terça-feira, 8 de outubro de 2013

OUVINDO E ESQUECENDO


E a que caiu entre espinhos, esses são os que ouviram e, indo por diante, são sufocados com os cuidados e riquezas e deleites da vida, e não dão fruto com perfeição
(Lucas 8:14).

OUVINDO E ESQUECENDO

O historiador grego Estrabão certa vez contou a seguinte história. Um músico, que se considerava muito talentoso, sempre tocava no mercado e encantava as pessoas com seus belos acordes.
Um dia lá estava ele novamente tocando na crença de que fascinava sua audiência, quando, de repente, um sino começou a tocar e todos os seus admiradores desapareceram, prosseguindo cada qual com seus negócios. Restou apenas um, e o músico o elogiou por não ser tão avarento quanto os demais. O homem falou ao artista: “Eu escuto com dificuldade. Você disse que o sino tocou?” – “Sim”, respondeu o músico. “Então tenho de ir, ou vai ficar muito tarde.” E lá se foi ele também.
Escutar com interesse e depois ir embora é algo que acontece com frequência quando o evangelho de Jesus Cristo é pregado. Ouvir falar do amor de Deus é atrativo. As pessoas ficam impressionadas ao escutar como o Senhor Jesus se preocupou com os outros e, por fim, sacrificou Sua vida por eles. Mas quando o “sino” toca, o que acabaram de ouvir é soterrado pelos “cuidados, riquezas e deleites da vida”, coisas que chamam 100% a atenção dos humanos.
E assim os espinhos sufocam a semente da Palavra de Deus que foi lançada. Sendo sufocada, a Palavra, que é “viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus 4:12), não tem condições de liberar todo o poder de vida que contém.
Por isso, muitos passam a vida inteira escutando a mesma mensagem, “aprendem sempre e jamais podem chegar ao conhecimento da verdade” (2 Timóteo 3:7). Nunca nascem de novo, não experimentam nenhuma transformação gerada pela vida de Deus dentro deles, podendo até ter “aparência de piedade, mas negando a eficácia dela” (2 Timóteo 3:5).

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