiplas tentações do inimigo (Colossenses 3:16).

Leitura diária da Bíblia: Jó 38: 1 - 18; Atos 18: 1 - 11

Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem. 1 Timóteo 2: 5

Jesus Cristo - Deus e Homem

Os Evangelhos descrevem a obra do Senhor Jesus durante sua vida aqui na Terra. Repetidas vezes descobrimos que Jesus era ao mesmo tempo verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Alguns incidentes mostram estes dois lados de sua gloriosa pessoa particularmente próximos um do outro.

Uma vez Jesus foi levado por seus discípulos em um barco. Cansado de um dia fatigante, Ele dormiu na parte traseira do barco em um travesseiro - verdadeiro homem! Mas alguns momentos depois Ele esteve majestosamente na tempestade e mostrou Sua divina onipotência: Ele "repreendeu o vento e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te" - verdadeiro Deus! (Marcos 4: 35 - 41).

Outra vez o Senhor Jesus permitiu que Ele mesmo fosse tratado como um cidadão que paga impostos, pagando o imposto do templo - verdadeiro homem! Mas a forma como Ele pagou o imposto mostra Sua divindade: como Criador-Deus, Ele conduziu um peixe com uma moeda correspondente em sua boca para a vara de pesca de Pedro - verdadeiro Deus! (Mateus 17: 24 - 27).

Para nós é e permanece um mistério que Cristo é ao mesmo tempo Deus e homem: "Ninguém conhece o Filho, senão o Pai" (Mateus 11: 27). Mas nós nos maravilhamos com Sua glória e O adoramos por isso!

Senhor, em teus dias na terra

ocultaste em simples peça de roupa

que Tu usaste como um servo,

a glória de Tua Divindade.

Leitura diária da Bíblia: Jó 37: 5 - 24; Atos 17: 22 - 34

E Naamã, chefe do exército do rei da Síria, era um grande homem diante do seu senhor e de muito respeito; porque por ele o SENHOR dera livramento aos siros; e era este varão homem valoroso, porém leproso. 2 Reis 5: 1

Como ser curado do pecado

O comandante do exército Naamã tinha qualidades impressionantes, mas estas foram marcadas por uma grande fatalidade: ele era um leproso. Sua situação é um quadro tocante de muitas pessoas: elas têm habilidades extraordinárias e alcançaram coisas notáveis - mas são pecadoras!

Na Bíblia, a lepra é uma figura da condição de pecador do homem, que não está encoberto, mas claramente visível, infectando e contaminando outros. Ninguém podia curar a lepra. Era necessário um milagre de Deus para que Naamã fosse curado dela (Luc 4: 27).

Naamã se volta para o profeta Eliseu e lhe diz para banhar-se no Jordão sete vezes para ser curado (v. 10). No início, Naamã reage de má vontade. Ele esperava ser curado de sua lepra de uma maneira mais estilosa! Mas Deus só tinha providenciado este único caminho. E Naaman experimenta o milagre de uma cura completa depois de se banhar sete vezes no Jordão (v. 14).

Da mesma forma, é necessário um milagre da graça de Deus para todo homem, para tirar a culpa de nossos pecados. O Jordão é uma figura da morte: uma figura da morte do Senhor Jesus e da união com Ele em sua morte. - Somente através da fé em Cristo um pecador pode ser salvo.

"Jesus, nosso Senhor, o qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação.". Romanos 4: 25

Leitura diária da Bíblia: Jó 36: 22 - 37: 4; Atos 17: 10 - 21

E, estando ele em Betânia assentado à mesa, em casa de Simão, o leproso, veio uma mulher que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e, quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça. E alguns houve que em si mesmos se indignaram e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento? Marcos 14: 34

Enquanto Jesus está à mesa na casa de Simão, o leproso, Maria, irmã de Marta, vem com um frasco de alabastro de óleo de unção de nardo genuíno, muito precioso, que ela derrama sobre a cabeça de Jesus. É assim que Maria expressa o valor que Cristo tem para ela, assim ela mostra seu afeto por Ele. Ao mesmo tempo, torna-se claro que sua compreensão espiritual neste ponto vai mais fundo do que a dos outros discípulos (cf. João 12: 1 - 8).

A graça e o amor do Senhor Jesus por ela haviam despertado em Maria um grande amor por Ele. Ela havia se sentado a seus pés ouvindo suas palavras e suas palavras haviam lhe dado uma visão espiritual. Assim aconteceu que ela demonstrasse seu amor e apreço por Ele no exato momento em que os homens estavam conspirando em sua inimizade contra Cristo.

Mas como é triste que aqueles que cercavam Jesus não tenham apreciado a ação de Maria. Judas foi o primeiro a ficar indignado por este caro óleo de unção ter sido "desperdiçado" desta forma! Desta forma, ele mostrou o quão pouco Cristo significava para ele.

