quarta-feira, 8 de outubro de 2025

E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros. 2 Timóteo 2: 2

Pense na próxima geração!


Hoje vamos falar sobre o conceito bíblico de transmissão de conhecimento. Ele difere fundamentalmente dos conceitos das faculdades e universidades seculares, onde se pode obter um diploma oficial em teologia. Paulo chama Timóteo de seu “verdadeiro filho na fé” (1 Timóteo 1: 2), porque Timóteo conheceu e internalizou as verdades cristãs por meio dele. Outros crentes também ouviram - testemunhas que podiam confirmar o que Paulo havia pregado como doutrina. Essa doutrina lhe foi confiada por seu Senhor glorificado no céu.


Como Paulo estava ficando cada vez mais velho e seu ministério estava chegando ao fim (2 Timóteo 4: 6), era importante para ele que Timóteo transmitisse as verdades cristãs a outros cristãos. Era essencial que fossem “pessoas fiéis” que também fossem capazes de ensinar as verdades da fé a outros. Dessa forma, o ensinamento cristão seria transmitido de uma geração para a outra. Encontramos um exemplo dessa cadeia no versículo do dia: (1) Paulo, (2) Timóteo e as “muitas testemunhas”, (3) pessoas fiéis e (4) outros que seriam ensinados.


Indiretamente, também aprendemos que a doutrina bíblica é extremamente importante. Ela forma a base para uma prática saudável da fé. Timóteo primeiro seguiu rigorosamente a doutrina de Paulo e então pôde constatar como sua conduta era exemplar (cap. 3: 10).


Você tem interesse nas verdades sobre Deus e sua Palavra? — Sobre o Cristo glorificado e nosso relacionamento com ele? E você é fiel e confiável, de modo que pode transmitir o ensino cristão aos crentes mais jovens?


Leitura bíblica diária: Isaías 40: 1 - 18; Hebreus 5: 11 - 14

terça-feira, 7 de outubro de 2025

A longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé. 1 Pedro 3: 20

A paciência que deve caracterizar um cristão é particularmente difícil de praticar quando as pessoas seguem caminhos errados. Pois então estamos rapidamente dispostos a fazer um julgamento definitivo. Nós, por assim dizer, descartamos uma pessoa. Mas nos dias de Noé, “a longanimidade de Deus esperava”, apesar da terrível situação do mundo naquela época. O Novo Testamento também mostra a paciência de Deus com aqueles que seguem caminhos errados: assim, encontramos repetidamente nas epístolas o chamado ao arrependimento. E, justamente em um caso particularmente grave, é dito expressamente: “E dei-lhe tempo para que se arrependesse” (Apocalipse 2:21). E no Evangelho, o viticultor diz, depois que a figueira em sua vinha não deu frutos por três anos:

 

“Deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque” (Lucas 13:8).


Deus fica atento ao menor sinal de arrependimento para poder perdoar e restaurar. Que lição para nós, “instruindo com mansidão os que resistem”, porque Deus talvez ainda os leve ao arrependimento (2 Timóteo 2:25).


Mas Deus não espera indefinidamente, e esse pensamento é muito sério. Sim, Ele é “ longânimo e grande em benignidade” e paciência (Salmo 86:15; 103:8); mas, no final, Ele executa o julgamento sobre aqueles que “desprezam as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade” (Romanos 2:4).


No tempo de Noé, o grande dilúvio finalmente veio “e os levou a todos” (Mateus 24:39); e sobre a figueira é dito: “se der fruto, ficará; e, se não, depois a mandarás cortar” (Lucas 13:9).


Só podemos viver essa longanimidade divina em humilde dependência Dele. Só então podemos pedir pacientemente que as pessoas se arrependam, mantendo-nos conscientes de que o julgamento virá inexoravelmente sobre todos aqueles que não querem se arrepender.


Leitura bíblica diária: Isaías 38:17 39:8 - Hebreus 5:1-10

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Tu pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. 2 Timóteo 2: 1

Uma mensagem forte para pessoas fracas


O que fazer quando tudo está indo por água abaixo? O que fazer quando sentimos nossa própria fraqueza, nosso próprio fracasso? — Será que basta nos recompor ou nos disciplinar com novos mandamentos e proibições? Vejamos o conselho divino que o velho Paulo dá ao jovem Timóteo.


Paulo experimentou o que significa ser abandonado. “Todos os que estão na Ásia” se afastaram dele (cap. 1:15). Poucos permaneceram ao seu lado. Mas Paulo podia contar com Timóteo, pois ele queria servir fielmente ao Senhor!


Timóteo era provavelmente uma pessoa reservada, talvez até um pouco medrosa — ou seja, não era alguém que se precipitasse. Às vezes, sua fraqueza física também o incomodava (1 Timóteo 5:23).


O que Paulo recomenda a seu filho espiritual Timóteo diante do declínio ao seu redor e de suas próprias limitações? Ele não lhe diz para simplesmente ser forte agora. Paulo também não o aconselha a explorar suas próprias possibilidades. Não, Paulo encoraja Timóteo: “Seja forte na graça que há em Cristo Jesus”. Trata-se de olhar para cima — para a fonte de força que nunca se esgota e nunca muda.


Nossa força vem do Senhor Jesus Cristo, que agora está no céu. O “poder da sua glória” está à nossa disposição (Colossenses 1: 11). O próprio Paulo experimentou isso e descreve com palavras precisas: “Porque, quando sou fraco, então sou forte” (2 Coríntios 12:10). Cristo nos dá tudo o que precisamos, e isso de forma totalmente imerecida.


Deus não procura heróis que querem conquistar vitórias com suas próprias forças, mas servos humildes que vivem da graça de Deus, pela qual também foram salvos (Efésios 2: 8 - 9)!


