Ó Deus, tu és o meu Deus… a minha alma tem sede de ti… a minha alma se fartará… a minha alma te segue de perto

(Salmo 63:1, 5, 8).

BOA SAÚDE ESPIRITUAL

Para desfrutar de plena vitalidade, nosso corpo necessita de uma boa higiene, ar e água puros, alimentos adequados, sem os quais nossa saúde se degeneraria. Desde que nasce, o bebê clama pelo leite materno que assegura seu desenvolvimento rápido nos primeiros meses de vida. Além disso, precisa de cuidado e limpeza diários.

O mesmo ocorre na esfera espiritual. A alma do crente nascido de novo “respira”. Mediante a oração troca com seu Deus comunicações tão necessárias como é o oxigênio para o corpo. E tem de se alimentar, porque o Senhor Jesus disse: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4). Ninguém come apenas uma vez por semana, pois logo ficaria doente. Da mesma maneira, para um bom crescimento espiritual é preciso ler a Palavra de Deus diariamente.

Recebemos a salvação da alma no momento em que cremos em Cristo (1 Pedro 1:9). Sabemos com toda convicção que somos salvos, mas se cometermos pecado temos de confessá-lo ao Senhor, que “é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9). Assim sua alma é “purificada” de toda impureza, de tudo o que é incompatível com o pensamento do Senhor. Então a comunhão com Deus é restabelecida e o desenvolvimento espiritual continua normalmente.

E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze… E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi; e beijou-o. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste?

(Mateus 26:47-50).

PARA QUE SE CUMPRISSE A PALAVRA

Que grande tristeza houve no coração do Senhor quando Judas veio com uma turba para prendê-Lo. Quão terrível a traição e o ódio do coração humano se mostraram naquele cenário iluminado pelas tochas! No entanto, aquela multidão era apenas a linha de frente, pois manipulando aqueles homens havia um exército das trevas, esperando para esmagá-Lo. Mas como o Senhor enfrentou essa crise? Ele poderia ter escapado, pois somente duas palavras Suas seriam suficientes para reduzi-los a pó. Mas o Senhor Jesus não usou Seu poder divino para salvar a Si mesmo, pois se tivesse feito isso, perderia Seus amados. Sob condições adequadas, talvez Seus discípulos se arriscassem a lutar contra a multidão. Mas o Senhor não permitiria. E, além disso, o que os Seus poderiam fazer contra todos os seres que estavam por trás daquelas pessoas? O Senhor Jesus viu toda a malignidade de Satanás, o lobo se preparando para devorar as ovelhas, e a justa espada que se levantava contra os pecados de Seu povo, e disse: “Deixai ir estes; para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos que me deste, nenhum deles perdi” (João 18:8-9).

Ele tinha de suportar tudo sozinho. Ele teria de sorver todo o cálice e o faria pelos Seus. Ele os protegeu do sofrimento, Se colocou entre eles e o inimigo implacável; os substituiu no julgamento, e Se sacrificou por eles. Esse era o único caminho, e Seu amor o conduziu a percorrê-lo, para que pudesse manter todos os que o Pai lhe dera. E quem são estes? São os que “não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1:13).

2 Samuel 18:1-18

A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda

(Provérbios 16:18).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 SAMUEL (Leia 2 Samuel 18:1-18)

A batalha está prestes a começar. Novamente ela corresponde a uma guerra civil! E o pobre rei está em uma trágica situação. Será que ele pode esperar a vitória quando isso certamente envolverá a derrota e a possível morte de um filho que seu coração jamais deixou de amar?

“Aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). Para o ímpio Absalão, chegara a hora da ”colheita”. A terrível declaração de Provérbios 30:17 se aplica a ele: “Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintãos da águia serão comidos”. A bela cabeleira, orgulho de Absalão, se tornou a sua destruição. O cruel Joabe é o instrumento pelo qual o julgamento de Deus é executado; contudo, isso não o exime de modo algum. Apesar das ordens do rei, ele não pensou duas vezes antes de cometer mais um assassinato a sangue frio.

Ao erguer um pilar em sua própria honra, Absalão não previu que outro monumento poderia ser erigido para sua própria vergonha: um monte de pedras sobre a cova onde seu corpo seria jogado (como no caso de Acã – Josué 7:26), um monte no qual cada homem jogaria uma pedra como sinal de desprezo e condenação.

Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação.

E agora por que te deténs?

(2 Coríntios 6:2; Atos 22:16).

A TOCHA DE ALEXANDRE

A História conta que cada vez que Alexandre Magno sitiava uma cidade inimiga, ele fixava diante dos portões uma enorme tocha acesa. Isso significava que toda pessoa que se fosse até onde ele estava enquanto a tocha estivesse ardendo, de dia ou de noite, teria sua vida poupada. Porém, uma vez que a tocha se apagasse, os que decidiram ficar dentro da cidade seriam mortos sem misericórdia.

O mundo está em estado de sítio; a Bíblia afirma que “o mundo está no maligno” (1 João 5:19). O Maligno, ou seja, Satanás, é o maior inimigo de Deus e dos homens; e o mundo está sob seu completo domínio, e ele tem destruído tudo e todos. Mesmo quem rejeita a palavra profética da Bíblia pressente que as coisas não podem continuar do jeito que estão. As crises da economia mundial, o consumo desenfreado dos recursos naturais, as constantes ameaças de guerra, o aquecimento global, a escalada da violência, a degradação moral… a vida hoje é um caos.

Em Sua Palavra, Deus descreveu esse quadro e anunciou o final dele: “De todo cambaleará a terra como o ébrio, e será movida e removida como a choça de noite; e a sua transgressão se agravará sobre ela, e cairá, e nunca mais se levantará’ (Isaías 24:20).

Mas a “tocha” ainda queima. O convite para nos aproximarmos do Senhor ainda está disponível. A graça ainda não cessou. Existe algo que o impede de sair ao encontro do Senhor Jesus?

Como o Pai me amou, também eu vos amei

(João 15:9).

