sábado, 22 de novembro de 2025

Josias celebrou a Páscoa ao SENHOR, em Jerusalém; e mataram o cordeiro da Páscoa no décimo quarto dia do primeiro mês. ... Nunca, pois, se celebrou tal Páscoa em Israel, desde os dias do profeta Samuel. 2 Crônicas 35: 1, 18

O título sobre a vida do rei Josias é: “Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor”. Ele se tornou rei aos oito anos de idade e, aos 16, já começou a libertar Judá e Jerusalém da idolatria (cap. 34: 1 - 3).


No décimo oitavo ano de seu governo, a Páscoa deveria ser celebrada novamente. Vários grupos deveriam participar: os sacerdotes, os levitas, os cantores e os porteiros (cap. 35: 2, 3, 15). Como é bom quando cada crente cumpre suas tarefas na casa de Deus da maneira que Deus planejou — tanto naquela época quanto hoje.


Primeiro, Josias designou aos sacerdotes sua tarefa, que consistia principalmente em oferecer sacrifícios. Quão importante é hoje que nós, crentes, como “um sacerdócio santo”, ofereçamos ao Senhor “sacrifícios espirituais” — a adoração de nossos corações (cf. 1 Pedro 2: 5). Em seguida, Josias dá instruções claras aos levitas. O trabalho deles dizia respeito ao santuário e nos lembra os serviços que possibilitam ou promovem o culto. Hoje, acrescentaríamos a isso o ministério da Palavra, bem como a ajuda prática que contribui para o bem-estar do povo de Deus. Os cantores nos lembram que hoje cantamos juntos louvores ao Senhor: “Cantai louvores ao Senhor!” (Salmo 14: 77. Os porteiros, finalmente, são necessários para garantir a ordem divina. Eles vigiam nas assembleias locais (igrejas) para que nada de mal entre (cf. 1 Timóteo 3: 15).


Desde os dias de Samuel, nenhuma Páscoa foi celebrada como sob Josias. Como seria nosso culto hoje se cada um atuasse da maneira correta no lugar que o Senhor lhe designou?


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 8: 1 - 17; Marcos 6: 21 - 29

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Romanos 8:1-2

 

O conde Hermann von Neuenahr queria servir a Cristo, mas sempre sucumbia à tentação. Não sabemos se ele alguma vez deixou o estado do “homem miserável” de Romanos 7.


No final, o homem volta seu olhar para Cristo e experimenta, na prática, a libertação do poder do pecado. Mas o cristão assim libertado ainda tem duas naturezas em si (cap. 7:25). A “carne”, que lhe causa tanta angústia, ainda está nele. Mas Deus não vê mais o crente na antiga posição de Adão, mas “em Cristo Jesus”. Somos unidos a Cristo, que tem toda a satisfação de Deus, como poderia então haver condenação para nós! Que segurança isso nos dá!


A partir dessa gloriosa declaração, que se aplica a todos os crentes, Paulo volta à forma pessoal da experiência individual. Quem pensa que deve cumprir a lei do Sinai, descobre, por meio da “lei do pecado e da morte”, que é totalmente impotente para cumprir os mandamentos. Mas essa lei do pecado em nós pode ser vencida por outra lei.


Assim como as limalhas de ferro permanecem no chão pela lei da gravidade, mas são atraídas para cima por um forte ímã, também o cristão pode experimentar que “em Cristo Jesus” é elevado acima da lei do pecado. O crente morreu com Cristo e agora vive por meio Dele. Quem compreende isso na fé e não mais se concentra nos mandamentos e proibições e em si mesmo, mas em Cristo, é conduzido pelo Espírito Santo a uma vida cristã vitoriosa.


O Espírito Santo dá força para uma vida de fé alegre para a glória de Deus — a compulsão de pecar é eliminada.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 7: 15 - 29; Marcos 6: 14 - 20



quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Romanos 7: 24

 “NON PLUS”


O conde Hermann von Neuenahr und Moers (1520-1578) era muito estimado entre os príncipes como um estadista altamente culto e diplomaticamente habilidoso. O imperador católico Maximiliano II (1527-1576) chegou a nomeá-lo conselheiro imperial, embora o conde Hermann promovesse a Reforma e concedesse proteção aos protestantes perseguidos em seus territórios.


Quando jovem, Hermann teria sido muito aficionado a jogos de dados e álcool, mas ao assumir o governo, jogou fora os dados e o copo de chifre. Acima da entrada do castelo de Moers, mandou gravar em pedra o seu novo lema: “NON PLUS” — “Não mais!”


“Não mais!” — É o que muitos filhos de Deus que querem seguir sinceramente a Cristo também proclamam hoje. Mas será que conseguem?


O conde Hermann não conseguiu, como revelam relatos da época. A que se deveu isso? — Na vida da corte, bebia-se muito vinho. Sua posição no mundo levava Hermann regularmente a tentações das quais ele mal conseguia escapar e que geralmente terminavam em derrotas. Isso oprimia muito o conde. Ele lia repetidamente os Salmos de arrependimento na Bíblia. Reescrevia-os em latim, com alterações que se referiam à sua situação desesperadora. — Sem dúvida: o conde Hermann era um filho de Deus; ele queria fazer a vontade de Deus! Mas as palavras de Romanos 7:15 se aplicavam a ele: “Não faço o que prefiro, e sim o que detesto.”


