segunda-feira, 30 de junho de 2025

Sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo, como também nosso Senhor Jesus Cristo já mo tem revelado. 2 Pedro 1: 14

Hoje em dia, os tabernáculos na floresta ou na montanha podem ser bastante confortáveis. No entanto, em geral, eles não são adequados para serem usados permanentemente como moradia. As tendas são ainda menos adequadas.


Na Bíblia, um tabernáculo ou uma tenda é usado como imagem para descrever a fragilidade do corpo humano. Nesse sentido, Pedro escreve: “enquanto estiver neste tabernáculo ... sabendo que brevemente hei de deixar este meu tabernáculo” (v. 13, 19). A ideia é que o corpo humano não é uma moradia permanente; o crente espera pela “habitação, que é do céu” (2 Coríntios 5:1, 2).


Pedro escreve aqui, em sua última carta, sobre sua “partida”, sua morte. Ele sabe há muito tempo que essa hora chegaria, pois já nas margens do mar da Galiléia o Senhor ressuscitado lhe havia anunciado: “Quando já fores velho, estenderás as mãos, e outro te cingirá e te levará para onde tu não queiras”. Com isso, o Senhor indicou “com que morte havia ele de glorificar a Deus” (João 21:18,19).


É bonito ver como Pedro aqui — quase casualmente — espera que o “deixar sua tenda” aconteça em breve. Isso não é mais a exuberância juvenil que ele demonstrava quando era discípulo de Jesus, quando se gabava: “Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte” (Lucas 22: 33). Não, agora é a calma certeza de que o Senhor estará com ele na hora da morte, como Ele prometeu.


Essa promessa de nosso Senhor também se aplica à nossa “partida”, caso ainda tenhamos que morrer antes que Ele venha para o arrebatamento.


Leitura diária da Bíblia: Daniel 2: 17 - 30; Salmo 38: 1 - 11


domingo, 29 de junho de 2025

Então, disse: Eis aqui venho (no princípio do livro está escrito de mim), para fazer, ó Deus, a tua vontade. Hebreus 10: 7

Obediência até o fim


Quando o Filho de Deus veio à Terra como homem, Ele tinha um único objetivo: Ele veio para cumprir a vontade de Deus em todos os aspectos — desde a manjedoura até a cruz. Sua obediência era perfeita, sem qualquer censura. Nunca havia nada nele que pudesse ser criticado ou corrigido. O próprio Jesus podia dizer de si mesmo que sempre fazia o que agradava a Deus (João 8:29).


Os ímpios não podem agradar a Deus. Sem Deus, eles serviam ao pecado e ao diabo. Quando o Filho de Deus se tornou homem, Ele veio a este mundo “contaminado” pelo pecado. Ele veio à sua própria criação, mas ela O rejeitou.


As condições externas não poderiam ter sido piores, mas Jesus glorificou a Deus como Deus nunca havia sido glorificado antes. Ele foi “obediente até a morte, sim, até a morte na cruz” (Filipenses 2:8). Em sua obediência à vontade de Deus, Ele estava disposto a assumir tudo e suportar os sofrimentos mais difíceis: até mesmo a terrível morte na cruz. Mais ainda: a vontade de Deus incluía que Cristo se tornasse o sacrifício pelo pecado. E Ele estava disposto até mesmo a isso — Ele se tornou esse sacrifício.


Pela obediência de Jesus, os crentes foram colocados na posição de justos (Romanos 5:19). Em outro lugar, é dito que fomos escolhidos para a obediência de Jesus Cristo (1 Pedro 1:2). Portanto, somos capacitados e destinados a ser obedientes, como nosso Senhor foi. Como Deus é honrado quando vê em nós a obediência de Seu Filho! E lembremo-nos: a obediência é sempre recompensada por Deus!


Leitura bíblica diária: Daniel 2: 1 - 16; Salmo 37: 30 - 40


sábado, 28 de junho de 2025

Pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra. João 16: 24 Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós, fazendo, sempre com alegria, oração por vós em todas as minhas súplicas. Filipenses 1: 34

Orar com alegria


Para poder orar com alegria — como Paulo —, precisamos estar sempre conscientes do que realmente significa orar. Aqui estão algumas reflexões: * Orar significa cultivar um relacionamento. Através da oração, temos comunhão com Deus. “Nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (1 João 1:3). 


O próprio Pai nos ama e, como seus filhos, podemos falar com Ele com confiança. O Senhor Jesus nos amou e se entregou por nós. Não desejamos cultivar essas relações maravilhosas por meio da oração?


Por meio da oração, mostramos nossa dependência de Deus. Pois sem Ele não podemos fazer nada que Lhe agrade. Podemos entregar a Ele todas as áreas da nossa vida, nossas decisões, nossos caminhos e nossas tarefas. Ele quer nos guiar e nos dar a força necessária para que nos comportemos de maneira a honrá-Lo.


A oração alivia e traz paz interior. “As vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:6-7). A intercessão expressa nossa atitude benevolente para com os irmãos na fé e nossos 

semelhantes.


A gratidão traz felicidade! Há tantos motivos para sermos gratos ao Senhor. Diga isso a Ele em oração! Agradeça-Lhe especialmente pela sua salvação e pelas bênçãos que você recebeu Nele.


Leitura bíblica diária: Daniel 1: 8 - 21; Salmo 37: 21 - 29


sexta-feira, 27 de junho de 2025

Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia! Salmo 119: 97

De manhã, leio um trecho da Palavra de Deus. Talvez eu também encontre tempo para isso durante o intervalo do almoço. E à noite ou em um dia de folga, dedico mais tempo à Bíblia. Sim, é abençoado reservar determinados momentos para a Palavra de Deus. Muitos cristãos sabem por experiência própria como é abençoado ler e estudar a Bíblia regularmente.

Mas o salmista vai um passo além: ele fala que medita na Palavra de Deus “o dia inteiro”. Como isso é possível?