A FORÇA MAIS PODEROSA DO UNIVERSO

Este é um dos mais surpreendentes versículos da Bíblia. Quem pode sondar os detalhes inimagináveis do amor que habita no coração do Pai pelo Seu Filho? E, contudo, essa é a mesma medida com a qual Ele nos ama. Nada é mais profundamente misterioso que a comunhão eterna do Pai com o Filho. As Escrituras nos dão apenas revelações indistintas sobre tal assunto, pois nossa capacidade humana de compreensão é inútil.

Sabemos que os sentimentos humanos são aprofundados e intensificados por anos de comunhão contínua. Se é assim na esfera humana, como será na celestial? O amor divino não é interesseiro, superficial, vacilante, mas puro, constante, sem sombra de variação. Quando não havia nem tempo nem criação, o amor de Cristo por nós já existia! O profeta Sofonias afirma: “O SENHOR teu Deus, o poderoso, está no meio de ti, ele salvará; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo” (Sofonias 3:17).

Em outro lugar, o Senhor Jesus declara: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la” (João 10:17). Pense bem, Deus não precisava do amor fraco de Suas criaturas para acrescentar mais glória à Sua glória, ou para obter mais honra na terra. Absolutamente não! Mas Ele nos amou com tamanha intensidade que entregou Seu Filho por nós.

A expressão “Deus é amor” (1 João 4:16) não é uma mera qualidade abstrata do amor divino. A Bíblia diz que “Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós” (1 João 3:16). Como são miseráveis todas as nossas mais sublimes expressões de amor comparadas às de Deus! Nosso amor é um reflexo, frio como a lua, mas o Seu amor é como o sol!

Precisamos ser batizados no amor do Pai. Precisamos ser mergulhados inteiramente na força mais poderosa do todo o universo: o amor de Deus!

Até no riso terá dor o coração, e o fim da alegria é tristeza.

Eis que os meus servos cantarão por terem o seu coração alegre

(Provérbios 14:13; Isaías 65:14).

VOCÊ É FELIZ?

Conta-se que certa vez Emanuel de Astier, jornalista e político francês, foi recebido pelo general De Gaulle, presidente da França de 1959 a 1969. Depois de uma cordial entrevista, o jornalista perguntou de supetão: - Meu general, o senhor é feliz? A resposta veio de imediato: - De Astier, você está louco?… você sabe muito bem que felicidade não existe!

Será que é verdade que felicidade não existe? Nem sequer para os que têm a fama e a glória? Ou será que é somente uma promessa das religiões para um futuro incerto e nebuloso? Então, como dizia um escritor, “somos só pobres humanos que aguardam a felicidade”.

Não é isso o que a Palavra de Deus afirma. Há muito tempo já ficou comprovado que o homem é um ser profundamente infeliz: mesmo quando procurar esquecer sua condição por todos os meios, até seus risos dizem o contrário. Deus sabe que ninguém pode ser feliz sem estar em paz com Ele, e por isso quer nos dar essa paz. Deus declara que a felicidade é possível somente nEle. O Senhor não faz desaparecer os nossos problemas, mas Se revela a nós como o Deus de amor, no qual há abundância de tudo o que precisamos para sermos plenos.

“A alegria do SENHOR é a vossa força” (Neemias 8:10).

O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados

(Isaías 53:5).

PAZ E CURA POSSÍVEIS

Possivelmente haja entre nossos leitores pessoas que têm consciência de seus pecados e do estado de perdição em que se encontram diante de Deus. É um terrível choque quando nos deparamos com nossa própria depravação!

Você gostaria de parar de pecar, de começar uma nova vida sob a direção de Deus, de deixar para trás o tormento da culpa. Mas não consegue. E talvez venha até se questionando: Se Deus é santo e tem de punir o pecado, como Ele pode simplesmente perdoá-lo? Será que Ele não vai em algum momento lançar seus pecados no seu rosto novamente? E será que o perdão de Deus é real mesmo?

A Bíblia, a Palavra de Deus, que é absolutamente confiável, tem uma mensagem consoladora: Jesus Cristo enfrentou o julgamento como nosso Substituto. Ele pagou a nossa dívida de culpa, a qual estava além de toda possibilidade de pagamento. Ele foi punido em nosso lugar, suportou o julgamento que nós merecíamos, para que eu e você pudéssemos viver curados e em paz, como o versículo acima declara.

Você admitiu sua culpa e já a confessou diante de Deus. Agora Deus lhe convoca a crer no Senhor Jesus e em Sua obra de redenção. A Palavra de Deus afirma que “todos os que nele creem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome” (Atos 10:43).

Isso não é algo que se sente, mas que se crê e se aceita pela fé, porque foi Deus quem disse. E você pode confiar em Sua Palavra. E quem é perdoado é livre!

E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo

(Apocalipse 20:15).

INDO PARA O INFERNO VOLUNTARIAMENTE

Um grupo de pessoas estava reunido em um castelo da Escócia ao redor de uma grande lareira. Durante a conversa alguém mencionou o cristianismo. Um senhor elegante disse à dona da casa:

- Pelo que acaba de dizer, suponho que você é cristã. Você crê realmente no que a Bíblia diz?

- Sim.

- E também crê que os mortos ressuscitarão?

- Sim.

- E que os que não se encontraram inscritos no livro da vida irão para o inferno?

- Sim.

Então o homem cruzou o salão até o canto onde havia a gaiola de um pássaro. Ele o tirou de dentro dela, se aproximou da lareira e fez menção de atirar o pobre animal no fogo. Assustada, a senhora pegou o braço do homem, exclamando: “O que você está fazendo?!” O homem riu: “Você tem pena desse animalzinho, mas o seu Deus não tem pena de lançar milhões de pessoas no inferno. E ainda afirma que é um Deus de amor!”

A senhora replicou: “Você está errado! Deus não lança ninguém no inferno. Nós, seres humanos, entramos por livre vontade no inferno. Deus quer que o conheçamos e sejamos salvos”.

O Senhor Jesus oferece uma salvação que vai muito além de simplesmente nos livrar do inferno. O Senhor Jesus nos tira da prisão do pecado, como aquele homem tirou o pássaro da gaiola, para que aprendamos com Ele a voar em direção ao Pai, para que vivamos com Ele todos os dias, para que Ele seja o Senhor de nossa vida e, quando morrermos, O vejamos como Ele é. Recebendo essa “tão grande salvação”, ou seja, conhecendo o Senhor Jesus intimamente, o medo de ir para o inferno deixa de existir por completo.

