domingo, 30 de novembro de 2025

Então, Pilatos saiu outra vez fora e disse-lhes: Eis aqui vo-lo trago fora, para que saibais que não acho nele crime algum. Saiu, pois, Jesus, levando a coroa de espinhos e a veste de púrpura. E disse-lhes Pilatos: Eis aqui o homem! João 19: 4, 5

Eis aqui o homem!

 

Pilatos interrogou o acusado e testemunhou sua inocência diante dos judeus e seus líderes religiosos. Ele mandou açoitar Jesus — talvez para acalmar a ira dos judeus. Os soldados pagãos fizeram o resto, com a coroa de espinhos, o manto de púrpura e a falsa adoração ao “rei”, para zombar e ferir Jesus.

Mas então Pilatos voltou a sair para os judeus, a fim de lhes declarar mais uma vez que não encontrava culpa alguma nele. Ao mesmo tempo, levou o Senhor consigo para apresentá-lo mais uma vez aos judeus. Mas o Senhor Jesus não precisou ser levado à força, pois saiu por si mesmo, “levando a coroa de espinhos e a veste de púrpura”.


Quando se diz: “E disse-lhes”, então é — como mostra o contexto — Pilatos que fala aos judeus. Pilatos tinha interesse em apontar para o odiado Jesus com as palavras: “Eis aqui o homem!” Será que ele queria despertar a compaixão deles ao verem aquele homem tão humilhado e tratado com crueldade? Sabemos que Pilatos realmente queria libertá-lo (Lucas 23:16, 20, 22).


“Eis o homem!” — As palavras de Pilatos também nos remetem a esse homem único, que, na mais profunda humilhação, suportou por nós tanta vergonha e sofrimento. Naquela época, inúmeros olhos cheios de ódio o fitavam. Hoje, os olhos daqueles que O amam e que tudo Lhe devem estão voltados para Ele.


Leitura bíblica diária: Cantares 4: 1 - 5: 1; Marcos 8: 27 - 38

sábado, 29 de novembro de 2025

Já basta; agora, Senhor, leva a minha alma. 1 Reis 19: 4

Um servo desencorajado

 

O profeta Elias teve uma grande atuação no Monte Carmelo. Agora ele está exausto física e emocionalmente. Como a impiedosa rainha Jezabel ameaça sua vida, ele foge para o deserto. Seu olhar não está mais voltado para Deus, mas para si mesmo e para as circunstâncias. Ele está deitado debaixo de um arbusto de zimbro e ora.


“Já basta”: Elias desiste. Ele está exausto e, acima de tudo, decepcionado. Seu zelo pelo Senhor foi obviamente em vão. Sua missão parece ter fracassado. A esperada conversão do povo não aconteceu.


“Leva a minha alma”: o profeta fiel não vê saída, ele considera seu ministério encerrado. Como tudo parece inútil, ele quer morrer.


A resposta de Deus: Deus não atende ao pedido de Elias, mas lhe dá novas forças e novas tarefas. Além disso, Deus tem um final completamente diferente para Elias – um final triunfante: Elias será levado ao céu em “um carro de fogo, com cavalos de fogo” (2 Reis 2: 11).


Embora Elias tenha vivido em uma época e em um ambiente muito diferentes dos nossos hoje, há um paralelo essencial: “Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós” (Tiago 5: 17). Seu exemplo nos encoraja, pois o Senhor cuida de seus servos desanimados e os levanta novamente.


Ele nos encoraja: “Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos” (Isaías 57: 15) .


O Senhor sabe exatamente em que situação você se encontra e o que você está sentindo. Com esta página do devocional, Ele deseja enviar um raio de luz do seu amor e da sua compaixão ao seu coração e ajudá-lo a se reerguer.


Leitura bíblica diária: Cantares 3: 1 - 11; Marcos 8: 14 - 26



sexta-feira, 28 de novembro de 2025

Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito. 2 Coríntios 7: 1

Arrumação

 

Em toda casa, é preciso arrumar de vez em quando. Quase sem percebermos, acumulam-se muitas coisas inúteis e que atrapalham. Encontramos objetos usados que não foram descartados a tempo ou coisas que nem sabemos ao certo de onde vieram. Também há sujeira para limpar. 


Em nossa vida pessoal como crentes, não é diferente. Nós também devemos examinar nossas ações e pensamentos de vez em quando. Com que rapidez se infiltram coisas que nos enfraquecem na vida de fé e são um obstáculo para a bênção de que todos nós precisamos. Talvez sejam resquícios de um passado que, com a ajuda do Senhor, já deixamos para trás há muito tempo. Mas deixamos de encerrar definitivamente algumas coisas. Ou, imperceptivelmente, absorvemos algumas ideias do mundo e defendemos pontos de vista que contradizem os pensamentos de Deus. E quão grande é o perigo de sermos contaminados pelo que vemos e ouvimos diariamente ao nosso redor.


Por isso, o versículo de hoje nos exorta a nos purificarmos. Para isso, precisamos primeiro nos conscientizar das coisas erradas e, então, com firme decisão de fé, bani-las de nossa vida. “Imundícia da carne” significa tudo o que prejudica nossa conduta moral, tanto em ações quanto em pensamentos. “Contaminação do espírito”, por outro lado, diz respeito mais às nossas crenças, que são moldadas por influências religiosas e filosóficas. 


Devemos prestar atenção a ambas as coisas; devemos remover ambas de nossa vida e pensamento.


Leitura bíblica diária: Cantares 2: 1 - 17; Marcos 8: 1 - 13



quinta-feira, 27 de novembro de 2025

Peso da palavra do SENHOR contra Israel, pelo ministério de Malaquias. Malaquias 1: 1

Apenas um mensageiro de Deus

 

O profeta Malaquias é o último profeta do Antigo Testamento. Depois de falar por meio dele, Deus permaneceu em silêncio por 400 anos e só voltou a falar aos homens por meio de João Batista e Jesus Cristo.


