Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor
(Apocalipse
14:13).
O NAVIO DE JACÓ
Hoje enterramos Jacó, um homem de enormes pés, corpo pesado,
muitas tatuagens, uma grande e feia boca, mas com um coração pequeno e fraco.
Conhecemos Jacó anos atrás, quando a nossa porta se abriu e ele
entrou para assistir nosso estudo bíblico. Na semana seguinte o visitei em seu
apartamento. Sua mobília consistia em uma cama, uma mesa e uma cadeira. Jacó
sentou-se na cama e me ofereceu a cadeira. E me contou sobre sua vida de
marinheiro, suas aventuras em portos estrangeiros, brigas e prisões. Também
falou sobre sua família, que tinha vergonha dele.
Ocasionalmente nos visitava, e às vezes se afastava por meses.
Certo dia alguém do hospital nos telefonou informando que o internaram devido a
um ataque do coração. Quando segurei sua enorme mão, lágrimas brotaram de seus
olhos: “Acho que este será meu último ancoradouro”. Mais tarde, perguntei: “Jacó,
suponha que esse é mesmo seu último ancoradouro, será que o navio da sua vida
irá atracar no porto certo?”. Ele balançou a cabeça: “Minha vida não foi boa o
suficiente para entrar lá”. Tentei explicar que não são as nossas boas obras,
mas somente a obra do Senhor Jesus que garante a entrada no céu. Ele morreu
para ser “o caminho” que nos conduz a Deus (João
14:6).
Pouco antes de sua morte, Jacó me disse: “Agora tudo está em
ordem. O Senhor Jesus entrou na minha vida”. E finalmente o Capitão levou seu navio
que partiu para “o porto desejado” (Salmo
107:30).
Nenhum comentário:
Postar um comentário