quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade. João 16: 13

Georg Spalatin era amigo de Martinho Lutero e capelão da corte de Frederico, o Sábio, eleitor da Saxônia. Certa vez, ele perguntou a Lutero em uma carta qual a melhor maneira de estudar as Escrituras Sagradas. Lutero respondeu a ele em uma carta datada de 18 de janeiro de 1518:

“Até agora, excelente Spalatin, você só perguntou sobre coisas que estão ao meu alcance. Mas instruí-lo no estudo das Escrituras Sagradas está além dos meus poderes. (...) Mas se você realmente deseja conhecer meu procedimento, não o esconderei de você.


Acima de tudo, é certo que as Sagradas Escrituras não podem ser compreendidas nem pelo estudo nem pela razão; portanto, você deve começar primeiro pela oração. Ore ao Senhor para que Ele, em Sua grande misericórdia, possa lhe dar o verdadeiro entendimento de Sua Palavra.


O único intérprete da Palavra divina é o próprio Autor da Palavra, como Ele diz: 'Todos serão ensinados por Deus' (João 6: 45). Não espere nada de seu trabalho, nada de seu entendimento, confie somente em Deus e na influência do Espírito. Acreditem em minha experiência”.


A reverência a Deus e à Sua palavra, bem como a humildade do Reformador, devem caracterizar todo crente hoje. Isso também inclui a disposição de colocar em prática tudo o que reconhecemos como a vontade de Deus quando lemos as Escrituras Sagradas. O próprio Senhor Jesus diz que essa atitude é o pré-requisito indispensável para que Deus nos dê uma compreensão verdadeira e espiritual de sua palavra (João 7: 17).


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 21: 19 - 22: 7; Salmo 107: 1 - 22



quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto. João 15: 5

Belos jardins criam uma atmosfera especial. As flores, os arbustos e as árvores falam conosco em sua própria linguagem visual. Nós os entendemos bem. A Bíblia capta essa linguagem e nos dá lições visuais espirituais.

João 15 fala sobre a videira. O benefício dessa planta é essencialmente limitado ao seu fruto. Além disso, não há muito a ser feito com ela. A madeira é tão retorcida que não pode ser processada posteriormente.


Quando o Senhor Jesus estava na Terra, Ele se descreveu como a “videira verdadeira” (versículo 1). Deus sempre encontrou o fruto pleno Nele. Todas as características divinas vieram à tona em Sua vida para a alegria de Deus.


Agora, nosso versículo fala sobre os ramos, que se referem àqueles que estão ligados a Cristo, mesmo que apenas por confissão. O vinhateiro - uma representação de Deus, o Pai - busca frutos neles. Ele encontra alguns ramos que não dão frutos. Eles não formam uma verdadeira unidade de vida com Cristo, não têm vida nova. São pessoas que professam Cristo, mas nunca se arrependeram. É por isso que elas não podem representar as características divinas de forma alguma.


O Pai encontra frutos nos outros. Ele tem prazer nisso. Mas Ele não está satisfeito com isso. E se pertencermos a esses ramos verdadeiros, também não devemos nos satisfazer com isso. A meta é dar “muito fruto”. E como chegaremos lá? - Se conhecermos e amarmos Cristo, se, portanto, “permanecermos Nele” e dEle extrairmos nossa vitalidade, Suas características também se tornarão visíveis em nossa vida. Somente assim poderemos dar “muito fruto” para a alegria de Deus.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 21: 1 - 18; 3 João 9 - 13

terça-feira, 29 de outubro de 2024

Mediante a fé, estais guardados na virtude de Deus, para a salvação já prestes para se revelar no último tempo. 1 Pedro 1: 5

A herança preservada


Ontem consideramos a herança dos filhos de Deus, que é guardada para nós no céu. Mas os próprios herdeiros também são preservados. Dessa forma, Deus garante que seus filhos poderão um dia tomar posse de sua herança.


Deus preserva os crentes por meio de seu poder. É o mesmo poder que ressuscitou o Senhor Jesus dentre os mortos e nos tirou da morte espiritual e nos deu vida. Agora esse poder está agindo em nós para nos fortalecer no homem interior (Efésios 1: 19 - 2: 7; 3: 16).


O poder de Deus não nos preserva removendo todas as dificuldades de nosso caminho e não permitindo provações. Não, ele fortalece nossa fé para que possamos passar nos desafios. Essa “prova da nossa fé” um dia resultará na glorificação de Deus “na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1: 7).


Quando Cristo aparecer visivelmente “nos últimos dias” e nós com Ele, então nossa salvação também será revelada em toda a sua extensão. Já poderemos desfrutá-la no momento do nosso arrebatamento. Então seremos salvos de todos os perigos imagináveis; e nosso corpo também experimentará a redenção. Mas isso só será revelado ao mundo quando aparecermos com Cristo. Pedro fala sobre isso em nosso versículo do dia. E assim como o mundo um dia reconhecerá que o Pai nos amou (João 17: 23), ele então perceberá nossa salvação completa, da qual nosso corpo também participa. Em vista desse evento, seremos preservados pelo poder de Deus.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 20: 12 - 21; 3 João 1 - 8

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Deus ... nos gerou de novo ... para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós. 1 Pedro 1: 3, 4

A herança guardada


Quem quiser ser herdeiro de Deus precisa ser filho de Deus. E isso é todo aquele que é “gerado de novo” por Deus, ou seja, nascido de novo.


O povo de Israel já teve em mente a terra de Canaã como sua herança terrena. A herança cristã, no entanto, tem um caráter celestial e está “guardada nos céus”.


Portanto, os filhos de Deus também são herdeiros: “herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo”. Nossa herança inclui todas as riquezas de Deus, pois o Senhor Jesus as recebeu de Deus como um homem glorificado no céu. Ele deseja compartilhar essas riquezas conosco. Por meio da fé, já podemos conhecer grande parte delas agora e desfrutá-las (Romanos 8:17; Gálatas 4:7; cf. também João 17.22). Enquanto estivermos na Terra, enfrentaremos provações, oposição e nossa própria infidelidade. Mas nada disso pode afetar a herança que está guardada para nós no céu.



