Apostasia em tempos posteriores
Os últimos versos do capítulo anterior constituem a introdução a este capítulo. Lá você verá que na casa de Deus tudo gira em torno do Senhor Jesus. Quando se abandona o que é mencionado ali, isso significa apostasia. Pois apostasia é quando não se tem mais o Senhor Jesus como suficiente. Quer-se ter algo a mais para ser ainda mais “cristão”. Mas isso é um ataque à sua pessoa. E é disso que tratam os primeiros versos deste capítulo. Resumindo, pode-se dizer que o capítulo 4:1 se cumpre quando não se mantém a verdade do capítulo 3:15,16 .
Nos dias de Paulo, já havia sinais de decadência. Por isso, o apóstolo pôde dar admoestações que eram de utilidade prática em seu tempo. À medida que o tempo avançou, essas admoestações se tornaram mais urgentes. É possível que Paulo tenha recebido uma mensagem especial do Espírito Santo para os tempos posteriores. Como o Espírito o diz, isso certamente acontecerá. A palavra “expressamente” dá ênfase especial ao que “o Espírito diz” sobre os “tempos posteriores” e que é extremamente aconselhável levar suas palavras a sério.
A expressão “o Espírito diz” é uma das provas de que o Espírito Santo é uma pessoa (divina) e não apenas uma força ou influência. O Espírito profere esta advertência urgente para que os santos não sejam surpreendidos. Ele fala de tempos que naquela época ainda eram futuros, mas que entretanto já chegaram. Por isso, o que Ele diz é particularmente atual para nós.
Esses “tempos futuros” são caracterizados por certas características pelas quais podem ser reconhecidos. Uma característica especial desses tempos é que “alguns apostatarão da fé”. Aqui ainda se fala de “alguns”. O mal ainda não se espalhou de forma generalizada, o que será certamente o caso nos últimos dias ; ; , em que vivemos agora.
Somente aqueles que não são verdadeiros crentes podem “apostatar da fé”. Todos aqueles que se converteram a Deus, confessaram sinceramente seus pecados e aceitaram Cristo como Senhor e Salvador têm a certeza da salvação ; ; ; . “Apostatar” significa distanciar-se de uma posição originalmente assumida. As pessoas que abandonam a fé conscientemente viram as costas para aquilo em que antes acreditavam. Tal fé era baseada apenas em suposições racionais .
Embora o Espírito nos guie à verdade completa , essas pessoas se desviam da verdade e se entregam à influência de espíritos enganadores e seus ensinamentos. Elas se ocupam com isso, buscam ali a sua salvação e se apegam às suas “verdades”. Elas estão cegas para o fato de que estão confiando em demônios, espíritos malignos que são instrumentos de Satanás.
Os demônios podem parecer tão piedosos. Mas as aparências enganam. Eles fingem piedade, enquanto o que dizem vem do pai da mentira. “Hipocrisia” é uma palavra relacionada à representação teatral. É uma encenação em que alguém representa outra pessoa e não a si mesmo. É como usar uma máscara que esconde a verdadeira identidade. Assim, esses sedutores usavam a máscara da piedade, que se manifestava no celibato e na abstinência de alimentos .
Essas pessoas têm sua “própria consciência cauterizada”. Sua essência é marcada pelo fato de serem completamente fechados ao evangelho, e essa marca está impressa neles como com um ferro em brasa e não pode mais ser removida. Sem consciência, eles dão às coisas que Deus deu um significado diferente do que Deus deu. Eles apresentam seus ensinamentos como se levassem a um estado mais elevado de santidade, através do qual Deus seria mais honrado.
Paulo menciona duas dessas doutrinas, nomeadamente as que se referem ao casamento e à alimentação. Deus deu ambas ao homem como bênção quando o criou. Em contraste, os demônios apresentam o casamento e a alimentação como algo que “apenas” pertence à velha criação e tem um estatuto inferior. Eles poderiam apontar que um cristão não pertencia mais à antiga criação, mas era uma nova criação. E aí as coisas eram bem diferentes.
Mas não há nada que possa destruir a ordem da criação de Deus. O casamento e a alimentação já faziam parte da criação antes do pecado existir. Desvalorizar esses dons significa desvalorizar o Criador. Deus espera justamente de nós, como novos seres humanos, que demos o devido valor às coisas que Ele nos deu no cristianismo. Ao mesmo tempo, trata-se aqui de um ataque a Cristo. O celibato (a obrigação de não se casar para um padre na Igreja Católica Romana) é uma doutrina de demônios. É um ataque à verdade de Cristo e da igreja.
Na segunda doutrina errada, “abster-se de certos alimentos”, os sedutores puderam se basear nas prescrições alimentares do Antigo Testamento (por exemplo, em Levítico 11). A doutrina errada está no mandamento (inventado) de se abster de certos alimentos. Assim, alguém que é vegetariano por convicção e se alimenta apenas de alimentos vegetais porque não quer comer carne está envolvido em uma doutrina demoníaca. Essa doutrina errada também é um ataque a Cristo, desta vez à sua obra. Quem se recusa categoricamente a comer carne se recusa a se alimentar da morte de outro.
A morte de um animal, do qual o homem pode se alimentar, é uma imagem da morte de Cristo, através da qual o homem pode receber vida. Paulo volta ao início: tudo o que “Deus criou”, Ele criou com um propósito específico: o homem deve desfrutar e honrá-Lo por isso. Através de falsas doutrinas, essa prerrogativa é negada ao homem.
Isso impede a gratidão, que deveria ser natural para um crente. Ao agradecer a Ele pela comida, você reconhece que a recebeu Dele.
Os incrédulos também recebem alimento , mas não agradecem a Deus por isso. Somente os filhos de Deus são capazes de receber o alimento como um presente de Deus. São aqueles que crêem e conhecem a verdade, o que os preserva dessas mentiras sobre a abstinência. As Escrituras deixam claro que pode haver razões para se abster por um tempo do casamento e também da comida (jejuar, como em ). Mas isso é outro assunto.
