E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos
doze… E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi; e beijou-o.
Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste?
(Mateus
26:47-50).
PARA QUE SE CUMPRISSE A PALAVRA
Que grande tristeza houve no coração do Senhor quando Judas veio
com uma turba para prendê-Lo. Quão terrível a traição e o ódio do coração
humano se mostraram naquele cenário iluminado pelas tochas! No entanto, aquela
multidão era apenas a linha de frente, pois manipulando aqueles homens havia um
exército das trevas, esperando para esmagá-Lo. Mas como o Senhor enfrentou essa
crise? Ele poderia ter escapado, pois somente duas palavras Suas seriam
suficientes para reduzi-los a pó. Mas o Senhor Jesus não usou Seu poder divino
para salvar a Si mesmo, pois se tivesse feito isso, perderia Seus amados. Sob
condições adequadas, talvez Seus discípulos se arriscassem a lutar contra a
multidão. Mas o Senhor não permitiria. E, além disso, o que os Seus poderiam
fazer contra todos os seres que estavam por trás daquelas pessoas? O Senhor
Jesus viu toda a malignidade de Satanás, o lobo se preparando para devorar as
ovelhas, e a justa espada que se levantava contra os pecados de Seu povo, e
disse: “Deixai ir estes; para que se cumprisse a palavra que tinha dito: Dos
que me deste, nenhum deles perdi” (João 18:8-9).
Ele tinha de suportar tudo sozinho. Ele teria de sorver todo o
cálice e o faria pelos Seus. Ele os protegeu do sofrimento, Se colocou entre
eles e o inimigo implacável; os substituiu no julgamento, e Se sacrificou por
eles. Esse era o único caminho, e Seu amor o conduziu a percorrê-lo, para que
pudesse manter todos os que o Pai lhe dera. E quem são estes? São os que “não
nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de
Deus” (João 1:13).
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