* Essa herança é incorruptível e imperecível. Até mesmo metais duráveis e preciosos, como ouro e prata, são perecíveis. Mas a nossa herança é imperecível (1 Pedro 1:18; 2 Pedro 3:12).


* Ela é incontaminável. Todas as coisas terrenas são contaminadas e manchadas pelo pecado. Nossa herança, por outro lado, nunca entrou em contato com o pecado e manterá sua pureza para sempre.


* Não pode murchar. Até a mais bela flor murcha (Isaías 40:7, 8). Mas o que Deus nos dará não envelhece e nunca perderá sua beleza.


Paulo orienta o crente a “não atentar para nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem”. Isso também inclui nossa herança eterna (2 Coríntios 4: 18).


Leitura diária da Bíblia 2 Reis 20.1-11 - 2 João 1-13

domingo, 27 de outubro de 2024

Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. E, desde então, buscava oportunidade para o entregar. Mateus 26: 14 - 16

30 moedas de prata


Essa quantia também foi o preço pela vida de um servo que foi ferido por um boi e morreu (Gênesis 21:32).


José foi vendido ao Egito por seus irmãos por apenas 20 moedas de prata. Mais tarde, essa quantia passou a ser o “valor de avaliação” de um homem com menos de 20 anos que fosse consagrado ao Senhor por meio de um voto, enquanto o “valor de avaliação” de um homem adulto era de 50 moedas de prata (Gênesis 37:28; Levítico 27:3, 5).


20, 30 ou 50 moedas de prata, qual era o valor do Senhor Jesus para o povo? Como elas O valorizavam? 30 moedas de prata - o preço da vida de um servo!


30 moedas de prata - o profeta Zacarias já havia escrito sobre isso. Essa era a recompensa que Israel estava preparado para dar ao Messias, seu pastor. Eles não valorizavam seu amor e cuidado mais do que o trabalho de um servo. “Esse belo preço”, como o SENHOR ironicamente o chama, era tão pobre que o SENHOR não o aceitou, mas mandou jogá-lo ao oleiro. Essa profecia de Zacarias foi cumprida quando Judas se arrependeu das consequências de sua traição. Para se livrar da recompensa do traidor, ele a jogou no templo. No entanto, os príncipes dos sacerdotes não quiseram colocar o dinheiro do sangue no tesouro do templo, mas compraram um campo de oleiro para ele (Zacarias 11: 12, 13; Mateus 27: 3 - 10).


Em contraste, o óleo da unção com o qual Maria de Betânia ungiu o Senhor Jesus valia mais de 300 denários. Isso era mais de três vezes o “salário de Judas” (Marcos 14: 9).


Sim, se realmente conhecemos e amamos o Senhor Jesus, Ele é extraordinariamente valioso e precioso para o nosso coração.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 19: 25 - 37; 1 João 5: 13 - 21



sábado, 26 de outubro de 2024

Como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus? Gênesis 39: 9

A tentação em questão nessa passagem bíblica é a imoralidade sexual. José é um bom exemplo de alguém que enfrentou tais tentações. Ele escolheu honrar o Senhor e não ceder à tentação, mas fugir dela.

A imoralidade sexual não é um perigo apenas para os jovens. A imoralidade é pecado, mesmo que ocorra “apenas” em nossos pensamentos. O Senhor Jesus diz claramente: qualquer pessoa que simplesmente olha para outra mulher com cobiça está cometendo adultério em seu coração. E a tecnologia de hoje tornou o “olhar” muito fácil - especialmente o olhar errado (Mateus 5: 28).


Como José lidou com a tentação sexual naquela época? Ele havia sido vendido como escravo para o Egito e servia na casa de Potifar, onde acabou assumindo uma posição de confiança sob a bênção de Deus. Mas ele estava longe de casa; sentia-se solitário. E a esposa de Potifar queria tentar José a pecar. Mas José resistiu à tentação; ele era temente a Deus e não queria pecar contra Potifar ou contra Deus. Todo pecado é, antes de tudo, dirigido contra o próprio Deus (cf. Salmo 51: 6).


José não foi tentado apenas uma vez; a esposa de seu senhor queria seduzi-lo “dia após dia”. Mas José recusou, não cedeu à tentação e não brincou com o pecado. Suas inibições permaneceram intactas e sua consciência continuou sensível. E quando a tentação finalmente o assaltou, José fugiu de casa. Isso é exemplar!


Hoje, somos confrontados com as mesmas tentações de José. Também é importante para nós que nossa consciência seja caracterizada pelos padrões de Deus e que nosso limiar de inibição funcione; assim, poderemos fugir da tentação. Ajuda se nos lembrarmos de que nosso corpo também é importante para Deus: nosso corpo é o “templo do Espírito Santo” e devemos glorificar a Deus nele (1 Coríntios 6: 19, 20).


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 19: 14 - 24; 1 João 5: 6 - 12

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer. Lucas 18: 1

Vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes. Mateus 6: 8


Às vezes, as crianças fazem a seguinte pergunta: “Por que devemos orar? Deus já sabe o que precisamos. Por que devemos orar o tempo todo?”


Antes de tudo, devemos nos lembrar de que as orações não se limitam a pedidos. As orações também podem conter agradecimento, louvor, adoração ou confissão de pecado. Isso significa que sempre há um motivo para orar a Deus. Mas uma dessas motivações também é para pedir. Por que isso acontece?


Nosso Deus é um Deus comunicador, ou seja, Ele quer que nos comuniquemos com Ele abrindo nosso coração para Ele em oração; e Ele quer se comunicar conosco falando conosco por meio de Sua Palavra. Portanto, Deus é muito diferente dos ídolos pagãos, que têm boca e ouvidos, mas não podem falar nem ouvir (Salmo 135: 16, 17).


Deus quer que Seus filhos falem com Ele: Ele quer ter comunhão conosco. É por isso que Deus providenciou a oração como o meio pelo qual recebemos Dele o que precisamos.