O que vem de um Deus criador bondoso não pode deixar de ser bom. As restrições determinadas pela lei foram abolidas pela luz do evangelho . Uma exceção permanece também no cristianismo: a proibição de comer sangue .
Quando falsos mestres rejeitam com seus ensinamentos as coisas boas dadas por Deus, Paulo explica, por outro lado, que “nada é repreensível, se for com ação de graças”. A única condição para desfrutar do bem criado por Deus é fazê-lo “com ação de graças” àquele que deu o bem.
O fato de os alimentos serem “santificados pela palavra de Deus e pela oração” não tem nada a ver com o bom hábito de dar graças antes ou depois da refeição e ler algo da palavra de Deus antes ou depois da refeição. O próprio Senhor Jesus sempre dava graças antes de uma refeição ; ; . Paulo parte do princípio de que essa é a regra geral e também age de acordo com ela .
Trata-se aqui, antes, de que, quando você santifica os alimentos, você toma uma parte de todos os alimentos para comê-los e apreciá-los em comunhão com Deus. Você faz isso porque a Palavra de Deus lhe esclareceu qual é realmente a relação entre as coisas criadas e o Criador. Mesmo nas coisas simples, como comer e beber, você desfruta da comunhão com Deus. Além disso, você experimenta essa comunhão com Deus de maneira muito especial na oração.
Leia novamente .
Pergunta ou tarefa: Por que Paulo fala de doutrinas de demônios quando se trata de coisas tão cotidianas como casamento e alimentação?
Os últimos versos do capítulo anterior constituem a introdução a este capítulo. Lá você verá que na casa de Deus tudo gira em torno do Senhor Jesus. Quando se abandona o que é mencionado ali, isso significa apostasia. Pois apostasia é quando não se tem mais o Senhor Jesus como suficiente. Quer-se ter algo a mais para ser ainda mais “cristão”. Mas isso é um ataque à sua pessoa. E é disso que tratam os primeiros versos deste capítulo. Resumindo, pode-se dizer que o capítulo 4:1 se cumpre quando não se mantém a verdade do capítulo 3:15,16 .
Nos dias de Paulo, já havia sinais de decadência. Por isso, o apóstolo pôde dar admoestações que eram de utilidade prática em seu tempo. À medida que o tempo avançou, essas admoestações se tornaram mais urgentes. É possível que Paulo tenha recebido uma mensagem especial do Espírito Santo para os tempos posteriores. Como o Espírito o diz, isso certamente acontecerá. A palavra “expressamente” dá ênfase especial ao que “o Espírito diz” sobre os “tempos posteriores” e que é extremamente aconselhável levar suas palavras a sério.
A expressão “o Espírito diz” é uma das provas de que o Espírito Santo é uma pessoa (divina) e não apenas uma força ou influência. O Espírito profere esta advertência urgente para que os santos não sejam surpreendidos. Ele fala de tempos que naquela época ainda eram futuros, mas que entretanto já chegaram. Por isso, o que Ele diz é particularmente atual para nós.
Esses “tempos futuros” são caracterizados por certas características pelas quais podem ser reconhecidos. Uma característica especial desses tempos é que “alguns apostatarão da fé”. Aqui ainda se fala de “alguns”. O mal ainda não se espalhou de forma generalizada, o que será certamente o caso nos últimos dias ; ; , em que vivemos agora.
Somente aqueles que não são verdadeiros crentes podem “apostatar da fé”. Todos aqueles que se converteram a Deus, confessaram sinceramente seus pecados e aceitaram Cristo como Senhor e Salvador têm a certeza da salvação ; ; ; . “Apostatar” significa distanciar-se de uma posição originalmente assumida. As pessoas que abandonam a fé conscientemente viram as costas para aquilo em que antes acreditavam. Tal fé era baseada apenas em suposições racionais .
Embora o Espírito nos guie à verdade completa , essas pessoas se desviam da verdade e se entregam à influência de espíritos enganadores e seus ensinamentos. Elas se ocupam com isso, buscam ali a sua salvação e se apegam às suas “verdades”. Elas estão cegas para o fato de que estão confiando em demônios, espíritos malignos que são instrumentos de Satanás.
Os demônios podem parecer tão piedosos. Mas as aparências enganam. Eles fingem piedade, enquanto o que dizem vem do pai da mentira. “Hipocrisia” é uma palavra relacionada à representação teatral. É uma encenação em que alguém representa outra pessoa e não a si mesmo. É como usar uma máscara que esconde a verdadeira identidade. Assim, esses sedutores usavam a máscara da piedade, que se manifestava no celibato e na abstinência de alimentos .
Essas pessoas têm sua “própria consciência cauterizada”. Sua essência é marcada pelo fato de serem completamente fechados ao evangelho, e essa marca está impressa neles como com um ferro em brasa e não pode mais ser removida. Sem consciência, eles dão às coisas que Deus deu um significado diferente do que Deus deu. Eles apresentam seus ensinamentos como se levassem a um estado mais elevado de santidade, através do qual Deus seria mais honrado.
Paulo menciona duas dessas doutrinas, nomeadamente as que se referem ao casamento e à alimentação. Deus deu ambas ao homem como bênção quando o criou. Em contraste, os demônios apresentam o casamento e a alimentação como algo que “apenas” pertence à velha criação e tem um estatuto inferior. Eles poderiam apontar que um cristão não pertencia mais à antiga criação, mas era uma nova criação. E aí as coisas eram bem diferentes.
Mas não há nada que possa destruir a ordem da criação de Deus. O casamento e a alimentação já faziam parte da criação antes do pecado existir. Desvalorizar esses dons significa desvalorizar o Criador. Deus espera justamente de nós, como novos seres humanos, que demos o devido valor às coisas que Ele nos deu no cristianismo. Ao mesmo tempo, trata-se aqui de um ataque a Cristo. O celibato (a obrigação de não se casar para um padre na Igreja Católica Romana) é uma doutrina de demônios. É um ataque à verdade de Cristo e da igreja.
