E, logo que chegou, aproximou-se dele e disse-lhe: Rabi, Rabi. E beijou-o. Marcos 14: 45

O Senhor Jesus e três de seus discípulos estavam prestes a deixar o Jardim do Getsêmani. Então o traidor Judas apareceu com uma multidão armada enviada pelos líderes do povo judeu. Entre eles havia um bando de soldados com seu comandante, bem como capitães do templo, anciãos e membros da família do sumo sacerdote. O traidor conhecia os hábitos de seu mestre. Ele conhecia o Getsêmani "porque Jesus muitas vezes se ajuntava ali com os seus discípulos" (João 18: 2).

O beijo, o sinal de reconhecimento aceito, foi o cúmulo da hipocrisia. O Filho do Homem foi traído pelo "filho da perdição" com um beijo! Sem hesitar, Judas "imediatamente" se aproximou do Senhor Jesus e "beijou-o muito", ou seja, muitas vezes ou com ternura.

Agora havia chegado o momento em que os inimigos de Cristo "lançaram-lhe as mãos e o prenderam" (versículo 46). Deus permitiu que suas criaturas pecadoras levantassem as mãos contra seu servo fiel e o agarrassem como um ladrão. Agora havia chegado "esta é a vossa hora e o poder das trevas"! (Lucas 22: 53).

O Senhor recebeu seus inimigos com as seguintes palavras: "Saístes com espadas e porretes a prender-me, como a um salteador? Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram" (versículos 48, 49). Durante todo o Seu ministério, Deus manteve Sua mão sobre Ele. Mesmo quando Jesus ensinava diariamente no templo, nada havia acontecido. Mas agora havia chegado a hora. Pela terceira vez nesse capítulo, o Senhor mencionou as profecias dos profetas (veja os versículos 21 e 27; cf. 1 Pedro 1: 10 - 12). Agora, tudo o que estava escrito sobre os sofrimentos do Messias deveria ser cumprido Nele e em Sua obra (cf. Isaías 53: 7; Daniel 9: 26; Zacarias 13: 7). Como o servo perfeito, Jesus cumpriu perfeitamente Sua comissão em perfeita fidelidade à palavra de Seu Deus.

Leitura diária da Bíblia: 2 Samuel 3: 1 - 30; Colossenses 4: 7 - 18

E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo. E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe tinha dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. Lucas 22: 60, 61

O galo do vento

Todos o conhecem: o galo do vento na torre da igreja. Ele sempre gira com o vento e, portanto, indica a direção atual do vento.

O galo do vento remonta ao incidente bíblico em que Pedro nega o Senhor Jesus na noite anterior à sua morte na cruz. Após a terceira negação, o galo canta, exatamente como Jesus havia anunciado com antecedência ao seu arrogante discípulo. Podemos entender que Pedro - cercado por soldados que acabaram de capturar seu Mestre - nega sua conexão com o Senhor por medo. Quando o galo canta e o Senhor olha para ele, ele se lembra do anúncio de Jesus. Pedro percebe que falhou e chora lágrimas amargas de arrependimento. Depois que o Senhor ressuscitado o restaura e ele receber o Espírito Santo no dia de Pentecostes, vemos um Pedro completamente diferente no Livro de Atos: ele se levanta em Jerusalém como uma testemunha corajosa de Cristo - mesmo que isso signifique prisão e morte para ele.

O galo do vento envia uma mensagem silenciosa para nós: não devemos mudar nossa bandeira de acordo com o vento. Examinemos a nós mesmos cuidadosamente: não somos influenciados com demasiada facilidade pelo ambiente que nos cerca? E será que já não negamos nosso Senhor por medo de sermos rejeitados? Em vez disso, sigamos o exemplo de Pedro após sua restauração e testemunhemos corajosamente de nosso Salvador.

Leitura diária da Bíblia: 2 Samuel 2: 12 - 32; Colossenses 4: 1 - 6

Sua mãe disse aos empregados: Fazei tudo quanto ele vos disser! João 2: 5

Um casamento está acontecendo em Caná da Galileia. Jesus e seus discípulos também são convidados, assim como sua mãe, Maria. Durante a festa, o vinho acaba. Maria está obviamente muito preocupada com isso, mas também sabe quem pode resolver o problema. Então, ela diz a Jesus: "Não têm vinho". Ela dá uma dica simples a Jesus sem pedir explicitamente que Ele faça alguma coisa. Mas o Senhor deixa claro para ela que "sua hora" de agir ainda não chegou.