Em determinados momentos do dia, posso meditar conscientemente na Palavra de Deus, em um versículo bíblico específico, por exemplo, durante uma viagem de carro. Em outros momentos, isso não é tão fácil. Quando estou realizando minhas tarefas diárias, não posso refletir conscientemente sobre a Palavra de Deus ao mesmo tempo. Afinal, preciso me concentrar no meu trabalho para realizá-lo com diligência e cuidado. Mas em tudo o que encontro e onde tenho que tomar decisões, posso me deixar guiar pela Palavra de Deus. Para isso, é claro, preciso conhecê-la bem, preciso deixá-la “habitar em mim abundantemente” (Colossenses 3:16). Assim, o Espírito Santo pode me lembrar das palavras da Bíblia que posso aplicar a uma determinada situação. Dessa forma, a Palavra de Deus molda minha atitude interior — mesmo quando preciso dedicar minha atenção às coisas terrenas.

Isso tem efeitos maravilhosos! Então, eu me comporto no meu dia a dia de acordo com os pensamentos de Deus, que Ele me revelou em Sua Palavra. Meu pensamento é exercitado pelo hábito de distinguir o bem do mal (Hebreus 5:14). E o Espírito Santo conduz meu coração ao verdadeiro conhecimento, não ao conhecimento intelectual aprendido. “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia.” Desejo isso para você e para mim.

Leitura diária da Bíblia: Daniel 1: 1 - 7; Salmo 37: 12 - 20


quinta-feira, 26 de junho de 2025

E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste? Mateus 14: 31

Ajuda divina na dúvida

Existem dois tipos de dúvida. Muitas pessoas duvidam da existência de Deus e da autoridade das Escrituras Sagradas. Essa dúvida é semeada pelo diabo no coração das pessoas. Essa incredulidade é pecado. A outra dúvida, por outro lado, tem a ver com nossa fraqueza humana, com a incerteza de se nossa visão das coisas é totalmente correta. Nós temos apenas uma visão limitada. O Senhor deseja nos ajudar com esse tipo de dúvida.


Em nossa história, encontramos em Pedro, uma grande fé e uma dúvida de pouca fé, uma logo após a outra. Primeiro, a fé: quem de nós teria ousado descer do barco em meio ao vento e às ondas? Isso requer coragem — e fé! Mas então Pedro começa a afundar. Alguns afirmam que ele não foi corajoso o suficiente, que lhe faltou confiança. Outros o acusam de ter se achado capaz demais. Seja como for, o Senhor Jesus é mais indulgente com ele: “Logo Jesus, estendeu a mão”. Que consolo para todos aqueles que estão no meio das tempestades da vida!

O Senhor não abandona os seus. Ele não diz acusadoramente: “Ou você acredita e confia em mim totalmente ou eu o deixo cair”. Não, Ele vai ao encontro de Pedro, pega sua mão e o leva até o barco.

Pedro não está sozinho com sua pouca fé. Pois encontramos algo semelhante em Abraão, Moisés ou Jó – esses homens de fé também tiveram momentos de dúvida. Mas todas as vezes a mão de Deus estava lá, segurando-os e levando-os de volta às alturas da fé. O Senhor estende essa mão amorosa também hoje a todos aqueles que, como Pedro, clamam a Ele: “Senhor, salva-me!” (v. 30).

Leitura bíblica diária: Gênesis 50: 15 - 26; Salmo 37: 1 - 11


quarta-feira, 25 de junho de 2025

E sucedeu, depois da morte de Josué, que os filhos de Israel perguntaram ao SENHOR. Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos. Juízes 1: 1; 21: 25

Preste atenção ao final!

 

Um bom começo não é garantia de um bom final. Assim, o livro de Juízes começa com o povo orando a Deus e querendo conhecer a sua vontade. Foi um bom começo, que agradou a Deus. Mas o livro termina com as palavras chocantes de que em Israel “cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos”. Não era mais a vontade de Deus que reinava, mas a vontade própria.


Também na vida de alguns reis de Judá vemos um bom começo e um mau fim, por exemplo, no caso de Asa e Amazias (2 Crônicas 14-16; 25).


A igreja de Deus também teve um bom começo. Milhares se converteram em um único dia. Os cristãos não formavam apenas uma unidade exterior, mas também interior: eles eram “um só coração e uma só alma”. Mas, no final do período cristão, o Senhor Jesus está do lado de fora da porta, batendo e pedindo a cada um que O deixe entrar (Atos 4:32; Apocalipse 3,20).


Também hoje os cristãos podem ter um bom começo: a vida espiritual é viva porque se pergunta a vontade de Deus e se lê a Bíblia, se transmite o Evangelho e se é zeloso nas boas obras (cf. Tito 2:14). Mas, com o passar dos anos, a vida de fé pessoal pode enfraquecer, o que também afeta a vida comunitária como crentes — até que, um dia, a luz se apaga quase completamente.


Como está a sua vida e a minha? Você também teve um bom começo com o Senhor Jesus? Onde você está agora? Sua vida espiritual está em declínio ou você está correndo em direção à meta — assim como Paulo? “Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:14).


Preste atenção ao fim, pois um bom começo não é garantia de um bom fim!


Leitura bíblica diária: Gênesis 50: 1 - 14; Salmo 36: 1 - 12


terça-feira, 24 de junho de 2025

Enchei-vos do Espírito, falando entre vós com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo. Efésios 5: 18 - 20

Um cristão idoso, que fora um bom cantor durante toda a sua vida, adoeceu com câncer na língua na velhice. Ele foi ao hospital para ser operado. Lá aconteceu a seguinte história comovente, da qual as enfermeiras e os médicos se lembraram por muito tempo:

 

Quando o médico quis iniciar a anestesia, o idoso levantou a mão. “Espere”, disse ele, “antes de começar a operação, permita-me fazer uma pergunta. Depois da operação, ainda poderei cantar?” Comovido, o médico ficou olhando para ele por um bom tempo. Emocionado, ele não conseguiu falar, apenas balançou a cabeça.


