quarta-feira, 8 de outubro de 2025

E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 2 Timóteo 2: 2

Pense na próxima geração!


Hoje vamos falar sobre o conceito bíblico de transmissão de conhecimento. Ele difere fundamentalmente dos conceitos das faculdades e universidades seculares, onde se pode obter um diploma oficial em teologia. Paulo chama Timóteo de seu “verdadeiro filho na fé” (1 Timóteo 1: 2), porque Timóteo conheceu e internalizou as verdades cristãs por meio dele. Outros crentes também ouviram - testemunhas que podiam confirmar o que Paulo havia pregado como doutrina. Essa doutrina lhe foi confiada por seu Senhor glorificado no céu.


Como Paulo estava ficando cada vez mais velho e seu ministério estava chegando ao fim (2 Timóteo 4: 6), era importante para ele que Timóteo transmitisse as verdades cristãs a outros cristãos. Era essencial que fossem “pessoas fiéis” que também fossem capazes de ensinar as verdades da fé a outros. Dessa forma, o ensinamento cristão seria transmitido de uma geração para a outra. Encontramos um exemplo dessa cadeia no versículo do dia: (1) Paulo, (2) Timóteo e as “muitas testemunhas”, (3) pessoas fiéis e (4) outros que seriam ensinados.


Indiretamente, também aprendemos que a doutrina bíblica é extremamente importante. Ela forma a base para uma prática saudável da fé. Timóteo primeiro seguiu rigorosamente a doutrina de Paulo e então pôde constatar como sua conduta era exemplar (cap. 3: 10).


Você tem interesse nas verdades sobre Deus e sua Palavra? — Sobre o Cristo glorificado e nosso relacionamento com ele? E você é fiel e confiável, de modo que pode transmitir o ensino cristão aos crentes mais jovens?


Leitura bíblica diária: Isaías 40: 1 - 18; Hebreus 5: 11 - 14

terça-feira, 7 de outubro de 2025

A longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé. 1 Pedro 3: 20

A paciência que deve caracterizar um cristão é particularmente difícil de praticar quando as pessoas seguem caminhos errados. Pois então estamos rapidamente dispostos a fazer um julgamento definitivo. Nós, por assim dizer, descartamos uma pessoa. Mas nos dias de Noé, “a longanimidade de Deus esperava”, apesar da terrível situação do mundo naquela época. O Novo Testamento também mostra a paciência de Deus com aqueles que seguem caminhos errados: assim, encontramos repetidamente nas epístolas o chamado ao arrependimento. E, justamente em um caso particularmente grave, é dito expressamente: “E dei-lhe tempo para que se arrependesse” (Apocalipse 2:21). E no Evangelho, o viticultor diz, depois que a figueira em sua vinha não deu frutos por três anos:

 

“Deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque” (Lucas 13:8).


Deus fica atento ao menor sinal de arrependimento para poder perdoar e restaurar. Que lição para nós, “instruindo com mansidão os que resistem”, porque Deus talvez ainda os leve ao arrependimento (2 Timóteo 2:25).


Mas Deus não espera indefinidamente, e esse pensamento é muito sério. Sim, Ele é “ longânimo e grande em benignidade” e paciência (Salmo 86:15; 103:8); mas, no final, Ele executa o julgamento sobre aqueles que “desprezam as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade” (Romanos 2:4).


No tempo de Noé, o grande dilúvio finalmente veio “e os levou a todos” (Mateus 24:39); e sobre a figueira é dito: “se der fruto, ficará; e, se não, depois a mandarás cortar” (Lucas 13:9).


Só podemos viver essa longanimidade divina em humilde dependência Dele. Só então podemos pedir pacientemente que as pessoas se arrependam, mantendo-nos conscientes de que o julgamento virá inexoravelmente sobre todos aqueles que não querem se arrepender.


Leitura bíblica diária: Isaías 38:17 39:8 - Hebreus 5:1-10

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Tu pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. 2 Timóteo 2: 1

Uma mensagem forte para pessoas fracas


O que fazer quando tudo está indo por água abaixo? O que fazer quando sentimos nossa própria fraqueza, nosso próprio fracasso? — Será que basta nos recompor ou nos disciplinar com novos mandamentos e proibições? Vejamos o conselho divino que o velho Paulo dá ao jovem Timóteo.


Paulo experimentou o que significa ser abandonado. “Todos os que estão na Ásia” se afastaram dele (cap. 1:15). Poucos permaneceram ao seu lado. Mas Paulo podia contar com Timóteo, pois ele queria servir fielmente ao Senhor!


Timóteo era provavelmente uma pessoa reservada, talvez até um pouco medrosa — ou seja, não era alguém que se precipitasse. Às vezes, sua fraqueza física também o incomodava (1 Timóteo 5:23).