Devemos ter cuidado com tal atitude: valorizar atos de caridade para com os necessitados, mas considerar como inútil um ato de devoção e adoração dirigido a Cristo. Os cristãos de hoje podem estar em perigo de serem ativos na difusão do Evangelho ou no cuidado pastoral, mas de dar pouco valor à adoração que tem Cristo como seu único objetivo. Mas Aquele que foi à morte para glorificar a Deus em face do pecado e para nos salvar é digno da mais alta honra e homenagem - seja através do óleo da unção de Maria naquela época, seja através de nossa adoração hoje.

Leitura diária da Bíblia: Jó 36: 1 - 21; Atos 17: 1 - 9

Para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. Hebreus 2: 14, 15

Quando as potências européias aliadas venceram Napoleão em Belle-Alliance (Waterloo) em 1815, o Tenente-General von Gneisenau descreveu o curso da batalha em uma carta particular. No envelope estava escrito: " Solicita-se observar o selo"! Este selo era a marca do próprio sinete de Napoleão (selo), que os vencedores tinham encontrado em sua carruagem na noite da batalha.

 

Assim, o opressor de muitos povos teve que selar ele mesmo sua própria queda. Satanás, o grande adversário de Deus, se deu de forma semelhante. A morte era, o selo que ele tinha pressionado em tudo através de seu poder de sedução. Mas na cruz Cristo, por sua própria morte, "aniquilou o que tinha o império da morte". Ali, por assim dizer, o sinete do diabo, o sinal de seu poder, foi tomado e passado para a mão do grande vencedor do Gólgota.

O Senhor diz: "Fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. E tenho as chaves da morte e do inferno". Através de Sua morte expiatória, a morte perdeu seus terrores para todos os que crêem nEle. Que vitória! Cada filho de Deus pode agora juntar-se ao brado do apóstolo: "Tragada foi a morte na vitória ... Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo"! (Apocalipse 1: 18; 1 Coríntios 15: 54 - 57).

"Nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção". 2 Timóteo 1: 10

Leitura diária da Bíblia: Jó 35: 1 - 16; Atos 16: 26 - 40

Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. Mateus 7: 1, 2

A medida com a qual medimos

"Com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós" - esta palavra de nosso Senhor expressa um princípio importante dos caminhos governamentais de Deus. Encontramo-lo nos três primeiros Evangelhos, onde é aplicado a três situações diferentes:

Em Mateus, o Senhor adverte seus discípulos, e por extensão a nós, contra a tendência de pretender julgar outros que estão a serviço do mesmo Mestre. Infelizmente, preferimos muito mais lidar com o cisco no olho do nosso irmão do que com nossas próprias falhas. Se apontarmos nosso dedo para as falhas de nosso irmão, Deus nos fará perceber quão grandes são nossas falhas aos Seus olhos. Isso vai nos envergonhar!

Em Marcos (cap. 4: 24) este aviso vem após a figura da lâmpada no candeeiro. "Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos medirão a vós". Os discípulos tiveram o privilégio de ouvir os ensinamentos do Senhor e a responsabilidade de passar a luz que receberam para outros. Se valorizamos Sua graça, a compartilharemos com outros e teremos bênçãos a partir dela - caso contrário, obteremos uma colheita amarga.

Lucas (cap 6: 38) é mais sobre caridade. O Senhor encoraja seus discípulos a fazer o bem e termina com a promessa: "boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo". Portanto, aqui a palavra está associada a uma bênção positiva e transbordante - um grande incentivo para alcançar os outros com espírito de graça e generosidade!

Leitura diária da Bíblia: Jó 34: 16 - 37; Atos 16: 13 - 25

Tem bom ânimo; levanta-te, que ele te chama! Marcos 10: 49

"Tem bom ânimo!" - Esta palavra, que os circunstantes falam aqui para o cego Bartimeu, também tem sido dita repetidamente por nosso Senhor. E todos nós podemos aplicá-lo a nós mesmos, uma e outra vez.

 

Antes de tudo, há o chamado do perdão: "Filho, tem bom ânimo; perdoados te são os teus pecados" (Mateus 9: 2).

Com estas palavras, o Senhor Jesus encoraja qualquer um que sinta profundamente o peso de seus pecados e sabe que ele não pode ajudar a si mesmo. Ele pode vir a Ele - Cristo oferece salvação e perdão a todos.

Então a exclamação que aponta os crentes para a presença do Senhor e acalma suas mentes ansiosas: "Tende bom ânimo, sou eu; não temais" (Mateus 14: 27).

A inquietação, a preocupação e o medo desaparecem. Podemos desfrutar novamente da paz de coração e somos fortalecidos porque Jesus, nosso Senhor, está aí.