Porém, rejeitando essa salvação, o inferno passa a ser o destino eterno de pessoas que, por vontade própria, decidiram ignorar Deus e Seu amor. Deus decretou que há lugar perto dEle, o céu, e há um lugar longe dEle, o inferno. Tal decisão está diante de nós todos os dias.

E conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento

(Efésios 3:19).

O AMOR DE CRISTO

Como é maravilhoso o amor de Jesus, nosso Senhor e Salvador! Nesse amor não existe mistura com nada vil, nem com egoísmo ou interesse. E também não há reservas. Ele excede nossa capacidade de entendimento, pois não há como o pensamento humano sondar seus limites ou calcular sua força. E embora não possamos compreendê-lo podemos experimentá-lo; sim, graças a Deus, podemos conhecer o amor de Cristo. E não apenas em palavras que ouvimos e logo depois são esquecidas; mas o Senhor Jesus demonstrou Seu amor em atos, que fez e faz por cada um de nós.

Temos de prestar atenção no primeiro mandamento do evangelho de João: “Eis o Cordeiro de Deus”. Em outras palavras, “Observem o Cordeiro que Deus enviou ao mundo”. Observem Sua santidade, Seu amor, Sua bondade, Seu desejo de Se relacionar conosco. Observem-No com adoração pelo que já discernimos através dos ensinos do Espírito Santo, e com expectativas, pois Ele irá nos mostrar glórias ainda maiores, não há como deixar de sermos surpreendidos pela Pessoa de Cristo. Quanto mais conhecemos o amor do Senhor Jesus, mais incompreensível ele se torna; quanto mais meditamos sobre o que esse amor realizou, mais maravilhados ficamos com sua sabedoria e profundidade. Não é um amor cego que desconhece nossas falhas; ao contrário, desde o começo Ele sabe tudo sobre seus amados, pois o Senhor é onisciente. E sabia também o caminho de sofrimento pelo qual deveria passar para conquistar nosso coração. É um amor que não pode ser desapontado nem frustrado, e quando grandes provas chegam, tal amor não foge e nem diminui. E nem muda, porque foi completamente testado.

2 Samuel 17:15-29

Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens

 (Colossenses 3:23).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 SAMUEL (Leia 2 Samuel 17:15-29)

Os Salmos 3 a 7 relatam essa sombria página da história de Davi. Fugir de Saul não era nada em comparação a fugir de seu próprio filho rebelde.

Mas se o coração dele está despedaçado, sua submissão e confiança permanecem inabaláveis. Observe estas belas palavras: “Porém tu, SENHOR, és o meu escudo”. Enquanto Aitofel propõe uma emboscada para cair sobre o rei à noite, “enquanto está cansado e frouxo de mãos”, e espantá-lo (v. 2), o que ouvimos Davi declarar? “Deito-me e pego no sono; acordo, porque o SENHOR me sustenta. Não tenho medo de milhares do povo que tomam posição contra mim de todos os lados” (Salmo 3:3, 5-6).

Observe a devoção dos que permaneceram fiéis a Davi. Primeiro havia esses dois jovens, Aimaás e Jônatas, cujas pernas e disposição imediata foram úteis ao serviço do rei.

Isso nos ensina a não perdermos a oportunidade de ajudar aqueles que nos rodeiam sempre que pudermos. Indiretamente, esse serviço é para o “Rei”. No final deste capítulo, encontramos mais exemplos de diversas atividades para o Senhor e o Seu povo: a procura pelo bem-estar e conforto dos que estão cansados, a demonstração de hospitalidade…

Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor.

Ele [Jesus] participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão

(Colossenses 1:13; Hebreus 2:14-15).

LIBERTADO (2)

Depois de uma tentativa de suicídio, Buba se converteu ao Senhor. E começou a se questionar se Deus podia usá-lo, um homem cego, em Sua obra.

Buba não foi curado, e supôs que essa era a vontade de Deus para ele. Mas isso não o impediu de ser um homem que transbordava de alegria, e de ser ativo para seu Mestre. Muitos aldeões conheceram o Senhor por meio de seu testemunho. E uma mudança na vida social se tornou visível: os campos passaram a ser cultivados corretamente; as casas e espaços comunitários receberam cuidados que nunca tiveram antes; os habitantes daquele local começaram a se comportar de forma diferente. Os fetiches foram destruídos.

Certo dia se ouviram prantos na aldeia. Uma jovem mulher acabara de morrer durante o parto e iam enterrá-la. Segundo a tradição do lugar, o bebê recém-nascido deveria ser enterrado vivo junto com a mãe. Indignado com tal ideia, Buba decidiu cuidar do menino.

Foi o início do que mais tarde se tornaria um orfanato. Ali as crianças eram bem alimentadas, felizes e aprendiam sobre o verdadeiro Deus e Seu Filho, Jesus Cristo. A atmosfera espiritual da aldeia era agradável graças àquele cego que conhecia o Deus da paz.

Do mesmo modo, Deus quer que todos sejam libertados de seus temores, que O conheçam como único e verdadeiro Deus, que experimentem uma vida plena nEle, e que sejam úteis, apesar das dificuldades e limitações que possam ter.

Do SENHOR vem a salvação.

Todo aquele que comete pecado é servo do pecado… Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres

(Jonas 2:9; João 8:34-36).

LIBERTADO (1)

Buba nasceu em uma aldeia africana. Formado durante longos anos em uma escola religiosa, ele se tornou chefe de sua aldeia. Era conhecido por seu caráter violento e ódio contra os cristãos. Como muitos de seus conterrâneos, tinha medo dos espíritos, pois acreditava que cada infortúnio era consequência da raiva dos seres espirituais. Por isso, muito esforço e dinheiro era necessário para apaziguá-los. Era obrigatório consultar os feiticeiros e obedecer a eles… uma verdadeira escravidão.