Na segunda doutrina errada, “abster-se de certos alimentos”, os sedutores puderam se basear nas prescrições alimentares do Antigo Testamento (por exemplo, em Levítico 11). A doutrina errada está no mandamento (inventado) de se abster de certos alimentos. Assim, alguém que é vegetariano por convicção e se alimenta apenas de alimentos vegetais porque não quer comer carne está envolvido em uma doutrina demoníaca. Essa doutrina errada também é um ataque a Cristo, desta vez à sua obra. Quem se recusa categoricamente a comer carne se recusa a se alimentar da morte de outro.
A morte de um animal, do qual o homem pode se alimentar, é uma imagem da morte de Cristo, através da qual o homem pode receber vida. Paulo volta ao início: tudo o que “Deus criou”, Ele criou com um propósito específico: o homem deve desfrutar e honrá-Lo por isso. Através de falsas doutrinas, essa prerrogativa é negada ao homem.
Isso impede a gratidão, que deveria ser natural para um crente. Ao agradecer a Ele pela comida, você reconhece que a recebeu Dele.
Os incrédulos também recebem alimento , mas não agradecem a Deus por isso. Somente os filhos de Deus são capazes de receber o alimento como um presente de Deus. São aqueles que crêem e conhecem a verdade, o que os preserva dessas mentiras sobre a abstinência. As Escrituras deixam claro que pode haver razões para se abster por um tempo do casamento e também da comida (jejuar, como em ). Mas isso é outro assunto.
O que vem de um Deus criador bondoso não pode deixar de ser bom. As restrições determinadas pela lei foram abolidas pela luz do evangelho . Uma exceção permanece também no cristianismo: a proibição de comer sangue .
Quando falsos mestres rejeitam com seus ensinamentos as coisas boas dadas por Deus, Paulo explica, por outro lado, que “nada é repreensível, se for com ação de graças”. A única condição para desfrutar do bem criado por Deus é fazê-lo “com ação de graças” àquele que deu o bem.
O fato de os alimentos serem “santificados pela palavra de Deus e pela oração” não tem nada a ver com o bom hábito de dar graças antes ou depois da refeição e ler algo da palavra de Deus antes ou depois da refeição. O próprio Senhor Jesus sempre dava graças antes de uma refeição ; ; . Paulo parte do princípio de que essa é a regra geral e também age de acordo com ela .
Trata-se aqui, antes, de que, quando você santifica os alimentos, você toma uma parte de todos os alimentos para comê-los e apreciá-los em comunhão com Deus. Você faz isso porque a Palavra de Deus lhe esclareceu qual é realmente a relação entre as coisas criadas e o Criador. Mesmo nas coisas simples, como comer e beber, você desfruta da comunhão com Deus. Além disso, você experimenta essa comunhão com Deus de maneira muito especial na oração.
Leia novamente .
Pergunta ou tarefa: Por que Paulo fala de doutrinas de demônios quando se trata de coisas tão cotidianas como casamento e alimentação?
Pratique a piedade
Paulo encarrega Timóteo de apresentar essas coisas aos fiéis. Paulo não dá essa tarefa como uma ordem. Ele se dirige a Timóteo como alguém que quer ser “um bom servo de Cristo Jesus”. Ele também não diz que Timóteo deve ordenar aos fiéis que sigam o que ele disse sobre casamento e alimentação; ele deve apresentar isso a eles.
Com o tato necessário, ele deve explicar-lhes por que Deus deu o casamento e a alimentação. Não se trata simplesmente de uma transmissão literal, mas também de explicar aos ouvintes. Dessa forma, ele criaria uma base para os ensinamentos de Paulo, que nesta carta tratam especialmente do comportamento na casa de Deus. Isso inclui coisas cotidianas como o casamento e o uso de alimentos.
Se ele se dedicasse assim à sua tarefa, seria um bom servo, no qual Cristo Jesus seria glorificado. “Servo” aqui não se refere a um cargo oficial, mas descreve uma atividade. Trata-se simplesmente de alguém que serve a Cristo. Isso também pode ser você. Um bom servo cuida dos fiéis.
Ao mesmo tempo, ele também cuida de seu próprio bem-estar espiritual, alimentando-se da Palavra. “As palavras da fé” o “criaram” (ou alimentaram), elas são e continuam sendo seu alimento e o que o forma. As palavras do Espírito Santo são o alimento diário de um servo. Espero que a Palavra de Deus também seja o alimento diário para você. Através do “bom ensino”, ou seja, das verdades reveladas pelas Escrituras, o servo é mantido vivo espiritualmente.
Timóteo, após se dedicar cuidadosamente ao “bom ensino”, apropriou-se pessoalmente desse ensino ; . Isso se refletiu em seu ministério. Só assim alguém é capaz de apresentar aos outros o que aprendeu. É muito importante que você também primeiro se aproprie pessoalmente dos ensinamentos das Escrituras e os coloque em prática antes de apresentá-los aos outros .
Em contraste direto com as palavras da fé e da boa doutrina estão as “fábulas profanas e de velhas tolas”. Paulo ordena que essas conversas fiadas de velhos tolos e idiotas sejam constantemente rejeitadas e descartadas. Elas não têm o menor ponto de contato com o que vem de Deus e, portanto, não podem de forma alguma ser alimento para o crente. Essas ideias tolas são o alimento de pessoas crédulas que se afastam de Deus e de sua Palavra. Elas se alimentam do que não é alimento.
Após a exortação a rejeitar algo, Timóteo recebe a exortação a aperfeiçoar algo. Paulo exorta-o: “Exercita-te na piedade.” Com isso, ele quer dizer que devemos praticar ou treinar para fazer o que agrada a Deus. Concentramo-nos em perguntar, em tudo o que fazemos, se isso está de acordo com a vontade de Deus. Esse exercício (literalmente: ginástica) não se refere a um treinamento cerebral para melhorar a memória. Trata-se de exercitar o coração e a consciência na presença de Deus para reconhecer a vontade de Deus.
