Falou-lhes, pois, Jesus outra vez, dizendo: Eu sou a luz do
mundo
(João 8:12).
PROBLEMAS COM O QUADRO
Quem visita a catedral de São Paulo em Londres certamente não
irá deixar de notar um quadro de Holman Hunt intitulado “A Luz do Mundo”.
As cores dominantes da pintura são escuras. Uma figura de olhar
gentil representa o Filho de Deus. Ele está usando uma coroa de espinhos e em
sua mão esquerda segura uma lanterna cuja luz penetra a escuridão.
Com a mão direita parece bater em uma porta tomada por
trepadeiras, e salpicada de pregos enferrujados. Mas não há sinal de maçaneta.
Para ajudar o observador a interpretar a pintura existe um
versículo da Bíblia embaixo: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a
minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa…” (Apocalipse
3:20).
Será que a porta mencionada no versículo e retratada na pintura
é um símbolo do coração humano? O artista se esforçou para apresentar nosso
coração como ele é por natureza: cheio de sombras e impurezas, inóspito e
desagradável.
Quão desesperadora seria nossa situação se o Senhor Jesus não
tivesse vindo a este mundo! Ele bate à porta de cada coração e espera que
abramos. Portanto, entendemos a razão de não haver maçaneta na pintura. O Filho
de Deus jamais força passagem. Ele bate vez após vez, e aguarda.
Porém, há um problema com essa pintura. O Senhor Jesus não
precisa de lanterna, não usa mais coroa de espinhos e Sua luz é mais brilhante
que os olhos humanos podem suportar. Ele não está lá fora, na escuridão
esperando como um coitado. No entanto, o problema pior está no
coração humano, pois é infinitamente mais feio e nojento que a porta que o
pintor imaginou.
“A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a
luz, porque as suas obras eram más” (João 3:19).
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