Então, o doente pediu que o levantassem novamente. Quando isso aconteceu, ele disse com muita serenidade: “Durante toda a minha vida, passei muitos momentos bonitos, sim, muitas horas maravilhosas cantando louvores a Deus. E agora você me diz que nunca mais poderei cantar! Gostaria de cantar uma última canção – uma canção em honra a Deus! Posso?” O médico acenou com a cabeça em silêncio. E logo a canção ecoou da mesa de operação:


Quero cantar a tua bondade enquanto minha língua se mover; quero te oferecer sacrifícios de alegria enquanto meu coração bater: sim, quando minha boca estiver sem força, ainda cantarei com suspiros. 

Johannes Metzner (1658-1734)


Leitura diária da Bíblia: Gênesis 49: 19 - 33; Salmo 35: 19 - 28



segunda-feira, 23 de junho de 2025

Também eu pedi graça ao SENHOR ... Porém o SENHOR indignou-se muito contra mim, por causa de vós, e não me ouviu. Deuteronômio 3: 23, 26

Quando Deus não atende ao nosso pedido

Moisés desejava ardentemente levar o povo à terra prometida, que ele havia conduzido pelo deserto durante quarenta anos. Mas Deus disse não, e como Moisés não parava de rogar, Deus teve que lhe dizer: “Não me fale mais sobre esse assunto!

Quando Deus não responde a um pedido nosso e finalmente percebemos que Ele não o atenderá, não podemos pensar que Ele às vezes é duro conosco? É claro que Moisés havia sido desobediente e, naquela época, no deserto de Zim, havia golpeado a rocha em vez de falar com ela (Números 20:6-11).

Mas será que Deus precisava recusar seu desejo tão compreensível e negar-lhe a coroação da obra de sua vida?

No caso de Moisés, a Bíblia nos dá uma resposta: Deus tinha algo melhor planejado para ele. Em vez de continuar a liderar o povo rebelde com tanta dificuldade, ele pôde contemplar a terra na montanha Nebo com uma beleza que nenhum homem jamais viu. O próprio Senhor lhe mostrou, e então Moisés adormeceu, por assim dizer, nos braços de Deus, e o próprio Deus o enterrou. Ninguém mais jamais experimentou isso.

No nosso caso, muitas vezes não sabemos a resposta. Mas uma coisa podemos saber: Deus também quer nos dar algo melhor, algo maior, mesmo que não possamos reconhecer isso imediatamente e o “porquê?” perturbe nosso coração. A orientação de Deus é mais sábia do que nossos próprios pensamentos; e quando nossas súplicas não correspondem aos desígnios de Deus, é apenas o seu amor que o leva a agir de maneira diferente do que desejamos. Vamos continuar confiando Nele e no seu amor!

Leitura bíblica diária: Gênesis 49: 1 - 18; Salmo 35: 11 - 18

domingo, 22 de junho de 2025

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem. Gênesis 1: 26

Uma imagem representa algo, simboliza algo. O mesmo se aplica a nós, seres humanos, que Deus criou à sua imagem: Deus nos destinou a representá-Lo na Terra. Por ocuparmos uma posição especial dentro da criação, devemos ser os representantes de Deus na Terra. Essa é uma grande honra. Deus não criou os anjos à sua imagem, mas apenas nós, homens. O significado do homem para Deus também é demonstrado pelas palavras “Façamos o homem”, pois enquanto nos atos de criação anteriores lemos apenas as palavras “Haja...”, a criação do homem é resultado de deliberações dentro da divindade.

No início, o homem podia representar Deus da maneira que Deus havia imaginado. Mas, com a queda no pecado, sua posição especial foi fortemente prejudicada. Como homens pecadores, representamos a Deus apenas de forma fraca e obscurecida. No entanto, essa é e continua sendo nossa vocação. É por isso que Paulo diz, no contexto da ordem da criação, que o homem é “imagem e glória de Deus” (1 Coríntios 11:7).

Em um sentido muito mais profundo, o Senhor Jesus foi, durante sua vida aqui na Terra, “a imagem do Deus invisível” (Colossenses 1:15). Por ser simultaneamente homem e Deus, Ele pôde mostrar de maneira perfeita quem é Deus. Assim, por meio de seu comportamento e suas palavras, Ele tornou Deus visível para as pessoas, de modo que o apóstolo João afirma com admiração: “Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer” (João 1:18). Sim, na pessoa de Jesus Cristo, Deus veio à Terra. Admiramos a revelação perfeita de Deus em seu Filho!

Leitura bíblica diária: Gênesis 48: 8 - 22; Salmo 35: 1 - 10


sábado, 21 de junho de 2025

Por este menino orava eu; e o SENHOR me concedeu a minha petição que eu lhe tinha pedido. Pelo que também ao SENHOR eu o entreguei, por todos os dias que viver; pois ao SENHOR foi pedido. E ele adorou ali ao SENHOR. 1 Samuel 1:27-28

O pedido se torna um adorador


No início do primeiro livro de Samuel, conhecemos um homem chamado Elcana. Infelizmente, havia sofrimento e lágrimas em sua família. Externamente, tudo parecia estar bem: Elcana acreditava em Deus e ia com toda a sua família, ano após ano, a Siló, à casa de Deus (cf. Deuteronômio 16:16).


Mas Elcana tinha duas mulheres, Ana e Penina — e com isso ele estava em contradição com o pensamento original de Deus, de que um homem deveria ter apenas uma mulher. No entanto, Deus não rejeitou Elcana, pelo contrário: Ele tinha grandes planos para a família, especialmente para Ana e seu filho Samuel.


Como Ana não tinha filhos, ela estava amargurada em sua alma e chorava muito, especialmente porque Penina “a provocava excessivamente para a irritar” — o que era particularmente doloroso (v. 6). Além disso, seu marido Elcana não a compreendia. Mas Ana não se resignou. Ela rogou a Deus, pediu um filho e prometeu a Deus que consagraria seu filho a Ele. Obviamente, ela ansiava por um homem de Deus que fosse uma bênção para o seu povo. Deus respondeu à fé de Ana: ela teve Samuel, que adorava ao Senhor desde criança e mais tarde se tornou um servo fiel de Deus.