A lei de Moisés não podia ajudá-lo; ela só podia acusá-lo. Mesmo os salmos de arrependimento não o levaram a uma vida de fé feliz na liberdade cristã. Eles falavam a ele sobre pecados concretos, sobre confissão e perdão — mas não sobre a libertação do poder do pecado dentro dele. (Conclusão amanhã)


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 7: 1 - 14; Marcos 6: 7 - 13

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os santos. Filemon 1:5

Amor por todos os santos

 

Filemon era conhecido entre os crentes por seu amor e sua fé. O apóstolo Paulo também tinha ouvido falar disso e menciona isso em sua carta a Filemon. É notável que o amor de Filemon se estendia a “todos os santos”. Obviamente, ele não fazia distinção entre simpatia e antipatia. Ele amava todos os que foram redimidos pelo sangue do Senhor Jesus. Eles foram separados para Deus e, portanto, eram “santos”. 


As congregações (igrejas) em Colossos e Éfeso também se destacavam particularmente por seu “amor a todos os santos” (cf. Colossenses 1:4; Efésios 1:15).


Na época do apóstolo Paulo, quando a igreja de Deus existia há apenas alguns anos, os cristãos ainda não estavam divididos em diferentes denominações como hoje. Ainda não havia centenas de diferentes formas de igrejas. Mas, independentemente disso, nós também devemos demonstrar um amor sincero por todos os crentes que amam o Senhor Jesus e que o Senhor Jesus ama. Eles foram redimidos por sua obra na cruz! Essa é a razão pela qual devo amá-los. Além disso, o amor de Deus foi derramado em nossos corações. Essa é a razão pela qual posso amá-los (Romanos 5:5).


Certamente você já encontrou um cristão que nunca tinha visto antes, durante as férias ou em uma cidade estrangeira. Normalmente, a centelha do amor surge imediatamente e seu coração se aquece quando você percebe que se trata de um filho de Deus.


“Amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pedro 1:22).


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 6: 1 - 12; Marcos 6: 1 - 6

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 2 Coríntios 4:6

 

Este versículo abrange três aspectos: primeiro, a ação de Deus na criação; depois, a conversão de Paulo; e, finalmente, o ministério para o qual ele foi chamado.


Na criação, Deus disse: “Haja luz!”, e a luz brilhou em um ambiente até então escuro. Na nova criação, algo semelhante acontece. A luz divina — a luz “da glória de Deus na face de Jesus Cristo” — brilha nos corações escuros dos homens, assim como brilhou no coração de Paulo, e com um resultado maravilhoso: Essa luz brilha nos corações para depois voltar a brilhar a partir deles. Ela brilha “para iluminação (ou: para o resplendor) do conhecimento”. Dessa forma, o próprio crente começa a brilhar. Ele reflete a luz, assim como a lua brilha à luz do sol.


Isso caracterizou o ministério do apóstolo Paulo. Ele não era apenas um pregador extremamente zeloso, que pregava mais do que todos os outros, mas sua pregação era ao mesmo tempo um irradiar da luz que brilhava nele mesmo. Ele não apenas transmitia pensamentos divinos, mas suas palavras brotavam de uma renovação interior.


Ninguém via mais claramente do que ele que toda a excelência divina brilha no Senhor Jesus e que Cristo habita em uma luz que “supera o brilho do sol”, pois assim ele havia visto no caminho para Damasco (Atos 26:13).


O que o apóstolo reconhecera da glória de Cristo foi depositado nele como um tesouro precioso — em um “vaso de barro frágil”, como ele mesmo se descreve humildemente (2 Coríntios 4:7). Assim, Deus pôde glorificar-se por meio dele.


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 5: 1 - 20; Marcos 5: 35 - 43

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Então, Adonias, … se levantou, dizendo: Eu reinarei ... Imolou Adonias ovelhas, e bois, e animais cevados ...e convidou todos os seus irmãos, os filhos do rei, e todos os homens de Judá, servos do rei, porém a Natã, profeta, e a Benaia, e os valentes, e a Salomão, seu irmão, não convidou. 1 Reis 1: 5, 9, 10

Davi está velho. Adonias, seu filho, toma a iniciativa de se tornar seu sucessor ao trono. Ele conduz conversas preliminares e organiza um banquete. Pessoas importantes são convidadas, e a lista de convidados é composta por uma seleção dos melhores e mais importantes de Israel. Mas alguns não são convidados: o profeta Natã, Benaia, que mais tarde se tornaria comandante do exército, e também Salomão, irmão de Adonias. Quando Davi descobre a conspiração, Bate-Seba o lembra da promessa que ele lhe fez: “Teu filho Salomão reinará depois de mim e se assentará no meu trono, em meu lugar” (v. 30). Salomão também é o sucessor designado por Deus. Davi se levanta, dá ordens — e pouco depois, Salomão é entronizado como novo rei de Israel, sob os aplausos do povo.


E Adonias? Quando ele e os convidados ficam sabendo da coroação, ficam assustados e se dispersam, “tomando cada um seu caminho” (v. 49). Por mais esperançosos que tenham chegado e por mais alegres que tenham celebrado, agora só querem ir embora. Estão com o homem errado.


O que podemos aprender com isso? Devemos examinar com quem nos associamos, com quem nos unimos. Isso se aplica tanto ao casamento quanto às relações comerciais ou sociais. E isso se aplica ainda mais ao trabalho no reino de Deus. Nosso parceiro é crente ou incrédulo? Tudo deve ser feito de acordo com a vontade do Senhor e para a sua glória, ou há visões e métodos mundanos em jogo? 


Peçamos sabedoria ao Senhor para que possamos distinguir entre “Adonias” e “Salomão”.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 4: 1 - 16; Marcos 5: 21 - 34



domingo, 16 de novembro de 2025

Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção. 1 Coríntios 1: 30

Cristo, nossa santidade

 

Cristo também se tornou para nós santidade. A palavra grega correspondente designa uma santidade prática. — A Bíblia também conhece uma santidade absoluta, em termos de posição. Sob esse aspecto, todos os crentes são “santos”: “Mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus.” Pela morte do Senhor, eles foram retirados “do presente século mau”, para serem inteiramente de Deus (1 Coríntios 1: 2; 6: 11; Gálatas 1: 4).