Maria então se volta para os servos com as palavras do nosso versículo do dia. Ela ainda está convencida de que Jesus pode e vai resolver o problema, mas será que os servos estarão dispostos a fazer o que Jesus lhes disser para fazer? Por isso, ela incentiva os servos a seguirem exatamente as instruções de Jesus.

Dessa forma, Maria nos dá um bom exemplo. Antes de tudo, devemos confiar Nele e acreditar que Ele é capaz de fazer tudo. Depois, podemos contar a Ele o problema em termos concretos e esperar para ver o que Ele fará. Por fim, em situações semelhantes, devemos também incentivar as pessoas ao nosso redor a fazer tudo o que o Senhor diz. É exatamente isso que é tão impressionante em Maria: ela concentra a atenção dos servos no Senhor e em Sua autoridade. O que quer que o Senhor lhes dissesse, eles deveriam fazer.

Esse é (não apenas) um incentivo para que as irmãs indiquem às pessoas ao seu redor o quanto é útil e importante confiar no Senhor Jesus e em sua palavra e seguir suas instruções sem reservas. Precisamos de irmãs (e irmãos) assim; elas podem ser uma grande bênção!

Leitura diária da Bíblia: 2 Samuel 2: 1 - 11; Colossenses 3: 18 - 25

O Deus de paz ... vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus. Hebreus 13: 20, 21

O Deus de paz quer nos aperfeiçoar ou nos tornar perfeitos em toda boa obra. As Escrituras nos mostram três tipos de perfeição:

1. Nossa posição diante de Deus como filhos de Deus é perfeita e imutável, e pertence a todos os filhos de Deus por causa da obra de Cristo.

2. A perfeita ausência de pecado, por outro lado, só alcançaremos na glória.

3. Finalmente, em nosso versículo do dia, encontramos a perfeição da maturidade espiritual. Deus quer nos tornar cristãos espiritualmente maduros. É isso que se quer dizer aqui com "aperfeiçoar".

Em outros lugares, a palavra grega em questão é traduzida como "tornar correto" ou "tornar perfeito". Ela também é usada para descrever como dois irmãos "consertam" suas redes. Portanto, essa palavra pode significar: "consertar", "suprir tudo o que está faltando", "completar" (Gálatas 6: 1; 1 Pedro 5: 10: Mateus 4: 21).

Como é maravilhoso saber que o Deus da paz também quer "suprir tudo o que está faltando" e "restaurar" o que está em desordem!

Talvez a "rede" de sua vida esteja danificada ou com defeito? O pecado ou a negligência roubaram a paz de seu coração? Então confie no Deus da paz! Conte a Ele tudo o que o atormenta! Ele também pode "consertar" o que está quebrado em sua vida, curá-lo e levá-lo a fazer "o que é agradável aos olhos dele por meio de Jesus Cristo" como um cristão maduro.

Sem nosso Senhor não há progresso em nossa vida, mas com Ele e por meio Dele há crescimento e frutos.

Leitura diária da Bíblia: 2 Samuel 1: 17 - 27; Colossenses 3: 12 - 17

Vai comigo e verás o meu zelo para com o SENHOR. 2 Reis 10: 16

Jeú era provavelmente o melhor rei do reino do norte de Israel, mas isso não significa muita coisa. Ele havia sido incumbido por Deus de matar toda a família de Acabe. E foi isso que ele fez. Ele não apenas matou o rei Jeorão e a infame Jezabel e seus descendentes, mas também atraiu os profetas e sacerdotes do deus Baal para o seu templo para matá-los lá (2 Reis 9 e 10).

Pessoalmente, Jeú era um homem cheio de energia, coragem e zelo. Era conhecido por sua rápida condução do carro na guerra, e ninguém podia igualar seu poder de fala. Ele intimidou os príncipes de Israel de tal forma que conseguiu usurpar o reinado sem lutar. Infelizmente, as habilidades de Jeú não eram acompanhadas de humildade. Sua conversa com Jonadabe, temente a Deus, revelou grande orgulho e egoísmo. "Vai comigo e verás o meu zelo para com o SENHOR", gabou-se Jeú. Quando Deus mais tarde menciona Jonadabe e seus descendentes em louvor, é um contraste agradável com a autoglorificação de Jeú (Jeremias 35).