Que desejos nós, como pais, temos para nossos filhos? Oramos para que eles se convertam. Oramos também para que se tornem servos fiéis e verdadeiros adoradores? Pois esse é o objetivo de Deus para nossos filhos. Para isso, é necessário também que ensinemos a Palavra de Deus aos nossos filhos e sejamos um bom exemplo para eles no que diz respeito ao serviço e à adoração.


Leitura diária da Bíblia: Gênesis 47: 27 - 48: 7; Salmo 34: 11 - 22

sexta-feira, 20 de junho de 2025

A luz dos justos brilha intensamente, mas a lâmpada dos perversos se apagará. Provérbios 13: 9

 

Involuntariamente, pensamos nesta frase na parábola das dez virgens de Mateus 25: A luz das cinco virgens prudentes brilhava alegremente, alimentada pelo azeite da fé e do Espírito Santo. Quando o noivo chegou, elas puderam entrar com ele para as bodas.


A luz das insensatas, porém, se apagou justamente no momento em que elas mais precisavam dela. Elas tinham uma confissão, mas não uma vida divina; elas não possuíam o Espírito Santo. A porta da salvação foi fechada diante delas e não mais se abriu.


Também podemos pensar no povo de Israel no Egito neste contexto. “e houve trevas espessas sobre toda a terra do Egito; ... porém todos os filhos de Israel tinham luz nas suas habitações” (Êxodo 10: 22, 23).

Os dois casos são semelhantes, pois em ambos se tratava de um momento de partida que estava próximo. As dez virgens esperavam o noivo para entrar com ele no casamento (Mateus 25: 10). E o povo de Israel no Egito estava prestes a partir para a terra prometida.


Em breve também nós deixaremos este mundo para ir para a casa do Pai! Até lá, pela graça do Senhor, deixemos nossa luz brilhar fiel e alegremente, mesmo que a necessidade e a escuridão moral de nossos dias sejam grandes!


Sim, justamente porque está tão escuro, nossa luz deve e pode brilhar ainda mais intensamente para a glória de Deus e de sua graça e para testemunhar ao mundo pobre. Para isso, peçamos sempre a Deus nova graça!


Leitura bíblica diária: Gênesis 47: 13 - 26; Salmo 34: 1 - 10




quinta-feira, 19 de junho de 2025

E assim, conhecendo o temor do Senhor, persuadimos os homens e somos cabalmente conhecidos por Deus. 2 Coríntios 5: 11

O temor do Senhor


Um motivo importante para a proclamação do Evangelho era, para o apóstolo Paulo, o “temor do Senhor”. A maioria das pessoas teme a ideia de que Deus, como juiz, julgará com justiça todos os nossos pensamentos, palavras e ações, e isso com razão. Mas o apóstolo não sentia medo diante do tribunal de Cristo. Ele sabia que o sangue de Cristo havia feito expiação por ele diante de Deus: “Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira” (Romanos 5,9). Assim, para ele pessoalmente, a ideia de um dia estar diante desse Senhor para ser revelado diante Dele havia perdido seu terror. Ele sabia que era aceito e amado por Ele.


Quando Paulo falava do “terror do Senhor”, ele pensava nos outros. Ele pensava na autoridade judicial do Senhor e no que significava estar diante Dele sem reconciliação. E ele também sabia o que ele mesmo devia a esse Senhor, sim, ao seu Senhor, no serviço a Ele. Isso o estimulava repetidamente a proclamar o Senhor Jesus como o “mediador entre Deus e os homens”, para que também os outros O conhecessem. 

“Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus! Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (1 Timóteo 2: 5; 2 Coríntios 5: 20 - 21).


Quem, como Paulo, tem uma consciência tão profunda da santidade de Deus, mas também tem diante dos olhos a grande salvação pela obra do Senhor Jesus na cruz, não pode ficar calado quando vê outras pessoas vivendo sem reconciliação com Deus.


Leitura bíblica diária: Gênesis 47: 1 - 12; Salmo 33: 12 - 22


quarta-feira, 18 de junho de 2025

Não temas, homem mui desejado! Paz seja contigo! Anima-te, sim, anima-te! E, falando ele comigo, esforcei-me e disse: Fala, meu senhor, porque me confortaste. Daniel 10: 19

Não temas!


O profeta Daniel teve uma visão de um homem que refletia algo da glória judicial de Deus: “Eis que havia um homem vestido de linho, com os lombos cingidos com ouro de Ufas; o seu corpo era como o berilo, o seu rosto, como um relâmpago, os seus olhos, como tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam como bronze polido; e a voz das suas palavras era como o estrondo de muita gente” (v. 5, 6). Essa figura assustadora deixa Daniel com muito medo, a ponto de ele ficar fraco, cair atordoado e ficar em silêncio! Mas o homem não quer que Daniel tenha medo dele. Pelo contrário: ele se refere ao fiel profeta como um “homem muito amado”, como alguém que Deus ama muito.


Com essa visão, Deus quer mostrar a Daniel que Ele, em Sua grandeza e majestade, está acima de tudo o que é terreno. Ninguém pode e ninguém vai se opor a Ele. Podemos ter medo de guerras, catástrofes ou pessoas más. Mas, como filhos de Deus, somos amados. Muito amados, inclusive! O julgamento vindouro de Deus sobre o mundo mau não nos atingirá. Se nos conscientizarmos do quanto Deus nos ama e do que Ele fez de nós em Sua infinita misericórdia, ainda podemos ter medo? O apóstolo João diz: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo” (1 João 4:18).


Se levarmos a sério o apelo a Daniel e assim desfrutarmos da “paz de Deus” (Filipenses 4:7), estaremos dispostos a aceitar os pensamentos de Deus, mesmo que não encontremos apenas mensagens alegres.