Mas nosso versículo bíblico trata da santidade prática do cristão. Para isso, Cristo é o padrão e o meio. O que isso significa? Se quisermos saber o que significa santidade prática, precisamos olhar para Cristo. Somente em Cristo podemos ver a santidade perfeita. Deus nos dá assim um padrão absoluto, que nunca alcançaremos em nossa prática de vida, mas que não nos desanimará. Pois olhamos para Cristo; e isso só pode nos tornar felizes. O Espírito Santo nos apresenta Cristo para que nos separemos de todo o mal ao nosso redor e não cedamos ao poder do mal em nós. Pois com o Senhor Jesus diante de nossos olhos, não pecamos.


Quando Cristo foi para o Pai, Ele se separou do mundo, ou seja, santificou-se, e agora Ele é, na glória, o ponto de atração para nós. Ele é para nós como um ímã que atrai nossos corações para si. E quando contemplamos a sua glória, somos “transformados à sua imagem” (João 17: 19; 2 Coríntios 3: 18). Dessa forma, nós também somos santificados. Essa santificação prática não é forçada, mas ocorre naturalmente quando nossos corações estão voltados para o Senhor Jesus.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 3: 1 - 22; Marcos 5: 15 - 20

sábado, 15 de novembro de 2025

Todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo. 2 Coríntios 5: 10

Para a maioria das pessoas, a ideia de comparecer perante um juiz é motivo de desconforto. O resultado de um processo judicial é incerto, e o medo é grande. Como é isso no “tribunal de Cristo”, perante o qual devemos comparecer no céu após o arrebatamento?

 

Quando nós, como crentes — e é a isso que se refere o versículo do dia —, estivermos diante do tribunal, o Filho do Homem será nosso juiz (João 5: 27). Essa expressão se refere ao Senhor Jesus, que viveu na Terra como um homem perfeito, que conhece todas as situações difíceis por experiência própria e que honrou a Deus durante toda a sua vida. Isso faz dele um juiz competente!


Ao mesmo tempo, esse juiz é nosso Salvador, que morreu por amor a nós. Podemos imaginar ter medo desse juiz?


Não, não seremos condenados lá, mas nossa vida será julgada da perspectiva de Deus. Juntamente com o Senhor Jesus, faremos uma retrospectiva de nossa vida. Nesse processo, nossas motivações e pensamentos serão revelados: “O Senhor … trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor” (1 Coríntios 4: 5). Apesar de muitos erros em nossa vida, seremos recompensados por Deus. Não é isso misericordioso?


Também podemos nos alegrar com o fato de que, no tribunal, os bons planos de Deus para nós se tornarão claros e todas as perguntas que permaneceram em aberto na Terra serão respondidas. Talvez você esteja em um beco sem saída ou passando por um momento difícil. Deixe-se encorajar a continuar e confie na boa orientação de Deus. Quando se olha para um tapete por baixo, vê-se uma confusão de fios. Por cima, porém, reconhece-se um padrão maravilhoso. 


Alegremo-nos, portanto, pelo momento em que veremos nossa vida na Terra com os olhos de Deus.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 2: 12 - 26; Marcos 5: 1 - 14



sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a lei de tua mãe. Ata-os perpetuamente ao teu coração e pendura-os ao teu pescoço. Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Provérbios 6: 20 - 22

O conselho de Salomão aos jovens cristãos

 

Dificilmente se poderia dar um conselho melhor do que estas palavras da Bíblia aos jovens que deixam o lar piedoso dos seus pais. Os jovens precisam de convicções próprias e firmes para não serem levados pela correnteza do espírito da época. 

Salomão recomenda aqui: faça dos ensinamentos de seus pais, baseados na Palavra de Deus, sua propriedade, sua convicção interior. O mundo ao nosso redor muitas vezes quer nos convencer exatamente do contrário: desenvolva sua personalidade, liberte-se das “tradições antiquadas” dos seus pais. — Mas a maneira normal como os jovens cristãos devem aprender é seguir o exemplo e os ensinamentos dos mais velhos, que já foram obedientes à Palavra de Deus antes deles e tiveram experiências de fé.


“Guardar a lei do Senhor” significa amar a Palavra de Deus.


“Atá-los perpetuamente ao coração” e “pendura-os ao pescoço” significa viver em tão estreita conexão com a Palavra de Deus e em comunhão com o Senhor que a verdade bíblica forma e guia o caráter e a vontade. Só assim o jovem pode ser uma bênção para os outros.


“Quando acordares, falará contigo.” Quão melhor é acordar com os ensinamentos bíblicos dos pais em mente do que com os próprios planos, movidos pela ambição.


Se os jovens querem experimentar a bênção de Deus em suas vidas, é extremamente importante que tenham uma boa consciência diante de Deus e vivam de acordo com os ensinamentos da Palavra de Deus, assim como aprenderam com seus pais tementes a Deus — mesmo que pais crentes cometam erros na educação.


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 2: 1 - 11; Marcos 4: 35 - 41



quinta-feira, 13 de novembro de 2025

E fez o SENHOR Deus nascer uma aboboreira, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu enfado; e Jonas se alegrou em extremo por causa da aboboreira. Jonas 4: 6.

Jonas deve se alegrar

 

Descontente, o profeta Jonas senta-se sob o sol quente e observa a agitação na grande cidade de Nínive. Ele espera que Deus destrua a cidade. Por quê? As pessoas lá se converteram de seus maus caminhos, e Deus “se arrependeu do mal” e não executou o julgamento (cap. 3: 10). Quão misericordioso e clemente Ele é – e como Ele gosta de perdoar! Na verdade, isso seria motivo suficiente para estar alegre.