Esse é um processo de aprendizagem que consiste em levar tudo, mesmo as pequenas coisas, diante de Deus e deixar-se guiar por Ele passo a passo. Esse exercício nunca terá fim na Terra. O mesmo não se aplica ao “exercício físico”. Este “é de pouca utilidade”. O sucesso de um treino físico é mensurável e limitado a um determinado período de tempo. Não tem o menor efeito na vida futura e, nesse sentido, não se alcança nada com ele. O exercício da piedade, por outro lado, não só beneficia o corpo, mas também a alma e o espírito.
Paulo não defende aqui que nos abstenhamos de tudo o que tem uma relação puramente física. Ele apenas quer colocar as coisas na perspectiva correta. Quando comparamos o exercício físico com o exercício da piedade, o foco deve estar no esforço para sermos exercitados na piedade. Seu objetivo é mostrar que o treinamento espiritual tem um valor e uma utilidade imediatos, enquanto o treinamento físico tem uma utilidade limitada.
Onde há piedade, vemos as coisas à luz de Deus. O exercício da piedade leva o espírito, a alma e o corpo à presença de Deus. Deus promete àquele que se exercita nela mostrar o verdadeiro sentido da vida e dar-lhe a força para a realização. O valor de tal vida já é grande na Terra para Deus e para o próprio crente, e esse valor permanece para toda a eternidade. Quando você orienta sua vida para Deus e se esforça para fazer a vontade Dele, Ele cumpre a promessa que lhe foi feita. Você então desfrutará da comunhão com Deus já na vida “presente” e continuará a desfrutá-la na vida “futura”. Você levará isso desta vida para a eternidade.
Você pode ter certeza de que é assim. Percebemos a importância de praticar a piedade quando Paulo afirma que “a palavra é fiel” e nos encoraja a aceitá-la como “digna de toda aceitação”. Por ser uma palavra tão confiável (afinal, foi Deus quem a disse), ela também é “digna de toda aceitação”. Quem não a aceita prejudica-se enormemente. Você pode confiar que essa palavra é realmente útil.
De qualquer forma, ela significava tudo para Paulo. Ele tem a promessa bem em vista. Ela determinou sua vida. E ele sabe que essa promessa deve ter uma posição central na vida de cada crente. Por isso, ele lembra a Timóteo que ele se empenha “nisso”. Com todo o seu esforço, até à exaustão (pois é isso que a palavra “trabalhar” significa), ele quer convencer os crentes, e também você, da importância de praticar a piedade.
Esforçar-se para que os fiéis não “percam o treino” é realmente um trabalho árduo, pois todos nós esquecemos muito rapidamente o que realmente importa em nossa vida. Se você se esforçar para isso, terá que lutar. Inevitavelmente, você encontrará forças que querem empurrar os fiéis para outra direção. Paulo não evita a luta que isso acarreta. Espero que você também não.
O exercício físico muitas vezes envolve a honra das pessoas. Para perseverar nesse trabalho e nessa luta, você não deve se preocupar com a honra das pessoas, mas com a honra de Deus. Paulo colocou sua esperança no Deus vivo. Dali ele tirou força para seu trabalho árduo e a luta associada a ele (ou a “vergonha”, como também pode ser traduzido). Paulo tinha Deus diante dos olhos. Nisso reside também a força para o ministério que Timóteo deveria exercer, e também para você e seu ministério.
Esse ministério é feito para as pessoas. Ao se apresentar como o “Deus vivo” e “sustentador de todos os homens”, o próprio Deus dá um exemplo para esse serviço. Trata-se de corresponder ao que Deus espera deles: uma vida piedosa. Somente em uma vida dessa qualidade o homem encontra seu verdadeiro propósito e satisfação. Uma vida preenchida com outras coisas esconde algo de Deus e prejudica o próprio homem.
Deus é um “Deus vivo”. Ele, que sempre existiu, é a origem da vida. Toda a vida provém Dele. A vida verdadeira é uma vida que Ele dá e que é vivida para Ele. Sem Ele, não há vida. As pessoas que vivem sem Ele estão mortas.
No entanto, todas as pessoas desfrutam, em certa medida, do que os crentes desfrutam plenamente. Embora os incrédulos não Lhe agradeçam por isso, Ele cuida do seu corpo. Ele é o seu “sustentador” ou “salvador” ou “redentor”. Ele não é o Salvador dos incrédulos no sentido de que eles seriam salvos para sempre, mas no sentido de que Ele cuida deles, dando-lhes alimento . Deus não despreza nada que pertença à sua criação, nem a comida, nem o casamento, nem mesmo o ser humano.
Paulo, que não tinha garantias para seu sustento, sabia muito bem que Deus era o sustentador de todos os homens e “especialmente dos crentes” ; ; . A segurança que Paulo tinha também pode ser a sua segurança, independentemente da provação em que você se encontre. É bom pensar nos privilégios imensuráveis que você pode desfrutar como redimido e ser grato por ter vida eterna e uma esperança celestial. Mas nunca se esqueça do cuidado constante e amoroso de Deus, que você experimenta na vida cotidiana.
Timóteo deveria “ordenar” as coisas acima mencionadas. “Ordenar” é uma palavra mais forte do que “apresentar” no . Ele deveria deixar claro com autoridade que as coisas negativas mencionadas deveriam ser evitadas e as coisas positivas deveriam ser feitas. Ele também deveria ensinar essas coisas, ou seja, explicar o que foi ordenado.
Leia novamente .
Pergunta ou tarefa: Como você se treina para a piedade?
Paulo encarrega Timóteo de apresentar essas coisas aos fiéis. Paulo não dá essa tarefa como uma ordem. Ele se dirige a Timóteo como alguém que quer ser “um bom servo de Cristo Jesus”. Ele também não diz que Timóteo deve ordenar aos fiéis que sigam o que ele disse sobre casamento e alimentação; ele deve apresentar isso a eles.