Leitura bíblica diária Gênesis 46:1-34 : Salmo 33:1-11


terça-feira, 17 de junho de 2025

E [Roboão] fez o que era mau, porquanto não preparou o coração para buscar o SENHOR. 2 Crônicas 12: 14

Essas palavras revelam as causas do reinado desastroso de Roboão. Se ao menos ele tivesse lido atentamente e levado a sério os provérbios de seu pai Salomão! Então ele teria aprendido a temer ao Senhor e a encontrar nele sabedoria e justiça, os fundamentos para uma vida bem-sucedida. Em vez disso, Roboão apenas seguiu os erros de seu pai: tomou muitas mulheres e deixou o mal prosperar no país (cap. 11: ,21; 1 Reis 14: 21-24).


Em apenas uma geração, a gloriosa Israel caiu profundamente. Quando se dividiu em dois reinos em conflito, sua glória se transformou em pó, sua força em relativa impotência, sua devoção a Deus em idolatria e injustiça. O reino de duas tribos de Judá tornou-se dependente do Egito; foi roubado de sua dignidade e riqueza.

A decadência de Roboão começou quando ele desconsiderou o sábio conselho de homens experientes e deu ouvidos a novatos arrogantes. Esse declínio continuou quando Sisaque, rei do Egito, levou os “escudos de ouro” e Roboão os substituiu por “escudos de cobre” (1 Reis 12:68, 13: 14; 2 Crônicas 12:9, 10).


Hoje corremos o mesmo risco. Cuidemos para não ouvir o que queremos ouvir, em vez do que devemos ouvir! Também devemos tomar cuidado com os “escudos de cobre”. Isso significa que, quando nos roubam o que é valioso e belo porque o mundo ganhou influência em nossa vida, não devemos tentar manter uma fachada piedosa. No fundo, sabemos que nossa vida espiritual perdeu muito de sua qualidade. Nessa situação, é melhor nos humilharmos diante de Deus e confessarmos nossa pobreza espiritual — e, com a ajuda Dele, reorientarmos nossa vida.


Leitura bíblica diária: Gênesis 45: 16 - 28; Salmo 32: 6 - 11

segunda-feira, 16 de junho de 2025

O Espírito Santo ... o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para louvor da sua glória. Efésios 1: 14

O Espírito Santo como garantia

Paulo se refere ao Espírito Santo aqui como “a garantia da nossa herança”. O antigo termo garantia descreve uma caução, uma garantia para algo que ainda não possuímos hoje.

O Espírito Santo, que Deus nos deu na nossa conversão (v. 13), nos garante que também possuiremos as glórias futuras. Sim, Cristo voltará — primeiro para nos arrebatar. Paulo escreve sobre isso em 2 Coríntios 5, onde também menciona o Espírito Santo como garantia. No arrebatamento, nosso corpo mortal será “revestido” com um novo corpo glorioso (2 Coríntios 5:1-5). Esse corpo imortal nos torna aptos para a glória do céu. Também em Romanos 8:11, o Espírito Santo é a garantia de que nosso corpo mortal será transformado: “E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.”

Em nosso versículo diário, Paulo olha ainda mais para frente: ele pensa no reino milenar, no qual receberemos nossa herança com o Senhor Jesus aqui na Terra. Mas já agora o Espírito Santo desperta em nós uma antecipação dessa herança; com a ajuda dele, já podemos conhecê-la: pelo Espírito e pela Palavra de Deus, podemos experimentar “as riquezas da glória da sua herança nos santos” (Efésios 1: 18).

Glórias grandiosas ainda nos aguardam. O Espírito Santo, que permanecerá conosco para sempre (cf. João 14:16), nos garante que teremos parte nessas bênçãos futuras — e Ele nos ajuda a desfrutar dessas bênçãos já agora em nossos corações.

Leitura bíblica diária: Gênesis 45: 1 - 15; Salmo 32: 1 - 5


domingo, 15 de junho de 2025

Aqueles que me aborrecem sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça. ... Bem conheces a minha afronta, e a minha vergonha, e a minha confusão; diante de ti estão todos os meus adversários. Salmo 69: 4, 19

Os sofrimentos de Jesus por parte dos homens

Nada nos impressiona mais do que os sofrimentos de Jesus. Em sua trajetória nesta terra, Jesus Cristo enfrentou muita resistência. O vento contrário e a hostilidade não vinham apenas de uma única direção. Mas eles tinham uma coisa em comum: seu escárnio era cruel, falso e sutil. Mas os Evangelhos não relatam apenas os sofrimentos que seus inimigos declarados lhe infligiram. O comportamento de seus semelhantes e até mesmo de seus amigos feriu a alma do Senhor.

Os fariseus o espreitavam e “tomaram logo conselho ... procurando ver como o matariam”; os presentes na casa do principal da sinagoga “riam-se dele”. Sua família “escandalizou-se nele” (Marcos 3: 2, 6; 5: 40; 6: 3).

E seus discípulos? Eles “ficaram muito assombrados e maravilhados” ao ver que o vento se acalmou quando o Senhor entrou em seu barco. Mas “seu coração estava endurecido” e eles eram “incapazes de compreender”. Às vezes, eles não compreendiam as palavras de Jesus, às vezes ficavam até mesmo atemorizados com elas (Marcos 6: 51, 52; 7: 18; 8: 21; 10: 24, 32).

E como foi na cruz? A resistência diminuiu? O escárnio cessou? Não, pelo contrário. Seus inimigos zombavam dele e o honravam com escárnio. Todos os que o viam meneavam a cabeça. Os criminosos crucificados com ele o injuriavam. E seus discípulos o abandonaram (Marcos 15: 18 - 20, 29; Salmo 22: 8; Marcos 15: 32).

Admiramos nosso Senhor, que suportou silenciosamente tanto as dores físicas quanto os sofrimentos espirituais. O totalmente sem pecado sentiu a hostilidade de suas criaturas de uma forma muito mais profunda do que nós jamais poderíamos — e permaneceu totalmente consagrado a Deus. Assim, os muitos sofrimentos fizeram com que sua excelência brilhasse ainda mais intensamente. Por isso, nós O adoramos!