Mas Jonas discorda. Na sua opinião, os habitantes de Nínive não merecem ser poupados do julgamento.


Na verdade, é incompreensível que justamente Jonas, que experimentou a grande misericórdia de Deus, esteja esperando que Deus destrua Nínive. Mas pode acontecer o mesmo conosco.


Jonas talvez pense que, como israelita, tem mais direito à graça de Deus do que os povos pagãos? Será que o orgulho nacional desempenha algum papel nisso? Será que ele esqueceu que Deus se voltou para o seu povo apenas por amor — e não porque ele fosse melhor do que outros povos (cf. Deuteronômio 7: 7, 8)?


É impressionante como Deus cuida de Jonas com amor. Durante a noite, Ele faz crescer uma árvore milagrosa para libertar Jonas de seu descontentamento. E, de fato, Jonas fica muito feliz.


Mas a alegria de Jonas é de curta duração, pois ele é egoísta. Quando Deus faz algo bom por ele, ele se sente bem e fica feliz. Mas quão maior e duradoura seria sua alegria se ele vivesse com gratidão pela graça e se alegrasse com Deus pela salvação de muitas pessoas em Nínive!


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 1: 12 - 18; Marcos 4: 21 - 34

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Sabeis discernir a face da terra e do céu; como não sabeis, então, discernir este tempo? Lucas 12:56

 

O Senhor Jesus repreende aqui as pessoas que observam o céu e podem prever o tempo, mas não querem prestar atenção aos sinais dos tempos.


Como cristãos, não ficamos à espera de determinados acontecimentos que ocorrem nesta terra. No entanto, observamos o que acontece. E muitos eventos e desenvolvimentos em nosso tempo são precursores dos julgamentos que estão por vir. O tempo da longanimidade de Deus com o mundo ímpio, que rejeita a Cristo, está quase no fim. E então Deus preparará o cenário para o reino de Cristo em poder e glória, quando todos os seus inimigos forem colocados a seus pés.


Será que hoje avaliamos o tempo corretamente? Não somos também sábios e prudentes em muitas outras questões, mas não reconhecemos o que Deus espera de nós neste tempo? Se sabemos que este mundo será julgado em breve, isso deveria influenciar a nossa vida! E não apenas para nos separarmos do mundo, mas para darmos um testemunho positivo a ele.


Não ficaremos aqui por muito tempo. A vinda do Senhor logo levará os filhos de Deus da Terra. Portanto, precisamos ser despertados para que correspondamos à nossa verdadeira vocação.


Se não vivemos na expectativa do nosso Senhor, é porque nos tornamos mornos – nosso amor por Cristo esfriou. Quão triste seria se Ele nos encontrasse nesse estado quando vier! Por isso,  “não durmamos, pois, como os demais”, mas sigamos o chamado: “Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!” (1 Tessalonicenses 5:6; Mateus 25:6).


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 1: 1 - 11; Marcos 4: 10 - 20

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Porque a terra que embebe a chuva que muitas vezes cai sobre ela e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada recebe a bênção de Deus. Hebreus 6:7

 

Um ciclo maravilhoso: a terra recebe chuva, a absorve, produz frutos e, como resultado, recebe bênçãos de Deus — certamente também na forma de chuva, que ela absorve e através da qual produz frutos novamente.


Podemos aplicar esse princípio da natureza à nossa vida espiritual: a “chuva frequente” simboliza o ministério da Palavra de Deus, que é acompanhado pela ação do Espírito Santo (cf. Deuteronômio 32: 2). Agora somos responsáveis por extrair nutrientes dessa “chuva”, ou seja, deixar a Palavra agir em nossos corações e segui-la, para que ela produza “ervas úteis”. Por um lado, esse é o fruto a que Deus tem direito — aquilo que serve à sua adoração —, mas, por outro lado, também é a bênção que espalhamos em nosso entorno por meio de nosso comportamento e nossas palavras. E quão misericordioso é Deus: Ele não deixa esse fruto sem recompensa! Recebemos Dele mais bênçãos, que, por sua vez, promovem nosso crescimento espiritual. Em suma, um ciclo abençoado!


Seria triste se interrompêssemos esse “desenvolvimento ascendente” se a “chuva” não provoca nada em nós, ou seja, a palavra pregada ou lida não deixa marcas em nós. Então, nossa vida perde força e alegria, não produz “erva útil”. E inevitavelmente entramos em um desenvolvimento descendente: Se não levarmos a sério a palavra de Deus, isso nos levará a uma mentalidade mundana, e isso, por sua vez, fará com que nosso interesse pela palavra de Deus diminua. Assim, continuamos descendo a ladeira – a menos que, com a ajuda de Deus, comecemos de novo.


Deus é bondoso: Ele não para de nos dar “chuva” com frequência. Cabe a nós agora interiorizar a bênção e deixar brotar “erva útil”.


Leitura bíblica diária: Isaías 66: 1 - 24; Marcos 4: 1 - 9

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, ... prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:13-14

Nossa trajetória de vida

 

O apóstolo Paulo usa repetidamente imagens do esporte em suas cartas. As competições clássicas da época eram muito populares, e todos os leitores e ouvintes do Novo Testamento compreendiam o que era importante.


O versículo de hoje trata de uma corrida de curta distância. Paulo pensa principalmente na meta e no prêmio a ser conquistado. Quando o comando de largada fazia o corredor sair da linha de partida, só havia uma coisa para ele: a meta. Tudo o mais ao seu redor perdia o significado, até mesmo o corredor ao seu lado.