Com o tato necessário, ele deve explicar-lhes por que Deus deu o casamento e a alimentação. Não se trata simplesmente de uma transmissão literal, mas também de explicar aos ouvintes. Dessa forma, ele criaria uma base para os ensinamentos de Paulo, que nesta carta tratam especialmente do comportamento na casa de Deus. Isso inclui coisas cotidianas como o casamento e o uso de alimentos.
Se ele se dedicasse assim à sua tarefa, seria um bom servo, no qual Cristo Jesus seria glorificado. “Servo” aqui não se refere a um cargo oficial, mas descreve uma atividade. Trata-se simplesmente de alguém que serve a Cristo. Isso também pode ser você. Um bom servo cuida dos fiéis.
Ao mesmo tempo, ele também cuida de seu próprio bem-estar espiritual, alimentando-se da Palavra. “As palavras da fé” o “criaram” (ou alimentaram), elas são e continuam sendo seu alimento e o que o forma. As palavras do Espírito Santo são o alimento diário de um servo. Espero que a Palavra de Deus também seja o alimento diário para você. Através do “bom ensino”, ou seja, das verdades reveladas pelas Escrituras, o servo é mantido vivo espiritualmente.
Timóteo, após se dedicar cuidadosamente ao “bom ensino”, apropriou-se pessoalmente desse ensino ; . Isso se refletiu em seu ministério. Só assim alguém é capaz de apresentar aos outros o que aprendeu. É muito importante que você também primeiro se aproprie pessoalmente dos ensinamentos das Escrituras e os coloque em prática antes de apresentá-los aos outros .
Em contraste direto com as palavras da fé e da boa doutrina estão as “fábulas profanas e de velhas tolas”. Paulo ordena que essas conversas fiadas de velhos tolos e idiotas sejam constantemente rejeitadas e descartadas. Elas não têm o menor ponto de contato com o que vem de Deus e, portanto, não podem de forma alguma ser alimento para o crente. Essas ideias tolas são o alimento de pessoas crédulas que se afastam de Deus e de sua Palavra. Elas se alimentam do que não é alimento.
Após a exortação a rejeitar algo, Timóteo recebe a exortação a aperfeiçoar algo. Paulo exorta-o: “Exercita-te na piedade.” Com isso, ele quer dizer que devemos praticar ou treinar para fazer o que agrada a Deus. Concentramo-nos em perguntar, em tudo o que fazemos, se isso está de acordo com a vontade de Deus. Esse exercício (literalmente: ginástica) não se refere a um treinamento cerebral para melhorar a memória. Trata-se de exercitar o coração e a consciência na presença de Deus para reconhecer a vontade de Deus.
Esse é um processo de aprendizagem que consiste em levar tudo, mesmo as pequenas coisas, diante de Deus e deixar-se guiar por Ele passo a passo. Esse exercício nunca terá fim na Terra. O mesmo não se aplica ao “exercício físico”. Este “é de pouca utilidade”. O sucesso de um treino físico é mensurável e limitado a um determinado período de tempo. Não tem o menor efeito na vida futura e, nesse sentido, não se alcança nada com ele. O exercício da piedade, por outro lado, não só beneficia o corpo, mas também a alma e o espírito.
Paulo não defende aqui que nos abstenhamos de tudo o que tem uma relação puramente física. Ele apenas quer colocar as coisas na perspectiva correta. Quando comparamos o exercício físico com o exercício da piedade, o foco deve estar no esforço para sermos exercitados na piedade. Seu objetivo é mostrar que o treinamento espiritual tem um valor e uma utilidade imediatos, enquanto o treinamento físico tem uma utilidade limitada.
Onde há piedade, vemos as coisas à luz de Deus. O exercício da piedade leva o espírito, a alma e o corpo à presença de Deus. Deus promete àquele que se exercita nela mostrar o verdadeiro sentido da vida e dar-lhe a força para a realização. O valor de tal vida já é grande na Terra para Deus e para o próprio crente, e esse valor permanece para toda a eternidade. Quando você orienta sua vida para Deus e se esforça para fazer a vontade Dele, Ele cumpre a promessa que lhe foi feita. Você então desfrutará da comunhão com Deus já na vida “presente” e continuará a desfrutá-la na vida “futura”. Você levará isso desta vida para a eternidade.
Você pode ter certeza de que é assim. Percebemos a importância de praticar a piedade quando Paulo afirma que “a palavra é fiel” e nos encoraja a aceitá-la como “digna de toda aceitação”. Por ser uma palavra tão confiável (afinal, foi Deus quem a disse), ela também é “digna de toda aceitação”. Quem não a aceita prejudica-se enormemente. Você pode confiar que essa palavra é realmente útil.
De qualquer forma, ela significava tudo para Paulo. Ele tem a promessa bem em vista. Ela determinou sua vida. E ele sabe que essa promessa deve ter uma posição central na vida de cada crente. Por isso, ele lembra a Timóteo que ele se empenha “nisso”. Com todo o seu esforço, até à exaustão (pois é isso que a palavra “trabalhar” significa), ele quer convencer os crentes, e também você, da importância de praticar a piedade.
Esforçar-se para que os fiéis não “percam o treino” é realmente um trabalho árduo, pois todos nós esquecemos muito rapidamente o que realmente importa em nossa vida. Se você se esforçar para isso, terá que lutar. Inevitavelmente, você encontrará forças que querem empurrar os fiéis para outra direção. Paulo não evita a luta que isso acarreta. Espero que você também não.
O exercício físico muitas vezes envolve a honra das pessoas. Para perseverar nesse trabalho e nessa luta, você não deve se preocupar com a honra das pessoas, mas com a honra de Deus. Paulo colocou sua esperança no Deus vivo. Dali ele tirou força para seu trabalho árduo e a luta associada a ele (ou a “vergonha”, como também pode ser traduzido). Paulo tinha Deus diante dos olhos. Nisso reside também a força para o ministério que Timóteo deveria exercer, e também para você e seu ministério.