Pior ainda, porém, foi o fato de Jeú não ter desistido dos pecados de Jeroboão. Ele havia erradicado a adoração a Baal, mas não a adoração às imagens de Jeroboão (cf. 1 Reis 12: 26 - 33; 2 Reis 10: 28 - 33): "Jeú não teve cuidado de andar com todo o seu coração na lei do SENHOR".

Talvez Jeú exemplifique um tipo de cristão que é muito comum: talentoso, enérgico, zeloso e ... convencido. Que a graça de Deus nos ensine que todo talento e dom espiritual deve vir de Deus e servir apenas à Sua glória. Grande energia e zelo são muito mais motivo de humildade do que de orgulho. Deus está procurando por aqueles que querem viver de acordo com a Sua palavra de todo o coração. Se obedecêssemos de forma limitada, por exemplo, apenas nas áreas em que pudéssemos nos exaltar, sem dúvida isso seria exposto como "madeira, feno e palha" no tribunal de Cristo (1 Coríntios 3: 12).

Leitura diária da Bíblia: 2 Samuel 1: 1 - 16; Colossenses 3: 1 - 11

Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor. Efésios 1: 4

Deus escolheu os crentes do tempo da graça para estarem "diante dele" por toda a eternidade - em sua presença imediata. Essa é uma das bênçãos imensuráveis que Ele nos concedeu no Senhor Jesus e pela qual O louvaremos eternamente (v. 3).

Para estar apto à presença de Deus, o estado moral do homem deve corresponder ao caráter e à natureza de Deus. Deus só pode encontrar Seu prazer naquilo que corresponde a Ele moralmente. Portanto, todos os que são escolhidos para essa posição na presença de Deus devem ser "santos e irrepreensíveis".

Mas o amor de Deus não se satisfaz apenas com isso. O fato de as pessoas estarem sem nenhuma mácula no lugar mais elevado e abençoado que se possa imaginar, de estarem sem nenhum receio "diante Dele", não é suficiente para o amor de Deus. Deus quer lhe dar uma natureza que também seja capaz de reconhecer Seus próprios afetos, de senti-los profundamente e de desenvolvê-los. É por isso que se diz que fomos escolhidos "para sermos santos e irrepreensíveis diante dele em amor".

Mas como é possível que, antes da fundação do mundo, Deus tenha escolhido pessoas como nós, que seríamos pecadores perdidos e até inimigos de Deus, para um destino tão grandioso? A resposta é: porque Deus viu em nós o que Ele mesmo nos daria em Cristo.

Estamos "em Cristo"; nós O recebemos como nossa vida. Assim, estamos diante de Deus em perfeição, e Sua graça repousa sobre nós. A eleição "nEle" é, portanto, independente de nosso caráter e de nossos caminhos anteriores. Por isso, Ele é eternamente louvado!

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 31: 1 - 13; Colossenses 2: 16 - 23

Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo para teres o cuidado de fazer conforme toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; (...) porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás. Josué 1:7,8

O livro de Josué é uma espécie de livro-texto para nossa batalha espiritual. Assim como Israel só pôde tomar posse da terra prometida por meio de luta, há também uma luta espiritual para nós, cristãos.

Naquela época, Deus havia prometido ao povo de Israel que eles tomariam toda a terra e derrotariam todos os seus inimigos se seguissem suas instruções em tudo. Aos crentes de hoje são prometidas bênçãos espirituais, mas só podemos desfrutá-las se realmente seguirmos o Senhor como redimidos.

Diferentemente do povo terreno de Deus, nós, cristãos, não temos a certeza de que Deus quer nos dar sucesso e prosperidade terrenos. Talvez Ele abençoe uma pessoa com riqueza, talvez poupe outra da doença, mas Deus não nos prometeu explicitamente essas bênçãos. Podemos e devemos ser gratos por ambas, mas elas não fazem parte da salvação que recebemos.