Embora se tratasse apenas de uma coroa de louros terrena e passageira como prêmio, o corredor esquecia “o que estava para trás”, ou seja, tudo o que fazia parte da vida cotidiana. Ele agora vivia apenas para a corrida, seu olhar estava voltado para a frente; toda a sua atenção estava voltada para a meta.


Quanto mais isso se aplica à nossa corrida da fé, na qual há uma recompensa eterna a ser conquistada! Por isso, o apóstolo se compara a um corredor que não apenas corre rápido, não apenas se apressa, mas corre com o olhar fixo na meta: “a vocação de Deus em Cristo Jesus”. Sua meta era seu Senhor, que lhe aparecera em luz resplandecente diante de Damasco.


Tal vocação não tolera compromissos, nem procrastinação. Também não devemos nos distrair com coisas que parecem desejáveis ou atraentes neste mundo. O apóstolo Paulo tinha muitas qualidades humanas devido à sua origem e educação, mas ele considerava tudo isso como “perda” e “como esterco” para ganhar a Cristo (v. 8). - Que exemplo digno de ser imitado!


Leitura diária da Bíblia: Isaías 65: 13 - 25; Marcos 3: 20 - 35

domingo, 9 de novembro de 2025

Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção. 1 Coríntios 1:30

Cristo, nossa justiça

 

Além da sabedoria de Deus, Cristo também se tornou nossa justiça. Assim como precisávamos de sabedoria, também precisávamos de justiça. Pois, por natureza, não possuímos justiça que fosse válida diante de Deus.


Todas as nossas boas ações eram apenas justiças aparentes; elas são diante de Deus “como trapo da imundícia” (Isaías 64: 6). Éramos “servos do pecado” e, portanto, “livres da justiça”, como Paulo diz de forma um pouco irônica (Romanos 6: 20). “Livres da justiça” — isso significa que não possuímos justiça.


Justiça não é o mesmo que justificação. A justificação é o resultado da ação de Deus com aqueles que crêem na obra de seu Filho. Deus foi totalmente glorificado por meio dessa obra na cruz e deixou isso claro ao ressuscitar Cristo dentre os mortos. Por isso, Ele agora pode justificar todos os que “têm fé em Jesus” (Romanos 3: 26).


Ao contrário da justificação, a justiça é uma característica de Deus; ela O distingue. Por isso, Paulo escreve sobre a justiça de Deus e que ela é revelada no evangelho (Romanos 1: 16 - 17).


Consideremos que a justiça de Deus deve condenar e julgar todo o mal. Ela também deveria nos condenar e nos lançar eternamente no lago de fogo. Mas, como o Senhor Jesus morreu e ressuscitou, a justiça de Deus para o crente não se revela mais na condenação, mas na justificação ou absolvição. Isso é maravilhoso!


Assim, agora Cristo é nossa justiça, nós nos “revestimos de Cristo” (Gálatas 3: 27). Por isso, devemos ser sinceramente gratos a Deus!


Leitura diária da Bíblia: Isaías 65: 1 - 12; Marcos 3: 13 - 19



sábado, 8 de novembro de 2025

Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. João 3: 5

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna. João 6:54

 

O batismo e a Ceia do Senhor foram instituídos por Deus e são muito valiosos para os cristãos. No entanto, eles não são mencionados explicitamente no Evangelho de João. Portanto, é improvável que nossas duas passagens bíblicas se refiram a eles.


O que diz o contexto do texto? Em João 3, o Senhor Jesus explica ao fariseu Nicodemos que ele precisa nascer de novo para entrar no reino de Deus. Esse novo nascimento acontece “da água e do Espírito”. Aqui, “água” é evidentemente uma figura para a Palavra de Deus (cf. Efésios 5: 26; 1 Pedro 1: 23). O Espírito Santo age por meio da Palavra de Deus para levar as pessoas à fé e ao arrependimento. 


Nicodemos, como “mestre de Israel”, poderia saber disso, como o Senhor lhe diz (João 3: 10; cf. Ezequiel 36: 25). No entanto, ele ainda não podia conhecer o batismo cristão, que só foi instituído mais tarde.


O mesmo se aplica à Ceia do Senhor. Aqui, nós realmente comemos e bebemos: comemos e bebemos pão e vinho — os sinais ou símbolos do Senhor morto. Em João 6, é o contrário: os crentes não comem e bebem de fato, mas espiritualmente. Eles se alimentam em sentido figurado, não de símbolos, mas de fato e realmente do próprio Senhor Jesus, que desceu do céu como “o verdadeiro pão” (João 6: 32, 33). Se aqui se falasse da Ceia do Senhor, ninguém alcançaria a vida eterna sem a Ceia; e ninguém que participasse da Ceia perderia a vida eterna. Ambas as afirmações contradizem as declarações gerais da Bíblia.


Portanto, é extremamente importante observar tanto as conexões quanto as diferenças na Palavra de Deus.


Leitura diária da Bíblia: Isaías 63: 15 - 64: 12; Marcos 3: 1 - 12

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Então, se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando- o e fazendo-lhe um pedido. ... Dize que estes meus dois filhos se assentem um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu Reino. Mateus 20: 20, 21

E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres..., e a mãe dos filhos de Zebedeu. Mateus 27: 55, 56 

 

Embora a mãe de Tiago e João apresente seu pedido ao Senhor com humildade, o conteúdo do seu pedido — que seus filhos ocupem uma posição especialmente elevada no reino do Messias — não é nada humilde. O desejo de estar o mais próximo possível do Senhor Jesus por amor a Ele é espiritual. Mas o desejo de estar mais próximo Dele do que os outros é carnal, porque nossa atenção não está voltada para o Senhor, mas para nós mesmos e para os outros, com quem nos comparamos e que queremos superar. Por isso, a exortação “Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes” permanece atual enquanto estivermos na Terra (Romanos 12:16). 