O Senhor Jesus diz: “ Pedi e vos será dado”. Paulo nos incentiva a levar todos os nossos pedidos diante de Deus. E aprendemos com Tiago que não receberemos nada se não pedirmos (Mateus 7: 7; Filipenses 4: 6; Tiago 4: 2).


A vida do crente é uma batalha na qual não podemos sobreviver sem oração. Entretanto, não é contra pessoas que temos de lutar, mas contra os poderes malignos no mundo celestial. Devemos não apenas usar toda a “armadura de Deus”, mas também “orar em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito” (Efésios 6: 12, 13, 18). O Senhor Jesus nos diz:


“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação”. Mateus 26: 41


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 19: 1 - 13; 1 João 5: 1 - 5

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Vi sete castiçais de ouro; e, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem. Apocalipse 1: 12, 13

A história de três igrejas


No local A, a igreja ou congregação na Rua do Sul não tem problemas reais, pelo menos não na opinião das pessoas complacentes de lá. As reuniões prosseguem como de costume. A palavra é proclamada. No entanto, o declínio da força espiritual não é reconhecido ou mesmo negado; como resultado, a lacuna entre a doutrina e a prática está aumentando gradualmente. Isso também é ignorado, exceto pelos jovens. Se isso continuar, essa igreja morrerá como tantas outras antes dela.


No local B, a igreja da Rua Oeste provavelmente crescerá. Sua meta é o crescimento numérico externo, e ela fará qualquer coisa para conseguir isso. Tudo o que é novo é automaticamente considerado bom lá, enquanto tudo o que é habitual é suspeito de ser um obstáculo e ultrapassado. Entre as muitas coisas boas que acontecem ali, dificilmente se percebe que as verdades bíblicas menos populares têm sido negligenciadas ou até mesmo rejeitadas, que a pessoa é cada vez mais influenciada pelo espírito da época e que o foco está em métodos atraentes e não em Cristo e no crescimento interior em direção a Ele. Essas igrejas mudam como camaleões.


No local C, a igreja na Rua Oriental examina a si mesma à luz da Bíblia e se arrepende. Ela confessa onde se desviou dos exemplos e princípios das Escrituras. Eles reconhecem suas falhas na pregação do evangelho, no ensino da Palavra e no cuidado com as ovelhas, e clamam a Deus por ajuda. Ela sabe que nem a complacência nem a mudança constante podem ajudá-la, mas somente Cristo e Sua Palavra. Ela abre seu coração novamente para Ele, a cabeça de Seu corpo, e experimenta que Ele é completamente suficiente para todas as suas necessidades. E ela desfrutará da presença e da aprovação Dele, independentemente do que os outros pensem dela.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 18: 26 - 37; 1 João 4: 15 - 21



quarta-feira, 23 de outubro de 2024

Eu te louvarei, porque de um modo terrível e tão maravilhoso fui formado; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. Salmo 139: 14

Como o homem, em geral, se afastou de Deus, ele é jogado de volta para si mesmo e fica sozinho com seus problemas. Mas qualquer pessoa que consiga repetir de coração uma oração de ação de graças como a da nossa passagem bíblica encontrou a chave para resolver seus problemas: Ele não precisa mais encontrar a si mesmo, aceitar a si mesmo, afirmar a si mesmo, mas se reconhece como encontrado, como aceito e cuidado pelo Deus que o “procurou e conheceu” (versículo 1).

Aquele que sabe que esse Deus o “fez” não se vê como um “produto de massa”, mas como um original inconfundível, tecido pelo Criador como uma obra de arte.


Essa consciência nos liberta dos complexos de inferioridade, bem como do orgulho e da arrogância. Os crentes não precisam olhar com inveja para outros que supostamente são mais atraentes, mais talentosos ou mais bem-sucedidos do que eles. Não, eles podem saber que Deus os quis exatamente como eles são, com seus talentos e suas limitações, com suas oportunidades de vida e suas restrições.


Essa pessoa não precisa procurar o caminho para uma vida plena como um “desbravador”. Afinal, “seus dias” já estavam “traçados” e “escritos no livro de Deus” quando “ele ainda não era um deles” (versículo 16). É claro que ele não deve se deixar levar pela tentação de seguir seu próprio caminho, pois isso se revelaria “um caminho de dificuldades” - um beco sem saída. Mas se ele se confiar à orientação de Deus, Ele certamente o “guiará por um caminho eterno” por meio de Sua palavra (versículo 24). O Senhor Jesus Cristo pavimentou esse caminho para nós por meio de sua morte sacrificial. É o caminho de segui-Lo, o “iniciador e aperfeiçoador da fé” (Hebreus 12: 2).


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 18: 1 - 25; 1 João 4: 7 - 14

terça-feira, 22 de outubro de 2024

Mas Maria guardava todas essas coisas, conferindo- as em seu coração. Lucas 2: 19

Ponderar as palavras de Deus em nosso coração é mais do que apenas ler uma passagem da Bíblia, e também mais do que estudar a Bíblia para obter conhecimento. Ponderar ou meditar é mais uma “questão do coração” do que uma questão da cabeça. Aqueles que ponderam uma passagem das Escrituras não estão pensando em pregar para os outros, mas permitem que a verdade tenha um efeito sobre eles e desenvolvam uma profunda apreciação por ela. Elas são sempre acompanhadas pela pergunta: O que o Senhor tem a dizer para mim pessoalmente?

Também ouvimos a palavra de Deus nos sermões. E em muitas lições bíblicas, a Bíblia é considerada e interpretada em seu contexto. As contribuições se complementam. Isso é bom, pois o ensino saudável forma a base para uma vida de fé saudável. Mas não deve terminar aí quando ouvimos a Palavra. O alimento da Palavra de Deus deve ser sempre “digerido”. Dessa forma, a Palavra pode tocar nosso coração e se tornar nossa propriedade. Depois, há efeitos muito práticos: Agradeceremos ao nosso Deus pela bênção, O adoraremos e - se necessário - confessaremos nossas transgressões a Ele.


Precisamos de tempo e silêncio para refletir e permitir que a palavra de Deus tenha um efeito sobre nós. Seja pela manhã ou à noite, em uma caminhada, após uma refeição ou antes de dormir - não importa. O Senhor não está limitado pelo tempo e pelo espaço. Ele está sempre presente. É importante apenas que dediquemos tempo e descanso a Ele e à Sua palavra.