Porém, um dia algo aconteceu. De repente tudo escureceu ao seu redor; ele perdeu a visão. Desesperado, consultou todos os religiosos e curandeiros que conhecia, mas nem a magia nem a religião puderam ajudá-lo. Não havia o menor sinal de cura nem de melhora. Quanto mais suplicava e se debatia nas trevas, mais triste sua situação moral ficava. Tudo era escuridão! Depois de muitos meses de cegueira resolveu dar fim à sua vida. Mas não obteve êxito. Desorientado e abalado, começou a se fazer as perguntas que realmente importam: Deus existe? Quem Ele é? Será que pode me curar?

Buba pediu que outra pessoa lesse a Bíblia para ele, e assim encontrou Jesus Cristo, o Senhor, o Deus todo-poderoso, que nos livra do medo do diabo e da morte. Buba entregou seu coração ao Senhor Jesus. Que transformação ocorreu! Mas continuou cego…

(continua)

Porque eu sei que o meu Redentor vive

(Jó 19:25).

FANNY CROSBY

Fanny Crosby (1820-1915) é um das mais famosas compositoras de hinos cristãos. O grande número deles, quase nove mil hinos e poemas!, testifica sua profunda fé em Jesus Cristo e a alegria que ela possuía nEle. Muitos foram traduzidos e são cantados em outras línguas até hoje.

O primeiro ano de sua vida foi marcado por dois fatos que tiveram repercussão duradoura para ela. Aos seis meses, Fanny ficou cega; e logo depois seu pai morreu. Enquanto a mãe cuidava da sobrevivência da família, sua avó cuidava dela. E foi com a avó que Fanny aprendeu a confiar no amor de Deus e a lançar cada preocupação sobre Ele, assim como uma criança faz com seu pai. Por alguns anos orou para que tivesse a possibilidade de frequentar a escola.

Com quinze anos, Fanny foi admitida ao recém-fundado Instituto para Cegos de Nova Iorque, onde aprendeu o braile. Após oito anos de estudo, permaneceu no Instituto como professora por mais quinze anos.

Aos trinta anos de idade, ela passou por um período de terríveis dúvidas e falta de paz com Deus. Depois de uma reunião de pregação do evangelho, Fanny rendeu sua vida ao Senhor Jesus Cristo e recebeu a segurança da salvação. Fanny Crosby jamais foi curada, morreu sem saber como era a criação do Deus que tanto amava. Jamais viu o rosto de seu marido ou do filho, que perdeu ainda pequeno. Mas tomou uma decisão aos oito anos que a caracterizou até o fim da vida: ser conhecida pela alegria, cuja fonte era o Senhor Jesus. E sua alegria fica evidente na estrofe de um dos seus famosos hinos:

Que segurança! Sou de Jesus!
Eu já desfruto as bençãos da luz.
Sou por Jesus herdeiro de Deus;
ele me leva à glória dos céus.

Canta Minha alma! Canta ao Senhor!
Rende-lhe sempre ardente louvor!

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus,mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus

(Mateus 7:21).

ISCAS

Todo pescador experiente sabe que cada espécie de peixe tem preferência por uma isca diferente. Há peixes que gostam de minhocas ou pasta; outros, de insetos; enquanto para alguns apenas um pedaço de metal brilhante é o suficiente.

Satanás, o grande sedutor da humanidade, também tem iscas adequadas para cada indivíduo. Ele conhece nosso coração melhor que nós mesmos. Enganou Eva questionando o que Deus falara: “É assim que Deus disse…?” E tentou Judas Iscariotes com trinta moedas de prata.

Quando Satanás percebe a necessidade religiosa e as inibições morais de alguém obviamente não vai tentá-lo com pecados grosseiros ou prazeres fúteis, mas irá fazer com que tal pessoa caia no orgulho e na justiça própria por cumprir as regras religiosas e praticar boas obras.

Ele procura impedir a qualquer custo que nossa consciência desperte. Tenta nos distrair para que não pensemos sobre a Pessoa de Deus e Seus caminhos. Criticas sobre a Bíblia, materialismo, moralidade, ou mesmo formas externas de religião são as iscas mais bem-sucedidas do inimigo.

Talvez o maior perigo seja a mera forma religiosa sem a vida de Deus. Muitas pessoas acham que têm fé e se consideram aptas para o céu, sem nem conhecerem o Senhor Jesus, o qual expressamente declarou: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6). Satanás oferece incontáveis alternativas nas centenas de religiões que existem. O arsenal de iscas diabólicas é enorme, mas a vitória que o Senhor Jesus conquistou na cruz nos liberta de toda artimanha do inimigo.

“Para isto o Filho de Deus se manifestou: para desfazer as obras do diabo” (1 João 3:8).

Lança o teu cuidado sobre o SENHOR, e ele te susterá; não permitirá jamais que o justo seja abalado.

Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo

(Salmo 55:22; Gálatas 6:2).

QUAL É A MINHA CARGA?

Em seu livro alegórico “O Peregrino”, John Bunyan descreve como o homem carregado com o esmagador peso de seus pecados é libertado. Tal libertação ocorre somente na cruz do Calvário, quando pela fé o peregrino contempla o Senhor Jesus, que morreu por ele e o salvou completamente. Essa foi e tem sido a experiência de milhões de pessoas ao longo dos séculos. Elas experimentaram no Senhor Jesus a libertação da culpa, do pecado e da morte.

Nós, que cremos nEle, também às vezes nos sentimos oprimidos por cargas pesadas. Mas não é o peso de nossos pecados, e sim de nossas preocupações. Nosso Deus “misericordioso e piedoso” (Salmo 103:8) nos chama para que as deixemos aos Seus pés, mas custa muito nos separarmos delas. Também ficamos sobrecarregados quando não conseguimos perdoar as feridas e danos que outros nos causaram… ou as que temos causado. Temos de reconhecer diante dEle os pecados que prejudicam nosso caminhar e nossos relacionamentos. E temos que perdoar e liberar as pessoas.

Existem cargas que temos de abandonar o mais rápido possível: ciúmes, medos, ansiedade. Porém há um tipo de carga que devemos ajudar a levar: as dificuldades e lutas de nossos irmãos e irmãs em Cristo. E esta carga é colocada sobre nós pelo próprio Espírito Santo.