Leitura diária da Bíblia: Isaías 38: 1 - 16; Hebreus 4: 10 - 16



domingo, 5 de outubro de 2025

Orai pela paz de Jerusalém! Prosperarão aqueles que te amam! Salmo 122: 6

Para o povo de Israel, não havia lugar em todo o país tão atraente quanto Jerusalém. Lá, Deus “deixou habitar seu nome”; lá, o povo oferecia seus sacrifícios a Deus; lá, ele deveria se alegrar diante de seu Deus. Por isso, nada se comparava a essa cidade.

Somente em Jerusalém se encontrava o templo, a habitação de Deus, o local de adoração e o ponto de encontro das doze tribos. Para lá subiam as tribos para o culto. Tirar essa cidade de um israelita fiel era tirar-lhe tudo. Pensemos em Daniel no exílio, que sempre mantinha as janelas abertas para Jerusalém (Daniel 6:11). Quanto significavam para ele a cidade de Deus e o templo!


Quão apropriado era, portanto, pedir pela paz e pelo bem-estar dessa cidade!


Era evidente que Deus estava com aqueles que amavam essa cidade.


O que podemos aprender com isso para os tempos atuais? A Jerusalém celestial lá em cima é intocável; não precisamos orar por sua paz e bem-estar. A aplicação simples é que também pensemos no “lugar” onde o Senhor hoje “deixa habitar o seu nome”. Hoje, esse é um lugar espiritual onde os crentes se reúnem como igreja em nome do Senhor Jesus (Mateus 18: 20).


Quando conhecemos e amamos esse lugar espiritual que a Palavra de Deus nos mostra, sentimos-nos compelidos a orar pela paz e pelo bem-estar dos fiéis que lá estão. E como todos os verdadeiros crentes em toda a terra formam a congregação ou igreja de Deus, também amaremos de coração “todos os santos” e oraremos por eles e pelo seu bem-estar (Efésios 1: 15; 6: 18).


Leitura bíblica diária: Isaías 37: 21 - 38; Hebreus 4: 1 - 9

sábado, 4 de outubro de 2025

Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. Gálatas 3: 28

Um em nome de Jesus


Um acontecimento da Segunda Guerra Mundial: por um lado, havia uma velha camponesa polonesa em sua terra natal, sangrando por muitas feridas de guerra; e, por outro lado, havia o jovem soldado alemão que encontrou abrigo em sua humilde cabana. Duas pessoas, dois mundos. Cada um tinha o suficiente com que se preocupar, com seus próprios problemas: o que o dia de amanhã trará? Como será o futuro? O que nos espera? Os dois mal conseguiam se comunicar. Ele falava apenas algumas palavras em polonês e ela não entendia alemão. Mas quando ela viu o jovem lendo o Novo Testamento em sua cozinha simples, ela se aproximou dele, parou na frente dele e perguntou, apontando para o livro em suas mãos: “Jesus?” E quando ele assentiu com alegria e surpresa, ela apontou para si mesma com o rosto radiante e disse novamente: “Jesus!”


Sua confissão de fé foi breve, mas convincente. Dois mundos completamente diferentes — mas o nome do Senhor Jesus uniu essas duas pessoas e superou uma enorme distância.


Suas nações estavam em guerra uma com a outra; mas eles próprios, pela fé no Senhor Jesus, pertenciam àqueles que foram “tirados das nações” para serem um povo “para o seu nome”.


“Deus visitou os gentios, para tomar deles um povo para o seu nome” (Atos 15: 14).


Leitura diária da Bíblia: Isaías 37: 1 - 20; Hebreus 3: 7 - 19

sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Deus o acolheu. Romanos 14: 3

Em Romanos 14, o apóstolo Paulo fala sobre os “fracos” e os “fortes” na fé, sobre o fato de que suas consciências são diferentes e sobre os perigos que isso pode acarretar para a convivência entre os fiéis.

O contexto mostra que um cristão nunca deve agir contra sua consciência, mas também que a consciência não é um padrão absoluto. Portanto, não devemos exigir que os outros adotem nossas convicções de consciência; o único padrão para cada crente é a Palavra de Deus. Onde a Palavra silencia ou onde temos uma compreensão diferente, não devemos nos condenar ou desprezar uns aos outros, mas sim ter consideração uns pelos outros com amor e buscar “o que contribui para a paz e para a edificação mútua” (v. 19).


Quando Paulo fala sobre as relações entre os crentes, ele sempre direciona o olhar para um nível mais elevado e vê os cristãos em sua relação com Deus e com o Senhor. Isso pode nos ajudar a amar sinceramente nossos irmãos e irmãs na fé e a cultivar uma comunhão imaculada com eles, mesmo que nossas convicções de consciência sejam diferentes.

“Deus o acolheu.” — Quando estamos cientes do valor que nossos irmãos e irmãs na fé têm para Deus e de quão próximos eles estão Dele, não discutimos com eles sobre questões específicas.

Por fim, Paulo nos exorta enfaticamente: “Acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo vos acolheu, para a glória de Deus” (cap. 15:7). O próprio Cristo, em sua graça incondicional, nos deu o exemplo de como devemos receber uns aos outros. E o objetivo “para a glória de Deus” nos protege tanto da mesquinhez e da arrogância pouco fraternal quanto da indiferença diante do pecado manifesto ou da contradição direta com as declarações claras das Escrituras.

Leitura diária da Bíblia: Isaías 35: 1 - 36: 22; Hebreus 3: 1 - 6

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Olhando fixamente para o Autor e Consumador da fé: Jesus Hebreus 12:2

Cópias ruins


Vocês já observaram, perguntou certa vez o pregador revivalista Spurgeon (1834-1892), como a caligrafia dos alunos iniciantes costuma ser ruim, especialmente nas últimas linhas de uma página? Na linha superior estão as palavras a serem copiadas, escritas à mão pelo professor com uma caligrafia bonita. Na segunda linha, os alunos ainda olham diretamente para esse “modelo original”. Depois vem a terceira linha, onde eles olham para a anterior, para a primeira cópia; e na quarta, eles olham para a terceira. Dessa forma, quanto mais os alunos avançam na página, pior fica a caligrafia.