Devemos manter nossa admiração pelos pensamentos de Deus. Assim, Sua palavra nos fará felizes, fortalecerá nossa fé e nos protegerá das tentações do mundo e do diabo.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 17: 19 - 41; 1 João 4: 1 - 6

segunda-feira, 21 de outubro de 2024

Nos últimos dias, sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão ... jactanciosos ... se vangloriarão. 2 Timóteo 3: 1, 2

Quem não gosta de falar sobre suas conquistas? Isso começa em casa: Todo mundo tem algo para “ostentar”, como diz o ditado. O mundo dos negócios também se gaba: Em brochuras brilhantes, todas as empresas tentam apresentar a si mesmas e seus produtos da melhor maneira possível. Isso não é diferente na ciência: às vezes, até mesmo realizações insignificantes são apresentadas como grandes inovações. Uma pequena ervilha é frequentemente transformada em um grande balão de acordo com o lema “mais aparência do que realidade”.

As pessoas têm uma grande necessidade de reconhecimento. Todo mundo quer ser alguém, especialmente em comparação com os outros. Isso sempre foi assim. Mas “nos últimos dias” esse traço de caráter está ainda mais desenfreado do que antes.


O fariseu no templo orou: “Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens... Jejuo duas vezes na semana e dou os dízimos de tudo quanto possuo”. E o que o Senhor diz? “Qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado” (Lucas 18: 9 - 14).


Como o Senhor Jesus se comportou de forma diferente! Quanta coisa boa Ele fez! No entanto, Ele nunca se colocou em primeiro plano e nunca se permitiu ser celebrado como um benfeitor. Sua motivação era servir. Ele era humilde de coração e nunca buscou Sua própria honra.


A vanglória é carnal. Se alguém ainda quiser se vangloriar, que seja somente do Senhor. Isso não nos exclui de compartilhar nossas experiências na vida ou no serviço ao Senhor. O apóstolo Paulo também fez isso. Mas depois ele relatou o que Deus havia feito por meio dele. Qualquer autoglorificação está fora de lugar e só nos prejudicará (1 Coríntios 1: 29 - 31; Atos 15: 12; 21: 19).


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 17: 1 - 18; 1 João 3: 16 - 24



domingo, 20 de outubro de 2024

Salva-te a ti mesmo e desce da cruz. Marcos 15: 30

Quantas profecias do Antigo Testamento foram cumpridas nas primeiras três horas na cruz, quando o Senhor Jesus foi motivo de chacota de todos que O viram ali! Toda a zombaria, o escárnio e o desprezo encontram sua explicação nas palavras: “Por amor de ti tenho suportado afronta; a confusão cobriu o meu rosto. Pois o zelo da tua casa me devorou, e as afrontas dos que te afrontam caíram sobre mim. .. Bem conheces a minha afronta, e a minha vergonha, e a minha confusão; diante de ti estão todos os meus adversários. Afrontas me quebrantaram o coração, e estou fraquíssimo; esperei por alguém que tivesse compaixão, mas não houve nenhum; e por consoladores, mas não os achei” (Salmo 69: 7, 9, 19, 20; cf. Salmo 102: 8; 109: 3).

A primeira menção é feita aos transeuntes que blasfemaram contra o Senhor da glória, balançando a cabeça. Balançar a cabeça era um gesto de desprezo e zombaria. Isso já havia sido previsto sobre o Senhor nos Salmos proféticos: “Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça” (Salmo 22: 7). O cerne da zombaria que atingiu o Senhor de todos os lados é o pensamento de que Ele deveria ser capaz de salvar a si mesmo se fosse realmente o Messias.


Da mesma forma, os principais sacerdotes e escribas zombavam: “Salvou os outros e não pode salvar-se a si mesmo” (versículo 31). Não há dúvida de que o Senhor tinha o poder de fazer isso, mas se Ele tivesse “salvado a Si mesmo”, então não haveria salvação, nem redenção para os perdidos.


Por fim, é mencionado que até mesmo os ladrões que foram crucificados com Ele injuriaram o Senhor antes que um deles caísse em si, se arrependesse e cresse no Senhor. Um exemplo brilhante da graça de Deus! (Lucas 23: 39 - 43).


O Senhor Jesus suportou pacientemente e em silêncio todo o sofrimento da humanidade. Sim, com incomparável amor, Ele até mesmo orou pedindo perdão para Seus atormentadores: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!” (Lucas 23:34).


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 16: 1 - 20; 1 João 3: 7 - 15



sábado, 19 de outubro de 2024

Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai! Romanos 8: 14, 15

Os cristãos que são guiados pelo Espírito de Deus provam que são filhos de Deus. Eles sentem profundamente em seu coração o quanto foram aproximados de Deus, o Pai.

A natureza pecaminosa de Adão, a “carne” que costumava determinar seu modo de vida, não pode mais reivindicá-los; eles não são mais devedores dela (v. 12). Mas isso não significa que o crente seja apresentado nesse capítulo como devedor de Deus ou do Espírito de Deus. Isso apenas o comprometeria mais uma vez a uma obediência desastrosa, servil e legal. É por isso que o cristão não é chamado de “servo de Deus” nesse contexto; esse relacionamento caracterizava o povo de Israel sob a Lei do Sinai.


Não, o Espírito Santo habita no crente como uma pessoa, e quando o Espírito de Deus pode guiar e trabalhar, a proximidade muito maior e a posição muito mais elevada dos cristãos como filhos de Deus vêm à tona (cf. Gálatas 4: 1 - 7).


Sob a lei há apenas escravidão e temor, ao passo que sob a graça há liberdade e proximidade. O Espírito de Deus é um “Espírito de filiação”; Ele não apenas dá ao cristão o poder de rejeitar as influências perversas da carne, mas também lhe dá a profunda consciência de que ele está muito próximo de Deus, o Pai, e está diante Dele em uma nova posição. Em conexão com isso, o Espírito dá ao crente que se submete à Sua orientação novos motivos e novos objetivos.