E, finalmente, o clamor da vitória: "Tende bom ânimo; eu venci o mundo" (João 16: 33).

O ódio de Satanás, a oposição do mundo porque os cristãos seguem o Cristo rejeitado, tudo isso nos dá motivos para lembrarmos de Sua vitória, que Ele venceu através de Seus sofrimentos e morte.

Estes três incentivos se aplicam a toda nossa vida, eles se aplicam ao nosso passado, ao nosso presente e ao nosso futuro. Quanto ao passado, Cristo morreu por nossos pecados. No presente Ele está sempre perto de nós, e o futuro o revelará como o poderoso vitorioso sobre a morte e Satanás.

"Pelo que estamos sempre de bom ânimo..." 2 Coríntios 5: 6

Leitura diária da Bíblia: Jó 33: 23 - 34: 15; Atos 16: 1 - 12

…[Sansão] se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, cujo nome era Dalila. Juízes 16: 4

Sansão, o herói de Israel, muitas vezes se deixa levar por seus desejos e se deixa enganar. Como resultado, ele também ficou sob a influência da mulher filisteia Dalila; e ela o traiu ao seu povo por dinheiro. Sansão não pôde escapar do feitiço desta mulher - tão cego torna o pecado. Dalila apertou seu laço, e finalmente Sansão traiu o “segredo do SENHOR”: segundo a vontade de Deus, sua grande força dependia de seus cabelos não serem cortados.

 

Portanto, só havia uma coisa que importava aqui: a obediência. Mas nesta Sansão tropeçou, como Adão antes dele e todos os homens depois dele - todos, exceto o Filho de Deus. E como Cristo resistiu perfeitamente à tentação, embora tenha sido tentado como nenhum outro jamais poderia ser tentado! Será que sabemos o que é obediência aos olhos de Deus? A obediência é a perfeição da criatura, pois a obediência dá a Deus o lugar que Ele merece - e também ao homem. A obediência marca o lugar exteriormente mais baixo na terra, mas moralmente é o lugar mais alto. A propósito, isto também se aplica aos anjos.

No caso de Sansão, a obediência só foi testada por um pequeno sinal exterior - mas um sinal de submissão completa: Seu cabelo comprido não podia ser cortado. Nós, por outro lado, somos chamados a ser obedientes em tudo, a ser realmente formados e guiados pelo Espírito Santo de acordo com a Palavra escrita de Deus. A pessoa de Cristo, seu comportamento, sua obra e sua glória nos permitem ver em plena luz o que significa a obediência. Para nós que conhecemos o Senhor Jesus, não se trata apenas de um sinal exterior. Ao contrário, "o mistério do Senhor" em nosso caso envolve algo que é extremamente precioso para Deus e para os homens. Somos chamados à obediência porque ela corresponde às relações íntimas em que somos trazidos com o Pai e com nosso glorificado Senhor. 

Segundo W. Kelly

Leitura diária da Bíblia: Jó 33: 1 - 22; Atos 15: 30 - 41

Os lavradores araram sobre as minhas costas; compridos fizeram os seus sulcos. Salmo 129: 3

Esta descrição de sofrimento é assustadoramente vívida. Os lavradores são aqui os executores de um julgamento. A punição consiste em açoitar as costas dos condenados.

 

Nosso Salvador experimentou isto literalmente. Pilatos ainda havia feito uma tentativa impotente de trocar o Jesus inocente pelo Barrabás culpado. Mas ele não teve a coragem de fazer frente aos gritos de "Seja crucificado!" O fato de Pilatos ter declarado publicamente: "Estou inocente do sangue deste justo" não melhorou a injustiça que estava acontecendo aqui: ele mandou açoitar Jesus. Os soldados romanos eram agora os lavradores que "desenhavam seus sulcos longos" nas costas de Jesus. E nosso Salvador permitiu que isto acontecesse, Ele não fugiu deste maltrato de suas costas e de sua alma. Era parte do caminho que Ele tinha que seguir, parte da vontade de Deus que Ele queria cumprir (Mateus 27: 23 - 26).

Mas ao lado deste significado exemplar, apontando para o Senhor, há uma referência no Salmo 129 para a história do povo de Israel. De certa forma, eles também foram "angustiados desde a minha mocidade" e experimentaram o "arado" de inimigos nas costas. A figura aqui utilizada é reveladora: os sulcos são arados para que depois possam ser semeados e posteriormente colhidos (v.1).

Os sofrimentos que Deus permite na vida dos Seus, não são em vão. Através deles, Deus prepara os frutos posteriores. Na vida de Jesus, o fruto estava cheio, "ao cêntuplo". Na vida de Israel ainda está por vir, mas virá. E em nossas vidas? Se houver "sulcos longos", a capacidade de carregar e a paciência podem ser severamente provadas. Mas talvez esta perspectiva nos ajude: As experiências atuais são necessárias de acordo com o julgamento de Deus. Elas não serão em vão!