E ainda hoje o Senhor Jesus nos diz: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11:28).

Eis aqui venho; no rolo do livro de mim está escrito. Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração. Preguei a justiça na grande congregação; eis que não retive os meus lábios, SENHOR, tu o sabes. Não escondi a tua justiça dentro do meu coração; apregoei a tua fidelidade e a tua salvação. Não escondi da grande congregação a tua benignidade e a tua verdade

(Salmo 40:7-10).

UMA OBRA INACREDITÁVEL!

Quem foi o Homem que falou essas palavras? O que queria dizer com isso? Foi ninguém mais que o próprio Jesus Cristo, o Filho de Deus que desceu dos céus para fazer a vontade de Seu Deus e Pai.

Cada momento dos 33 anos que passou aqui, cada palavra que disse, cada passo que deu foram dedicados exclusivamente para fazer a vontade de Seu Pai celestial. Nenhuma oposição dos pecadores, nenhuma tentação de Satanás conseguiu afastá-Lo do caminho da obediência absoluta.

No jardim do Getsêmani Ele enfrentou uma concentração das forças do inferno. No sinédrio enfrentou o ódio implacável dos homens, a quem havia servido com tanto amor. Por fim, seguiu voluntária e obedientemente para a cruz, exclamando: “Não beberei eu o cálice que o Pai me deu?” (João 18:11).

Jamais as hostes celestes viram algo assim tão inacreditável! O Filho de Deus nos amou a tal ponto de Se esvaziar de tudo o que era com o objetivo de nos resgatar para Si mesmo. Deus Pai deseja que nos maravilhemos diante de tal obra de amor. Pensar somente em nossa própria redenção é subestimar o valor dela. A obra do Senhor Jesus deixa os anjos sem palavras. E nós, como reagimos a ela?

2 Samuel 17:1-14

Assim o SENHOR o ordenara… para que o SENHOR trouxesse o mal sobre Absalão

(2 Samuel 17:14).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 SAMUEL (Leia 2 Samuel 17:1-14)

Husai foi enviado de volta a Jerusalém para derrotar o conselho que Aitofel deu a Absalão. E Deus, em resposta à oração do rei (15:31), intervém para fazer essa estratégia dar certo. Parece que Ele não mais poderia dar Sua bênção a uma conduta como esta nos dias de hoje, pois a vinda do Senhor Jesus abriu-nos uma dimensão completamente nova da verdade e justiça de Deus.

O conselho de Husai permitiu que Davi fosse informado a tempo, atravessasse o rio e preparasse sua defesa.

Todos esses eventos têm um significado profético. Eles nos falam de um tempo no qual certo número de fiéis em Israel, um “remanescente”, será perseguido e forçado a fugir por causa dos inimigos de Cristo. Estes últimos, o rei e o falso profeta (ou anticristo), prefigurado por Absalão e seu conselheiro Aitofel, farão guerra contra o pobre remanescente cuja aflição os salmos nos permitem entender. Porém, após uma breve perseguição, os dois cúmplices terão um fim terrível e repentino: o rei (também chamado de “Besta”) e o falso profeta serão os primeiros homens a serem jogados vivos no lago de fogo, que é a segunda morte (Apocalipse 19:20).

Vivo eu, diz o Senhor Deus.

Eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele dia

(Ezequiel 33:11; 2 Timóteo 1:12).

VOLTAREI A VÊ-LO NO CÉU?

O médico chegou à casa de um comerciante, cujo único filho estava prestes a morrer de uma enfermidade incurável. Entrou no quarto silencioso onde os pais observavam em muda angústia os momentos finais do filho. Logo depois, o doente abriu os olhos e, com um sorriso tranquilo no rosto, estendeu a mão para o médico e perguntou: - Adeus, doutor, voltarei a vê-lo no céu?

Essas palavras atravessaram o médico como uma flecha. Pela primeira vez na vida entendeu que ser cristão não é ser religioso, nem cumprir regras, mas ter uma convicção que nem a morte pode abalar. Continuou em pé observando em silêncio o rosto do jovem, iluminado por um sorriso que jamais vira igual. Após um gemido, o rapaz se reuniu ao seu Salvador. Durante as semanas seguintes, uma terrível luta foi travada na mente do doutor. O olhar daquele jovem não saía de sua cabeça e o levou a compreender que o Senhor Jesus estava vivo e era poderoso.

As pessoas podem sustentar muitas teorias religiosas, e até mesmo excluir Deus de suas vidas. Porém, face a face com a morte tudo muda. Apenas o que é verdade fica, pois a morte não aceita pretextos. Se a fé em Deus for apenas uma ilusão, ela não resistirá a esse confronto.

Jesus Cristo não veio somente para nos ajudar a encarar a morte. Ele veio para ser Senhor de nossa vida e o Destino de nossa morte!

Segue-me tu

(João 21:22).

UMA ORDEM BEM SIMPLES

Às vezes nos preocupamos com os outros e com a opinião deles como meio de nos justificar. Mas a direção do Senhor para Pedro era bastante simples e direta – apenas três palavras simples que até uma pequena criança consegue entender.

Segue – como somos prontos a nos distanciarmos e nos desviarmos em nossos próprios conceitos; mas precisamos seguir ao Senhor, no ritmo do Senhor, e não seguir adiante apressadamente.

Me – é ao Senhor que temos de seguir, e não às emoções, desejos, outras pessoas, movimentos populares, um ensino ou doutrina particular. Temos de seguir a Ele.

Tu – isso é muito pessoal. O Senhor estava comunicando a Pedro: “Não se preocupe com João. Estou falando com você, você, Pedro. Me siga você”. Como esta simples lição é importante! Quando o Senhor vier, eu, você, cada um de nós prestará contas individualmente pelos próprios atos – não pelos dos outros, mesmo que tenhamos sido afetados em qualquer medida por eles. Portanto, eu tenho que colocar o meu coração constantemente sob a luz da presença do Senhor, para que Ele me sonde (Salmo 139:23).