Isso leva ao serviço a Deus com verdadeira liberdade e alegria.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 15: 23 - 38; 1 João 3: 1 - 6



sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Ninguém cobiçará a tua terra, quando subires para aparecer três vezes no ano diante do SENHOR, teu Deus. Êxodo 34: 24

Todos os homens do povo de Israel deveriam ir a Jerusalém três vezes por ano para participar das festas do Senhor. Para muitos israelitas, isso significava longas viagens e ficar longe de casa por vários dias. Não era perigoso deixar vilarejos e casas sem proteção e guarda masculina? Não havia um risco considerável de a segurança ser comprometida se ocorressem ataques inimigos durante esse período?

Mas Deus conhecia essa preocupação de antemão e prometeu que nada aconteceria à terra desprotegida durante esse período; Ele mesmo cuidaria dela. Portanto, qualquer medo seria, na verdade, infundado. No entanto, a fé em Deus e a confiança em Sua promessa eram necessárias para seguir Seu chamado e realmente ir regularmente ao lugar onde Deus queria ser honrado.


Hoje em dia, geralmente não precisamos ter medo de uma invasão em nossa casa quando participamos de um culto na igreja para honrar a Deus e experimentar a comunhão dos crentes, ou quando servimos ao Senhor em várias tarefas. No entanto, temos que gastar tempo e energia, talvez até dinheiro. Mas esse “esforço” nunca é uma “perda”! Porque Deus vê nosso coração e recompensará tudo o que fizermos por amor e em obediência a Ele.


Às vezes, já vemos algo dessa recompensa em nossa vida na Terra: pode ser uma bênção material ou o fortalecimento espiritual e a alegria no Senhor. No mais tardar, quando formos revelados diante Dele e entrarmos no gozo do Senhor, seremos ricamente recompensados por tudo o que fizemos por Ele (cf. 2 Coríntios 5: 10; Mateus 25: 21, 23).


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 15: 1 - 22; 1 João 2: 20 - 29

quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Os amigos te cumprimentam. Saúda os amigos daí, pessoa por pessoa. 3 João 14

O idoso apóstolo João escreveu uma carta pessoal a Gaio e lhe deu um testemunho impressionante: Gaio se apegou à verdade e andou nela, e tudo o que fez, fez fielmente (v. 3, 5).

Em vista das dificuldades na congregação local, certamente foi um conforto para Gaio o fato de ele não estar sozinho. O discípulo Demétrio também teve um testemunho positivo de todos os crentes e “da própria verdade” (v. 12).


No final da carta, o apóstolo fala de amigos que enviaram saudações a Gaio ou a quem Gaio deveria saudar por sua vez. Por um lado, eram amigos que Gaio tinha no lugar onde o apóstolo estava hospedado; por outro lado, eram amigos que o apóstolo tinha no lugar onde Gaio morava. Ambos conheciam os amigos um do outro e estavam obviamente em contato. - Os amigos do Senhor Jesus e, portanto, também os amigos uns dos outros são aqueles que fazem o que o Senhor ordena em seu interior e a quem o Senhor deu a conhecer tudo o que lhe foi confiado por Seu Pai para eles (João 15: 14, 15). João obviamente também está pensando nessa amizade espiritual aqui. Aplicando isso a nós, aprendemos que


* A amizade não é uma questão de idade. Quer tenhamos envelhecido, quer estejamos no meio da vida ou sejamos jovens - todos precisam de bons amigos espirituais!


* Será que temos bons amigos? Gaio tinha bons amigos - caso contrário, o apóstolo certamente não estaria em contato com eles. Com bons amigos, você pode orar, compartilhar a palavra de Deus e, em momentos de necessidade, os amigos podem apoiar uns aos outros (Provérbios 17: 1).


Somos bons amigos para os crentes ao nosso redor? As saudações do apóstolo falam de apreço e solidariedade com os amigos. Isso nos incentiva a estar mais presentes para nossos amigos nas diferentes situações da vida e a buscar e experimentar uma boa comunhão espiritual com eles.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 14: 17 - 29; 1 João 2: 12 - 19

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Neste lugar darei a paz, diz o SENHOR dos Exércitos. Ageu 2: 9

Cidade da paz


Recentemente, visitamos a cidade de Osnabrück, que se autodenomina, com muita autoconfiança, a “Cidade da Paz”, porque a guerra de 30 anos foi resolvida aqui em 1648. Os tratados da chamada Paz de Westfália foram assinados no Salão da Paz da prefeitura medieval, que ainda pode ser visitado hoje. A ideia de paz também pode ser vista em toda a paisagem urbana.


O atributo “Cidade da Paz” é corretamente atribuído a outra cidade: Jerusalém. O nome em hebraico significa exatamente isso: cidade da paz.


Jerusalém é o lugar que Deus escolheu para “fazer habitar ali o seu nome” (Deuteronômio 12: 11). Davi conquistou essa cidade dos jebuseus e seu filho Salomão, o rei da paz, construiu ali o primeiro templo sob as ordens de Deus. No entanto, devido à infidelidade do povo de Israel, esse templo foi destruído mais tarde, assim como todos os edifícios subsequentes do templo.


Notavelmente, Jerusalém tem se caracterizado pela violência e pela guerra desde a época de Salomão, especialmente nos últimos séculos, porque o judaísmo, o cristianismo e o islamismo entraram em conflito ali. Nem um traço de paz!


Mas, no futuro, Jerusalém ainda honrará seu nome: Quando o Senhor Jesus vier a esta terra em poder e glória, Ele estabelecerá um reino maravilhoso que durará 1.000 anos. Ele governará esse reino a partir de Jerusalém. Um novo templo será erguido ali, e a profecia do versículo de hoje será cumprida: “Neste lugar darei paz”. A paz não se limitará a Jerusalém, mas a justiça e a paz reinarão em toda a Terra. Que futuro maravilhoso!


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 14: 1 - 16; 1 João 2: 1 - 11

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar. 2 Timóteo 3: 16

Nos quatro Evangelhos, o Senhor Jesus às vezes é apresentado de forma muito diferente, por exemplo, em termos da ordem e da maneira como os eventos e as palavras do Senhor são comunicados a nós.