O que Paulo recomenda a seu filho espiritual Timóteo diante do declínio ao seu redor e de suas próprias limitações? Ele não lhe diz para simplesmente ser forte agora. Paulo também não o aconselha a explorar suas próprias possibilidades. Não, Paulo encoraja Timóteo: “Seja forte na graça que há em Cristo Jesus”. Trata-se de olhar para cima — para a fonte de força que nunca se esgota e nunca muda.


Nossa força vem do Senhor Jesus Cristo, que agora está no céu. O “poder da sua glória” está à nossa disposição (Colossenses 1: 11). O próprio Paulo experimentou isso e descreve com palavras precisas: “Porque, quando sou fraco, então sou forte” (2 Coríntios 12:10). Cristo nos dá tudo o que precisamos, e isso de forma totalmente imerecida.


Deus não procura heróis que querem conquistar vitórias com suas próprias forças, mas servos humildes que vivem da graça de Deus, pela qual também foram salvos (Efésios 2: 8 - 9)!


Leitura diária da Bíblia: Isaías 38: 1 - 16; Hebreus 4: 10 - 16



domingo, 5 de outubro de 2025

Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam! Salmo 122: 6

Para o povo de Israel, não havia lugar em todo o país tão atraente quanto Jerusalém. Lá, Deus “deixou habitar seu nome”; lá, o povo oferecia seus sacrifícios a Deus; lá, ele deveria se alegrar diante de seu Deus. Por isso, nada se comparava a essa cidade.

Somente em Jerusalém se encontrava o templo, a habitação de Deus, o local de adoração e o ponto de encontro das doze tribos. Para lá subiam as tribos para o culto. Tirar essa cidade de um israelita fiel era tirar-lhe tudo. Pensemos em Daniel no exílio, que sempre mantinha as janelas abertas para Jerusalém (Daniel 6:11). Quanto significavam para ele a cidade de Deus e o templo!


Quão apropriado era, portanto, pedir pela paz e pelo bem-estar dessa cidade!


Era evidente que Deus estava com aqueles que amavam essa cidade.


O que podemos aprender com isso para os tempos atuais? A Jerusalém celestial lá em cima é intocável; não precisamos orar por sua paz e bem-estar. A aplicação simples é que também pensemos no “lugar” onde o Senhor hoje “deixa habitar o seu nome”. Hoje, esse é um lugar espiritual onde os crentes se reúnem como igreja em nome do Senhor Jesus (Mateus 18: 20).


Quando conhecemos e amamos esse lugar espiritual que a Palavra de Deus nos mostra, sentimos-nos compelidos a orar pela paz e pelo bem-estar dos fiéis que lá estão. E como todos os verdadeiros crentes em toda a terra formam a congregação ou igreja de Deus, também amaremos de coração “todos os santos” e oraremos por eles e pelo seu bem-estar (Efésios 1: 15; 6: 18).


Leitura bíblica diária: Isaías 37: 21 - 38; Hebreus 4: 1 - 9

sábado, 4 de outubro de 2025

Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Gálatas 3: 28

Um em nome de Jesus


Um acontecimento da Segunda Guerra Mundial: por um lado, havia uma velha camponesa polonesa em sua terra natal, sangrando por muitas feridas de guerra; e, por outro lado, havia o jovem soldado alemão que encontrou abrigo em sua humilde cabana. Duas pessoas, dois mundos. Cada um tinha o suficiente com que se preocupar, com seus próprios problemas: o que o dia de amanhã trará? Como será o futuro? O que nos espera? Os dois mal conseguiam se comunicar. Ele falava apenas algumas palavras em polonês e ela não entendia alemão. Mas quando ela viu o jovem lendo o Novo Testamento em sua cozinha simples, ela se aproximou dele, parou na frente dele e perguntou, apontando para o livro em suas mãos: “Jesus?” E quando ele assentiu com alegria e surpresa, ela apontou para si mesma com o rosto radiante e disse novamente: “Jesus!”


Sua confissão de fé foi breve, mas convincente. Dois mundos completamente diferentes — mas o nome do Senhor Jesus uniu essas duas pessoas e superou uma enorme distância.


Suas nações estavam em guerra uma com a outra; mas eles próprios, pela fé no Senhor Jesus, pertenciam àqueles que foram “tirados das nações” para serem um povo “para o seu nome”.


“Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome” (Atos 15: 14).


Leitura diária da Bíblia: Isaías 37: 1 - 20; Hebreus 3: 7 - 19

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Deus o acolheu. Romanos 14: 3

Em Romanos 14, o apóstolo Paulo fala sobre os “fracos” e os “fortes” na fé, sobre o fato de que suas consciências são diferentes e sobre os perigos que isso pode acarretar para a convivência entre os fiéis.

O contexto mostra que um cristão nunca deve agir contra sua consciência, mas também que a consciência não é um padrão absoluto. Portanto, não devemos exigir que os outros adotem nossas convicções de consciência; o único padrão para cada crente é a Palavra de Deus. Onde a Palavra silencia ou onde temos uma compreensão diferente, não devemos nos condenar ou desprezar uns aos outros, mas sim ter consideração uns pelos outros com amor e buscar “o que contribui para a paz e para a edificação mútua” (v. 19).