 Eu posso até me questionar sobre a forma com que Deus abençoa um grupo de crentes, mesmo que as práticas ou doutrinas deles não estejam totalmente de acordo com a Bíblia; mas isso não é da minha conta. “Segue-me tu” é a ordem de Deus para mim. Posso também olhar para o “fraco” e pequeno grupo de irmãos com os quais me reúno, e quando o comparo a outros grupos, para não me desviar do propósito de Deus, preciso relembrar o que o Senhor falou, “Segue-me tu”, e obedecer.

Posso perceber irmãos eu irmãs que amam o Senhor, que recebem Suas bênçãos, mas que ensinam doutrinas que não são corretas, ou que estão andando em uma direção contrária ao entendimento que tenho sobre a Palavra. Embora também os ame, o que eu tenho de fazer é obedecer à ordem do Senhor: “Segue-me tu”.

Sim, temos de nos preocupar com nossos irmãos e irmãs em Cristo, ajudando-os em suas fraquezas e quedas. Temos de encorajar e fortalecer uns aos outros. Esse é o amor cristão normal. Mas temos de fazer isso sem nos desviarmos da simples instrução do Senhor Jesus: “Segue-me tu”.

Ora, se se prega que Cristo ressuscitou dos mortos, como dizem alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos?

Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?

(1 Coríntios 15:12 e 35).

A RESSURREIÇÃO

Certa vez, um estudante perguntou ao famoso físico Isaac Newton (1642-1727) como o corpo humano, reduzido ao pó depois da morte, poderia ser reconstituído no momento da ressurreição. Silenciosamente, o cientista misturou um punhado de limalha de ferro com areia e pediu ao aluno que separasse os dois componentes. Como o aluno não soube o que fazer, Newton passou um imã sobre a mistura, o qual atraiu as partículas de ferro. Então ele perguntou:

- Aquele que dá força a este ferro, será que também não tem poder sobre nossos corpos?

O maior incrédulo do mundo não tem o poder de impedir que o imã atraia o ferro, como também não terá qualquer ingerência sobre a ressurreição dos mortos quando Deus determinar que aconteça. O fato de não compreendermos isso deveria nos estimular a sermos humildes, e não céticos! Quantos mistérios ainda não esclarecidos há no universo, mas que são muitos reais. Há pouco tempo não se cogitava descobrir a identidade de alguém pelo DNA, e agora isso é um meio de investigação corriqueiro e irrefutável. Talvez a ideia da ressurreição assuste os que não conhecem a Deus, no entanto para Seus filhos é algo natural. Estes esperam com alegria o maravilhoso dia em que ouvirão a voz do Senhor chamar a todos os que Lhe pertencem, quer estejam vivos ou mortos.

Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor

(Apocalipse 14:13).

O NAVIO DE JACÓ

Hoje enterramos Jacó, um homem de enormes pés, corpo pesado, muitas tatuagens, uma grande e feia boca, mas com um coração pequeno e fraco.

Conhecemos Jacó anos atrás, quando a nossa porta se abriu e ele entrou para assistir nosso estudo bíblico. Na semana seguinte o visitei em seu apartamento. Sua mobília consistia em uma cama, uma mesa e uma cadeira. Jacó sentou-se na cama e me ofereceu a cadeira. E me contou sobre sua vida de marinheiro, suas aventuras em portos estrangeiros, brigas e prisões. Também falou sobre sua família, que tinha vergonha dele.

Ocasionalmente nos visitava, e às vezes se afastava por meses. Certo dia alguém do hospital nos telefonou informando que o internaram devido a um ataque do coração. Quando segurei sua enorme mão, lágrimas brotaram de seus olhos: “Acho que este será meu último ancoradouro”. Mais tarde, perguntei: “Jacó, suponha que esse é mesmo seu último ancoradouro, será que o navio da sua vida irá atracar no porto certo?”. Ele balançou a cabeça: “Minha vida não foi boa o suficiente para entrar lá”. Tentei explicar que não são as nossas boas obras, mas somente a obra do Senhor Jesus que garante a entrada no céu. Ele morreu para ser “o caminho” que nos conduz a Deus (João 14:6).

Pouco antes de sua morte, Jacó me disse: “Agora tudo está em ordem. O Senhor Jesus entrou na minha vida”. E finalmente o Capitão levou seu navio que partiu para “o porto desejado” (Salmo 107:30).

Quem é o homem que deseja a vida, que quer largos dias para ver o bem?

E a vida eterna é esta: que conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste

(Salmo 34:12; João 17:3).

O QUE É VIVER?

Em geral, o ser humano ama a vida e quer melhorar sua situação, mesmo quando tem de enfrentar situações difíceis desde o nascimento. De fato, cada pessoa estabelece um objetivo na vida, buscando satisfação e completo desenvolvimento do seu ser.

As motivações que geram essas atividades são as mais diversas: luta pela sobrevivência, condições de vida mais fáceis, fascínio pelo dinheiro, pelo poder, avareza, cobiça… Muitos têm como ideal o bem-estar social, a paz entre os povos, a cura da alma e do corpo, etc.

Porém, sentir um real prazer em realizar o que é bom e correto e buscar imitar Jesus Cristo não são provas de que conhecemos a verdadeira vida, cuja fonte é Deus. Todo ser humano necessita beber dela para receber a vida que somente Deus concede e que supera este horizonte terreno, por mais vasto que seja. Ela nos preenche com o mesmo tipo de vida que está no próprio Deus, o Criador de tudo, a mesma vida que havia no Senhor Jesus. Pense nisso por um instante. Nós, seres fracos e mortais, podemos receber a vida do próprio Deus, que é completamente diferente da que recebemos ao sermos concebidos! Isso é absolutamente fantástico!

Mas tal concessão vem unicamente por meio do conhecimento de Deus e de Jesus Cristo, Seu Filho.

Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis

(João 13:34).

AMAR: O NOVO MANDAMENTO

Na noite de sua traição, o Senhor Jesus deu aos Seus discípulos um novo mandamento. O mundo daquele período não era diferente do que é hoje. Os sumos sacerdotes e anciãos procuravam todos os meios de destruí-Lo, e um dos Seus discípulos concordou em vendê-Lo. O mundo era assim, cheio de ódio e egoísmo. O mundo de hoje também expressa o ódio e egoísmo de muitas formas cruéis.