Qual é a justificativa para essas diferenças? A fraqueza dos homens que fizeram o melhor que puderam ao escrever os relatos, mas que não se pode esperar que concordem absolutamente uns com os outros? - Afinal de contas, mesmo as melhores e mais capazes pessoas nem sempre concordam em seus pensamentos, sentimentos, medos e julgamentos.


Ou será que devemos atribuir essas aparentes inconsistências não à fraqueza do homem, mas à sabedoria de Deus? E não deveríamos considerar as diferentes nuances como sendo a verdade plena tanto quanto as semelhanças óbvias? Não nos esqueçamos nem por um momento de que os livros da Bíblia preservam maravilhosamente a individualidade dos escritores. Mas devemos nos dar conta de que a individualidade preservada é algo bem diferente do erro permitido. A inspiração divina não permite o erro nem destrói a individualidade.


O fato de haver numerosas e marcantes diferenças nos Evangelhos só pode permanecer oculto para um leitor superficial. O fato de essas diferenças serem desejadas por Deus e não devidas ao descuido humano é certo para o crente. Se alguém professa a inspiração dos Evangelhos, mas ao mesmo tempo os acusa de quaisquer erros, ele se engana e peca contra Deus. A inspiração deixaria de ser inspiração se fosse compatível com o erro. O fato de podermos explicar as diferenças e mostrar como elas são necessárias, razoáveis e divinamente perfeitas depende da compreensão espiritual e da capacidade do intérprete. Mas nenhum cristão pode ficar indiferente quando a credibilidade da Palavra de Deus é questionada. 


De acordo com William Kelly (1821-1906)


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 13: 10 - 25; 1 João 1: 5 - 10

segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Tomando-o de noite os discípulos, o desceram, dentro de um cesto, pelo muro. Atos 9: 25

Os caminhos de Deus com os seus são muito diferentes:

Tiago, irmão de João, é feito prisioneiro por Herodes. Deus permite isso e não intervém, e Tiago morre como mártir (cap. 12: 2).


Em seguida, Herodes também manda prender Pedro. Ele o mantém na prisão porque quer que ele seja executado publicamente alguns dias depois. É aí que Deus intervém e salva Pedro, fazendo com que um anjo do Senhor o acorde durante a noite e abra as portas da prisão e os portões da cidade para que ele escape. Assim, Pedro é milagrosamente salvo da morte certa (cap. 12: 3 - 10).


Saulo, por outro lado, prega aqui em Damasco e, como tantas vezes, encontra resistência dos judeus. Eles querem matá-lo e até mesmo incitam o governador do rei Aretas, que manda guardar a cidade para que Saulo não possa escapar (2 Coríntios 11: 32, 33). Mas se as portas e os portões estão trancados, as janelas permanecem. Assim, os crentes deixaram Saulo descer por uma janela em um cesto na parede. Uma dramática operação de salvação durante a noite!


Assim são os caminhos de Deus: Tiago - morto; Pedro - libertado por um milagre; Saulo - escapou com a ajuda de um cesto. E é assim que Deus age ainda hoje: Ele tira uma pessoa levando-a para casa, milagrosamente salva outra em uma situação perigosa e carrega uma terceira através de dificuldades e sofrimentos com grande compaixão.


É e continua sendo verdade: os caminhos de Deus são “mais altos do que os nossos caminhos” e Seus pensamentos “mais altos do que os nossos pensamentos”. Mas também é certo que “todos os seus santos estão em suas mãos”! (Isaías 55: 9; Deuteronômio 33: 3).


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 12: 17 - 13: 9:;1 João 1: 1 - 4



domingo, 13 de outubro de 2024

Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e disse-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Disse-lhes Jesus: Sou eu. ... Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra. João 18: 4 - 6

A divindade de Jesus no sofrimento


No Evangelho de João, o Senhor Jesus é descrito especialmente como o Filho de Deus. Por esse motivo, seu sofrimento nas últimas horas antes de sua morte também é descrito sob essa perspectiva. O relato inspirado nos mostra a grandeza e a soberania divinas do Senhor Jesus. Ele não é a vítima dos acontecimentos, mas mantém as rédeas da ação em Suas mãos até o fim. Assim, é dito várias vezes no curso posterior que Jesus “saiu”. Sim, Ele toma a iniciativa, ninguém pode conduzi-lo, Ele vai voluntariamente.


Em nossos versículos do dia, duas características divinas são enfatizadas: Sua onisciência e Sua onipotência.


* "Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir": Somente Deus sabe tudo, somente Ele conhece o futuro. Como o Filho de Deus, o Senhor Jesus sabia de tudo desde o início: Ele conhecia o coração maligno dos homens e sabia os sofrimentos que cairiam sobre Ele, golpe a golpe, nas próximas horas. É admirável que nosso Salvador não tenha recuado diante de Seu conhecimento prévio, mas tenha continuado no caminho do Pai.


* "Quando, pois, lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra": Quando Jesus se apresentou como o divino “Eu sou”, como o Ser Eterno, centenas de soldados caíram por terra. Nesse momento, Sua onipotência divina se manifestou. Mas Ele não usou esse poder para consumir Seus inimigos - pelo contrário, permitiu que Ele mesmo fosse capturado por eles. Mais uma vez, ficamos maravilhados com Sua glória divina, que não O impediu de percorrer o caminho do sofrimento até a morte.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 12: 1 - 16; João 21: 15 - 25

sábado, 12 de outubro de 2024

Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro da justiça que vem da fé. Hebreus 11: 7

Noé não teve medo do dilúvio que Deus havia anunciado, mas viveu sua vida no temor de Deus. Ele conhecia Deus, pois era um dos crentes do Antigo Testamento que foram justificados pela fé (Gênesis 6: 8, 9; cf. Romanos 4). Portanto, Noé levou a sério o “pronunciamento divino”. Ele viu o perigo que se aproximava; ele sabia o quanto era real, porque o próprio Deus o havia anunciado. Mas confiou na promessa de Deus de salvar a ele e sua família por meio da arca. Em vez disso, Noé teve a coragem da fé, porque ao construir a arca, ele condenou o mundo naquela época. Os homens estavam condenados ao julgamento e Noé fez com que eles soubessem disso. Como seus contemporâneos devem ter rido e zombado dele! No entanto, Noé pregou destemidamente a mensagem de Deus a eles por meio do Espírito de Cristo (2 Pedro 2: 5; 1 Pedro 3: 19, 20).

