domingo, 21 de agosto de 2022

Os lavradores araram sobre as minhas costas; compridos fizeram os seus sulcos. Salmo 129: 3

Esta descrição de sofrimento é assustadoramente vívida. Os lavradores são aqui os executores de um julgamento. A punição consiste em açoitar as costas dos condenados.

 

Nosso Salvador experimentou isto literalmente. Pilatos ainda havia feito uma tentativa impotente de trocar o Jesus inocente pelo Barrabás culpado. Mas ele não teve a coragem de fazer frente aos gritos de "Seja crucificado!" O fato de Pilatos ter declarado publicamente: "Estou inocente do sangue deste justo" não melhorou a injustiça que estava acontecendo aqui: ele mandou açoitar Jesus. Os soldados romanos eram agora os lavradores que "desenhavam seus sulcos longos" nas costas de Jesus. E nosso Salvador permitiu que isto acontecesse, Ele não fugiu deste maltrato de suas costas e de sua alma. Era parte do caminho que Ele tinha que seguir, parte da vontade de Deus que Ele queria cumprir (Mateus 27: 23 - 26).


Mas ao lado deste significado exemplar, apontando para o Senhor, há uma referência no Salmo 129 para a história do povo de Israel. De certa forma, eles também foram "angustiados desde a minha mocidade" e experimentaram o "arado" de inimigos nas costas. A figura aqui utilizada é reveladora: os sulcos são arados para que depois possam ser semeados e posteriormente colhidos (v.1).


Os sofrimentos que Deus permite na vida dos Seus, não são em vão. Através deles, Deus prepara os frutos posteriores. Na vida de Jesus, o fruto estava cheio, "ao cêntuplo". Na vida de Israel ainda está por vir, mas virá. E em nossas vidas? Se houver "sulcos longos", a capacidade de carregar e a paciência podem ser severamente provadas. Mas talvez esta perspectiva nos ajude: As experiências atuais são necessárias de acordo com o julgamento de Deus. Elas não serão em vão!


Leitura diária da Bíblia: Jó 32: 1 - 22; Atos 15: 12 - 29

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