Leitura diária da Bíblia: Jó 32: 1 - 22; Atos 15: 12 - 29

Saíste ao encontro daquele que se alegrava e praticava justiça, daqueles que se lembram de ti nos teus caminhos. Isaías 64: 5

Em nosso versículo bíblico, fala um israelita crente que teve experiências pessoais com Deus. Sua oração oferece alguns pensamentos encorajadores para o cristão de hoje:

 

1. Nosso Deus vem ao nosso encontro. Como podemos entender isso? Pensemos na história do filho pródigo que havia virado as costas ao pai. Um dia, quando "caindo em si", partiu para voltar para seu pai, e o pai correu para encontrá-lo e lançou-se-lhe ao pescoço. O pai o tinha visto de longe, por isso seu interior estava comovido. Olhamos no coração de Deus: ele é cheio de graça e misericórdia. Deus "se põe a caminho" para encontrar aqueles que se voltam para Ele.

2. A primeira das duas condições para este "vir ao encontro" de Deus diz respeito à vida pessoal de fé: Deus vem ao “encontro daquele que se alegra e pratica justiça". Você às vezes tem dificuldade de obedecer à Palavra de Deus de boa vontade e com alegria? Então não se surpreenda se você não sentir que Deus é bom para você.

3. Finalmente, Deus também vem ao encontro daqueles, que se lembram dEle, em Seus caminhos: especialmente em uma época de declínio moral geral no mundo e infelizmente também no cristianismo, Deus está satisfeito com aqueles que O temem e por isso andam em Seus caminhos. Para nós, isto é um incentivo para cultivar a comunhão com outros crentes e para aproveitar nossas reuniões precisamente para lembrar Dele e de Suas grandes obras.

Vamos satisfazer estas duas condições pessoalmente e juntos? Então veremos com admiração como Deus vem ao nosso encontro!

Leitura diária da Bíblia: Jó 31: 1 - 40; Atos 15: 1 - 11

Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. João 15: 17, 18

Amor dentro, ódio fora

 

Na noite de Sua prisão, o Senhor Jesus diz palavras de despedida a Seus discípulos no Cenáculo e no caminho para o Jardim do Getsêmani. De uma forma amorosa Ele os prepara para o tempo de sua ausência. Ao fazer isso, Ele dá instruções para o relacionamento dos discípulos uns com os outros e para o relacionamento deles com o mundo.

No versículo 17, o Senhor ordena, pela terceira vez nestes discursos, que Seus discípulos se amem uns aos outros (cf. cap. 13: 34; 15: 12). Estes homens têm um caráter muito diferente e já discutiram antes sobre qual deles era o maior. Esta disputa se reacenderá quando seu Mestre não estiver mais com eles? - O amor mútuo não é um mero desejo do Senhor, mas um mandamento, como mostram inequivocamente as três passagens.

No versículo 18 Jesus muda abruptamente de assunto, ao invés de amor, Ele agora fala de ódio. Ele anuncia aos discípulos que como seus seguidores não podem esperar nada além de ódio do mundo, porque o mundo também O odiou.

As duas declarações que foram dirigidas aos onze discípulos naquela época se aplicam igualmente aos discípulos de Cristo de hoje. Como está a nossa relação com os crentes? E nosso relacionamento com o mundo?

Como é difícil para nós colocar em prática estas breves palavras do Senhor em nossas vidas. Às vezes até fazemos o oposto, cultivando aversões por nossos irmãos e irmãs na fé enquanto desenvolvemos afeições pelo mundo. Que bênção e que testemunho para o Senhor surge quando somos caracterizados por um genuíno amor fraterno! E dentro de uma convivência feliz é então mais fácil suportar a rejeição do mundo.

Leitura diária da Bíblia: Jó 30: 1 - 31; Atos 14: 19 - 28

Vendo-os Paulo e dando, por isso, graças a Deus, sentiu-se mais animado. Atos 28: 15

Como deve ter sido comovente este encontro: por um lado Paulo, que teve uma longa e tempestuosa viagem marítima com um naufrágio e é prisioneiro a caminho do tribunal imperial; por outro lado, irmãos da igreja em Roma, que se encontram com o apóstolo a pé a cerca de 50 quilômetros de distância com a notícia de sua chegada. Paulo vê a atenção de Deus nisto, agradece a Ele e é encorajado de novo.

 

Dificilmente algum de nós teve um encontro tão comovente, mas de tempos em tempos existem situações semelhantes em nossas vidas.