Pouco depois, encontramos a mãe dos dois apóstolos debaixo da cruz. Aqui terminam todos os planos ambiciosos e carnais. — Não deveríamos também avaliar todos os desejos para nós e nossos filhos à luz da cruz de Cristo? Só assim podemos ver que “crucificamos a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gálatas 5: 24). Isso inclui todos os desejos egoístas. 


O Senhor Jesus adverte enfaticamente os discípulos contra o desejo de superar e dominar uns aos outros. Quem pertence ao seu grupo de discípulos deve aprender com Ele o que significa servir abnegadamente: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mateus 20: 25 - 28). 


Leitura diária da Bíblia: Isaías 63: 1 - 14; Marcos 2: 18 - 28


quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. Gênesis 2: 24

O casamento – um refúgio

 

O casamento é o refúgio dado por Deus, onde o homem e a mulher podem ter uma comunhão íntima. 


No casamento, o homem e a mulher se tornam “uma só carne”, ou seja, uma unidade inseparável. Essa unidade não se limita à união física entre o homem e a mulher, mas consiste em uma unidade espiritual, uma unidade emocional e uma comunhão física. Afinal, o ser humano também é composto de espírito, alma e corpo (1 Tessalonicenses 5:23). 


Quando um homem e uma mulher se conhecem, no início deve haver uma unidade espiritual. Eles se conhecem, conversam muito e trocam ideias. Assim, também reconhecem a posição espiritual do outro, como é a sua vida de fé. 


Em seguida — geralmente já no período de noivado — começa a unidade emocional. O homem e a mulher crescem juntos interiormente, tornam-se uma unidade também em termos emocionais e aprendem a compreender os sentimentos um do outro, a lidar com eles e a ajudar-se e apoiar-se mutuamente. 


O coroamento do “tornar-se uma só carne” é a união física. Com o casamento, os dois também se unem intimamente e podem desfrutar disso dentro do casamento. A sexualidade é um grande presente do nosso Criador para a alegria do homem e da mulher. É claro que Deus também associa a isso a ideia da procriação — mas isso não é tudo. 


“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (Hebreus 13: 4). 


Leitura diária da Bíblia: Isaías 62: 1 - 12; Marcos 2: 13 - 17


quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor. Efésios 3: 17

Habitar e enraizar-se

 

O apóstolo Paulo usa neste versículo duas imagens fáceis de entender, tiradas da vida cotidiana e da natureza. Primeiro, fala-se de habitar: Cristo deve habitar em nossos corações pela fé, e não como um hóspede de passagem, que apenas faz uma breve visita. Ele também não deve ser um “hóspede permanente”, que pode habitar em nós por um longo tempo e depois nos deixar novamente. Não, Cristo quer habitar para sempre em nossos corações. 


Uma casa é geralmente decorada de forma a atender aos desejos e necessidades de seus moradores. Assim, devemos remover de nosso coração — de nossos afetos e pensamentos — tudo o que não é adequado para esse morador sagrado. Isso não deve ser difícil para nós, pois Cristo habita em nós com todo o seu amor. 


Isso nos leva à segunda imagem: as raízes fortes de uma árvore. As raízes têm principalmente a função de absorver água e nutrientes do solo. Assim, devemos estar enraizados no amor de Cristo e extrair dele o alimento para o nosso homem interior. Isso acontece quando nos ocupamos com a sua palavra e meditamos sobre ele, sobre a sua glória e o seu amor. 


As raízes também garantem que a árvore permaneça em pé e não caia durante uma tempestade. Também experimentamos isso quando estamos fundamentados no amor de Cristo. Essa firme ancoragem nos protege e nos preserva nas tempestades da vida. Quanto melhor conhecemos o Senhor Jesus, mais fácil nos é decidir e agir corretamente, mesmo em situações difíceis. 


Assim, esse habitante divino é uma bênção para nós; e nós O alegramos quando retribuímos o Seu amor. 


Leitura bíblica diária: Isaías 61: 1 - 11; Marcos 2: 1 - 12


terça-feira, 4 de novembro de 2025

Pela fé, ofereceu Abraão a Isaque, quando foi provado, sim, aquele que recebera as promessas ofereceu o seu unigênito. E daí também, em figura, ele o recobrou. Hebreus 11: 17, 19

O julgamento de Abraão 

 

O sacrifício de seu filho Isaque não foi a única prova de fé na vida de Abraão, mas foi, de longe, a mais difícil. Deus não testou Abraão com essa prova quando ele era jovem, mas somente quando ele já estava velho. “Depois destas coisas” — com estas palavras começa o relato em Gênesis 22. Abraão já havia acumulado experiências de fé na “terra prometida”, através das quais cresceu interiormente e amadureceu espiritualmente (Hebreus 11:9). 


Mesmo que às vezes tivesse falhado, sua fé havia se tornado tão forte por “essas coisas” que Deus agora podia testá-lo de uma maneira especial. 


Somente aqui, no Novo Testamento, ficamos sabendo algo sobre os pensamentos de Abraão. Ele havia chegado a uma “conclusão”: ele “concluiu” que Deus era capaz de ressuscitar seu filho dentre os mortos. Uma conclusão é geralmente o resultado de um processo de reflexão. Abraão havia refletido sobre Deus e suas experiências anteriores com Ele durante essa provação terrível e dolorosa. 