Leitura bíblica diária: Gênesis 44: 18 - 34: Salmo 31: 19 - 24


sábado, 14 de junho de 2025

Porque fostes comprados por bom preço. 1 Coríntios 6: 20 Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida ... nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor! Romanos 8:38-39

Alguns filhos de Deus estão insatisfeitos consigo mesmos. Isso as torna vulneráveis a críticas e dúvidas. E leva a uma necessidade exagerada de serem amadas e aceitas.

Muitas vezes, a causa disso é que esses cristãos medem seu valor e identidade apenas pela maneira como se veem a si mesmos — e como acham que os outros os veem. No entanto, essa perspectiva nos leva a tentar nos valorizar de alguma forma.

Mas somente Deus pode nos dar a paz interior libertadora. Pois o olhar que Ele tem sobre Seus filhos é um olhar cheio de amor e compreensão. Ele nos dá Seu amor incondicionalmente. Não sou digno dele, não o mereço — mas ele é realidade! Pela obra redentora de Cristo, tenho um valor inestimável para Deus. Não preciso provar meu valor — não, Ele me ama como eu sou. Minha verdadeira identidade se baseia no que Deus fez de mim: seu próprio filho.

Essa é a chave: ver-me como Deus me vê; reconhecer o que Ele pensa de mim e... acreditar Nele! Ele nos amou quando ainda éramos pecadores e, por causa de Cristo, Ele nos perdoou completamente.

Mas como consigo viver de acordo com essa realidade? Lendo repetidamente as promessas que Deus nos dá em Sua Palavra; deixando de me comparar invejosamente com os outros; condenando todos os pensamentos que servem ao meu orgulho, porque são incompatíveis com o que Deus fez de mim; e deixando que Seu amor molde e forme minha vida.

Leitura bíblica diária: Gênesis 44: 1 - 17; Salmo 31: 11 - 17

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Em Cristo, em quem também vós estais, ... e, tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa. Efésios 1: 13

Selados com o Espírito Santo

Paulo lembra aos cristãos em Éfeso que eles receberam o Espírito Santo quando se converteram à fé no Senhor Jesus Cristo. Nesse contexto, Paulo fala que eles foram “selados” com o Espírito Santo.

A imagem do selo remete à propriedade. Assim como se marca objetos ou animais com um carimbo para deixar claro a quem pertencem, Deus nos imprimiu o seu selo através do dom do Espírito Santo, declarando-nos assim como sua propriedade. Por isso Paulo também diz:

“Se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Romanos 8: 9).

Intimamente ligada ao selamento está a preservação. Todos sabem que uma carta selada ou uma porta selada não podem ser abertas. Assim, um selo serve para que algo permaneça intocado (cf. Mateus 27: 66). No futuro, os crentes receberão de Deus um selo na testa — assim, eles estarão sob sua proteção e poderão sobreviver ilesos ao tempo da tribulação (Apocalipse 7,3; 9,4).

Por fim, o selo também fala de segurança em relação ao futuro, pois estamos “selados para o dia da redenção” (Efésios 4:30). Como o Espírito Santo habita em nós e permanece eternamente em nós e conosco, não precisamos duvidar de nossa salvação (João 14:16, 17). Não podemos perder nem o Espírito nem a vida eterna. Além disso, o Espírito Santo nunca semeia dúvidas sobre nossa salvação, mas, pelo contrário, nos testifica que somos filhos de Deus (Romanos 8: 16).

Que grande bênção é termos sido selados com o Espírito Santo!

Leitura diária da Bíblia: Gênesis 43: 15 - 34; Salmo 31: 1 - 9


quinta-feira, 12 de junho de 2025

Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo. Lucas 6: 38

Doadores alegres

Na cidade onde morávamos antes, havia duas barracas de rua nos arredores. Lá, os agricultores da região vendiam produtos frescos no verão. As duas barracas ficavam quase uma em frente à outra, mas a conduta comercial e a estratégia de vendas dos dois vendedores eram muito diferentes. O vendedor de um lado da rua media suas mercadorias com precisão e rigor em termos de quantidade e peso. Seu colega do outro lado da rua mergulhava fundo em seus ricos estoques e enchia os recipientes acima do nível de enchimento, até transbordarem. Embora ambos os comerciantes tivessem os mesmos preços, é fácil imaginar que o segundo comerciante tinha muito mais clientes e, no final, fazia bons negócios.

Como filhos de Deus, também devemos ser generosos, tanto com os bens materiais que Deus nos confiou quanto com nossos recursos imateriais, como tempo, paciência, amor ou atenção. Vamos fazer o bem aos outros em abundância! Pois lembremo-nos de como Deus nos deu: Ele nos deu seu Filho e, com Ele, nos “deu tudo” (Romanos 8: 32). Sim, Ele nos cobriu de bênçãos. Deus nunca dá com parcimônia, mas sempre com generosidade. Vamos seguir esse exemplo. Ele se alegra quando somos “abundantes em toda boa obra”. E Ele quer até nos recompensar por isso: “Quem semeia pouco, pouco colherá, e quem semeia abundantemente, abundantemente colherá” (2 Coríntios 9:6, 8). Em gratidão a Deus, devemos fazer sempre mais pelas pessoas do que somos “devedores”.

Leitura bíblica diária: Gênesis 43: 1 - 14; Salmo 30: 1 - 12


quarta-feira, 11 de junho de 2025

Disse, pois, Jônatas: ... porventura, operará o SENHOR por nós, porque para com o SENHOR nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos. 1 Samuel 14: 6

A situação militar em Israel parece sombria. Embora o rei Saul ainda tenha 600 combatentes, ele não parece disposto a atacar os inimigos. Mas dois homens não querem aceitar a superioridade dos filisteus. Jônatas, filho de Saul, e seu escudeiro decidem tomar o assunto em suas próprias mãos e atacar uma posição inimiga em uma passagem nas montanhas. Isso é suicídio puro — a menos que os dois ajam dependendo de Deus! E é exatamente isso que as palavras de Jônatas expressam: “Talvez o Senhor aja por nós, pois para o Senhor não há obstáculo em salvar muitos ou poucos”.