Por exemplo, alguém começa um novo trabalho onde não conhece ninguém, e então acontece que um de seus colegas é um irmão ou irmã na fé.

Ou alguém tem que fazer uma viagem ao exterior para um lugar onde ele é um completo estranho. Mas ele sabe que os crentes estão se encontrando ali em nome do Senhor Jesus. E quando ele os encontra, ele tem comunhão com eles e eles lhe proporcionam hospitalidade como se eles sempre o tivessem conhecido.

Os cristãos mais velhos também nos contaram lembranças que permaneceram inesquecíveis para eles - onde, como soldados na guerra, encontraram irmãos com os quais puderam orar juntos e fortalecer uns aos outros na fé.

Mas nem sempre tem que ser em situações tão excepcionais em que o encontro com irmãos ou irmãs possa nos servir para agradecer e nos fortalecer em nossa fé. Não deveria ser este o caso em todos os encontros?

Leitura diária da Bíblia: Jó 29: 1 - 25; Atos 14: 1 - 18

Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! 1 Coríntios 9: 16

Se eu quiser compartilhar o evangelho, são requeridos - em um sentido natural ou figurativo - todos os meus sentidos. Eu preciso de:

* Meus olhos: o Senhor Jesus diz a Seus discípulos: "Levantai os vossos olhos e vede as terras, que já estão brancas para a ceifa." (João 4: 35). Preciso reconhecer que é hora da colheita e onde fazer a colheita.

* Meus ouvidos: Se o Servo de Deus já tivesse seu ouvido aberto todas as manhãs - quão necessário eu sou para ouvir e ser ensinado! (Isaías 50: 4. Somente desta forma as pessoas podem ser alcançadas por uma palavra de Deus.

* Minha boca: Paulo escreve: "E como ouvirão, se não há quem pregue?" (Romanos 10: 14). Devo falar - oralmente, por escrito ou pelo meu comportamento - para que outros possam ouvir ou ler a mensagem.

* Minhas mãos: "Pela manhã, semeia a tua semente e, à tarde, não retires a tua mão, porque tu não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas" (Eclesiastes 11: 6). Eu preciso de perseverança e confiança.

* Meus pés: "Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas ... que anuncia o bem" (Isaías 52: 7). Somente quando eu me levanto e parto, as pessoas podem ser levadas ao Salvador.

* Meu coração: O Senhor Jesus “teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor” (Marcos 6: 34). Da mesma forma, meu coração também deve estar comovido com a situação do povo.

Pregar o Evangelho não foi uma questão de discrição para Paulo - mas uma necessidade. Como os filipenses, devemos "cooperar" ativamente do evangelho e "trabalhar" (Filipenses 1: 5; 4: 3).

Leitura diária da Bíblia Jó 28: 1 - 28; Atos 13: 42 - 52

 

Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado? Gálatas 3: 1

Havia falsos mestres na Galácia que tentavam distorcer a boa nova. Eles não tiveram sucesso - mas "inquietaram" os crentes (cap. 1: 7). Somente quando os crentes confiam em Cristo de coração nada os abalará: então as tempestades da vida podem golpeá-los e os servos de Satanás ensinar coisas falsas - tudo isso não os abala, pois seu olhar está firmemente fixo no Senhor.

 

É muito ruim quando o povo de Deus é confundido e perturbado. Pois eles são como um rebanho de ovelhas a serem alimentadas e cuidadas pela Palavra de Deus. Mas os falsos mestres que apareceram na Galácia pregavam a lei em vez de alimentar os crentes com a verdadeira graça de Deus. Eles afirmaram que a fé em Cristo não era suficiente para a salvação.

Os crentes das nações também teriam que guardar a lei e ser circuncidados a fim de serem salvos.

Ensinamentos fundamentalmente falsos podem geralmente ser reconhecidos pelo fato de que Cristo não é proclamado como ensina o Novo Testamento e como Paulo "O representou perante os nossos olhos". Naquela época, na Galácia, a observância da lei deveria ser acrescentada à obra do Senhor Jesus. Hoje acontece com freqüência que aspectos importantes da pessoa e da obra expiatória do Senhor Jesus são negados.

Entretanto, hoje também existe o perigo de tendências legalistas - mesmo onde os Dez Mandamentos não são vistos como o caminho para a salvação e não como a regra de vida do cristão. Uma atitude de vida caracterizada pelo princípio: "não toques, não proves, não manuseies" é lei em vez de graça (Colossenses 2: 2). Ainda hoje, a pregação deste caráter não pode alimentar os crentes, mas apenas confundi-los, pois o que precisamos é olhar para Cristo crucificado e segui-lo ou, em outras palavras, "andar em Espírito" (Gálatas 5: 16 - 25).