Os apóstolos seguiram o Senhor Jesus Cristo e O imitaram. Os primeiros “pais da igreja” seguiram os apóstolos, e a geração seguinte se orientou por esses antepassados. Dessa forma, as “transcrições” foram ficando cada vez piores com o passar do tempo.


Nosso versículo bíblico de hoje nos mostra: a melhor cópia é sempre a do original. Por isso, os destinatários da Carta aos Hebreus — e com eles também nós — são exortados a olhar diretamente para Jesus, “o autor e consumador da fé”. Os hebreus estavam rodeados por “uma grande nuvem de testemunhas”, que os encorajavam e com quem podiam aprender muito sobre a vida de fé (cf. cap. 11). Mas era importante para eles não se detiverem nos modelos humanos, mas desviar o olhar deles e fixá-lo constantemente em Cristo.


Somente Jesus é o “original, o protótipo”. Como “iniciador e consumador da fé”, Ele deu cada passo do caminho da fé dependendo de Deus e em Seu poder, e alcançou a meta. Somente Ele é nosso modelo perfeito.


Leitura bíblica diária: Isaías 33: 1 - 34: 17; Hebreus 2: 11 - 18

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Em tudo dai graças. 1 Tessalonicenses 5: 18

A ingratidão para com Deus não é atribuída apenas aos pagãos na Bíblia. De acordo com 2 Timóteo 3:2, ela é até mesmo uma característica do fim dos tempos cristão em que vivemos.


Como se pode contrariar essa tendência? É possível treinar a gratidão? Os pais podem, por exemplo, incentivar seus filhos a agradecerem pelas pequenas atenções. Certamente isso é algo positivo. Mas a raiz do mal ainda não foi eliminada. O ser humano precisa de uma mudança interior, um novo nascimento. Só assim ele será totalmente reorientado — para o próprio Deus —, de modo que louvar e agradecer se tornem uma necessidade do coração.


Às vezes, porém, os filhos de Deus não têm consciência suficiente da grandeza de sua salvação e da glória de sua posição. Como é fácil ignorarmos as provas da bondade que Deus nos dá diariamente. E como nos comportamos em circunstâncias difíceis da vida, nas quais não temos disposição para agradecer?


Nosso versículo diário nos incentiva a não esquecer de agradecer em nenhuma situação, mas a agradecer em todas as circunstâncias. Mesmo na adversidade, sempre há algo pelo qual podemos agradecer a Deus: nossa salvação, nosso destino celestial seguro e a proximidade compassiva e solidária do Senhor em nosso caminho. Quando focamos nosso olhar no que Ele nos deu e no que Ele é para nós, fica mais fácil agradecer a Ele. E, ao mesmo tempo, recebemos novas forças para nossa situação.


Aprender a agradecer faz parte do nosso crescimento espiritual. Tomemos o Senhor Jesus como exemplo: justamente no momento em que a rejeição por parte de seu povo se manifesta de forma particularmente clara, Ele louva seu Pai e Lhe dá glória (Mateus 11:25-26).


Leitura bíblica diária: Isaías 31: 1 - 32: 20; Hebreus 2: 5 - 10

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Ora, se já morremos com Cristo ... Romanos 6: 8

A Bíblia testemunha repetidamente que “morremos com Cristo”. Mas o que isso significa?

Isso fica mais claro quando lemos anteriormente, no versículo 6, que “nosso velho homem foi crucificado”. Com “velho homem”, Paulo descreve o que éramos antes da nossa conversão, ou seja, pecadores. Sobre o velho homem, Deus só podia proferir a sentença de morte.

Com a “nossa velha natureza” tinha de acontecer exatamente o que os judeus exigiram de Pilatos em relação ao Senhor Jesus: “Seja crucificado!” (Mateus 27: 22). Deus executou essa sentença sobre o Senhor Jesus e, por isso, também sobre nós. Podemos e devemos aceitar isso na fé, assim como o perdão dos nossos pecados pelo seu sangue.

Se morremos com Cristo, então três antigas ligações que existiam anteriormente foram dissolvidas pela morte.

1. “Morremos para o pecado” e, por isso, devemos “considerar-nos mortos para o pecado” e “não mais servir a ele” (Romanos 6:26, 10).

2. Fomos “mortos pela lei”, morremos e não estamos mais sob o seu julgamento. Da mesma forma, a lei não é o guia para nossa vida como cristãos (Romanos 7:46).

3. Morremos “para os elementos (ou componentes) do mundo”, os filosóficos, os tradicionais, os religiosos e todos os outros. A lei, aliás, também é um desses “elementos” (Colossenses 2:20, Gálatas 4:3).

Em vez disso, agora podemos “andar em novidade de vida” e “viver para Deus” em Cristo Jesus (Romanos 6:4,10).

E, no futuro, também seremos unidos a Ele na ressurreição e então viveremos eternamente com Ele na glória (Romanos 6: 5, 8).

Leitura diária da Bíblia: Isaías 30: 1 - 33; Hebreus 2: 1 - 4

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Disse, pois, Davi a todos os seus servos que estavam com ele em Jerusalém: Levantai-vos, e fujamos, porque não poderíamos escapar diante de Absalão. Dai-vos pressa a caminhar, para que porventura não se apresse ele, e nos alcance, e lance sobre nós algum mal, e fira a cidade a fio de espada!” 2 Samuel 15:14

A fuga de Davi de Absalão


Quando Davi descobre que seu filho Absalão organizou um golpe e está marchando com suas tropas para Jerusalém, ele ordena que seu povo fuja imediatamente.