Amoro a reação do escudeiro de Jônatas. Em vez de se opor ao plano arriscado, ele diz: “Faze tudo o que tens no coração; volta, eis-me aqui contigo, conforme o teu coração” (v.7). Isso nos motiva! Pois nosso Senhor também gosta quando estamos com todo o coração com Ele, independentemente dos riscos. Ele quer que possamos dizer com Paulo: “Para mim, viver é Cristo e morrer é ganho” (Filipenses 1: 21).

Então, Jônatas e seu escudeiro sobem “com os pés e com as mãos” até os filisteus (1 Samuel 14:13). Isso é exemplar, pois também nós estamos em uma batalha, uma batalha espiritual! Precisamos usar nossas mãos como se tudo dependesse de nós — e nos ajoelhar como se tudo dependesse de Deus. Não é de se admirar que Deus conceda a ambos uma grande vitória. Os filisteus se assustam, a terra treme, a confusão se espalha. Saul e seu povo, porém, tomam coragem e até mesmo alguns israelitas que mudaram de lado retornam. “Assim, livrou o SENHOR a Israel naquele dia” (v. 23). Que triunfo!

Leitura bíblica diária: Gênesis 42: 27 - 38; Salmo 29: 1 - 11

terça-feira, 10 de junho de 2025

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Gálatas 5: 22 -23

Fruto do Espírito: mansidão e domínio próprio


Em geral, entendemos por mansidão um caráter equilibrado e pacífico. No mundo, ela é vista mais como uma fraqueza. Mas, como virtude espiritual, ela é uma força, pois nos permite entregar a Deus as decepções e até mesmo os ataques pessoais, sem reclamar ou reagir com violência. Uma pessoa mansa não permite que a amargura ou o sentimento de vingança tomem conta dela.


O Senhor Jesus diz de si mesmo: “Eu sou manso”. Ele aceitou de coração o caminho que Deus havia planejado para ele. E quando foi insultado e açoitado, não revidou. Pelo contrário: ele até pediu perdão por seus algozes (Mateus 11:29; 1 Pedro 2:23; Lucas 23:34).


Outro fruto do Espírito é o domínio próprio. A palavra grega também pode ser traduzida como “autocontrole”. Um cristão não deve se deixar levar: isso vale para o mundo dos pensamentos, para comer e beber, para o instinto sexual, o temperamento ou o sono excessivo. Estamos em uma corrida rumo à meta, o céu — e se o competidor quiser vencer, ele deve ter domínio próprio, autocontrolado (Provérbios 16:32; 20:13; 2 Coríntios 10:5; 1 Coríntios 7:9; 10:31; 9:25).


Também vemos o fruto do domínio próprio no Senhor Jesus. Ele só queria comer quando havia uma ordem do Pai. E Ele mantinha comunhão com seu Pai, enquanto outros desfrutavam de suas casas, seu sono e seu conforto (João 4:31-34; Mateus 14:23; Lucas 6:12).


“Aprendei de mim” (Mateus 11:29) – este convite do Senhor também se aplica a nós. Assim, o Espírito Santo pode fazer com que este fruto amadureça em nós.


Leitura diária da Bíblia: Gênesis 42: 9 - 26; Salmo 28: 1 - 9


segunda-feira, 9 de junho de 2025

E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis. 1 João 2: 27

Ungidos com o Espírito Santo

Com a unção que nós, crentes, recebemos, o apóstolo João quer dizer aqui que recebemos o Espírito Santo. Isso fica claro, por exemplo, em Atos 10: 38, onde Pedro diz sobre o Senhor Jesus que Deus “o ungiu com o Espírito Santo” (cf. Lucas 4: 18).

João mostra em nosso versículo diário que o Espírito Santo, em conexão com a unção, “nos ensina todas as coisas”. Isso significa que o Espírito que habita em nós nos ajuda a compreender corretamente a Palavra de Deus. Ele é nosso professor divino. Em seu evangelho, João expressa isso dizendo que o Espírito nos “guia em toda a verdade” (João 16: 13). Essa é uma das tarefas mais importantes do Espírito Santo, pois sem a sua ação não seríamos capazes de compreender corretamente as verdades bíblicas. Sou grato a Deus por Ele querer me explicar a sua Palavra dessa maneira? E peço a Ele, antes de ler a Bíblia, que me ajude a compreender bem o trecho bíblico?

A imagem da unção contém ainda outros aspectos: ela também fala de dignidade, consagração e capacitação para o serviço. No Antigo Testamento, sacerdotes, profetas e reis eram ungidos com óleo ao assumirem seus cargos. E, notavelmente, nós, crentes, também somos chamados de sacerdotes, reis e profetas no Novo Testamento (por exemplo, Apocalipse 1: 6; 1 Coríntios 14: 29 - 32). Quão muito Deus nos enobreceu ao nos ungir com o Espírito Santo! E como Ele deseja agora que, instruídos e guiados pelo Espírito Santo, O sirvamos fielmente em nossas diversas tarefas.

Leitura bíblica diária: Gênesis 41: 53 - 42: 8; Salmo 27: 7 - 14



domingo, 8 de junho de 2025

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da Verdade. João 14: 16 - 17

Entre as características mais marcantes da era cristã estão dois fatos importantes: o Senhor Jesus está no céu como homem glorificado e como intercessor por nós junto ao Pai. E o Espírito Santo habita como pessoa divina conosco e em nós na Terra e atua aqui como nosso intercessor (1 João 2: 1; 1 Coríntios 3: 16; 6: 19). A palavra grega para Consolador, também pode ser traduzida como: assistente, ajudante, intercessor, conselheiro, consolador. Todas essas traduções têm certa validade, mas a palavra Consolador, — por mais técnica que possa parecer — descreve de forma abrangente o que o Espírito Santo faz pelos crentes.