Leitura diária da Bíblia: Jó 27: 1 - 23; Atos 13: 32 - 41

Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face e o meu Deus. Salmo 42: 11

O que torna os Salmos valiosos para nós

 

Ao longo dos tempos, os crentes encontraram alegria e conforto nos Salmos. No entanto, nem sempre conhecemos as circunstâncias em que foram escritos, e muitas vezes nem mesmo o poeta do salmo. Além disso, muitas vezes não é fácil compreender o alcance profético dos Salmos quando eles lidam com eventos que ainda são futuros ou que só se realizaram parcialmente. Portanto, quando queremos aplicar o texto inspirado dos Salmos às nossas próprias circunstâncias, temos que ser muito cuidadosos. Não podemos, por exemplo, pedir vingança contra nossos inimigos, pois o Senhor nos mandou amá-los e orar por eles (Mateus 5: 44).

Mas como e por que os Salmos ressoam tão fortemente no coração dos crentes de hoje? - Porque permitem compartilhar as relações dos autores com o Senhor seu Deus, especialmente quando passaram por momentos de dificuldade. Podemos comparar suas experiências com as nossas e encontrar conforto em ver como Deus os libertou de suas aflições e temores e os confortou.

A Bíblia não nos dá seus ensinamentos úteis sob a forma de um conjunto de regras ou de um livro de receitas. Ao contrário, ela nos revela Deus para que possamos viver felizes em um relacionamento vivo e confiante com Ele. Isto é o que podemos aprender dos Salmos, mesmo que os homens de fé que os escreveram ainda não O conhecessem como nós o conhecemos, como o "Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (Efésios 1: 3).

Leitura diária da Bíblia: Jó 24: 13 - 26: 14; Atos 13: 23 - 31

Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. João 4: 23

Se queremos ter comunhão com nosso Deus e Pai e oferecer a Ele o culto que Ele procura, então precisamos ficar pessoalmente impressionados com a pessoa e o sacrifício de Cristo. Nossos corações devem estar cheios dEle. Afinal de contas, o próprio Cristo é a base de nosso relacionamento com Deus. Como poderíamos entrar na presença de Deus se Cristo, que abriu o caminho para nós, não estivesse lá!

 

Se o próprio Filho de Deus não está vivamente diante do olho interior, e se não é a glória moral de Sua pessoa que alegra nossos corações, então a adoração é apenas uma forma vazia. Nossa oração poderia então ainda ser uma enumeração detalhada das verdades de fé conhecidas, mas para Deus tal coisa não teria nenhum valor. Para Ele, Cristo é o centro das atenções, Ele só tem prazer Nele. Deus está procurando por pessoas que compartilhem Seus sentimentos com Ele até onde for possível. Isso é adoração. - Mesmo nosso canto, se perdermos Cristo de vista, ainda seria, na melhor das hipóteses, um prazer para nossos próprios ouvidos, mas não a adoração em espírito e verdade.

Portanto, cuidemos de nós mesmos dia após dia para que nossos corações estejam cheios de Cristo. Então nossos corações e mentes também estarão focados em Cristo e em Sua morte sacrificial na mesa do Senhor, na presença de Deus!

Que podemos te trazer em troca?

Deus, que incenso Tu aceitas?

Ó, cantemos para Ti de Jesus,

Só Ele pode agradar a Ti!

Leitura diária da Bíblia: Jó 23: 1 - 24: 12; Atos 13: 13 - 22

E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. Atos 11: 20

Os primeiros cristãos acharam difícil superar os preconceitos tradicionais e pregar o evangelho a pessoas de todas as nações (cf. cap. 10:1-11:18). Além de Pedro, o Senhor usou discípulos bastante desconhecidos para fazer um grande avanço aqui. Após a morte de Estevão, os helenistas crentes (judeus de língua grega) fugiram de Jerusalém. Esta circunstância serviu, sob a direção de Deus, para difundir o Evangelho entre os gregos e para originar a igreja em Antioquia.

 

Estes homens não esperaram por instruções dos apóstolos; mas também não tentaram estabelecer nada independente do que o Senhor já havia realizado em Jerusalém. Seus corações estavam cheios do Senhor, e deixaram se guiar pelo Senhor. Podemos ver isso muito bem pela redação desses versos:

Lemos que eles "pregavam o evangelho do Senhor Jesus", e o Senhor confessou: "E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor" (v. 21).

Quando os crentes em Jerusalém souberam disso e Barnabé veio a Antioquia, ele se alegrou com a graça de Deus que havia se tornado visível e encorajou os cristãos a "permanecessem no Senhor". E como resultado, lemos mais adiante: "E muita gente se uniu ao Senhor" (v. 23, 24).

Quando os cristãos se deixam guiar pelo Senhor e só querem servi-lo; quando eles proclamam o Senhor e só têm esse desejo de que as pessoas sejam acrescentadas ao Senhor, então esta é uma base sólida sobre a qual outras questões se resolverão automaticamente.