Davi não vê alternativa à fuga? Por que ele, um brilhante comandante militar, entrega o campo ao seu filho rebelde sem lutar? Afinal, Davi ainda tem tropas leais em Jerusalém, de modo que poderia defender seu trono. Davi está com medo ou é covarde? É falsa misericórdia para com seu filho favorito? Não, Davi cita duas razões espirituais para sua fuga: Para que ele não “fira a cidade a fio de espada”: Davi quer poupar a cidade de Jerusalém. Este é um gesto particularmente bonito de Davi! Ele sabe como Absalão agiria impiedosamente e, por isso, quer evitar que pessoas inocentes na capital sofram danos. 


Quanto Davi ama Jerusalém, “a cidade do grande rei” (Salmo 48:3)! Ele não deseja guerra, mas paz e bem-estar para esta cidade (cf. Salmo 122:6-9). “Para que ele não lance sobre nós algum mal”: Davi reconhece no ataque de Absalão a mão castigadora de Deus e se submete a ela. Por ter cometido adultério e assassinato, o profeta Natã teve que anunciar a ele o julgamento punitivo de Deus: “Não se apartará a espada jamais da tua casa” (2 Samuel 12:10). É a essa “desgraça” que Davi se refere em suas palavras. Ele deseja aceitar os caminhos do governo de Deus e não se opor à disciplina de Deus. No decorrer da fuga, essa atitude espiritual se torna cada vez mais evidente.


Leitura diária da Bíblia: Isaías 29: 1 - 24; Hebreus 1: 7 - 14

domingo, 28 de setembro de 2025

O SENHOR me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão. Salmo 2:7, 8 E mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória. Lucas 4:5, 6

O domínio sobre toda a terra


O Salmo 2 nos dá uma visão da relação entre Deus, o Pai, e seu Filho, o homem Jesus Cristo. Jesus foi gerado por Deus, o Espírito Santo, e viveu como um homem perfeito em sua criação. Ele era o Messias prometido e tinha direito a toda a Terra. Esse domínio poderoso foi-lhe garantido por seu Pai; Ele é até mesmo convidado a reivindicá-lo.


Nosso segundo versículo do dia, de Lucas 4, relata como Jesus é tentado pelo diabo no deserto. Satanás promete ao Senhor o domínio sobre toda a Terra. Mas, de repente, há uma condição: “Se tu me adorares, tudo será teu” (v. 7). Com isso, Satanás exigia que Jesus abandonasse sua dependência de seu Pai e se submetesse ao poder do mal. Aparentemente, uma oferta tentadora, pois oferecia a possibilidade de obter o domínio universal sem sofrimento e morte. Mas nosso Senhor rejeitou decididamente a oferta com as palavras: “Está escrito: Adorarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás” (v. 8). Ele precisava “morrer e ressuscitar para que o conselho de Deus se cumprisse.


Esperamos por esse momento, quando Cristo aparecerá em glória para reinar com poder sobre todos os povos (cf. 1 Coríntios 1:7; 2 Timóteo 4:8). Mas já hoje queremos nos submeter a Ele de boa vontade e honrá-Lo de todas as maneiras.


Leitura bíblica diária: Isaías 28: 1 - 29; Hebreus 1: 1 - 6



sábado, 27 de setembro de 2025

E Jesus, ... disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi, onde moras?João 1: 38 Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Colossenses 3:1

O que estou buscando?


Não sabemos exatamente o que os dois discípulos de João, que seguiam Jesus, estavam procurando. Eles parecem não responder à pergunta de Jesus em nosso versículo diário. Mas a resposta deles deixa claro: eles acreditavam que encontrariam com Ele aquilo que ansiavam.


O que e onde estou procurando? Para muitas pessoas, aplica-se o que é expresso em uma antiga canção: “Eles buscam o que não encontram, em amor, honra e felicidade.” O que realmente faz nosso coração feliz, só podemos encontrar em Cristo, o Filho de Deus.


Naquela época, o Senhor Jesus estava aqui na Terra, mas agora Ele está sentado à direita de Deus no céu. Por isso, Paulo exorta os crentes no segundo versículo do dia: “buscai as coisas que são de cima.” Se buscarmos apenas interesses terrenos, o que também pode facilmente nos dominar, nós, crentes, negamos basicamente que “morremos com Cristo” (Romanos 6:8). Não nos assemelhamos então a Demas, um colaborador de Paulo, que “amou o presente século” (2 Timóteo 4: 10)? Será que ainda nos diferenciamos das pessoas que Paulo chama de “inimigos da cruz de Cristo”, “que só pensam nas coisas terrenas”? (Filipenses 3:18-19).


Mas não apenas morremos com Cristo, mas também ressuscitamos com Ele. Portanto, nosso interesse agora deve ser voltado para o Cristo glorificado e para as riquezas do céu que nos são dadas nele.

Quando foi a última vez que me ocupei com coisas celestiais?


Leitura diária da Bíblia: Isaías 26: 1 - 27: 13; Atos 28: 16 - 31

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. Tiago 5: 16

O poder da oração


Há muitos anos, havia um lugar onde aparentemente não havia conversões há vários anos. Os homens haviam se tornado indiferentes e buscavam mais o prazer. Isso preocupava especialmente um velho ferreiro crente que morava ali. Esse homem gaguejava tanto que era doloroso ouvi-lo falar. Num sexta-feira, enquanto trabalhava sozinho em sua ferraria, ele ficou tão abatido com a triste situação ao seu redor e com a dureza de coração de seus semelhantes que fechou a ferraria para passar a tarde em oração a Deus. Ele chorou e implorou, e Deus ouviu o clamor daquele pobre gago.


Após a oração, ele procurou um evangelista com nova confiança e pediu-lhe que marcasse uma reunião evangelística. Após alguma hesitação, o evangelista concordou, embora esperasse poucos visitantes.


A reunião deveria acontecer em uma casa particular e, quando chegou a hora, contra todas as expectativas, tantas pessoas compareceram que não foi possível acomodar todas. Muitas consciências foram tocadas.