Como Noé serviu e honrou a Deus, porque levou a palavra de Deus a sério e a obedeceu, toda a sua família foi salva. Noé tornou-se um herdeiro - um “herdeiro da justiça”, que está associado ao Reino Milenar, ao “mundo futuro” sobre o qual Cristo reinará em justiça (Hebreus 2:5; cf. Salmo 37: 29; Isaías 11: 1 - 5).

Em questões de fé, sentimentos de medo nunca são uma boa força motivadora. Em vez disso, é importante que tenhamos sempre Deus diante de nossos olhos, conforme Ele se revelou a nós em Cristo. Assim, nós O vemos como luz e como amor. Então nos sentimos seguros com o Pai e prestamos atenção e obedecemos à Sua palavra. Se necessário, Ele nos educará por meios apropriados, mas mesmo isso nunca deve nos causar medo, pois Ele age por amor em nosso benefício (Hebreus 12: 4 - 11).

Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 11: 4 - 21; João 21: 7 - 14

sexta-feira, 11 de outubro de 2024

Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância. João 10:10

“Montando um cavalo morto”


Um velho ditado dos índios Dakota diz: “Se você descobrir que está montando um cavalo morto, desça!”

Essa advertência é muito sábia porque as pessoas tendem a se apegar a seus hábitos e a inventar mil desculpas para evitar ter de “desmontar”. Os instrutores de gestão gostam de apontar esse fato. Há coleções interessantes dessas desculpas e pedidos de desculpas, por exemplo

* Sempre montamos o cavalo dessa maneira.
* O cavalo não está morto.
* Estamos reformando o estábulo.
* Nenhum cavalo pode estar tão morto que não possa continuar sendo motivado.
* Mudamos os critérios que determinam se um cavalo está morto.

Essa ilustração também pode ser aplicada adequadamente à esfera pessoal. Por exemplo, o que dizer da felicidade real e duradoura em nossa vida? Já a alcançamos ou, pelo menos, estamos cada vez mais próximos dela? Ou estamos montados em um cavalo morto?

Temos paz? Paz interior profunda porque estamos em paz com Deus, conosco mesmos e com o que nos rodeia? - Ou estamos montados em um cavalo morto?

Se estivermos apenas vagando em vez de alcançar a paz real e a felicidade duradoura, então esta velha sabedoria é muito relevante para nós: “Se você perceber que está montando um cavalo morto, desça!”

Vamos descer do cavalo e deixar todas as desculpas e pedidos de desculpas de lado! Só chegaremos mais longe, só alcançaremos nossa meta se formos a Jesus Cristo. Ele quer nos dar paz e felicidade: vida abundante!

Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 10: 28 - 11: 3; João 21: 1 - 6

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Pelo que deixai a mentira e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros. Efésios 4: 25

O crente e a mentira


Nossa passagem bíblica baseia-se no fato de que os crentes “se despiram do velho homem” e “se revestiram do novo homem”. A mentira pertence ao estado maligno e à aparência feia do “velho homem” (versículos 22, 24; Colossenses 3: 9, 10).


Também encontramos essa categorização clara nas palavras do Senhor Jesus. Os escribas e fariseus não queriam ouvir a verdade que Ele apresentava. O apóstolo João relata como o Senhor então explicou para eles quem era o “pai” deles, ou seja, o diabo como a origem das mentiras - Satanás é o mentiroso por excelência.


E no Livro do Apocalipse, João nos diz que os mentirosos um dia compartilharão o destino eterno de Satanás (João 8: 44; Apocalipse 21: 8; 22: 15).


O Senhor Jesus está em contraste com isso. Ele podia dizer corretamente de Si mesmo: “Eu sou (...) a verdade”. E é dito que os filhos de Deus são “da verdade” e “ouvem a sua voz” (João 14: 6; 18: 37).


Entretanto, o pecado ainda habita em nós, crentes. Por esse motivo, ainda somos suscetíveis a mentiras e precisamos da admoestação de falar a verdade e não mentir uns para os outros. Lembremo-nos constantemente de que “o nosso homem velho foi crucificado conosco, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não mais servirmos ao pecado” (Romanos 6: 6).


Assim, não falaremos a inverdade, mas seguiremos o exemplo daquele que sofreu a morte de cruz por nós. E é nosso desejo falar a verdade, especialmente com nossos irmãos e irmãs na fé, porque estamos tão intimamente ligados como “membros uns dos outros”.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 10: 12 - 27; João 20: 19 - 31

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

E estavam os homens de Israel já exaustos naquele dia, porquanto Saul conjurara o povo, dizendo: Maldito o homem que comer pão até à tarde, para que me vingue de meus inimigos. 1 Samuel 14: 24

A legalismo traz tribulação


Jônatas, filho de Saul, e seu escudeiro obtiveram uma notável primeira vitória contra uma tropa inimiga de filisteus. Então Saul se junta à batalha com seu exército para derrotar completamente os filisteus em fuga. Enquanto persegue o inimigo, Saul faz um juramento precipitado: Ninguém deve comer nada até a noite, até que os inimigos sejam derrotados.


Por que essa ordem - justamente agora, quando os soldados precisam de energia para se fortalecer? Será que Saul quer ganhar o favor de Deus por meio de um jejum auto-imposto e contribuir para a vitória sobre o inimigo? De qualquer forma, não havia essa proibição de comer na Lei de Moisés; Saul, portanto, vai muito além das instruções de Deus. Ele está agindo por vontade própria, mesmo que sua declaração possa parecer piedosa a princípio. “Maldito” - essa é a linguagem da lei. “Até que eu me vingue dos meus inimigos” - essa é a linguagem da carne.