Leitura diária da Bíblia: Jó 22: 1 - 30; Atos 13: 1 - 12

Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo dai graças. 1 Tessalonicenses 5: 16 - 18

Regozijai-vos, sempre, no Senhor; outra vez digo: regozijai-vos! Filipenses 4: 4

Alegria, oração, ação de graças

Um cristão que é tocado por seu Senhor sempre tem razões para estar feliz e contente. Uma alegria meramente natural e humana, por outro lado, muitas vezes é apenas superficial e depende da mudança das circunstâncias da vida.

Podemos sempre nos regozijar "no Senhor" quando pensamos em Seu amor e proximidade. As provações da vida, os temores e as preocupações podem nos pesar, mas o Senhor está aí para nos fortalecer. Que exemplo nos dá o apóstolo Paulo, que foi capaz de cantar louvores ao Senhor mesmo na prisão! (2 Timóteo 4: 17; Atos 16: 25).

Diz-se, com razão, que a oração é a respiração da alma. É por isso que somos exortados a orar incessantemente. Devemos orar regularmente; além disso, podemos orar em muitas ocasiões e em todas as situações: nos momentos livres, de dia, de noite, no trem e enquanto esperamos no caixa. Deus está sempre pronto para nos ouvir. Neemias "orou ao Deus do céu" em uma oração de impulso antes de dar uma resposta à pergunta do rei (Neemias 2: 4). Quantas oportunidades existem para falarmos com nosso Pai celestial!

Dar graças significa perceber a múltipla e bondosa atenção de Deus e agradecê-Lo de bom grado por isso. E devemos agradecer "em tudo", porque podemos estar plenamente convencidos de que Deus sabe exatamente o que é bom para nós e que "todas as coisas cooperam para o nosso bem" (Romanos 8: 28).

Como a alegria, a oração e a ação de graças devem caracterizar nossa vida diária!

Leitura diária da Bíblia; Jó 21: 1 - 34; Atos 12: 12 - 25

Disse mais Samuel a Jessé: Acabaram-se os jovens? E disse: Ainda falta o menor, e eis que apascenta as ovelhas. Disse, pois, Samuel a Jessé: Envia e manda-o chamar, porquanto não nos assentaremos em roda da mesa até que ele venha aqui. 1 Samuel 16:11

O Coração de Pastor de Davi

A primeira coisa que este relato bíblico menciona sobre Davi não é seu nome, mas sua atividade como pastor. Antes do próprio Davi aparecer em cena, seu pai Jessé o descreve como o filho mais novo que pastoreia o pequeno gado. Esta descrição é característica da vida futura de Davi e de sua posterior realeza. Davi tinha o coração atento de um pastor! Depois que o profeta Samuel o unge como o futuro rei na frente de seus irmãos, Davi volta-se para seu abnegado pastoreio e cuida fielmente do rebanho de seu pai. Desta forma, ele é preparado por Deus em oculto para suas tarefas posteriores. Quando um leão ou um urso ataca um único animal do rebanho, ele defende o animal com o risco de sua vida. Quando Davi deve sair para verificar o bem-estar de seus irmãos mais velhos, ele confia o rebanho a um guardião que cuidará dele em sua ausência. Como é importante para ele que "suas ovelhas estejam bem! (cap. 17: 20, 34 - 37).

A posterior realeza de Davi é descrita por Asafe no Salmo 78: 70 - 72: Deus "elegeu a Davi, seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas; ... para apascentar a Jacó, seu povo ... Assim, os apascentou, segundo a integridade do seu coração”. Davi cuidava de seu povo com o mesmo cuidado que cuidava do rebanho de seu pai.

No final de seu reinado, Deus tem que punir o povo de Israel por causa de um dos pecados de Davi. O coração de pastor de Davi dói: "Eis que eu sou o que pequei e eu o que iniquamente procedi; porém estas ovelhas que fizeram?"? (2 Samuel 24: 17). O amor deste pastor pelo povo de Deus nos toca e pode ser um exemplo para nós. |

Leitura diária da Bíblia: Jó 19: 21 - 20: 29; Atos 12: 1 - 11

Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus. Jó 19: 25, 26

É somente no Novo Testamento que lemos que o Senhor Jesus "trouxe à luz a vida e a incorrupção" (2 Timóteo 1: 10). Mas já no Antigo Testamento se sabia que havia uma ressurreição corporal.

 

Jó provavelmente viveu na época dos patriarcas, por isso seu relato é um dos livros mais antigos da Bíblia. No entanto, ele já fala da ressurreição! Ele deseja que suas palavras "Quem me dera, agora, que as minhas palavras se escrevessem! Quem me dera que se gravassem num livro! E que, com pena de ferro e com chumbo, para sempre fossem esculpidas na rocha!". Seu desejo foi atendido, pois ainda hoje podemos ler suas palavras (Jó 19: 23, 24).