Nossas promessas são maiores e mais abrangentes. Elas são bênçãos espirituais em e com Cristo na "terra" celestial; é por isso que estamos travando uma batalha espiritual para tomar posse prática dessa terra. É isso que a carta aos Efésios nos mostra. Encontramos a verdadeira realização para nossas vidas aqui e agora quando já desfrutamos de nossas bênçãos espirituais em Cristo pela fé e obtemos a vitória sobre os poderes do inimigo, seus ataques e tentações por meio de seu poder (Efésios 6: 10 - 12). Vamos pedir e agir de acordo com a vontade de Deus em tudo, para que nossa luta de fé seja bem-sucedida!

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 30: 11 - 31; Colossenses 2: 6 - 15

Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também. João 14: 2, 3

O Senhor Jesus nos garante que haverá um lugar na casa de Seu Pai que não será apenas para Ele, mas para todos nós. Sim, Ele nos quer com Ele! Se não houvesse lugar para nós lá, Ele não teria nos chamado para segui-Lo como servos (cf. João 12: 26).

Seus discípulos aspiraram a um lugar de honra e poder em Seu reino terreno e, de fato, ocuparão uma posição especial lá (cf. Marcos 10: 37; Apocalipse 21: 14). Mas aqui o Senhor mostra a eles e a nós que Ele tem algo ainda melhor para eles: um lar no céu, Seu próprio lar! Lá Ele também compartilhará conosco o amor de Seu Pai. Que perspectiva maravilhosa!

O Senhor Jesus virá pessoalmente e nos levará para junto de Si! Somos preciosos demais para que Ele envie alguém. Se Ele fosse apenas um grande governante com glória e dignidade extraordinárias, então seria apropriado que um nobre servo fosse enviado para nos chamar. Mas Seu amor não espera que venhamos até Ele, mas O impele a vir Ele mesmo!

Sabemos pouco sobre o lugar do qual nosso Senhor fala. Mas sabemos que Ele mesmo estará lá e que nós estaremos com Ele para sempre. Lá, na casa do Pai, Ele está esperando para compartilhar Suas alegrias conosco.

Gostaríamos de estar onde Ele quer que estejamos com Ele. E o amor que Seu amor evocou em nosso coração nos faz dizer:

“Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” Apocalipse 22: 20

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 30: 1 - 10; Colossenses 2: 1 - 5

Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros. Romanos 14: 19

Nas cartas do Novo Testamento, lemos com frequência a expressão encorajadora “Sigamos ...” ou “busquemos … “. Não se trata de uma ordem estrita, mas de um convite encorajador. Ela pressupõe que os leitores são filhos de Deus e estão felizes em fazer a vontade dele.

Muitas vezes, como em nosso versículo do dia, trata-se de nossa caminhada juntos como povo de Deus. Mas nosso comportamento no mundo, nossa atitude e nossa vida diante de Deus também são abordados. Aqui estão alguns exemplos:

"Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito. Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.” (Gálatas 5: 25, 26).

“Amados, amemo-nos uns aos outros, porque a caridade é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 João 4:7).

"E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.” (Gálatas 6: 9, 10).

“Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.” (2 Coríntios 7: 1; cf. cap. 6: 14 - 18!).

“Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” (Hebreus 4: 16).

Vivamos como filhos de Deus,

sempre no amor que nos une!

Deus o colocou em nosso coração,

ele é o vínculo da perfeição.

Louis Barbey (1796-1855)

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 29: 1 - 11; Colossenses 1: 24 - 29

Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará. Salmo 1: 3

Quem é esse feliz de quem isso é dito? É a pessoa que se afasta dos pensamentos e ações dos ímpios e que organiza sua vida inteiramente de acordo com os pensamentos de Deus, recebendo a palavra de Deus em seu coração com alegria e interesse. Na época em que o salmo foi composto, essa palavra consistia na “Lei do Senhor” do Antigo Testamento e hoje abrange toda a nossa Bíblia.

Que imagem apropriada: há uma árvore que está constantemente recebendo água porque suas raízes estão próximas aos riachos. Isso garante seu crescimento e suas folhas não murcham. O fruto aparece como que por si mesmo. Assim como as folhas, o fruto é o resultado de condições de vida favoráveis.

Será que todos nós temos uma conexão de vida com a Palavra de Deus, a “água da vida”, e nos alimentamos dela todos os dias? Como no caso dessa árvore, isso é algo oculto. Mas se manifesta no resultado. Portanto: “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, arraigados e edificados nele e confirmados na fé” (Colossenses 2: 6, 7).

