sábado, 19 de fevereiro de 2011

Comunhão com o Pai e o Filho

"Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e inquirir no seu templo." (Sl 27:4)

“Quero estar familiarizado com o lugar, onde o Senhor está”. Este é o desejo de todo coração, ao qual Ele é precioso. E assim como foi com Davi, também ainda hoje, é o desejo afetuoso do crente, que realmente ama o Senhor, estar continuamente na Sua presença: "a minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada (árida), onde não há água; Para ver a tua força e a tua glória, como te vi no santuário" (SL 63:1, 2).
A terra, que tanto nos oferece aquilo que é agradável á natureza humana, passa a ser, para aquele que provou bênçãos celestiais, uma terra seca e árida. Mas como é fácil perdermos isto de vista. O Senhor precisa nos tirar primeiro o que é agradável e atraente aqui, para termos tempo, de nos ocuparmos com Ele? Seria triste.
Podemos ver o poder e a sabedoria de Deus na natureza, e também encontramos sinais na história do mundo e em pessoas distintas. Mas se queremos reconhecer a beleza e glória do Senhor, então precisamos investigar em Seu templo, e vê-lo no santuário, onde Ele se revelou totalmente e onde o perfume do Nome de Jesus tudo impregna. Temos ousadia para entrar ali pelo sangue de Jesus, e lá conheceremos não só as obras de Deus, mas a Ele mesmo. Saberemos não só o que Ele fez, mas porque Ele o fez: não só o Seu propósito em graça, mas de que fonte provinha. Lá adoramos. O coração transborda de gozo, quando aprende a entender, quanto o coração de Deus deve ser “por nós”, de modo que desejou ter nos em Sua presença, e pelo alto custo, para nos tornar aptos a Sua presença. Para mim talvez teria sido suficiente, se me tivesse preservado de preocupações e dores, e tornado a minha vida o mais fácil possível. Mas o Seu propósito em amor era de ter-me ali perto de Si, me ver em casa naquele lugar, onde tudo é luz e amor, e me fazer feliz na consciência, de que sou precioso para Ele.
Cristo, Seu Filho amado, é a nossa vida; Ele é a sua fonte, mantenedor e conteúdo, e quanto mais avançamos em nosso caminho, tanto mais sentimos o quanto precisamos Dele. Paulo não disse no inicio de sua caminhada, do profundo desejo de reconhece-Lo, mas quando seu caminho estava próximo ao fim. As suas circunstancias eram tais, que com certeza tinha necessidades. Mas o “prisioneiro de Jesus Cristo” não pensava em honra nem conforto, nem em bens deste mundo – nem no que ele tinha de ceder. Seu desejo ardente apontava para Cristo.
Comunhão com Deus não é simples doutrina, mas viva realidade; não um simples sentimento, mas verdade. Representa conformidade com o Deus vivo em pensamentos e sentimentos como resultado de uma comunhão intima com Ele. Se compreendemos isto, então perguntemo-nos: Nossa vida e comportamento é dirigida por esta comunhão com Deus? Poderemos suportar o pensamento, de viver algum momento sem esta comunhão? Tivéssemos todos nós mais este desejo, de uma viva e intima comunhão com Ele como prazer diário!
Só um relacionamento pessoal com Deus nos pode manter em uma mentalidade espiritual condizente. Progresso no conhecimento e zelo no serviço do Senhor é bom, mas não pode produzir em nós o efeito que a comunhão com o Pai e o Filho produz.
Nada pôde interromper a permanência constante do Senhor Jesus na presença do Pai. Por maior que fosse a tempestade a volta Dele, em Sua alma dominava a paz de Deus. Sim, mesmo quando sabia que os dirigentes do Seu povo discutiam sobre a morte de seu Messias, pôde falar a seus discípulos do prazer e da paz que Ele lhes queria dar.
Pode acontecer, de nós reconhecermos alguns pontos essenciais conforme os pensamentos do Senhor, mas em outros, que Lhe são também tão importantes, sermos totalmente negligentes. Perguntemo-nos se não é assim de vez em quando conosco. Não deveríamos permanecer despreocupados, diante de tais diferenças de avaliação se ocorrerem entre nós e Deus.
Não se trata aqui, se algo é agradável e interessante para mim, mas se é agradável a Deus e de Seu interesse. O que merece a Sua atenção com certeza também merece a minha. Se o Senhor na sua condescendência nos chama de amigos, não deveríamos conhecer alegria maior que julgarmos todas as coisas como Ele, neste relacionamento

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