Quando Paulo fala sobre as relações entre os crentes, ele sempre direciona o olhar para um nível mais elevado e vê os cristãos em sua relação com Deus e com o Senhor. Isso pode nos ajudar a amar sinceramente nossos irmãos e irmãs na fé e a cultivar uma comunhão imaculada com eles, mesmo que nossas convicções de consciência sejam diferentes.

“Deus o acolheu.” — Quando estamos cientes do valor que nossos irmãos e irmãs na fé têm para Deus e de quão próximos eles estão Dele, não discutimos com eles sobre questões específicas.

Por fim, Paulo nos exorta enfaticamente: “Acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo vos acolheu, para a glória de Deus” (cap. 15:7). O próprio Cristo, em sua graça incondicional, nos deu o exemplo de como devemos receber uns aos outros. E o objetivo “para a glória de Deus” nos protege tanto da mesquinhez e da arrogância pouco fraternal quanto da indiferença diante do pecado manifesto ou da contradição direta com as declarações claras das Escrituras.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 35: 1 - 36: 22; Hebreus 3: 1 - 6

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Olhando fixamente para o Autor e Consumador da fé: Jesus Hebreus 12:2

Cópias ruins


Vocês já observaram, perguntou certa vez o pregador revivalista Spurgeon (1834-1892), como a caligrafia dos alunos iniciantes costuma ser ruim, especialmente nas últimas linhas de uma página? Na linha superior estão as palavras a serem copiadas, escritas à mão pelo professor com uma caligrafia bonita. Na segunda linha, os alunos ainda olham diretamente para esse “modelo original”. Depois vem a terceira linha, onde eles olham para a anterior, para a primeira cópia; e na quarta, eles olham para a terceira. Dessa forma, quanto mais os alunos avançam na página, pior fica a caligrafia.


Os apóstolos seguiram o Senhor Jesus Cristo e O imitaram. Os primeiros “pais da igreja” seguiram os apóstolos, e a geração seguinte se orientou por esses antepassados. Dessa forma, as “transcrições” foram ficando cada vez piores com o passar do tempo.


Nosso versículo bíblico de hoje nos mostra: a melhor cópia é sempre a do original. Por isso, os destinatários da Carta aos Hebreus — e com eles também nós — são exortados a olhar diretamente para Jesus, “o autor e consumador da fé”. Os hebreus estavam rodeados por “uma grande nuvem de testemunhas”, que os encorajavam e com quem podiam aprender muito sobre a vida de fé (cf. cap. 11). Mas era importante para eles não se detiverem nos modelos humanos, mas desviar o olhar deles e fixá-lo constantemente em Cristo.


Somente Jesus é o “original, o protótipo”. Como “iniciador e consumador da fé”, Ele deu cada passo do caminho da fé dependendo de Deus e em Seu poder, e alcançou a meta. Somente Ele é nosso modelo perfeito.


Leitura bíblica diária: Isaías 33: 1 - 34: 17; Hebreus 2: 11 - 18

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Em tudo dai graças. 1 Tessalonicenses 5: 18

A ingratidão para com Deus não é atribuída apenas aos pagãos na Bíblia. De acordo com 2 Timóteo 3:2, ela é até mesmo uma característica do fim dos tempos cristão em que vivemos.


Como se pode contrariar essa tendência? É possível treinar a gratidão? Os pais podem, por exemplo, incentivar seus filhos a agradecerem pelas pequenas atenções. Certamente isso é algo positivo. Mas a raiz do mal ainda não foi eliminada. O ser humano precisa de uma mudança interior, um novo nascimento. Só assim ele será totalmente reorientado — para o próprio Deus —, de modo que louvar e agradecer se tornem uma necessidade do coração.


Às vezes, porém, os filhos de Deus não têm consciência suficiente da grandeza de sua salvação e da glória de sua posição. Como é fácil ignorarmos as provas da bondade que Deus nos dá diariamente. E como nos comportamos em circunstâncias difíceis da vida, nas quais não temos disposição para agradecer?


Nosso versículo diário nos incentiva a não esquecer de agradecer em nenhuma situação, mas a agradecer em todas as circunstâncias. Mesmo na adversidade, sempre há algo pelo qual podemos agradecer a Deus: nossa salvação, nosso destino celestial seguro e a proximidade compassiva e solidária do Senhor em nosso caminho. Quando focamos nosso olhar no que Ele nos deu e no que Ele é para nós, fica mais fácil agradecer a Ele. E, ao mesmo tempo, recebemos novas forças para nossa situação.


Aprender a agradecer faz parte do nosso crescimento espiritual. Tomemos o Senhor Jesus como exemplo: justamente no momento em que a rejeição por parte de seu povo se manifesta de forma particularmente clara, Ele louva seu Pai e Lhe dá glória (Mateus 11:25-26).


Leitura bíblica diária: Isaías 31: 1 - 32: 20; Hebreus 2: 5 - 10