Esse ministério é feito para as pessoas. Ao se apresentar como o “Deus vivo” e “sustentador de todos os homens”, o próprio Deus dá um exemplo para esse serviço. Trata-se de corresponder ao que Deus espera deles: uma vida piedosa. Somente em uma vida dessa qualidade o homem encontra seu verdadeiro propósito e satisfação. Uma vida preenchida com outras coisas esconde algo de Deus e prejudica o próprio homem.
Deus é um “Deus vivo”. Ele, que sempre existiu, é a origem da vida. Toda a vida provém Dele. A vida verdadeira é uma vida que Ele dá e que é vivida para Ele. Sem Ele, não há vida. As pessoas que vivem sem Ele estão mortas.
No entanto, todas as pessoas desfrutam, em certa medida, do que os crentes desfrutam plenamente. Embora os incrédulos não Lhe agradeçam por isso, Ele cuida do seu corpo. Ele é o seu “sustentador” ou “salvador” ou “redentor”. Ele não é o Salvador dos incrédulos no sentido de que eles seriam salvos para sempre, mas no sentido de que Ele cuida deles, dando-lhes alimento . Deus não despreza nada que pertença à sua criação, nem a comida, nem o casamento, nem mesmo o ser humano.
Paulo, que não tinha garantias para seu sustento, sabia muito bem que Deus era o sustentador de todos os homens e “especialmente dos crentes” ; ; . A segurança que Paulo tinha também pode ser a sua segurança, independentemente da provação em que você se encontre. É bom pensar nos privilégios imensuráveis que você pode desfrutar como redimido e ser grato por ter vida eterna e uma esperança celestial. Mas nunca se esqueça do cuidado constante e amoroso de Deus, que você experimenta na vida cotidiana.
Timóteo deveria “ordenar” as coisas acima mencionadas. “Ordenar” é uma palavra mais forte do que “apresentar” no . Ele deveria deixar claro com autoridade que as coisas negativas mencionadas deveriam ser evitadas e as coisas positivas deveriam ser feitas. Ele também deveria ensinar essas coisas, ou seja, explicar o que foi ordenado.
Leia novamente .
Pergunta ou tarefa: Como você se treina para a piedade?
Admoestações para o servo
Os versos 12-16 estão cheios de admoestações. Embora sejam dirigidas diretamente a Timóteo, elas também se aplicam a todos os servos em todos os tempos. Portanto, também se aplicam a você hoje. Neles você encontrará o segredo de um testemunho pessoal. Você também encontrará neles a força necessária para o seu serviço às pessoas. Nesses versos, você lerá como o servo
1. vive consciente da graça ,
2. serve com seus dons espirituais e
3. se desenvolve espiritualmente .
A primeira indicação tem a ver com a sua idade. Cada idade tem um determinado padrão de comportamento. Não é adequado para um jovem crente se comportar como se já tivesse um grande conhecimento da Bíblia e já tivesse uma grande experiência com o Senhor. De um crente mais velho, pode-se esperar um certo conhecimento e maturidade.
Ora, Timóteo já não era tão jovem, segundo nossos conceitos. Supondo que ele tivesse cerca de 20 anos quando foi levado por Paulo em sua segunda viagem missionária, por volta do ano 50 d.C. , ele teria agora cerca de 33 anos. Para os padrões da época, ele ainda era jovem. Quando Lucas chama Saulo de “jovem” , ele também devia estar na casa dos trinta.
Timóteo deveria se comportar de maneira condizente com sua idade, para não dar motivo para desprezo. Ao mesmo tempo, essa observação também se aplica àqueles que também leriam esta carta. Como Timóteo era relativamente jovem, a geração mais velha poderia sentir desprezo quando ele falasse com autoridade. Sua timidez natural poderia levá-lo a ter uma postura um pouco reservada. No entanto, isso seria prejudicial para o bem espiritual dos fiéis.
Timóteo também não deveria pensar que, apenas por causa de sua autoridade, poderia esperar que suas instruções fossem seguidas. Paulo o lembra de sua responsabilidade de ser um exemplo. Seu exemplo seria uma ajuda para os fiéis. Eles poderiam então reconhecer como praticar as instruções.
Ele deveria ser um exemplo “na palavra” e “no comportamento”.
Palavra e conduta abrangem toda a vida. Suas palavras não deveriam soar falsas ou levianas. Isso se aplica tanto à conversa pessoal quanto ao discurso público. Ele deveria escolher suas palavras com cuidado e lidar com elas com cuidado. Sua conduta abrange todo o seu estilo de vida. Onde quer que fosse ou estivesse, seu comportamento deveria ser sempre o de um discípulo fiel do Senhor Jesus.
Seus contatos com os irmãos na fé deveriam ser “na caridade, no espírito, na fé, na pureza”. Ele não deveria agir por impulso emocional. Seu esforço sincero pelo bem dos outros deveria brotar do amor de Deus, que foi derramado em seu coração pelo Espírito Santo . Para isso, ele poderia se apoiar na fé em Deus e na Sua Palavra. Os outros deveriam ver em sua vida o resultado de sua fé.
O que está enraizado no amor e na fé também é puro. Tudo o que é impuro será então rejeitado. O contato com outras pessoas, especialmente com alguém do sexo oposto, deveria ser feito com pureza (castidade). Ressaltar isso não é um luxo supérfluo, especialmente em nossos dias. Mantenha-se puro em todas as áreas da sua vida. Não importa se você ainda estuda, se tem um emprego, se presta um determinado serviço ao Senhor ou faz qualquer outra coisa.
A exortação neste verso refere-se principalmente ao que Timóteo deveria fazer nas reuniões, e de forma contínua. Ele deveria “ler em voz alta” repetidamente. Naquela época, nem todos tinham acesso às Escrituras Sagradas. Por isso, era muito importante ler em voz alta. O próprio Senhor Jesus fazia isso ; ; .