De fato, o Espírito Santo nos consola e fortalece em todas as aflições na Terra. Mas consolar é apenas uma de muitas atividades. Como nosso advogado, Ele se identifica totalmente com nossos interesses e preocupações, Ele assume, por assim dizer, nossa causa, nosso “caso”. Ele nos ajuda a superar todas as dificuldades; Ele nos representa; Ele administra, por assim dizer, todos os nossos assuntos relacionados à nossa vida de fé. Esse é o significado profundo da palavra Consolador.

O Espírito Santo é totalmente capaz e disposto a assumir qualquer causa por nós e a executá-la em nosso favor. Por maior que seja a nossa necessidade, o Espírito Santo realiza o que Deus, em sua graça, considera bom para nossa bênção. Quão valioso é para nós que o advogado habite em nós! No tempo do Antigo Testamento, isso ainda não era o caso, pois o Espírito Santo só veio permanentemente aos crentes após a ascensão do Senhor Jesus. E enquanto Cristo agora intercede por nós no céu, o Espírito Santo nos ajuda aqui na Terra.

Leitura bíblica diária: Gênesis 41: 37 - 52; Salmo 27: 1 - 6


sábado, 7 de junho de 2025

Aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor. 2 Pedro 1: 1, 2

Valores inalienáveis nas duas cartas de Pedro


1. As preciosidades de Deus para nós: 


* Não fomos resgatados "com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, ... mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado" (1 Pedro 1: 18, 19).


* O Senhor Jesus é "a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa" (1 Pedro 2: 4, 6). 


* Aquele que crê recebe a “preciosidade” (1 Pedro 2: 7). 


* Como redimidos, todos nós “recebemos uma fé igualmente preciosa” (2 Pedro 1: 1). 


* Deus “nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas” (2 Pedro 1: 4). 


2. Coisas preciosas para Deus:


* A “prova da nossa fé” nas provações, que é “muito mais preciosa do que o ouro”, “se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1: 7). 


* O “incorruptível trajo de um espírito manso e quieto” (não apenas nas mulheres) é "precioso diante de Deus" (1 Pedro 3: 4). 


Tudo o que é glorioso, grande e precioso 

no céu e na terra 

só pode ser encontrado 

no Salvador Jesus Cristo.   (Autor desconhecido)


Leitura diária da Bíblia: Gênesis 41: 14 - 36; Salmo 26: 1 - 12


sexta-feira, 6 de junho de 2025

Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras. Atos 15:32 Pelo que exortai-vos uns aos outros e edificai-vos uns aos outros, como também o fazeis. 1 Tessalonicenses 5:11 E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte. 1 Reis 19: 4

Encorajar uns aos outros 


Elias estava completamente desanimado. É verdade que ele havia realizado feitos impressionantes com o poder de Deus: por exemplo, ele havia feito cair fogo do céu e, mais tarde, matado 400 profetas do deus Baal. Mas, com isso, ele havia atraído a ira da perversa rainha Jezabel, que queria matá-lo nas próximas 24 horas. Essa ameaça deixou Elias em pânico. Ele fugiu para o deserto e lamentou sua situação a Deus. Amargurado, ele reclamou de seu povo e afirmou que somente ele havia permanecido fiel. Então Deus o informou que 7.000 israelitas não se curvaram diante de Baal (1 Reis 19:18). 


Elia aparentemente não tinha ouvido falar desses fiéis. Ele se sentia completamente sozinho. Será que nenhum dos 7.000 poderia tê-lo apoiado ou encorajado em seu ministério? Por que ninguém o ajudou? Faltou coragem? Será que todos pensavam apenas em si mesmos? 


No Novo Testamento, somos exortados várias vezes a cuidar uns dos outros e a nos encorajar mutuamente. Vivemos em um mundo cada vez mais hostil a Cristo. Não deveríamos procurar oportunidades para nos apoiarmos mutuamente? Por exemplo, nos reunindo para cantar ou compartilhar nossas descobertas na Bíblia? Quando foi a última vez que encorajamos uma irmã ou um irmão? Precisamos de encorajamento – “cada um pela fé que há no outro” (Romanos 1:12). 


Leitura diária da Bíblia: Gênesis 41: 1 - 13; Salmo 25: 12 - 22

quinta-feira, 5 de junho de 2025

E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem! Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra!” E o SENHOR disse: “Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro!” Gênesis 11: 3, 4, 6, 7

Orgulho 


Os povos da planície da Mesopotâmia enfrentavam um problema: como construir casas se não havia pedras naturais naquela região? Então tiveram uma ideia genial: queimaram tijolos de argila e barro. 


A primeira ocorrência da palavra “Eia” em nossa passagem bíblica ainda pode ser avaliada de forma positiva. O homem usa as habilidades que Deus lhe deu para resolver problemas, mas ele é uma criatura caída. Assim, já no segundo “Eia” se manifesta a megalomania dos homens: eles acreditam que, por meio de enormes obras culturais e da fama a elas associada, podem garantir sua permanência em um único território. Com isso, eles caem na arrogância e se opõem ao mandamento expresso de Deus de “encher a terra” (cap. 9: 1). 


A este segundo “Eia” presunçoso, Deus opõe o seu próprio “Eia”. Através da confusão das línguas, Ele impede os esforços dos homens para preservar a sua unidade. 


“Deus resiste aos soberbos” (1 Pedro 5: 5) — tanto naquela época como hoje. 


As tarefas da vida desafiam constantemente o homem e a sua capacidade de resolver problemas. Quando as tarefas são realizadas e os problemas resolvidos, com que facilidade surge o orgulho, com que frequência o dever cumprido se transforma em orgulho. Lembremo-nos de que Deus tem seu próprio “Eia” reservado para isso. 


Leitura bíblica diária: Gênesis 40: 1 - 23; Salmo 25: 1 - 10