E ele chegou à seguinte conclusão: “Deus vinculou todas as bênçãos a Isaque. Todas as promessas se cumprirão por meio de Isaque. Nele, a mim, Abraão, foi prometida uma grande descendência. E mesmo que Deus agora exija que eu sacrifique Isaque, Ele certamente cumprirá Sua palavra. Não pode ser de outra forma, a não ser que Deus ressuscite meu filho!” 


Essa atitude de fé de Abraão nos encoraja! Pois, assim como Abraão não foi decepcionado, também nós não seremos decepcionados se confiarmos em Deus. 


Leitura bíblica diária: Isaías 60: 1 - 22; Marcos 1: 35 - 45

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Aquele que fez o ouvido, não ouvirá? E o que formou o olho, não verá? O SENHOR conhece os pensamentos do homem, que são vaidade. Salmo 94:9, 11

 

Uma história antiga: o proprietário de uma fábrica de fios em um país vizinho havia ligado repetidamente, sem sucesso, para um importante cliente. Agora, seu vendedor deveria visitar o cliente e convencê-lo a fechar o negócio. Tratava-se de uma grande remessa de fios que, embora não atendesse totalmente aos requisitos de qualidade do cliente, o proprietário achava que ele nunca perceberia. 


O vendedor era um cristão convicto e recusou-se firmemente a participar desse engano. O proprietário reagiu com uma ameaça violenta — ele não aceitaria que seu funcionário se recusasse. 


O vendedor pensou em sua esposa doente em casa. Mas ele sabia exatamente que não podia agir contra a palavra de Deus e contra sua consciência. Assim, ele manteve sua decisão — e foi demitido. 


No dia seguinte, o vendedor recebeu um convite para uma conversa justamente do cliente com quem ele deveria ter fechado o negócio duvidoso. Este lhe ofereceu um cargo igualmente bom em sua empresa. Surpreso, o cristão perguntou como ele soube que ele havia sido demitido por seu antigo empregador. Então, ele descobriu que o cliente havia ouvido a discussão com o proprietário da empresa, porque este aparentemente não havia encerrado a ligação telefônica corretamente. 


Outra testemunha também ouviu essa conversa delicada: o próprio Deus a ouviu; foi Ele quem cuidou de seu servo fiel de maneira tão surpreendente. — Nada fica oculto aos seus olhos, e no tempo certo Ele agirá. 


Leitura bíblica diária: Isaías 59: 1 - 21; Marcos 1: 21 - 34



domingo, 2 de novembro de 2025

Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção. 1 Coríntios 1: 30

Cristo, nossa sabedoria

 

Por que a sabedoria é mencionada em primeiro lugar nesta lista? Porque este capítulo nos mostra, acima de tudo, como a sabedoria humana é sem valor e que essa “sabedoria dos sábios” teve que ser destruída pela cruz de Cristo (v. 19.27).


Deus tem sua própria sabedoria. Essa sabedoria está resumida em Cristo Jesus; ela se manifestou plenamente na pessoa de Cristo, especialmente no Senhor crucificado. Todos os pensamentos de Deus têm seu centro, seu conteúdo e seu objetivo no Senhor Jesus. E quando temos Cristo, possuímos a sabedoria de Deus! Pois Cristo é “a sabedoria de Deus” (v. 24).


Era exatamente dessa sabedoria de Deus que precisávamos! Talvez nem sempre tenhamos consciência disso, mas é realmente assim. Pois, por natureza, éramos como as outras pessoas, estávamos “obscurecidos em nosso entendimento”, na ignorância sobre nós mesmos e sobre Deus. Não estávamos apenas nas trevas, mas éramos nós mesmos “trevas”. Por nós mesmos, não podíamos encontrar Deus. Mas, pela Sua graça, agora somos “luz no Senhor”, estamos na luz da revelação de Deus (Atos 26:18; Efésios 4:18; 5:8).


Quando olhamos para o Senhor Jesus, vemos a sabedoria de Deus em pessoa. O Espírito Santo nos mostra, por meio da Bíblia, essa pessoa maravilhosa que é o centro dos desígnios de Deus: Cristo. E quanto mais refletimos sobre o que as Escrituras nos dizem a respeito dele, mais clara se torna nossa visão de tudo o que nos rodeia. Assim, reconhecemos mais claramente, por exemplo, quais são os pensamentos de Deus para o futuro. A chave para compreendê-los é Cristo. — Não somos ricamente abençoados por termos Cristo e, nele, a sabedoria de Deus?


Leitura bíblica diária: Isaías 58: 1 - 14; Marcos 1: 9 - 20


sábado, 1 de novembro de 2025

Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Filipenses 3: 20

Consolo em tempos de luto

 

Uma pessoa querida faleceu, sem a qual não se pode imaginar a vida. Talvez seja a esposa ou o marido. Durante muitos anos, foi possível trilhar juntos o caminho da vida, seguindo Jesus. Em um momento de luto como esse, os pensamentos voltam ao passado. Voltam às muitas experiências que o Senhor nos deu. Voltam aos altos e baixos que vivemos juntos. E agora essa pessoa amada não está mais aqui.


Mas para os filhos de Deus há um consolo! O ente querido não simplesmente se foi. Não, ele voltou para casa, para Jesus, seu Senhor. E esse Senhor, que derramou lágrimas no túmulo de Lázaro e que ficou “comovido” quando a viúva de Naim teve que enterrar seu único filho, também quer nos consolar em nossa tristeza e nossa dor (João 11:35; Lucas 7:13). Se abrirmos nosso coração para Ele, a certeza de que o falecido não se foi, mas apenas nos precedeu, nos consolará.


Não demorará muito para que o Senhor venha buscar os Seus. Então estaremos com Ele, na casa do Pai, como Ele nos prometeu. E então também poderemos vê-Lo como Ele é, assim como nosso falecido já está “com Cristo”.