É nesse cenário que o Senhor dá o novo mandamento, tanto para os discípulos quanto para nós. E é um mandamento, não uma sugestão ou opinião. Todos os que são Seus discípulos recebem esse privilégio e responsabilidade. Ele nos ama com amor eterno e duradouro. Ser um objeto do amor divino é um privilégio. Nós recebemos isso de uma maneira pessoal, e respondemos a isso também individualmente.

Esse amor divino levou Maria Madalena ao túmulo muito cedo de manhã. Também levou Maria de Betânia a ungir o Senhor com um perfume muito caro e enxugar Seus pés com o cabelo. Levou João a reclinar a cabeça sobre o peito do Senhor, Pedro a cair aos Seus pés, e os Doze discípulos a abandonar tudo e a segui-Lo. Esse amor quebrou o orgulho religioso do coração de Saulo de Tarso e o tornou o maior expoente das virtudes desse amor, que ele resumiu assim: “o Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2:20). Será que esse amor fez alguma coisa por você? Certamente que sim. Mas o que esse amor tem feito em você?

Não há nada comparável a tal amor. “Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (João 15:13-14). E Ele ordena que todos os que recebem Seu amor amem uns aos outros com o mesmo tipo de amor.

2 Samuel 16:5-19

E, chegando o rei Davi a Baurim, eis que dali saiu… Simei, filho de Gera; e, saindo, ia amaldiçoando

(2 Samuel 16:5).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 2 SAMUEL (Leia 2 Samuel 16:5-19)

Enquanto Davi está seguindo seu caminho de dor e rejeição, um benjamita chamado Simei aproveita covardemente a situação para jogar pedras nele e o insultar. Contra o Senhor Jesus não havia somente um acusador, mas uma matilha inteira de “cães” (Salmo 22:16) que se reuniu em torno da cruz e se aproveitou de Sua humilhação para dEle zombar. O Senhor Jesus não apenas não revidou, mas Se voltou mais uma vez para Seu Deus (Salmo 22:9). E, em uma escala menor, foi o que Davi fez quando enfrentou essas injustas acusações. Ele clamou Àquele que conhecia a verdade (Salmo 7:1-4). Além disso, ele recebeu essa nova provação como vinda das mãos divinas e aceitou a maldição como algo que Deus julgava necessário. Davi repreendeu Abisai, cujo intenso desejo por vingança se tornara evidente (v. 9 e 1 Samuel 26:8). Foi assim também que nosso Salvador agiu quando, no mesmo jardim, disse a Pedro: “Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?” (João 18:11).

Deus, nosso Salvador… quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.

Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram?

(1 Timóteo 2:3-4; Romanos 10:14).

NÃO DEIXE PASSAR A OPORTUNIDADE

Um casal de espanhóis se mudou para a minha cidade natal, que ficava no interior da França. O marido trabalhava no campo, e a mulher, Carmem, era costureira. Conversávamos muito enquanto ela me ajudava a consertar as roupas das crianças, apesar de minha dificuldade com o espanhol. Várias vezes falamos sobre Deus, mas de uma maneira vaga, e isso me incomodava. Desejava saber se Jesus era o Senhor e Salvador dela, mas sempre adiava o momento de abordar o assunto.

Um dia Carmem ficou doente. Fui vê-la com o desejo de lhe falar seriamente sobre o Senhor Jesus. Na entrada da casa, o marido me parou e disse com severidade: “Não fale nada sobre Deus, porque senão ela vai entender que está à beira da morte!” Fiquei muito triste por compreender que havia deixado passar a oportunidade e agora, no momento de sua maior necessidade, não podia mencionar nada acerca do Salvador que Carmem tanto precisava. Então continuei a visitá-la, orando fervorosamente ao Senhor por ela.

Certo dia veio um crente da Espanha visitar algumas famílias. Ele visitou Carmen e falou do Senhor. Poucos dias depois, ela morreu feliz pela certeza de que veria o Senhor Jesus, pois havia crido nEle e em Sua obra. Como fiquei agradecida pelo Senhor ter Se revelado a minha amiga Carmem!

Filhos de Deus, não deixem passar a oportunidade de falar do Senhor Jesus para aqueles que vos rodeiam!

Veio uma mulher, que trazia um vaso de alabastro, com ungüento de nardo puro, de muito preço, e quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça. E alguns houve que em si mesmos se indignaram, e disseram: Para que se fez este desperdício de ungüento? Porque podia vender-se por mais de trezentos dinheiros, e dá-lo aos pobres

(Marcos 14:3-5).

DESPERDÍCIO

Desperdício! Quanto desperdício de comida, de recursos, de roupas, de prazeres, do eu – em milhares de formas! Mas quem desperdiçou alguma coisa em Cristo? Muitos sacrificaram sua vida por Ele; gastaram suas fortunas por Ele; deram seus dois últimos centavos para Ele, quando sem qualquer problema poderiam ter dado apenas um. Será que eles desperdiçaram alguma coisa? Não, não, não! Não há nenhum desperdício no que é dado para Cristo.

Nossas posses, tempo, conforto, divertimentos legítimos estão à inteira disposição de Sua Pessoa e serviço? Cristo disse: “E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou terras, por amor do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna” (Mateus 19:29). Tudo o que temos é somente um copo de água? O Senhor diz: “Porquanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão” (Marcos 9:41).

Que oportunidade maravilhosa de investimento! E sem qualquer chance para perdas! Hoje, agora é o dia da salvação para os pecadores (2 Coríntios 6:2) e também hoje – não amanhã - é o dia do investimento espiritual. O Senhor Jesus diz: “E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse 22:12).

Não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus

(Romanos 3:10-11).

A CONTAMINAÇÃO

A contaminação é um fenômeno tão difundido que os governantes mundiais já se preocupam com ela. O ar, a água, o solo nada escapa.