Notavelmente, ficou claro que a inquietação interior delas havia começado justamente naquelas horas em que o ferreiro estava de joelhos. Um avivamento surpreendente havia começado na aldeia.

Nem todos podem proclamar publicamente o evangelho, a boa nova, mas todos nós podemos orar em oculto, mesmo no leito de enfermidade, pela salvação dos perdidos.


Portanto, clamemos continuamente a Deus com oração e súplica, para que Ele abençoe a proclamação de Sua Palavra. Um dia ficaremos maravilhados com o que a oração sincera de cada crente terá alcançado.


Leitura diária da Bíblia: Isaías 24: 14 - 25: 12; Atos 28: 1 - 15

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Tudo o que for conforme a ordem do Deus do céu deve ser feito com cuidado para a casa do Deus do céu. Esdras 7: 23

O escriba Esdras recebe do rei persa uma carta, um salvo-conduto e uma autorização para sua viagem a Jerusalém. Nela, o rei determina que suas ordens sejam cumpridas “diligentemente”, “pontualmente” e “prontamente” (v. 17, 21, 23).

E assim acontece: Esdras pesa a prata e o ouro, bem como os utensílios transportados, e ordena aos sumos sacerdotes: “Vigiai, pois, e guardai- os até que os peseis ... em Jerusalém”. Os sacerdotes recebem o que foi pesado — e então o grupo parte para a longa e perigosa viagem.


Após quase quatro meses e cerca de 1.500 quilômetros, eles chegam a Jerusalém. Lá, a prata, o ouro e os utensílios são levados ao templo e novamente pesados e contados. O resultado é cuidadosamente anotado, certamente para ser entregue posteriormente ao rei persa (cap. 8: 24 - 34).


Podemos aprender com essa atitude — tanto do ponto de vista espiritual quanto financeiro. Em sua última carta, Paulo exorta Timóteo a ter cuidado espiritual quando escreve, com base no ensino bíblico: “Conserva”, “Guarda”, “Confia-o a homens fiéis” (2 Timóteo 113: 14; 2: 2). E quando uma congregação lhe entrega uma rica oferta para levar a Jerusalém, ele escreve: “Zelamos o que é honesto, não só diante do Senhor, mas também diante dos homens” (2 Coríntios 8: 21).


Agir com honra está fora de moda hoje em dia — mas entre o povo de Deus continua sendo algo muito atual. Devemos ser cuidadosos e conscienciosos nas coisas espirituais, a fim de transmitir o que o Senhor nos confiou — e honestos e íntegros nas coisas financeiras, “para que o ministério não seja censurado” (2 Coríntios 6: 3).


Leitura diária da Bíblia: Isaías 23: 1 - 24: 13; Atos 27: 27 - 44

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus. 2 Samuel 23:3

Passos na fé (12) — O futuro reino de paz


A Palavra de Deus abre nossos olhos para o verdadeiro caráter do mundo que nos rodeia. À luz de Deus, reconhecemos que o “mundo atual, que é mau” é marcado pela vontade própria do homem, pela rebelião contra Deus e Sua Palavra. Mesmo um jovem cristão sente essa impiedade, ele se sente estranho neste mundo; sim, ele sabe que todos os planos para melhorar o mundo são, em última análise, inúteis. Em vez disso, ele se interessará pelo que Deus fará e como Ele cumprirá suas promessas não apenas para a igreja, mas também para Israel (Gálatas 1:4; Romanos 11:29).


O legítimo governante da Terra é Jesus Cristo. Na sua primeira vinda, há 2000 anos, as pessoas disseram: “Vinde, matemo-lo e apoderemo-nos da sua herança!” (Mateus 21:38). Mas Cristo não perdeu a herança com a sua morte; pelo contrário: foi precisamente através da sua morte e ressurreição que Ele adquiriu o direito a ela. Deus, que tem o seu tempo determinado para tudo, dirá um dia a Ele: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão” (Salmo 2:8).


O reino de Deus está visivelmente próximo. Que choque tremendo será para o mundo quando o céu se abrir e o Rei aparecer em grande poder: Ele será acompanhado por nós, os crentes, que Ele terá levado consigo para o céu. Então seremos “manifestados com ele em glória” (Colossenses 3:4).


Cristo “subjugará todas as coisas”; Ele “reinará com justiça” e encherá a terra de paz (Filipenses 3:21; Isaías 32:1; Salmo 72:7). E nós reinaremos com Cristo por mil anos (Apocalipse 20:6)! Como nosso Senhor se alegra quando pode administrar a herança com os seus redimidos!


Leitura bíblica diária: Isaías 22: 1 - 25; Atos 27: 13 - 26

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques. Vão indo de força em força; cada um deles em Sião aparece perante Deus. Salmo 84: 5 - 7

Bem-aventurado o homem cujos caminhos estão traçados em seu coração! Os caminhos podem ser difíceis, podem até nos levar por um vale de lágrimas — mas o que isso importa, se eles nos levam para casa! Quando temos o destino da nossa viagem em mente, não nos importamos tanto com o caminho, pois ele nos leva para onde queremos: para casa. Preferiríamos seguir um caminho mais fácil, mas que nos levaria para outra direção? De forma alguma, pois ele não nos levaria para casa. Ter o objetivo em mente torna nossos passos seguros, firmes e determinados.


Os caminhos pelo vale de lágrimas nunca são agradáveis. Eles nos testam, porque separam nosso coração da terra. Mas, com isso, eles nos preparam para receber as bênçãos que Deus quer nos dar. Assim, o vale de lágrimas se torna para nós uma fonte de bênçãos espirituais.


“A chuva temporã o cobre de bênçãos.” A bênção de Deus se derrama sobre nós, nos refresca e nos fortalece em nosso caminho. Assim, temos diante de nós um caminho que talvez nos leve por um vale de lágrimas, mas acima de nós temos um Deus que nos ajuda — assim podemos ir de força em força. 