A ilegalidade de Saul tem três tristes consequências: o povo está exausto (versículo 31); uma grande derrota dos filisteus é impedida (versículo 30); e, por fim, o povo faminto rouba os despojos de guerra e come os animais junto com seu sangue - uma clara violação dos mandamentos de Deus (versículo 32).


Jônatas descreve claramente o desastre resultante: “Meu pai tem turbado a terra” (versículo 29). Isso deve nos alertar! Os filhos sérios de Deus que desejam levar uma vida piedosa e temente a Deus correm o risco de se tornarem legalistas. Entretanto, o legalismo sempre leva a dificuldades entre o povo de Deus: os crentes ficam desanimados, as vitórias da fé são diminuídas e até mesmo os pecados são favorecidos.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 9: 30- 1 0: 11; João 20: 11 - 18



terça-feira, 8 de outubro de 2024

Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? ... Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei; e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso. 2 Coríntios 6: 14 - 18

Se um crente faz causa comum com um incrédulo, iniciando um relacionamento íntimo com ele ou buscando objetivos comuns com ele, então ele está “em um jugo desigual” com ele, em um jugo desigual.

Ele sempre estará em desvantagem porque é ele quem tem algo a perder: a comunhão com seu Senhor.


Aqui está um limite significativo para nossa interação com o mundo. Certamente não podemos evitar todo contato com os incrédulos, “porque então vos seria necessário sair do mundo”, diz a Escritura; e isso não é possível (1 Coríntios 5: 10).


Na escola, no trabalho, na vida cotidiana, temos de lidar com incrédulos em todos os lugares e também precisamos trabalhar em cooperação com eles. Mas assim que uma relação de influência mútua se desenvolve entre nós e eles (como o jugo indica), o limite é ultrapassado: A comunhão com o Senhor sofre danos. Se os princípios morais do mundo nos influenciam e nos tornamos dependentes deles, o relacionamento não está de acordo com a vontade de Deus.


Pode não ser fácil julgar e agir corretamente em casos individuais, mas o Senhor não abandonará ninguém que se volte sinceramente para Ele: “Aos justos nasce luz nas trevas”, e: “Ele reserva a verdadeira sabedoria para os retos” (Salmo 112: 4; Provérbios 2: 7).


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 9: 17 - 29; João 20: 1 - 10

segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Marta, Marta! Estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada. Lucas 10: 41, 42

O serviço de Marta era bom. Era para o Senhor Jesus e os Seus. Nada lhes deveria faltar em sua casa em Betânia. Podemos aprender algo com isso. Mas uma coisa não foi boa: Marta queria que Maria fizesse o mesmo serviço que ela, e para isso - certamente sem intenção - deu instruções ao Senhor: “Dize-lhe ...”

No entanto, o Senhor não permite isso. Aqueles que servem devem permanecer nesse serviço (Romanos 12: 7), mas não devem pensar que os outros precisam fazer o mesmo serviço. O Senhor também reconheceu uma certa inquietação no coração de Marta, o que revelou uma deficiência interior.


Quão importante, portanto, é a referência à “boa parte” que Maria havia escolhido! O serviço adequado só pode vir da proximidade direta do Senhor. Isso também teria sido bom para Marta. Maria desfrutou da “água da vida”; seu desejo por Deus foi satisfeito; ela ganhou discernimento e força para agir para a honra e a alegria do Senhor e, mais tarde, para fazer a “boa obra” para Ele.


Será que Marta chegou mais tarde a um entendimento tão profundo quanto o de Maria? De qualquer forma, a parte de Marta também “não lhe foi tirada”. Ela “serviu” - dessa vez, obviamente, sem se preocupar ou se perturbar - quando Maria fez a “boa obra” e prestou sua profunda homenagem ao Senhor, ungindo-O. Mas o ato de amor de Maria não foi esquecido. Ainda hoje, “fala-se do que ela fez em sua memória” (Marcos 14:9).


Busquemos também a proximidade do Senhor para receber sua palavra em nosso coração!


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 9: 1 - 16; João 19: 31 - 42

domingo, 6 de outubro de 2024

E o crucificaram. Marcos 15: 25

Não nos são contados os detalhes horríveis da crucificação do Senhor Jesus. O historiador judeu Josefo a descreveu como a “mais terrível de todas as formas de morte”. Ele recusou o anestésico que foi oferecido ao Senhor (versículo 23). Ele suportou o sofrimento físico agonizante que os homens Lhe infligiram em plena consciência e enquanto estava em comunhão com Seu Pai. Embora os homens pudessem torturá-Lo ao extremo, não eram capazes de matá-Lo. Ele mesmo deu Sua vida por ordem de Deus. Glória a Ele por isso! (João 10: 18; 19: 30).

Os soldados haviam tirado as roupas do Senhor Jesus e agora as sortearam entre si. Nos Salmos, ouvimos o lamento do Senhor sobre isso; essa insensibilidade das pessoas também O afetou profundamente (versículo 24; Salmo 22: 19).


A inscrição completa na cruz aparentemente dizia: “Este é Jesus, o Nazareno, o Rei dos Judeus”. Isso pode ser deduzido comparando-se a redação dos quatro Evangelhos nesse ponto. Marcos dá a versão mais curta: “O Rei dos Judeus” (versículo 26). Essa é a parte essencial que todos os Evangelhos têm. Essa também foi a acusação perante Pilatos, à qual o Senhor Jesus confessou sem reservas com seu testemunho “Tu o dizes”. Todo transeunte podia ler essa “acusação”. Era a verdade.


“Dois ladrões” são crucificados junto com o Senhor Jesus. O Senhor da glória recebe um lugar no meio dos criminosos, como se Ele fosse o pior! (versículo 27; João 19: 18).


Deus permitiu esse tratamento dado ao Seu Filho. Mas Ele mesmo deu a Ele, o Cordeiro imolado, o lugar “no meio do trono” depois que a obra foi concluída (Apocalipse 5: 6). O julgamento diferente do Senhor pelos homens pecadores e pelo Deus todo-poderoso dificilmente poderia ser expresso de forma mais clara do que por meio desses dois fatos.


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 8: 16 - 29; João 19: 25 - 30