Não se sabe muito sobre Malaquias. Nem mesmo sabemos ao certo quando ele viveu e atuou. Não sabemos nada sobre sua família ou seu local de residência. O que normalmente nos interessa quando queremos conhecer uma pessoa, não sabemos sobre Malaquias.


Mas o pouco que sabemos sobre ele é de enorme importância: ele recebeu do Senhor uma palavra para Israel. Curiosamente, a palavra “palavra” também pode ser traduzida como “fardo”. A mensagem de advertência que Malaquias recebeu de Deus colocou um fardo sobre ele, do qual ele só poderia se livrar falando ao povo como profeta. A situação do povo de Deus tornou-se uma necessidade pessoal para ele.


Seu nome “Malaquias” significa “meu mensageiro”. Malaquias era um mensageiro de Deus com um fardo de Deus. Ele não era mais nem menos do que isso. Ser um mensageiro de Deus é, por si só, algo grandioso. Mas para ele não se tratava de sua pessoa, sua reputação, sua imagem e muito menos de um grupo de fãs que ele queria satisfazer. Não, enviado por Deus, Malaquias falava o que Deus lhe havia encarregado.


A igreja de Deus precisa hoje — mais do que nunca — de pessoas que simplesmente queiram ser mensageiros. Irmãos e irmãs que não se preocupam consigo mesmos, com sua própria honra ou reconhecimento. Mensageiros que são capazes de se colocar em segundo plano para servir ao Senhor e que sentem um fardo pelo povo de Deus, um fardo que os leva à oração e às pessoas.


Leitura bíblica diária: Cantares 1: 1 - 17; Marcos 7: 24 - 37



quarta-feira, 26 de novembro de 2025

Deixando, pois, toda malícia, e todo engano, e fingimentos, e invejas, e todas as murmurações, desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo. 1 Pedro 2: 1, 2

Fome pela Palavra de Deus

 

Quando nos convertemos, recebemos uma nova vida divina, mas mesmo como filhos de Deus corremos o risco de pecar, porque o pecado ainda está em nós. Por isso, precisamos do apelo para abandonar todo o mal. Assim como tiro um casaco sujo quando entro em uma sala limpa, devemos conscientemente abandonar os maus hábitos e comportamentos que nos caracterizavam antes da nossa conversão.


No entanto, não basta nos afastarmos do mal, devemos também nos voltar para o bem. O apóstolo Pedro usa uma comparação em nosso versículo diário que conhecemos bem da vida natural. Um bebê chora quando está com fome e só se acalma quando recebe leite de sua mãe. Nunca se poderá satisfazer um bebê com outros alimentos, nem com um bom assado nem com um bolo de creme. O bebê precisa de leite — e o leite materno promove melhor o crescimento da criança. Assim, a alma do cristão renascido anseia pela Palavra de Deus — independentemente de ser jovem ou velho na fé.


Todo cristão saudável tem fome da Palavra de Deus. Somente a Palavra de Deus oferece verdadeiro alimento para a vida divina e nos faz crescer interiormente. Nosso pensamento, nossos desejos e objetivos são moldados pela Palavra de Deus. Ela faz com que sejamos preservados de influências prejudiciais que retardam nosso progresso espiritual. É por isso que Pedro fala que devemos “crescer para a salvação”. Ele se refere à meta celestial que devemos alcançar em boa condição espiritual.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 12: 1 - 14; Marcos 7: 14 - 23



terça-feira, 25 de novembro de 2025

Eles estão no mundo... Não são do mundo, como eu do mundo não sou. João 17:11, 16

 

O fato de um discípulo de Cristo estar no mundo, mas não ser do mundo, é importante e fundamental.


“No mundo” — isso significa que não vivemos apenas na Terra, mas também estamos no grande sistema mundial. Vivemos no meio da sociedade humana e em uma maquinaria que surgiu como consequência do pecado e cujo deus e príncipe é Satanás. E em todos os lugares onde a civilização ganhou vantagem, esse sistema assumiu uma aparência atraente para o homem natural; ele usa uma máscara elegante. É nesse mundo que vivemos.


“Não somos do mundo” — isso significa que, em um sentido moral e espiritual, não somos do mundo e de seu caráter ateísta.

Nascemos de novo, fomos redimidos, possuímos uma nova vida que brota de uma fonte nova, pura e duradoura. Assim, temos uma relação nova e celestial com Cristo e com Deus (cf. 1 Pedro 1:23; Efésios 2:13-19).


Podemos reconhecer o verdadeiro caráter do sistema mundial: é um sistema ímpio. As características do mundo são “a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida”. Mas, em meio a esse ambiente, temos uma missão: Cristo nos enviou ao mundo para que O representássemos aqui, assim como Ele representou o Pai (cf. 1 João 2:15 - 17; João 17: 18).


Mas lembremos também: muitas coisas da vida cotidiana não fazem parte do sistema do mundo, porque se originam da ordem de Deus. Entre elas estão, por exemplo, o casamento, o trabalho e a autoridade estatal. Elas não fazem parte do sistema do mundo, mesmo que o mundo as distorça e abuse delas. Como filhos de Deus, temos a missão de honrá-Lo nessas relações terrenas.


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 11: 1 - 10; Marcos 7: 1 - 13

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me! Mateus 14: 30

Sobre as ondas

 

É noite em Israel: os doze discípulos de Jesus navegam com seu barco de pesca pelo lago Genezaré, quando de repente uma forte tempestade se abate sobre eles. As ondas ficam mais altas, o barco balança perigosamente para frente e para trás. Mas então o próprio Jesus vem até eles — e anda sobre as águas. Só o Filho de Deus pode fazer isso! Ele viu a necessidade de seus discípulos quando estava em uma das montanhas à beira do lago para orar. Ele se importa com a necessidade deles — Ele quer ajudar.