Deus também está procurando frutos em tua vida e na minha. Que bênção se Ele os encontrar no momento certo, de acordo com Seu plano! Desde que tiremos nossa força da Palavra de Deus, assim será. Então, o “fruto do Espírito” não é adiado ou atrasado, mas o Senhor é glorificado em nossa vida. Mas nós mesmos estamos entre aqueles que a Palavra de Deus chama de “bem-aventurados” (versículo 1).

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 28: 15 - 25; Colossenses 1: 13 - 23

Apanhai-me as raposas, as raposinhas, que devastam os vinhedos, porque as nossas vinhas estão em flor! Cantares 2: 15

Pelo menos três raposinhas podem estragar as “flores” em um casamento:

1. Falta de compreensão. - Em 1 Pedro 3: 7 está escrito: “Os maridos (...) coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher.” É importante que entendamos as diferenças físicas e emocionais básicas entre homens e mulheres. Assim, não teremos expectativas irrealistas uns dos outros com base na ignorância.

2. Falta de consideração. - Um dicionário define consideração como “preocupação atenta com os outros”. O oposto disso seria o egoísmo e a indiferença. Vamos aplicar Romanos 15: 2 ao nosso relacionamento no casamento: Cada um de nós agrade a sua esposa ou marido para o bem, para edificação!

3. Falta de comunicação. - Precisamos aprender a conversar abertamente um com o outro. Como podemos fazer com que o outro saiba o que pensamos se não nos comunicarmos? Provérbios 20:5 diz: “Como águas profundas é o conselho no coração do homem; mas o homem de inteligência o tirará para fora”. Aprender a se comunicar é um processo que dura a vida inteira e nunca pode ser totalmente dominado. Um dos maiores obstáculos à boa comunicação é o fato de não ouvirmos o suficiente um ao outro ou de começarmos a falar antes de termos ouvido. “Portanto, (...) todo o homem seja pronto para ouvir, tardio para falar, tardio para se irar.” (Tiago 1:19).

Deus quer nos ajudar a superar esses obstáculos e a ter um bom casamento se nos mantivermos fiéis à sua palavra. Será que estamos dispostos a pagar o preço abrindo mão de nossas próprias ideias e preferências em favor da orientação de Deus? Um casamento sob a bênção de Deus vale esse preço; e ninguém deve pensar que pode conseguir um “negócio” ainda melhor.

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 28: 1 - 14; Colossenses 1: 1 - 12

Esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo. Atos 2: 36

... para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. Filipenses 2: 10, 11

Quando o Senhor glorificado apareceu a Saulo, o perseguidor dos cristãos, a caminho de Damasco, houve uma conversão espontânea e radical. Saulo perguntou: “Senhor, que farei?” Ele reconheceu Jesus como Senhor; submeteu-se à Sua autoridade; de fato, entregou sua vida a Ele e estava preparado para servi-Lo completamente dali em diante (Atos 22: 10).

Faz parte da essência do cristianismo o fato de os discípulos de Jesus reconhecerem de boa vontade e com alegria que pertencem a Cristo, o Senhor, porque Ele os comprou, e obedecerem às Suas instruções. É exatamente isso que o nome “cristão” significa: que alguém segue a Cristo, o Senhor.

Como somos gratos por Cristo ter nos salvado do julgamento de nossos pecados: Ele é o nosso Salvador. Mas também sabemos, ou aprendemos muito rapidamente, que Deus fez de nosso Salvador o Senhor de todos. - Algumas pessoas querem conhecer Cristo como seu Salvador a fim de reivindicar para si a Sua obra na cruz - mas não querem obedecê-Lo e servi-Lo como seu Senhor. Algo está fundamentalmente errado!

O próprio Senhor Jesus adverte essas pessoas que ainda podem chamá-Lo de “Senhor, Senhor!”, mas não fazem o que Ele lhes ordena (Lucas 6: 46). Mas o apóstolo Paulo era genuíno. Ele sempre teve o amor do Senhor Jesus diante de seus olhos - isso o motivou a servir o Senhor com devoção:

“Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” Gálatas 2: 20

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 27: 1 - 12; Filipenses 4: 15 - 23

E, ao cabo de alguns anos, foi ter com Acabe, a Samaria; e Acabe matou ovelhas e bois em abundância, para ele e para o povo que vinha com ele, e o persuadiu a subir com ele a Ramote-Gileade. 2 Crônicas 18: 2

Nesses versículos, encontramos um padrão de como Satanás manipula seus artifícios para tirar um crente fiel da comunhão com seu Senhor.

