Hoje em dia, os tabernáculos na floresta ou na montanha podem ser bastante confortáveis. No entanto, em geral, eles não são adequados para serem usados permanentemente como moradia. As tendas são ainda menos adequadas.
Na Bíblia, um tabernáculo ou uma tenda é usado como imagem para descrever a fragilidade do corpo humano. Nesse sentido, Pedro escreve: “enquanto estiver neste tabernáculo ... sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo” (v. 13, 19). A ideia é que o corpo humano não é uma moradia permanente; o crente espera pela “habitação, que é do céu” (2 Coríntios 5:1, 2).
Pedro escreve aqui, em sua última carta, sobre sua “partida”, sua morte. Ele sabe há muito tempo que essa hora chegaria, pois já nas margens do mar da Galiléia o Senhor ressuscitado lhe havia anunciado: “Quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras”. Com isso, o Senhor indicou “com que morte havia ele de glorificar a Deus” (João 21:18,19).
É bonito ver como Pedro aqui — quase casualmente — espera que o “deixar sua tenda” aconteça em breve. Isso não é mais a exuberância juvenil que ele demonstrava quando era discípulo de Jesus, quando se gabava: “Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte” (Lucas 22: 33). Não, agora é a calma certeza de que o Senhor estará com ele na hora da morte, como Ele prometeu.
Essa promessa de nosso Senhor também se aplica à nossa “partida”, caso ainda tenhamos que morrer antes que Ele venha para o arrebatamento.
Leitura diária da Bíblia: Daniel 2: 17 - 30; Salmo 38: 1 - 11