Pedro fica fascinado ao ver Jesus caminhando sobre as águas agitadas e clama a Ele: “Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas” (v. 28). E, de fato, o Senhor o convida a ir até Ele. Então, Pedro sai do barco para caminhar sobre as águas até seu Senhor. Mas, poucos instantes depois, ele vê as ondas altas e fica com medo. Imediatamente, ele começa a afundar: “Senhor, salva-me!”, clama ele em sua necessidade. “E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste?” (v. 30, 31). 


Também em nossa vida muitas vezes há tempestades. Conflitos no trabalho, um diagnóstico devastador do médico, problemas no casamento, na família ou na igreja: essas são ondas que podem balançar o barco da nossa vida. É justamente nessas situações que precisamos saber: o Senhor Jesus nos vê em nossa angústia e vem em nosso auxílio. Mas também precisamos confiar Nele — assim como Pedro deixou o barco e precisava confiar apenas em Jesus. E quando achamos que vamos fracassar, o Senhor está a apenas uma oração de distância. Quando clamamos a Ele, Ele imediatamente estende Sua mão poderosa para nós. As ondas podem permanecer, mas veremos que Ele está ao nosso lado para que possamos superar os desafios juntos com Ele.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 10: 1 - 20; Marcos 6: 45 - 56

domingo, 23 de novembro de 2025

Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual se nos tornou, da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção. 1 Coríntios 1: 30

Cristo, nossa redenção

 

Talvez nos surpreenda que, nesta lista, a redenção seja mencionada apenas em último lugar. A razão para isso: ela aparentemente abrange mais do que apenas a “salvação da alma”, que o crente já possui agora como “o fim de sua fé” (cf. 1 Pedro 1:9; Efésios 1:7; Colossenses 1:14).


Em nosso versículo, a redenção é apresentada em seu resultado final, que só alcançaremos na glória. A salvação não significa apenas a libertação da culpa e do poder do pecado, como experimentamos no presente, mas também a libertação da presença do pecado. Pois, mesmo após nossa conversão, ainda temos a natureza pecaminosa em nós, de modo que, infelizmente, continuamos a pecar, o que nos causa dificuldades em nossa vida de fé.


Este resultado final da salvação, a libertação da presença do pecado, só nos será concedido no arrebatamento dos crentes. Então, também o nosso corpo será tomado e transformado pelo poder da ressurreição do nosso Salvador (1 Tessalonicenses 4:15-17; 1 Coríntios 15:51-52; Filipenses 3: 20, 21). Esse é o “dia da redenção” para o qual fomos selados, o dia em que, por meio da “redenção do nosso corpo”, alcançaremos plenamente a “filiação” (Efésios 4: 30; Romanos 8: 23).


Que triunfo da graça será quando o Senhor Jesus nos levar para a sua glória! Com nossa compreensão limitada, mal podemos avaliar o que essa bênção realmente abrange: Cristo se tornou nossa redenção! Mas isso nos deixa felizes e satisfeitos.


Adoramos e nos prostrarmos diante de Cristo Jesus, em quem obtivemos tudo isso: “da parte de Deus, sabedoria, e justiça, e santificação”.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 9: 1 - 18; Marcos 6: 30 - 44

sábado, 22 de novembro de 2025

Josias celebrou a Páscoa ao SENHOR, em Jerusalém; e mataram o cordeiro da Páscoa no décimo quarto dia do primeiro mês. ... Nunca, pois, se celebrou tal Páscoa em Israel, desde os dias do profeta Samuel. 2 Crônicas 35: 1, 18

O título sobre a vida do rei Josias é: “Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor”. Ele se tornou rei aos oito anos de idade e, aos 16, já começou a libertar Judá e Jerusalém da idolatria (cap. 34: 1 - 3).


No décimo oitavo ano de seu governo, a Páscoa deveria ser celebrada novamente. Vários grupos deveriam participar: os sacerdotes, os levitas, os cantores e os porteiros (cap. 35: 2, 3, 15). Como é bom quando cada crente cumpre suas tarefas na casa de Deus da maneira que Deus planejou — tanto naquela época quanto hoje.


Primeiro, Josias designou aos sacerdotes sua tarefa, que consistia principalmente em oferecer sacrifícios. Quão importante é hoje que nós, crentes, como “um sacerdócio santo”, ofereçamos ao Senhor “sacrifícios espirituais” — a adoração de nossos corações (cf. 1 Pedro 2: 5). Em seguida, Josias dá instruções claras aos levitas. O trabalho deles dizia respeito ao santuário e nos lembra os serviços que possibilitam ou promovem o culto. Hoje, acrescentaríamos a isso o ministério da Palavra, bem como a ajuda prática que contribui para o bem-estar do povo de Deus. Os cantores nos lembram que hoje cantamos juntos louvores ao Senhor: “Cantai louvores ao Senhor!” (Salmo 14: 77. Os porteiros, finalmente, são necessários para garantir a ordem divina. Eles vigiam nas assembleias locais (igrejas) para que nada de mal entre (cf. 1 Timóteo 3: 15).


Desde os dias de Samuel, nenhuma Páscoa foi celebrada como sob Josias. Como seria nosso culto hoje se cada um atuasse da maneira correta no lugar que o Senhor lhe designou?


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 8: 1 - 17; Marcos 6: 21 - 29

sexta-feira, 21 de novembro de 2025

Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Romanos 8:1-2

 

O conde Hermann von Neuenahr queria servir a Cristo, mas sempre sucumbia à tentação. Não sabemos se ele alguma vez deixou o estado do “homem miserável” de Romanos 7.