A leitura em voz alta das Escrituras Sagradas é a base de todo o ensino cristão. Naquela época, esse era o meio de transmitir a verdade. A simples leitura em voz alta produz um rico fruto espiritual, desde que seja feita em espírito de submissão, que também determina a escuta .
Após a leitura, ele deveria continuar seu ministério “exortando e ensinando”. “Exortar” significa aplicar ao coração e à consciência o que foi lido . Isso deveria levar a um determinado comportamento, em conformidade com o trecho bíblico em questão. Isso poderia significar, por um lado, a correção de um comportamento errado. Mas também poderia ser um incentivo para continuar e não mudar o comportamento. “Ensinar” significa interpretar o que foi lido, para que se possa compreender. Em uma reunião onde a Palavra de Deus desempenha um papel central, ambos os aspectos são extremamente importantes. Enquanto Paulo ainda não estivesse presente, Timóteo deveria se ocupar com isso.
Para encorajá-lo nesse ministério, Paulo o lembra do seu dom espiritual. Não é dito exatamente qual era esse dom. Possuir um dom espiritual – e todo crente tem um, inclusive você – implica a responsabilidade de usá-lo. Aqui se fala do perigo de negligenciar o dom espiritual. Isso pode acontecer de várias maneiras, por exemplo, por indiferença, por preguiça ou porque se considera outras coisas mais importantes.
No caso de Timóteo, o perigo residia na sua timidez. Por isso, Paulo lembra-lhe o que já tinha sido anunciado no passado por profecias (ver ), que ele seria chamado para um ministério especial. E ele o lembra de outra particularidade: os anciãos colocaram as mãos sobre ele como sinal de sua aprovação ao seu ministério. A imposição das mãos não significa introdução ou vocação, mas união e comunhão ; ; ; ; .
Ao lembrar essas coisas, Paulo queria encorajar Timóteo. Quando Paulo diz em seguida: “Lembre-se disso cuidadosamente, viva assim”, a exortação deve cair em solo fértil. Ordenar essas coisas aos outros só terá efeito se você mesmo as levar a sério. Deve ser uma questão do coração. Para que a mensagem realmente chegue, não basta apenas fazer as coisas por obrigação. É importante viver de acordo com elas, dedicar-se totalmente a elas. Você deve concentrar todos os seus pensamentos, todo o seu tempo e todas as suas habilidades nessas coisas.
Uma vida com o Senhor não pode passar despercebida. Isso causa uma profunda impressão e confere autoridade moral. Qualquer crítica relacionada ao ministério ou à idade será silenciada. O progresso que você faz em reconhecer a vontade do Senhor, a fim de aplicá-la à sua própria vida e à de seus ouvintes, é algo que se torna “evidente a todos”.
O progresso não pode ser alcançado sem esforço. A palavra usada para “progresso” descreve uma vanguarda que abre caminho com grande esforço através de um terreno difícil ou de uma selva. No entanto, esses esforços o capacitarão cada vez mais a julgar as coisas de acordo com as Escrituras e a falar espiritualmente aos outros, de modo que isso lhes seja útil.
Antes de poder servir aos outros, você deve primeiro garantir que sua própria vida esteja em conformidade com a verdade . Só então você estará apto e capaz de garantir que apenas o ensino saudável seja apresentado, apontando qualquer desvio e rejeitando-o. É importante perseverar para, por um lado, não se desviar e, por outro, apresentar continuamente o ensino saudável.
Quando você se ocupa espiritualmente com essas coisas, isso tem consequências salutares, tanto para você quanto para os outros. Você mesmo e aqueles que o ouvem alcançarão com certeza o objetivo final. A salvação de que se trata aqui é a preservação em meio aos muitos perigos no caminho para a glória. Os perigos estão nas doutrinas e práticas malignas contra as quais foi feito um alerta no início deste capítulo. Você vê que sua responsabilidade como servo é grande, mas que a fidelidade também traz grandes bênçãos.
Leia novamente .
Pergunta ou tarefa: Quantas e quais admoestações estão contidas nesses versículos?
Os versos 12-16 estão cheios de admoestações. Embora sejam dirigidas diretamente a Timóteo, elas também se aplicam a todos os servos em todos os tempos. Portanto, também se aplicam a você hoje. Neles você encontrará o segredo de um testemunho pessoal. Você também encontrará neles a força necessária para o seu serviço às pessoas. Nesses versos, você lerá como o servo
1. vive consciente da graça ,
2. serve com seus dons espirituais e
3. se desenvolve espiritualmente .
A primeira indicação tem a ver com a sua idade. Cada idade tem um determinado padrão de comportamento. Não é adequado para um jovem crente se comportar como se já tivesse um grande conhecimento da Bíblia e já tivesse uma grande experiência com o Senhor. De um crente mais velho, pode-se esperar um certo conhecimento e maturidade.
Ora, Timóteo já não era tão jovem, segundo nossos conceitos. Supondo que ele tivesse cerca de 20 anos quando foi levado por Paulo em sua segunda viagem missionária, por volta do ano 50 d.C. , ele teria agora cerca de 33 anos. Para os padrões da época, ele ainda era jovem. Quando Lucas chama Saulo de “jovem” , ele também devia estar na casa dos trinta.
Timóteo deveria se comportar de maneira condizente com sua idade, para não dar motivo para desprezo. Ao mesmo tempo, essa observação também se aplica àqueles que também leriam esta carta. Como Timóteo era relativamente jovem, a geração mais velha poderia sentir desprezo quando ele falasse com autoridade. Sua timidez natural poderia levá-lo a ter uma postura um pouco reservada. No entanto, isso seria prejudicial para o bem espiritual dos fiéis.