Jó não está apenas falando de algum redentor aqui, mas diz muito pessoalmente: "meu Redentor". Também hoje é verdade: as verdades bíblicas devem ser reivindicadas e realizadas pessoalmente; não basta conhecê-las apenas intelectualmente! - Jó fala aqui de Deus, e nós sabemos que é Deus o Filho: Jesus Cristo. Ele permaneceu na terra, e em visão profética Jó O vê de pé novamente quando Ele vem novamente em glória (Zacarias 14: 4).

Em um capítulo anterior, Jó pergunta: "Morrendo o homem, porventura, tornará a viver?" (cap. 14: 14). Aqui ele dá a si mesmo a resposta afirmando: "E depois de consumida a minha pele (isto é, se meu corpo estiver decomposto), ainda em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, e os meus olhos, e não outros, o verão”. Ele está convencido de que há uma ressurreição corporal!

O Antigo e o Novo Testamento são uma unidade - e os crentes de então e de agora têm a mesma esperança de ressurreição!

Leitura diária da Bíblia: Jó 19: 1 - 20; Atos 11: 19 - 30

O ocioso vem a padecer fome. O desejo do homem é a sua beneficência. Provérbios 19: 15, 22

No século XVII, um novo distrito foi construído em Königsberg (hoje Kaliningrado). Perguntou-se ao governador do Grande Eleitor, Príncipe Radziwil, como deveria ser chamado. O príncipe foi considerado um homem que amava a conveniência; diz-se que ele respondeu: "Ah, outra nova preocupação"! A partir daí, o distrito foi chamado de "A Nova Preocupação".

 

Há, infelizmente, alguns cristãos que se parecem com o príncipe Radziwil e amam o conforto. Cada nova tarefa que lhes é dada significa uma nova preocupação para eles. Quer se trate de coisas menores na vida cotidiana ou de tarefas importantes - nada passa sem antes reclamar e se queixar. Esta reclamação é especialmente repreensível quando se trata de pequenos serviços para o Senhor Jesus, uma tarefa para Seu povo ou para pessoas carentes ou necessitadas.

E quantas tarefas como essas existem para mim e para você! Quantas vezes o Senhor chama nossa atenção para uma necessidade de ajuda - para irmãos e irmãs na fé, parentes, vizinhos, colegas de escola ou idosos e para aqueles que precisam de cuidados. Se já suspeitamos que a "nova preocupação" pode se tornar uma "condição permanente", então é especialmente difícil para nós enfrentar a tarefa sem reclamar.

Por outro lado, não é muito bonito e abençoado retomar nosso trabalho diário todas as manhãs com nova coragem e realizá-lo com a ajuda do Senhor? E quando é necessário, usar nossa força especial para ajudar os outros? O Senhor não nos pede nada que exceda nossas forças. Façamos o que for - façamos de bom grado por Ele!

Leitura diária da Bíblia: Jó 18: 1 - 21; Atos 11: 1 - 18

Israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas; dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém! Romanos 9: 4

O povo de Israel foi dotado por Deus com muitos benefícios. O próprio Deus chama este povo de "meu filho" e fez promessas de longo alcance para eles. No entanto, eles não gozaram de suas bênçãos em obediência a Deus, mas se afastaram de Deus e assassinaram o Filho de Deus.

Agora eles são como o filho de um milionário que é nomeado herdeiro por seu pai. Mas este filho não só desrespeita todas as regras do pai, mas também é culpado de assassinato, o que lhe dá uma longa pena de prisão. Seu pai não mudou seu testamento, mas o filho não tem nenhum benefício. Somente quando ele tiver chegado ao pleno entendimento e arrependimento, e o tempo tiver chegado, ele poderá se tornar livre e tomar posse de sua herança.

Assim, Deus colocou Seu povo Israel de lado no tempo presente. Eles não têm qualquer benefício das promessas especiais feitas para eles. Hoje o evangelho da graça é para todas as pessoas, sejam elas de Israel ou de outras nações. Aqueles que se arrependem e creem no Senhor Jesus como seu Salvador, são acrescentados à igreja mundial de Deus.

Mas no futuro, quando a congregação ou igreja tiver sido levada ao céu pelo Senhor, o povo terreno de Deus mostrará discernimento e arrependimento. Um remanescente se arrependerá e Deus os aceitará e lhes dará as bênçãos do reino de paz que Ele lhes prometeu. "Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento" (cf. Romanos 11: 25 - 32).

Leitura diária da Bíblia: Jó 17: 1 - 16; Atos 10: 34 - 48