No final, o homem volta seu olhar para Cristo e experimenta, na prática, a libertação do poder do pecado. Mas o cristão assim libertado ainda tem duas naturezas em si (cap. 7:25). A “carne”, que lhe causa tanta angústia, ainda está nele. Mas Deus não vê mais o crente na antiga posição de Adão, mas “em Cristo Jesus”. Somos unidos a Cristo, que tem toda a satisfação de Deus, como poderia então haver condenação para nós! Que segurança isso nos dá!


A partir dessa gloriosa declaração, que se aplica a todos os crentes, Paulo volta à forma pessoal da experiência individual. Quem pensa que deve cumprir a lei do Sinai, descobre, por meio da “lei do pecado e da morte”, que é totalmente impotente para cumprir os mandamentos. Mas essa lei do pecado em nós pode ser vencida por outra lei.


Assim como as limalhas de ferro permanecem no chão pela lei da gravidade, mas são atraídas para cima por um forte ímã, também o cristão pode experimentar que “em Cristo Jesus” é elevado acima da lei do pecado. O crente morreu com Cristo e agora vive por meio Dele. Quem compreende isso na fé e não mais se concentra nos mandamentos e proibições e em si mesmo, mas em Cristo, é conduzido pelo Espírito Santo a uma vida cristã vitoriosa.


O Espírito Santo dá força para uma vida de fé alegre para a glória de Deus — a compulsão de pecar é eliminada.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 7: 15 - 29; Marcos 6: 14 - 20



quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Romanos 7: 24

 “NON PLUS”


O conde Hermann von Neuenahr und Moers (1520-1578) era muito estimado entre os príncipes como um estadista altamente culto e diplomaticamente habilidoso. O imperador católico Maximiliano II (1527-1576) chegou a nomeá-lo conselheiro imperial, embora o conde Hermann promovesse a Reforma e concedesse proteção aos protestantes perseguidos em seus territórios.


Quando jovem, Hermann teria sido muito aficionado a jogos de dados e álcool, mas ao assumir o governo, jogou fora os dados e o copo de chifre. Acima da entrada do castelo de Moers, mandou gravar em pedra o seu novo lema: “NON PLUS” — “Não mais!”


“Não mais!” — É o que muitos filhos de Deus que querem seguir sinceramente a Cristo também proclamam hoje. Mas será que conseguem?


O conde Hermann não conseguiu, como revelam relatos da época. A que se deveu isso? — Na vida da corte, bebia-se muito vinho. Sua posição no mundo levava Hermann regularmente a tentações das quais ele mal conseguia escapar e que geralmente terminavam em derrotas. Isso oprimia muito o conde. Ele lia repetidamente os Salmos de arrependimento na Bíblia. Reescrevia-os em latim, com alterações que se referiam à sua situação desesperadora. — Sem dúvida: o conde Hermann era um filho de Deus; ele queria fazer a vontade de Deus! Mas as palavras de Romanos 7:15 se aplicavam a ele: “Não faço o que prefiro, e sim o que detesto.”


A lei de Moisés não podia ajudá-lo; ela só podia acusá-lo. Mesmo os salmos de arrependimento não o levaram a uma vida de fé feliz na liberdade cristã. Eles falavam a ele sobre pecados concretos, sobre confissão e perdão — mas não sobre a libertação do poder do pecado dentro dele. (Conclusão amanhã)


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 7: 1 - 14; Marcos 6: 7 - 13

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os santos. Filemon 1:5

Amor por todos os santos

 

Filemon era conhecido entre os crentes por seu amor e sua fé. O apóstolo Paulo também tinha ouvido falar disso e menciona isso em sua carta a Filemon. É notável que o amor de Filemon se estendia a “todos os santos”. Obviamente, ele não fazia distinção entre simpatia e antipatia. Ele amava todos os que foram redimidos pelo sangue do Senhor Jesus. Eles foram separados para Deus e, portanto, eram “santos”. 


As congregações (igrejas) em Colossos e Éfeso também se destacavam particularmente por seu “amor a todos os santos” (cf. Colossenses 1:4; Efésios 1:15).


Na época do apóstolo Paulo, quando a igreja de Deus existia há apenas alguns anos, os cristãos ainda não estavam divididos em diferentes denominações como hoje. Ainda não havia centenas de diferentes formas de igrejas. Mas, independentemente disso, nós também devemos demonstrar um amor sincero por todos os crentes que amam o Senhor Jesus e que o Senhor Jesus ama. Eles foram redimidos por sua obra na cruz! Essa é a razão pela qual devo amá-los. Além disso, o amor de Deus foi derramado em nossos corações. Essa é a razão pela qual posso amá-los (Romanos 5:5).


Certamente você já encontrou um cristão que nunca tinha visto antes, durante as férias ou em uma cidade estrangeira. Normalmente, a centelha do amor surge imediatamente e seu coração se aquece quando você percebe que se trata de um filho de Deus.


“Amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pedro 1:22).


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 6: 1 - 12; Marcos 6: 1 - 6

terça-feira, 18 de novembro de 2025

Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 2 Coríntios 4:6

 

Este versículo abrange três aspectos: primeiro, a ação de Deus na criação; depois, a conversão de Paulo; e, finalmente, o ministério para o qual ele foi chamado.


Na criação, Deus disse: “Haja luz!”, e a luz brilhou em um ambiente até então escuro. Na nova criação, algo semelhante acontece. A luz divina — a luz “da glória de Deus na face de Jesus Cristo” — brilha nos corações escuros dos homens, assim como brilhou no coração de Paulo, e com um resultado maravilhoso: Essa luz brilha nos corações para depois voltar a brilhar a partir deles. Ela brilha “para iluminação (ou: para o resplendor) do conhecimento”. Dessa forma, o próprio crente começa a brilhar. Ele reflete a luz, assim como a lua brilha à luz do sol.