Timóteo também não deveria pensar que, apenas por causa de sua autoridade, poderia esperar que suas instruções fossem seguidas. Paulo o lembra de sua responsabilidade de ser um exemplo. Seu exemplo seria uma ajuda para os fiéis. Eles poderiam então reconhecer como praticar as instruções.
Ele deveria ser um exemplo “na palavra” e “no comportamento”.
Palavra e conduta abrangem toda a vida. Suas palavras não deveriam soar falsas ou levianas. Isso se aplica tanto à conversa pessoal quanto ao discurso público. Ele deveria escolher suas palavras com cuidado e lidar com elas com cuidado. Sua conduta abrange todo o seu estilo de vida. Onde quer que fosse ou estivesse, seu comportamento deveria ser sempre o de um discípulo fiel do Senhor Jesus.
Seus contatos com os irmãos na fé deveriam ser “na caridade, no espírito, na fé, na pureza”. Ele não deveria agir por impulso emocional. Seu esforço sincero pelo bem dos outros deveria brotar do amor de Deus, que foi derramado em seu coração pelo Espírito Santo . Para isso, ele poderia se apoiar na fé em Deus e na Sua Palavra. Os outros deveriam ver em sua vida o resultado de sua fé.
O que está enraizado no amor e na fé também é puro. Tudo o que é impuro será então rejeitado. O contato com outras pessoas, especialmente com alguém do sexo oposto, deveria ser feito com pureza (castidade). Ressaltar isso não é um luxo supérfluo, especialmente em nossos dias. Mantenha-se puro em todas as áreas da sua vida. Não importa se você ainda estuda, se tem um emprego, se presta um determinado serviço ao Senhor ou faz qualquer outra coisa.
A exortação neste verso refere-se principalmente ao que Timóteo deveria fazer nas reuniões, e de forma contínua. Ele deveria “ler em voz alta” repetidamente. Naquela época, nem todos tinham acesso às Escrituras Sagradas. Por isso, era muito importante ler em voz alta. O próprio Senhor Jesus fazia isso ; ; .
A leitura em voz alta das Escrituras Sagradas é a base de todo o ensino cristão. Naquela época, esse era o meio de transmitir a verdade. A simples leitura em voz alta produz um rico fruto espiritual, desde que seja feita em espírito de submissão, que também determina a escuta .
Após a leitura, ele deveria continuar seu ministério “exortando e ensinando”. “Exortar” significa aplicar ao coração e à consciência o que foi lido . Isso deveria levar a um determinado comportamento, em conformidade com o trecho bíblico em questão. Isso poderia significar, por um lado, a correção de um comportamento errado. Mas também poderia ser um incentivo para continuar e não mudar o comportamento. “Ensinar” significa interpretar o que foi lido, para que se possa compreender. Em uma reunião onde a Palavra de Deus desempenha um papel central, ambos os aspectos são extremamente importantes. Enquanto Paulo ainda não estivesse presente, Timóteo deveria se ocupar com isso.
Para encorajá-lo nesse ministério, Paulo o lembra do seu dom espiritual. Não é dito exatamente qual era esse dom. Possuir um dom espiritual – e todo crente tem um, inclusive você – implica a responsabilidade de usá-lo. Aqui se fala do perigo de negligenciar o dom espiritual. Isso pode acontecer de várias maneiras, por exemplo, por indiferença, por preguiça ou porque se considera outras coisas mais importantes.
No caso de Timóteo, o perigo residia na sua timidez. Por isso, Paulo lembra-lhe o que já tinha sido anunciado no passado por profecias (ver ), que ele seria chamado para um ministério especial. E ele o lembra de outra particularidade: os anciãos colocaram as mãos sobre ele como sinal de sua aprovação ao seu ministério. A imposição das mãos não significa introdução ou vocação, mas união e comunhão ; ; ; ; .
Ao lembrar essas coisas, Paulo queria encorajar Timóteo. Quando Paulo diz em seguida: “Lembre-se disso cuidadosamente, viva assim”, a exortação deve cair em solo fértil. Ordenar essas coisas aos outros só terá efeito se você mesmo as levar a sério. Deve ser uma questão do coração. Para que a mensagem realmente chegue, não basta apenas fazer as coisas por obrigação. É importante viver de acordo com elas, dedicar-se totalmente a elas. Você deve concentrar todos os seus pensamentos, todo o seu tempo e todas as suas habilidades nessas coisas.
Uma vida com o Senhor não pode passar despercebida. Isso causa uma profunda impressão e confere autoridade moral. Qualquer crítica relacionada ao ministério ou à idade será silenciada. O progresso que você faz em reconhecer a vontade do Senhor, a fim de aplicá-la à sua própria vida e à de seus ouvintes, é algo que se torna “evidente a todos”.
O progresso não pode ser alcançado sem esforço. A palavra usada para “progresso” descreve uma vanguarda que abre caminho com grande esforço através de um terreno difícil ou de uma selva. No entanto, esses esforços o capacitarão cada vez mais a julgar as coisas de acordo com as Escrituras e a falar espiritualmente aos outros, de modo que isso lhes seja útil.
Antes de poder servir aos outros, você deve primeiro garantir que sua própria vida esteja em conformidade com a verdade . Só então você estará apto e capaz de garantir que apenas o ensino saudável seja apresentado, apontando qualquer desvio e rejeitando-o. É importante perseverar para, por um lado, não se desviar e, por outro, apresentar continuamente o ensino saudável.
Quando você se ocupa espiritualmente com essas coisas, isso tem consequências salutares, tanto para você quanto para os outros. Você mesmo e aqueles que o ouvem alcançarão com certeza o objetivo final. A salvação de que se trata aqui é a preservação em meio aos muitos perigos no caminho para a glória. Os perigos estão nas doutrinas e práticas malignas contra as quais foi feito um alerta no início deste capítulo. Você vê que sua responsabilidade como servo é grande, mas que a fidelidade também traz grandes bênçãos.
Leia novamente .
Pergunta ou tarefa: Quantas e quais admoestações estão contidas nesses versículos?
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