Nossa força é provada pelas dificuldades do caminho e renovada continuamente pela graça de Deus. Assim, avançamos para a glória em um caminho que nos separa da terra e nos leva a Ele, nosso Senhor.


Nesse caminho, não tropeçaremos nem cairemos. Pois aquilo que causa nossas lágrimas nos faz experimentar a graça, nos leva a águas frescas, nos revigora e nos fortalece — até chegarmos ao nosso lar.


Leitura bíblica diária: Isaías 20: 1 - 21: 17; Atos 27: 1 - 12

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

E saiu Diná, filha de Léia, que esta dera a Jacó, a ver as filhas da terra. E Siquém ..., viu-a, e tomou-a, e deitou-se com ela, e humilhou-a. Gênesis 34: 1, 2

Um capítulo como Gênesis 34 nos deixaria envergonhados, se nossos sentimentos já não estivessem entorpecidos pelo que vemos e ouvimos diariamente. Mas por que existem passagens tão “vergonhosas” na Palavra de Deus?

Por um lado, a Bíblia é um livro honesto, que nos mostra sem retoques e sem filtros do que os homens são capazes — mesmo os homens e mulheres de Deus. Pois é Deus quem fala ali, revela e não esconde nada. E é justamente isso que comprova a credibilidade da Bíblia.


Por outro lado, esse acontecimento faz parte da vida do patriarca Jacó. Ele repreende seus dois filhos, que se vingaram de Siquém com sangue, inicialmente apenas com palavras fracas. Mas, no final de sua vida, ele volta a mencionar o ato violento deles em sua bênção e os condena em comunhão com Deus (cap. 49: 5 - 7).


Por fim, porém, o que aconteceu com Diná também faz parte dos caminhos de Deus com Jacó. Deus não impede esse momento difícil, mas o usa, pedindo a Jacó, após a vergonha que ele sofreu pela atrocidade cometida contra sua filha e a vingança de seus filhos: “Levanta-te, sobe a Betel e... faze ali um altar” (cap. 35:1). Jacó obedece, desmonta suas tendas e parte para Betel, onde Deus o encontra novamente. E a partir desse momento, o caminho de fé de Jacó se torna mais claro e direcionado — ao contrário de antes, quando seu caminho era uma série de altos e baixos.


Talvez também haja momentos em nossa vida dos quais nos envergonhamos. Mas Deus quer usá-los para começar de novo, para que coisas maravilhosas para Ele surjam em nossas vidas.


Leitura bíblica diária: Isaías 19: 1 - 25; Atos 26: 19 - 32

domingo, 21 de setembro de 2025

Porque eu recebi do Senhor ... na noite em que foi traído, tomou o pão; ... Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice. 1 Coríntios 11: 23, 25

Sempre nos emociona quando pensamos na noite em que nosso Senhor instituiu a Ceia da Memória. A característica especial daquela noite é: “em que foi entregue”. Isso direciona nossos pensamentos para o ato vergonhoso de Judas Iscariotes, um de seus discípulos. Como o Senhor Jesus ficou abalado ao ver que um de seus mais íntimos confidentes O traiu e O entregou nas mãos de pessoas pecadoras. E justamente na noite em que isso aconteceu, Ele ofereceu aos seus discípulos a sua ceia — em memória de si mesmo e da sua morte na cruz! É difícil imaginar um contraste maior. Assim, ficamos com uma impressão particularmente profunda da majestade e do amor inabalável de Jesus. Pois esse ato vil de Judas, que nosso Senhor já sabia de antemão, fez com que Ele sentisse mais uma vez como nós, seres humanos, somos corruptos. E por pessoas como essas — por você e por mim — Ele estava prestes a dar o seu corpo e derramar o seu sangue.

O fato de nosso versículo enfatizar expressamente que o Senhor Jesus foi entregue precisamente na noite em que instituiu a Ceia do Senhor certamente também mostra o quanto significava para Ele passar suas últimas horas em um círculo de discípulos sinceros e afeiçoados a Ele, com aqueles que, ao contrário de Judas, pensariam nEle com amor e a quem Ele poderia deixar sua Ceia como legado. Quão importante era para Ele que os Seus se lembrassem regularmente Dele — num mundo que até hoje não tem nada a oferecer a Ele.


Suas palavras também se aplicam a nós: “Fazei isto em memória de mim”. Ele as proferiu na noite em que foi entregue. Não devemos cumprir com gratidão o seu amoroso pedido? Por amor a Ele?


Leitura bíblica diária: Isaías 17: 1 - 18: 7; Atos 26: 1 - 18

sábado, 20 de setembro de 2025

Só Lucas está comigo. 2 Timóteo 4: 11

Palavras comoventes que Paulo escreve aqui da prisão. Muitos o abandonaram nessa altura — apenas Lucas ainda está com ele.

Como isso encoraja Paulo!


Conhecemos Lucas como autor do terceiro evangelho e dos Atos dos Apóstolos.


Ele é o único evangelista que — com muita compaixão e sensibilidade pelo sofrimento — conta a parábola do filho pródigo e a do bom samaritano. Ele relata que mulheres — que na época tinham pouco valor entre judeus e romanos — serviam ao Senhor com seus bens e encontra palavras de honra para Dorcas, Lídia, Febe e Priscila. Ele descreve com detalhes e conhecimento a viagem de navio e o naufrágio e, como historiador de primeira classe, esboça o início da história da missão cristã.


Também conhecemos Lucas como companheiro de viagem de Paulo, pois ele obviamente se “esconde” nas narrativas em primeira pessoa dos Atos dos Apóstolos. Ele se junta a Paulo na segunda viagem missionária em Trôade, viaja com ele até Filipos e fica lá. Quando Paulo volta lá anos mais tarde, Lucas desarma suas tendas e viaja com ele para Jerusalém, onde Paulo é preso e passa dois anos na prisão em Cesaréia. Quando Paulo é levado para Roma, Lucas está novamente com ele. Ele está com ele tanto na primeira prisão (as cartas aos Colossenses e a Filemon atestam isso) quanto na segunda (ver versículo do dia). Sim, Lucas permaneceu ao lado do apóstolo até o fim.