Isso caracterizou o ministério do apóstolo Paulo. Ele não era apenas um pregador extremamente zeloso, que pregava mais do que todos os outros, mas sua pregação era ao mesmo tempo um irradiar da luz que brilhava nele mesmo. Ele não apenas transmitia pensamentos divinos, mas suas palavras brotavam de uma renovação interior.


Ninguém via mais claramente do que ele que toda a excelência divina brilha no Senhor Jesus e que Cristo habita em uma luz que “supera o brilho do sol”, pois assim ele havia visto no caminho para Damasco (Atos 26:13).


O que o apóstolo reconhecera da glória de Cristo foi depositado nele como um tesouro precioso — em um “vaso de barro frágil”, como ele mesmo se descreve humildemente (2 Coríntios 4:7). Assim, Deus pôde glorificar-se por meio dele.


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 5: 1 - 20; Marcos 5: 35 - 43

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Então, Adonias, … se levantou, dizendo: Eu reinarei ... Imolou Adonias ovelhas, e bois, e animais cevados ...e convidou todos os seus irmãos, os filhos do rei, e todos os homens de Judá, servos do rei, porém a Natã, profeta, e a Benaia, e os valentes, e a Salomão, seu irmão, não convidou. 1 Reis 1: 5, 9, 10

Davi está velho. Adonias, seu filho, toma a iniciativa de se tornar seu sucessor ao trono. Ele conduz conversas preliminares e organiza um banquete. Pessoas importantes são convidadas, e a lista de convidados é composta por uma seleção dos melhores e mais importantes de Israel. Mas alguns não são convidados: o profeta Natã, Benaia, que mais tarde se tornaria comandante do exército, e também Salomão, irmão de Adonias. Quando Davi descobre a conspiração, Bate-Seba o lembra da promessa que ele lhe fez: “Teu filho Salomão reinará depois de mim e se assentará no meu trono, em meu lugar” (v. 30). Salomão também é o sucessor designado por Deus. Davi se levanta, dá ordens — e pouco depois, Salomão é entronizado como novo rei de Israel, sob os aplausos do povo.


E Adonias? Quando ele e os convidados ficam sabendo da coroação, ficam assustados e se dispersam, “tomando cada um seu caminho” (v. 49). Por mais esperançosos que tenham chegado e por mais alegres que tenham celebrado, agora só querem ir embora. Estão com o homem errado.


O que podemos aprender com isso? Devemos examinar com quem nos associamos, com quem nos unimos. Isso se aplica tanto ao casamento quanto às relações comerciais ou sociais. E isso se aplica ainda mais ao trabalho no reino de Deus. Nosso parceiro é crente ou incrédulo? Tudo deve ser feito de acordo com a vontade do Senhor e para a sua glória, ou há visões e métodos mundanos em jogo? 


Peçamos sabedoria ao Senhor para que possamos distinguir entre “Adonias” e “Salomão”.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 4: 1 - 16; Marcos 5: 21 - 34



domingo, 16 de novembro de 2025

Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção. 1 Coríntios 1: 30

Cristo, nossa santidade

 

Cristo também se tornou para nós santidade. A palavra grega correspondente designa uma santidade prática. — A Bíblia também conhece uma santidade absoluta, em termos de posição. Sob esse aspecto, todos os crentes são “santos”: “Mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus.” Pela morte do Senhor, eles foram retirados “do presente século mau”, para serem inteiramente de Deus (1 Coríntios 1: 2; 6: 11; Gálatas 1: 4).


Mas nosso versículo bíblico trata da santidade prática do cristão. Para isso, Cristo é o padrão e o meio. O que isso significa? Se quisermos saber o que significa santidade prática, precisamos olhar para Cristo. Somente em Cristo podemos ver a santidade perfeita. Deus nos dá assim um padrão absoluto, que nunca alcançaremos em nossa prática de vida, mas que não nos desanimará. Pois olhamos para Cristo; e isso só pode nos tornar felizes. O Espírito Santo nos apresenta Cristo para que nos separemos de todo o mal ao nosso redor e não cedamos ao poder do mal em nós. Pois com o Senhor Jesus diante de nossos olhos, não pecamos.


Quando Cristo foi para o Pai, Ele se separou do mundo, ou seja, santificou-se, e agora Ele é, na glória, o ponto de atração para nós. Ele é para nós como um ímã que atrai nossos corações para si. E quando contemplamos a sua glória, somos “transformados à sua imagem” (João 17: 19; 2 Coríntios 3: 18). Dessa forma, nós também somos santificados. Essa santificação prática não é forçada, mas ocorre naturalmente quando nossos corações estão voltados para o Senhor Jesus.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 3: 1 - 22; Marcos 5: 15 - 20

sábado, 15 de novembro de 2025

Todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo. 2 Coríntios 5: 10

Para a maioria das pessoas, a ideia de comparecer perante um juiz é motivo de desconforto. O resultado de um processo judicial é incerto, e o medo é grande. Como é isso no “tribunal de Cristo”, perante o qual devemos comparecer no céu após o arrebatamento?

 

Quando nós, como crentes — e é a isso que se refere o versículo do dia —, estivermos diante do tribunal, o Filho do Homem será nosso juiz (João 5: 27). Essa expressão se refere ao Senhor Jesus, que viveu na Terra como um homem perfeito, que conhece todas as situações difíceis por experiência própria e que honrou a Deus durante toda a sua vida. Isso faz dele um juiz competente!


Ao mesmo tempo, esse juiz é nosso Salvador, que morreu por amor a nós. Podemos imaginar ter medo desse juiz?