Talvez tais pensamentos sejam apenas um fraco consolo no momento da despedida. Mas, em nossa tristeza, podemos confiar no “Pai das misericórdias e Deus de toda consolação” (2 Coríntios 1:3). Ele nos compreende e, em Jesus Cristo, seu Filho, nosso Senhor e Salvador, Ele nos consolará.


Leitura bíblica diária: Isaías 57: 1 - 21; Marcos 1: 1 - 8


sexta-feira, 31 de outubro de 2025

E [Abraão] não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus; e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer. Romanos 4:20-21

Reflexões sobre a fé


* A fé torna o futuro presente e o invisível visível (Hebreus 11:1).


* A fé é o grande princípio da vida divina do início ao fim: somos “justificados pela fé”, “vivemos pela fé” e “andamos pela fé” (Romanos 3:28; 5:1; Hebreus 10:38; 2 Coríntios 5:7).


* A fé honra a Deus, e Deus honra a fé.


*Crer significa, com base na Palavra de Deus, dar razão a Deus em Cristo.


*A fé sempre conta exclusivamente com Ele. Assim, o pensamento é cada vez mais moldado por Ele e sempre culmina em oração.


*Confiar em Deus é diferente de confiar nas bênçãos de Deus. Pois, para confiar em Deus, é necessária mais fé do que para se alegrar com as suas bênçãos. Deus às vezes nos tira um ou outro dos seus dons para que nossa fé seja estimulada e aprendamos a confiar somente nele.


*Deus nunca considera a fé ousada demais.


*Ter fé significa confiar totalmente na infalibilidade e fidelidade de Deus e considera cada palavra que sai de sua boca mais valiosa e real do que tudo o que podemos perceber com nossos sentidos.


Leitura diária da Bíblia: Isaías 56: 1 - 12; Hebreus 13: 17 - 25


quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Chegamos no segundo dia a Putéoli, onde, achando alguns irmãos, nos rogaram que por sete dias ficássemos com eles; e depois nos dirigimos a Roma. E de lá, ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou ânimo. Atos 28:13-15

Junto com outros prisioneiros, Paulo passou por situações de risco de vida durante o transporte de prisioneiros para Roma. Ele havia recebido a promessa do Senhor de que chegaria a Roma e seria sua testemunha lá (cap. 23:11). Mas como as coisas continuariam? Como as reuniões se desenvolveriam? Talvez o apóstolo também se perguntasse como seria o resultado de seu julgamento perante o imperador — afinal, ele era um homem como você e eu. Quão encorajador deve ter sido para ele encontrar irmãos na fé que se deram ao trabalho de ir ao seu encontro, encorajá-lo e ter comunhão com ele. O resultado: Paulo “agradeceu a Deus e se animou”.

 

A Escritura não nos diz se esses irmãos dirigiram muitas palavras a Paulo, mas o simples fato de terem ido ao seu encontro significou muito para ele e o encorajou em sua viagem. Paulo havia passado os últimos meses principalmente na companhia de incrédulos, mas o Senhor sabia que seu servo precisava de encorajamento e lhe concedeu graciosamente no momento certo.


Nós também podemos ser uma ajuda para outros crentes. Alguns estão preocupados, se sentem solitários, não sabem como seguir em frente. Muitas vezes não sabemos o quanto outros crentes são encorajados quando nos aproximamos deles e passamos tempo com eles — às vezes, bastam poucas palavras. Ou escrevemos uma mensagem curta. Acima de tudo, os “tímidos” são consolados quando sabem que oramos por eles (1 Tessalonicenses 5:14).


Leitura bíblica diária: Isaías 55: 1 - 13; Hebreus 13: 8 - 16


quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do SENHOR; a tudo quanto quer o inclina. Provérbios 21:1

O decreto do rei persa Ciro (também chamado de Kyros) no ano 538 a.C. é um milagre, pois ele exorta os judeus a retornarem a Jerusalém e reconstruírem o templo destruído.


Ciro se considera o iniciador da construção do templo quando diz: “Ele me encarregou de lhe edificar uma casa” (Esdras 1: 2).


Mas Isaías já havia profetizado cerca de 160 anos antes, por volta de 700 a.C., sobre um rei Ciro e a reconstrução do templo: “Assim diz o SENHOR ... de Ciro: É meu pastor e cumprirá tudo o que me apraz; dizendo também a Jerusalém: Sê edificada; e ao templo: Funda-te!’” (Isaías 44:28).


Depois, Jeremias: Ele profetizou na época do primeiro exílio (605 a.C.): “Porque assim diz o SENHOR: Certamente que, passados setenta anos na Babilônia, vos visitarei e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar” (Jeremias 29:10).


O profeta Daniel, por sua vez, compreende no ano 539 a.C., a partir dos escritos de Jeremias, “o número de anos, ... em que haviam de acabar as assolações de Jerusalém, era de setenta anos” (Daniel 9:2). Em seguida, Daniel se humilha e ora por seu povo Israel.


Deus profetiza a construção do templo por meio de Isaías, concretiza-a em Jeremias, atende à oração de Daniel — e então “inclina” o coração do rei pagão Ciro, para que este emita um decreto correspondente. Esdras, o escriba, escreve décadas mais tarde, durante outro retorno: “Bendito seja o SENHOR, Deus de nossos pais, que tal inspirou ao coração do rei, para ornarmos a Casa do SENHOR, que está em Jerusalém” (Esdras 7: 27). Sim — Deus tem os fios da história mundial em suas mãos!


Também hoje.


Leitura bíblica diária: Isaías 54: 1 - 17; Hebreus 13: 1 - 7