Que instrumento adequado Lucas era! Ele encorajou Paulo e fortaleceu muitos crentes com seus relatos sobre a vida do Senhor Jesus. Ele serviu com o que o Senhor lhe deu, era “útil ao senhor da casa, pronto para toda obra” (cap. 2: 21). Lucas é para nós um exemplo de serviço com humildade e constância.


Leitura bíblica diária: Isaías 15: 1 - 16: 14; Atos 25: 13 - 27

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Então, disse Moisés a Deus: Eis que quando vier aos filhos de Israel e lhes disser: O Deus de vossos pais me enviou a vós; e eles me disserem: Qual é o seu nome? Que lhes direi? E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós. Êxodo 3:13-14

“Eu sou” é mais do que suficiente


Moisés deveria conduzir o povo de Israel da escravidão no Egito para a terra de Canaã. Quando Deus lhe dá essa missão, Moisés começa a protestar cautelosamente e a expressar suas preocupações.


Uma de suas objeções: Moisés acha que não sabe o suficiente sobre Deus. O povo perguntaria a ele qual era o nome de Deus. Quem é, afinal, seu mandante?


A resposta de Deus é tão bela quanto surpreendente. Deus aproveita a pergunta de Moisés para se revelar a ele como “Eu sou o que sou”. O que Deus quis dizer com isso também pode encorajar você e eu:


* Deus é o Eterno, Ele é o princípio e o fim; Ele sempre existiu e sempre existirá.


* Ele é o Imutável, que existe em si mesmo.


* Ele é o totalmente Independente, que não precisa de nada nem de ninguém. Ele é bem-aventurado ou feliz em si mesmo (1 Timóteo 1:11; 6:15).


* Ele é sempre fiel a si mesmo.


Deus é o “Eu sou o que sou”; Ele é o Deus que satisfaz plenamente todas as necessidades de Moisés. Este Deus também é suficiente para todas as suas e minhas necessidades. Em Jesus Cristo, Ele se revelou ainda mais como o eterno “Eu sou” (João 8:58 etc.). Deus é tudo o que você realmente precisa. Deus é mais do que suficiente.


Leitura bíblica diária: Isaías 14: 1 - 32; Atos 25: 1 - 12

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

E, para que me não exaltasse pelas excelências das revelações, foi-me dado um espinho na carne, a saber, um mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de não me exaltar. 2 Coríntios 12: 7

Um espinho na carne


O apóstolo Paulo relata como Deus o arrebatou ao terceiro céu e lhe concedeu uma profunda compreensão das coisas eternas e divinas. Lá, ele “ouviu palavras inefáveis” (v. 4). As Escrituras não relatam que qualquer outro homem tenha recebido tais revelações.


Essa experiência poderia ter levado Paulo a se tornar arrogante. Ele poderia ter olhado com altivez para outros crentes, aos quais Deus não havia confiado tanto quanto a ele. A tendência ao orgulho e à arrogância ainda está presente na velha natureza de todo cristão.


O orgulho ou a arrogância, porém, teriam prejudicado fortemente o importante e valioso ministério de Paulo. Por isso, Deus lhe deu um “espinho na carne” — provavelmente uma doença — que o fazia lembrar constantemente que, sem o Senhor, ele não podia fazer nada. Somente a força de Deus o mantinha no ministério. Isso deveria mantê-lo humilde.


Sim, as doenças e dificuldades na vida de um crente podem ter causas e objetivos muito diferentes, por exemplo, castigo ou educação. No entanto, nenhum dos dois se aplicava neste caso. Aqui, foi uma doença que Deus enviou por precaução. Isso nos mostra como devemos ser cautelosos em nosso julgamento quando vemos outros filhos de Deus sofrendo.


Ainda hoje, pode acontecer que uma necessidade nos atinja para nos proteger de um caminho errado ou de um mau comportamento. Então, será uma bênção para nós se aceitarmos a orientação de Deus e nos apoiarmos, como Paulo, na promessa do Senhor: “A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (v. 9).


Leitura bíblica diária: Isaías 13:1-22 : Atos 24:22-27

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro e esperar dos céus a seu Filho. 1 Tessalonicenses 1: 9 - 10

Passos na fé (11) - A vinda do Senhor

 

Em nenhum lugar do Novo Testamento somos exortados a nos preparar para a morte; em vez disso, devemos esperar pelo Senhor Jesus e estar prontos para a sua vinda. Os tessalonicenses compreenderam isso quando se converteram e viveram nessa expectativa.


Na noite anterior à sua morte, o Senhor Jesus falou pela primeira vez que voltaria para levar os crentes para junto de si. Já antes, Ele tinha falado repetidamente que apareceria publicamente para estabelecer o seu reino de paz. No entanto, seus discípulos ainda não sabiam nada sobre sua vinda para levá-los no arrebatamento. Mas agora Ele falava que iria para a casa do Pai e lhes prepararia um lugar, acrescentando: “Voltarei e os levarei para mim, para que onde eu estiver, vocês também estejam” (João 14: 2, 3).


Pode haver maior felicidade, maior alegria? Sem dúvida, o céu é um lugar maravilhoso, e teremos comunhão com todos os redimidos; mas nossa alegria suprema será ver o próprio Cristo, que morreu por nós, e “viver com ele” para sempre (1 Tessalonicenses 5: 10).


A primeira carta aos Tessalonicenses nos revela em detalhes como nossa “bem-aventurada esperança” se cumprirá: primeiro, os crentes que dormem serão ressuscitados, depois os vivos serão transformados, e todos serão arrebatados juntos para “estar sempre com o Senhor” (Tito 2: 13; 1 Tessalonicenses 4: 13 - 18).