Não, não seremos condenados lá, mas nossa vida será julgada da perspectiva de Deus. Juntamente com o Senhor Jesus, faremos uma retrospectiva de nossa vida. Nesse processo, nossas motivações e pensamentos serão revelados: “O Senhor … trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor” (1 Coríntios 4: 5). Apesar de muitos erros em nossa vida, seremos recompensados por Deus. Não é isso misericordioso?


Também podemos nos alegrar com o fato de que, no tribunal, os bons planos de Deus para nós se tornarão claros e todas as perguntas que permaneceram em aberto na Terra serão respondidas. Talvez você esteja em um beco sem saída ou passando por um momento difícil. Deixe-se encorajar a continuar e confie na boa orientação de Deus. Quando se olha para um tapete por baixo, vê-se uma confusão de fios. Por cima, porém, reconhece-se um padrão maravilhoso. 


Alegremo-nos, portanto, pelo momento em que veremos nossa vida na Terra com os olhos de Deus.


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 2: 12 - 26; Marcos 5: 1 - 14



sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a lei de tua mãe. Ata-os perpetuamente ao teu coração e pendura-os ao teu pescoço. Quando caminhares, isso te guiará; quando te deitares, te guardará; quando acordares, falará contigo. Provérbios 6: 20 - 22

O conselho de Salomão aos jovens cristãos

 

Dificilmente se poderia dar um conselho melhor do que estas palavras da Bíblia aos jovens que deixam o lar piedoso dos seus pais. Os jovens precisam de convicções próprias e firmes para não serem levados pela correnteza do espírito da época. 

Salomão recomenda aqui: faça dos ensinamentos de seus pais, baseados na Palavra de Deus, sua propriedade, sua convicção interior. O mundo ao nosso redor muitas vezes quer nos convencer exatamente do contrário: desenvolva sua personalidade, liberte-se das “tradições antiquadas” dos seus pais. — Mas a maneira normal como os jovens cristãos devem aprender é seguir o exemplo e os ensinamentos dos mais velhos, que já foram obedientes à Palavra de Deus antes deles e tiveram experiências de fé.


“Guardar a lei do Senhor” significa amar a Palavra de Deus.


“Atá-los perpetuamente ao coração” e “pendura-os ao pescoço” significa viver em tão estreita conexão com a Palavra de Deus e em comunhão com o Senhor que a verdade bíblica forma e guia o caráter e a vontade. Só assim o jovem pode ser uma bênção para os outros.


“Quando acordares, falará contigo.” Quão melhor é acordar com os ensinamentos bíblicos dos pais em mente do que com os próprios planos, movidos pela ambição.


Se os jovens querem experimentar a bênção de Deus em suas vidas, é extremamente importante que tenham uma boa consciência diante de Deus e vivam de acordo com os ensinamentos da Palavra de Deus, assim como aprenderam com seus pais tementes a Deus — mesmo que pais crentes cometam erros na educação.


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 2: 1 - 11; Marcos 4: 35 - 41



quinta-feira, 13 de novembro de 2025

E fez o SENHOR Deus nascer uma aboboreira, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu enfado; e Jonas se alegrou em extremo por causa da aboboreira. Jonas 4: 6.

Jonas deve se alegrar

 

Descontente, o profeta Jonas senta-se sob o sol quente e observa a agitação na grande cidade de Nínive. Ele espera que Deus destrua a cidade. Por quê? As pessoas lá se converteram de seus maus caminhos, e Deus “se arrependeu do mal” e não executou o julgamento (cap. 3: 10). Quão misericordioso e clemente Ele é – e como Ele gosta de perdoar! Na verdade, isso seria motivo suficiente para estar alegre.


Mas Jonas discorda. Na sua opinião, os habitantes de Nínive não merecem ser poupados do julgamento.


Na verdade, é incompreensível que justamente Jonas, que experimentou a grande misericórdia de Deus, esteja esperando que Deus destrua Nínive. Mas pode acontecer o mesmo conosco.


Jonas talvez pense que, como israelita, tem mais direito à graça de Deus do que os povos pagãos? Será que o orgulho nacional desempenha algum papel nisso? Será que ele esqueceu que Deus se voltou para o seu povo apenas por amor — e não porque ele fosse melhor do que outros povos (cf. Deuteronômio 7: 7, 8)?


É impressionante como Deus cuida de Jonas com amor. Durante a noite, Ele faz crescer uma árvore milagrosa para libertar Jonas de seu descontentamento. E, de fato, Jonas fica muito feliz.


Mas a alegria de Jonas é de curta duração, pois ele é egoísta. Quando Deus faz algo bom por ele, ele se sente bem e fica feliz. Mas quão maior e duradoura seria sua alegria se ele vivesse com gratidão pela graça e se alegrasse com Deus pela salvação de muitas pessoas em Nínive!


Leitura diária da Bíblia: Eclesiastes 1: 12 - 18; Marcos 4: 21 - 34

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Sabeis discernir a face da terra e do céu; como não sabeis, então, discernir este tempo? Lucas 12:56

 

O Senhor Jesus repreende aqui as pessoas que observam o céu e podem prever o tempo, mas não querem prestar atenção aos sinais dos tempos.


Como cristãos, não ficamos à espera de determinados acontecimentos que ocorrem nesta terra. No entanto, observamos o que acontece. E muitos eventos e desenvolvimentos em nosso tempo são precursores dos julgamentos que estão por vir. O tempo da longanimidade de Deus com o mundo ímpio, que rejeita a Cristo, está quase no fim. E então Deus preparará o cenário para o reino de Cristo em poder e glória, quando todos os seus inimigos forem colocados a seus pés.


Será que hoje avaliamos o tempo corretamente? Não somos também sábios e prudentes em muitas outras questões, mas não reconhecemos o que Deus espera de nós neste tempo? Se sabemos que este mundo será julgado em breve, isso deveria influenciar a nossa vida! E não apenas para nos separarmos do mundo, mas para darmos um testemunho positivo a ele.