Mas existe um tipo da qual não se ouve falar e que, contudo, prossegue seu trabalho insidioso: a moral. Os meios de comunicação divulgam conceitos e imagens de violência e imoralidade. Essa forma de contaminação pode parecer benigna, mas não nos enganemos! Na atualidade a contaminação moral alcança níveis inimaginados pelas gerações anteriores e tem consequências trágicas. De fato, ela banaliza o pecado e anestesia a consciência. Diante de Deus isso é pior que a degeneração do planeta que Ele nos emprestou. Na criação Deus estabeleceu um funcionamento estável que causa admiração, e além das leis naturais, também estabeleceu regras de conduta para o homem, visando o perfeito desenvolvimento da sociedade humana. Exemplo: o relacionamento amoroso do ser humano com seu Criador, a origem divina do casamento, o cuidado de uns para com os outros, etc. Porém, o que temos feito é desprezar tais coisas, rejeitando o próprio Deus. Um dia teremos de prestar contas por isso.

Há um esforço mundial no sentido de encontrar soluções para a contaminação da natureza. Mas quais são as soluções para a contaminação do coração? Deus já resolveu esse problema. A cruz de Cristo é o único remédio. Por meio desse maravilhoso sacrifício, o Senhor Jesus nos purifica e nos dá um novo coração, pois nos gera de uma semente puríssima, a Palavra de Deus (1 Pedro 1:12-23).

É impossível que Deus minta

(Hebreus 6:18).

DEUS NÃO É MENTIROSO

As pessoas sempre mentem, e alguns fazem isso descaradamente que, como diz uma expressão, “mentem que nem sentem”. Porém, há certos indivíduos que mentem de maneira tão brilhante que a verdade demora anos para aparecer, quando aparece. Quanta destruição causada por mentiras!

Quem foi vítima dessa experiência pode achar consolo no versículo acima. Deus jamais nos desaponta, porque Ele não mente nunca! Jesus Cristo, o Filho de Deus, afirmou: “Eu sou… a verdade” (João 14:6). Uma vez perguntaram ao Senhor Jesus quem Ele era, e a resposta foi: “Isso mesmo que já desde o princípio vos disse” (João 8:25).

Jesus Cristo é a verdade em Pessoa. Podemos confiar nEle plenamente. Ele declarou: “Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida” (João 5:24), e essa é uma verdade válida para todo o sempre.

Outra mentira bastante comum é a de que todos os caminhos levam a Deus. É uma mentira poderosa que têm arrasado a humanidade desde o início. Mas veja o que Aquele que é a verdade afirmou: “Eu sou o caminho… ninguém vem ao Pai, senão por mim”. “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).Jesus Cristo sacrificou Sua vida na cruz para nos salvar. É o único meio de termos acesso ao Deus vivo.

Deus não pode mentir: Ele cumpre Suas promessas e zela por Sua palavra. Infelizmente, a maioria só descobre isso do outro lado da eternidade!

O que encobre suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia

(Provérbios 28:13).

QUE ESPERTEZA!

Dois homens entraram em um elevador de um grande hotel, no qual animais não eram permitidos. Um deles usava traje de caça.

“Parece que você vai caçar”, disse o outro.

“Vou sim”, respondeu o primeiro.

“Você já tem um cachorro?”

“Claro que tenho”, respondeu o caçador. “E está aqui, neste hotel, entre eu e você. Mas não direi o truque que usei para trazê-lo. Ninguém me viu, e ninguém percebeu nada. Você vai caçar também?”

“Não, não”, respondeu o outro com um sorriso. “Não tenho tempo; sou o proprietário deste hotel.”

O caçador baixou os olhos, totalmente constrangido e envergonhado.

Não é exatamente assim que as pessoas agem diante de Deus? Elas ignoram Seus mandamentos, e imaginam que Ele não percebe. Ou dizem que Ele não existe, porque nunca O encontraram ou viram.

Mas Deus está muitíssimo vivo, e não quer que ninguém seja pego de surpresa no dia que tiverem de comparecer diante dEle. Esperteza, desculpas ou justificativas não terão lugar. Não haverá como escapar da justa sentença divina.

Deus está vivo, e ama a humanidade. E revela-Se a todos os que desejam conhecê-Lo. As maravilhas da criação não se comparam com os tesouros escondidos na Pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo, e em Sua Palavra, a Bíblia. Não podemos nos esconder de Deus. Por isso é tão importante confessar nossas transgressões e receber o perdão que Ele nos oferece em Cristo Jesus.

E Jesus, dando um grande brado, expirou. E o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo (Marcos 15: 37 - 38).

Véu rasgado. caminho aberto

O Senhor Jesus  veio ao mundo voluntariamente, por causa de Seu absoluto amor pelo Pai e pelos perdidos. Ele sacrificou sua vida também voluntariamente. Maravilhados e em adoração, olhamos para a cruz onde o principe da vida abriu mão de Sua vida, bradando em alta voz ao entregar Seu espírito nas mãos de Seu Pai. "Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la", disse acerca de sua vida (João 10: 18).
Ele saiu dessa enorme batalha como Vitorioso ao destruir aquele que tinha o poder da morte, o diabo (Hebreus 2: 14). O pecado foi expiado e o poder de Satanás, aniquilado. Que vitória indescritível!
Como Cristo glorificou a Deus e quão grande deve ter sido o regozijo no céu pelo cumprimento da obra da redenção!
Deus não hesitou em mostrar à humanidade que o caminho para Ele agora estava livre. Ele fez que o véu do templo, que até então bloqueava o acesso para o Santo dos santos, se rasgasse de alto a baixo. Foi como se o Pai dissesse: "Venham à minha presença todos os que confessaram seus pecaos e creram em Cristo. Aqui vocês podem ser adoradores na luz plena de minha presença e do Meu amor".
A raça humana revelou -- e ainda revela -- sua impiedade e hostilidade para com Deus ao rejeitar Cristo totalmente. Mas através da morte de Seu Filho, Deus também revelou Sua santidade e justiça, bem como Seu amor e graça para todos os que se aproximam dEle confessando a culpa do próprio pecado.
O véu ainda permanece rasgado. O caminho ainda permanece aberto. O Pai ainda permanece desejoso de se fazer conhecido.