“Tenham os seus lombos cingidos e as suas lâmpadas acesas; e sejam como homens que esperam pelo seu senhor... Vocês também estejam preparados!” (Lucas 12: 35, 36, 40).


Leitura diária da Bíblia: Isaías 11: 1 - 12: 6; Atos 24: 10 - 21



terça-feira, 16 de setembro de 2025

Pois se porá à direita do pobre, para o livrar dos que condenam a sua alma. Salmo 109:31; Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me, ... e fiquei livre da boca do leão. 2 Timóteo 4:17

Preso por causa da fé (2)


É um momento crítico quando um cristão é levado a tribunal por causa de sua fé. O apóstolo Paulo passou por vários processos judiciais, dois deles em Roma. De lá, ele escreve: “Na minha primeira defesa, ninguém me apoiou, todos me abandonaram; que isso não lhes seja imputado” (2 Timóteo 4:16). Ele ficou magoado por nenhum dos outros crentes ter lhe dado apoio, mas conseguiu perdoá-los e acrescentou: “Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me”. Se possível, porém, também no tribunal deveria ficar claro que um cristão acusado está ligado a (muitos) outros crentes.


Paulo aproveitou a oportunidade para anunciar a boa nova de Jesus Cristo, mesmo estando na prisão (cf. Filipenses 1:13, 14).


Ele não pediu aos cristãos em Colossos que orassem por sua libertação, mas que ele pudesse falar corajosamente sobre sua fé. Ele terminou sua carta aos cristãos que estavam em liberdade com as palavras: “Lembrai-vos das minhas prisões” (Colossenses 4:3,18).


O cristão lituano Balys Gajauskas (1926-2017) escreveu em 1981, após passar 33 anos como prisioneiro nos gulags soviéticos: “Somos como homens e mulheres invisíveis — existimos, mas vivemos como se estivéssemos em completa escuridão”.


Nós, que vivemos em liberdade, devemos, portanto, procurar contato com cristãos perseguidos, orar por eles, escrever-lhes ou visitá-los, a fim de encorajá-los a serem testemunhas de Cristo em seu ambiente.


Leitura diária da Bíblia: Isaías 10: 1 - 34; Atos 24: 1 - 9

segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. Marcos 14: 38

Certa manhã, um pescador limpava suas redes na praia. De repente, ele viu uma águia jovem e forte pousar em um monte de pedras bem perto dele. Era um animal extraordinariamente bonito. Então a águia sacudiu-se, levantou as asas e voou como uma flecha para o alto. Subiu cada vez mais alto e logo só era visível como um pequeno ponto preto.

Mas de repente o ponto ficou cada vez maior: a águia voltou a descer. Mas não em um voo planado elegante, e sim em uma queda cada vez mais rápida, até que finalmente caiu de cabeça na água, a poucos metros da terra. O pescador pulou em seu barco; com algumas remadas, ele chegou até a águia e a colocou no barco. O rei dos céus estava morto! Quando o pescador o examinou mais de perto, descobriu uma pequena víbora que havia mordido o peito da águia.

 

Em um momento de descuido, enquanto a águia estava sentada ao sol, a cobra provavelmente se aproximou dela. E então sua picada venenosa pôs um fim abrupto ao voo orgulhoso pelos céus, à vida poderosa.


Como algo semelhante pode acontecer facilmente a nós, filhos de Deus. Por exemplo, certos lugares e situações podem representar um perigo para nós — isso nos mostra a Palavra de Deus e certamente também nossa própria experiência. Por isso, devemos evitar esses pontos de perigo e não nos expor levianamente à tentação. Caso contrário, o inimigo pode nos infligir suas “mordidas venenosas” e prejudicar gravemente o voo da fé. Só há segurança para nós na vida consciente diária com o Senhor. Somente nele estamos “bem guardados” (cf. 1 Samuel 22: 23).


Leitura diária da Bíblia: Isaías 9: 1 - 21; Atos 23: 23 - 35

domingo, 14 de setembro de 2025

E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram e aos malfeitores, um, à direita, e outro, à esquerda. ... E o povo estava olhando. Lucas 23: 33, 35

Pouco antes, o povo havia clamado em alta voz que Jesus fosse crucificado. Agora, as pessoas estavam ali, observando seu pedido ser atendido.

Quantos deles haviam ouvido o Senhor nas sinagogas? Estariam ali também alguns dos quatro mil que permaneceram com o Senhor por três dias sem comer? Lá na montanha, à beira do mar da Galiléia, eles glorificaram o Deus de Israel quando viram “que os mudos falavam, os aleijados eram curados, os coxos andavam e os cegos viam” (Mateus 15,31). E o Senhor não os deixou passar fome, mas os alimentou de maneira milagrosa com sete pães e alguns peixes (cf. Mateus 15:32-38).


Talvez entre os curiosos estivessem aqueles que, uma semana antes, haviam espalhado ramos de palmeira no caminho pelo qual o Senhor Jesus cavalgava para Jerusalém. Eles O receberam com júbilo: “Hosana ao Filho de Davi! Bendito aquele que vem em nome do Senhor!” (Mateus 21:9).


E agora ali estavam eles, pessoas como você e eu, olhando boquiabertos para as torturas que o Salvador do mundo tinha de suportar. Quão grande era o amor do nosso Senhor por seus inimigos, que Ele não desceu da cruz, mas assumiu os terríveis sofrimentos. Assim, Ele criou para todos — mesmo para aqueles que clamavam por seu sangue — a base sobre a qual lhes pode ser oferecido o perdão de todas as culpas.


Com admiração, reconhecemos que não merecemos de forma alguma o amor do Salvador, mas que ele também nos alcançou e nos redimiu. Graças a Ele para sempre!


Leitura diária da Bíblia: Isaías 8: 1 - 22; Atos 23: 11 - 22