Não ficaremos aqui por muito tempo. A vinda do Senhor logo levará os filhos de Deus da Terra. Portanto, precisamos ser despertados para que correspondamos à nossa verdadeira vocação.


Se não vivemos na expectativa do nosso Senhor, é porque nos tornamos mornos – nosso amor por Cristo esfriou. Quão triste seria se Ele nos encontrasse nesse estado quando vier! Por isso,  “não durmamos, pois, como os demais”, mas sigamos o chamado: “Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro!” (1 Tessalonicenses 5:6; Mateus 25:6).


Leitura bíblica diária: Eclesiastes 1: 1 - 11; Marcos 4: 10 - 20

terça-feira, 11 de novembro de 2025

Porque a terra que embebe a chuva que muitas vezes cai sobre ela e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada recebe a bênção de Deus. Hebreus 6:7

 

Um ciclo maravilhoso: a terra recebe chuva, a absorve, produz frutos e, como resultado, recebe bênçãos de Deus — certamente também na forma de chuva, que ela absorve e através da qual produz frutos novamente.


Podemos aplicar esse princípio da natureza à nossa vida espiritual: a “chuva frequente” simboliza o ministério da Palavra de Deus, que é acompanhado pela ação do Espírito Santo (cf. Deuteronômio 32: 2). Agora somos responsáveis por extrair nutrientes dessa “chuva”, ou seja, deixar a Palavra agir em nossos corações e segui-la, para que ela produza “ervas úteis”. Por um lado, esse é o fruto a que Deus tem direito — aquilo que serve à sua adoração —, mas, por outro lado, também é a bênção que espalhamos em nosso entorno por meio de nosso comportamento e nossas palavras. E quão misericordioso é Deus: Ele não deixa esse fruto sem recompensa! Recebemos Dele mais bênçãos, que, por sua vez, promovem nosso crescimento espiritual. Em suma, um ciclo abençoado!


Seria triste se interrompêssemos esse “desenvolvimento ascendente” se a “chuva” não provoca nada em nós, ou seja, a palavra pregada ou lida não deixa marcas em nós. Então, nossa vida perde força e alegria, não produz “erva útil”. E inevitavelmente entramos em um desenvolvimento descendente: Se não levarmos a sério a palavra de Deus, isso nos levará a uma mentalidade mundana, e isso, por sua vez, fará com que nosso interesse pela palavra de Deus diminua. Assim, continuamos descendo a ladeira – a menos que, com a ajuda de Deus, comecemos de novo.


Deus é bondoso: Ele não para de nos dar “chuva” com frequência. Cabe a nós agora interiorizar a bênção e deixar brotar “erva útil”.


Leitura bíblica diária: Isaías 66: 1 - 24; Marcos 4: 1 - 9

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, ... prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:13-14

Nossa trajetória de vida

 

O apóstolo Paulo usa repetidamente imagens do esporte em suas cartas. As competições clássicas da época eram muito populares, e todos os leitores e ouvintes do Novo Testamento compreendiam o que era importante.


O versículo de hoje trata de uma corrida de curta distância. Paulo pensa principalmente na meta e no prêmio a ser conquistado. Quando o comando de largada fazia o corredor sair da linha de partida, só havia uma coisa para ele: a meta. Tudo o mais ao seu redor perdia o significado, até mesmo o corredor ao seu lado.


Embora se tratasse apenas de uma coroa de louros terrena e passageira como prêmio, o corredor esquecia “o que estava para trás”, ou seja, tudo o que fazia parte da vida cotidiana. Ele agora vivia apenas para a corrida, seu olhar estava voltado para a frente; toda a sua atenção estava voltada para a meta.


Quanto mais isso se aplica à nossa corrida da fé, na qual há uma recompensa eterna a ser conquistada! Por isso, o apóstolo se compara a um corredor que não apenas corre rápido, não apenas se apressa, mas corre com o olhar fixo na meta: “a vocação de Deus em Cristo Jesus”. Sua meta era seu Senhor, que lhe aparecera em luz resplandecente diante de Damasco.


Tal vocação não tolera compromissos, nem procrastinação. Também não devemos nos distrair com coisas que parecem desejáveis ou atraentes neste mundo. O apóstolo Paulo tinha muitas qualidades humanas devido à sua origem e educação, mas ele considerava tudo isso como “perda” e “como esterco” para ganhar a Cristo (v. 8). - Que exemplo digno de ser imitado!


Leitura diária da Bíblia: Isaías 65: 13 - 25; Marcos 3: 20 - 35

domingo, 9 de novembro de 2025

Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção. 1 Coríntios 1:30

Cristo, nossa justiça

 

Além da sabedoria de Deus, Cristo também se tornou nossa justiça. Assim como precisávamos de sabedoria, também precisávamos de justiça. Pois, por natureza, não possuímos justiça que fosse válida diante de Deus.


Todas as nossas boas ações eram apenas justiças aparentes; elas são diante de Deus “como trapo da imundícia” (Isaías 64: 6). Éramos “servos do pecado” e, portanto, “livres da justiça”, como Paulo diz de forma um pouco irônica (Romanos 6: 20). “Livres da justiça” — isso significa que não possuímos justiça.


Justiça não é o mesmo que justificação. A justificação é o resultado da ação de Deus com aqueles que crêem na obra de seu Filho. Deus foi totalmente glorificado por meio dessa obra na cruz e deixou isso claro ao ressuscitar Cristo dentre os mortos. Por isso, Ele agora pode justificar todos os que “têm fé em Jesus” (Romanos 3: 26).


Ao contrário da justificação, a justiça é uma característica de Deus; ela O distingue. Por isso, Paulo escreve sobre a justiça de Deus e que ela é revelada no evangelho (Romanos 1: 16 - 17).


Consideremos que a justiça de Deus deve condenar e julgar todo o mal. Ela também deveria nos condenar e nos lançar eternamente no lago de fogo. Mas, como o Senhor Jesus morreu e ressuscitou, a justiça de Deus para o crente não se revela mais na condenação, mas na justificação ou absolvição. Isso é maravilhoso!


Assim, agora Cristo é nossa justiça, nós nos “revestimos de Cristo” (Gálatas 3: 27). Por isso, devemos ser sinceramente gratos a Deus!


Leitura diária da Bíblia: Isaías 65: 1 - 12; Marcos 3: 13 - 19



sábado, 8 de novembro de 2025

Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. João 3: 5

Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna. João 6:54

 

O batismo e a Ceia do Senhor foram instituídos por Deus e são muito valiosos para os cristãos. No entanto, eles não são mencionados explicitamente no Evangelho de João. Portanto, é improvável que nossas duas passagens bíblicas se refiram a eles.


O que diz o contexto do texto? Em João 3, o Senhor Jesus explica ao fariseu Nicodemos que ele precisa nascer de novo para entrar no reino de Deus. Esse novo nascimento acontece “da água e do Espírito”. Aqui, “água” é evidentemente uma figura para a Palavra de Deus (cf. Efésios 5: 26; 1 Pedro 1: 23). O Espírito Santo age por meio da Palavra de Deus para levar as pessoas à fé e ao arrependimento. 


Nicodemos, como “mestre de Israel”, poderia saber disso, como o Senhor lhe diz (João 3: 10; cf. Ezequiel 36: 25). No entanto, ele ainda não podia conhecer o batismo cristão, que só foi instituído mais tarde.


O mesmo se aplica à Ceia do Senhor. Aqui, nós realmente comemos e bebemos: comemos e bebemos pão e vinho — os sinais ou símbolos do Senhor morto. Em João 6, é o contrário: os crentes não comem e bebem de fato, mas espiritualmente. Eles se alimentam em sentido figurado, não de símbolos, mas de fato e realmente do próprio Senhor Jesus, que desceu do céu como “o verdadeiro pão” (João 6: 32, 33). Se aqui se falasse da Ceia do Senhor, ninguém alcançaria a vida eterna sem a Ceia; e ninguém que participasse da Ceia perderia a vida eterna. Ambas as afirmações contradizem as declarações gerais da Bíblia.


Portanto, é extremamente importante observar tanto as conexões quanto as diferenças na Palavra de Deus.


Leitura diária da Bíblia: Isaías 63: 15 - 64: 12; Marcos 3: 1 - 12

sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Então, se aproximou dele a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando- o e fazendo-lhe um pedido. ... Dize que estes meus dois filhos se assentem um à tua direita e outro à tua esquerda, no teu Reino. Mateus 20: 20, 21

E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres..., e a mãe dos filhos de Zebedeu. Mateus 27: 55, 56 

 

Embora a mãe de Tiago e João apresente seu pedido ao Senhor com humildade, o conteúdo do seu pedido — que seus filhos ocupem uma posição especialmente elevada no reino do Messias — não é nada humilde. O desejo de estar o mais próximo possível do Senhor Jesus por amor a Ele é espiritual. Mas o desejo de estar mais próximo Dele do que os outros é carnal, porque nossa atenção não está voltada para o Senhor, mas para nós mesmos e para os outros, com quem nos comparamos e que queremos superar. Por isso, a exortação “Não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes” permanece atual enquanto estivermos na Terra (Romanos 12:16). 


Pouco depois, encontramos a mãe dos dois apóstolos debaixo da cruz. Aqui terminam todos os planos ambiciosos e carnais. — Não deveríamos também avaliar todos os desejos para nós e nossos filhos à luz da cruz de Cristo? Só assim podemos ver que “crucificamos a carne com as suas paixões e concupiscências” (Gálatas 5: 24). Isso inclui todos os desejos egoístas. 


O Senhor Jesus adverte enfaticamente os discípulos contra o desejo de superar e dominar uns aos outros. Quem pertence ao seu grupo de discípulos deve aprender com Ele o que significa servir abnegadamente: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Mateus 20: 25 - 28). 


Leitura diária da Bíblia: Isaías 63: 1 - 14; Marcos 2: 18 - 28


quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. Gênesis 2: 24

O casamento – um refúgio

 

O casamento é o refúgio dado por Deus, onde o homem e a mulher podem ter uma comunhão íntima. 


No casamento, o homem e a mulher se tornam “uma só carne”, ou seja, uma unidade inseparável. Essa unidade não se limita à união física entre o homem e a mulher, mas consiste em uma unidade espiritual, uma unidade emocional e uma comunhão física. Afinal, o ser humano também é composto de espírito, alma e corpo (1 Tessalonicenses 5:23). 


Quando um homem e uma mulher se conhecem, no início deve haver uma unidade espiritual. Eles se conhecem, conversam muito e trocam ideias. Assim, também reconhecem a posição espiritual do outro, como é a sua vida de fé. 


Em seguida — geralmente já no período de noivado — começa a unidade emocional. O homem e a mulher crescem juntos interiormente, tornam-se uma unidade também em termos emocionais e aprendem a compreender os sentimentos um do outro, a lidar com eles e a ajudar-se e apoiar-se mutuamente. 


O coroamento do “tornar-se uma só carne” é a união física. Com o casamento, os dois também se unem intimamente e podem desfrutar disso dentro do casamento. A sexualidade é um grande presente do nosso Criador para a alegria do homem e da mulher. É claro que Deus também associa a isso a ideia da procriação — mas isso não é tudo. 


“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula” (Hebreus 13: 4). 


Leitura diária da Bíblia: Isaías 62: 1 - 12; Marcos 2: 13 - 17