1. Satanás é um mestre da perseverança. - O rei Josafá, de Judá, era parente do rei Acabe, de Israel, há algum tempo, pois seu filho havia se casado com uma filha de Acabe. Porém, vários anos se passaram antes que ele visitasse Acabe em Samaria. Talvez Josafá, temente a Deus, já tivesse dado um testemunho claro a Acabe, que era ímpio. Mas, com o passar do tempo, há o perigo de que as linhas que antes eram claramente visíveis se tornem indistintas e que nossa capacidade de decisão diminua. O que era claro e distinto para uma consciência afiada ontem, hoje é percebido apenas vagamente por uma consciência entorpecida.

2. Satanás também é um mestre em táticas. - Se Josafá se permitiu ser ricamente alimentado por Acabe, como ele iria dar testemunho a Acabe depois? Com a barriga cheia, saciado e satisfeito, é quase impossível apontar para o anfitrião que seu caminho não corresponde à vontade de Deus.

3. Satanás também é um mestre do engano. - No final, Josafá se deixou tentar por Acabe para entrar em guerra contra o rei da Síria. Ele quase perdeu a vida nessa batalha. Josafá teve de fazer a amarga experiência de que, como crente, no lugar errado e no relacionamento errado, se pode encontrar rapidamente em uma situação em que se cai na armadilha de Satanás.

Que Deus nos salve hoje dessas artimanhas de Satanás em nossas vidas!

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 26: 13 - 25; Filipenses 4: 8 - 14

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos! E vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno. Salmo 139: 23, 24

Autoexame 

Durante um exame de rotina, o médico percebe alterações em meu ECG, o que torna necessários outros exames. O médico também observa certas anormalidades durante o ultrassom do coração, mas ainda não há clareza. Agora, meu coração precisa ser examinado por meio de cateterismo cardíaco para que seja possível observar o interior do coração. Agora o diagnóstico está confirmado e o tratamento adequado pode ser iniciado. 

A situação é semelhante em nosso estado espiritual. Por fora, muitas coisas ainda podem parecer perfeitas. Mas Deus olha para o nosso coração. No caso dos crentes de Éfeso, o desvio começou quando eles deixaram seu primeiro amor (Apocalipse 2: 4). Isso geralmente acontece gradualmente, de modo que nós mesmos quase não percebemos. É por isso que a oração em nosso versículo do dia é tão importante. Permitamos que Deus nos "examine, reconheça e teste"! 

Os desvios começam em segredo: com os "pensamentos e reflexões do coração". Mas o Espírito Santo, que habita em nós, revela as coisas ocultas do nosso coração por meio da Palavra de Deus: "A palavra de Deus é viva, e eficaz ... e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hebreus 4: 12). 

Senhor, mostre-me o que me distrai de Ti, um caminho de problemas autoinfligidos. Faça-me perceber o que preciso condenar e mudar em minha vida! 

É essencial que nos examinemos honestamente. Nosso olho espiritual se torna mais aguçado, nossa consciência mais sensível e nossa comunhão com o Senhor mais íntima. Por último, mas não menos importante, nossa vida será mais feliz. 

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 26: 1 - 12; Filipenses 4: 1 - 7

Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que crêem no seu nome, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus. João 1: 12, 13

O Filho de Deus como a “Palavra” criou todas as coisas, mas quando veio à Terra, o mundo não O conheceu. Nem mesmo “os Seus” O aceitaram - o povo de Israel, que Deus havia separado das nações e abençoado de forma especial (versículos 1-3, 11). Mas houve indivíduos que receberam o Filho de Deus quando Ele veio até eles. Eles já haviam nascido de Deus e aguardavam o Messias - como José e Maria, como Zacarias e Isabel, como Simeão e Ana. Outros haviam chegado à fé por meio do testemunho de João Batista (versículo 7).

Como o Senhor Jesus deve ter se alegrado com o fato de alguns O terem recebido! Ele havia se humilhado tão profundamente a fim de trazer salvação e bênção ao Seu povo e, ainda assim, foi rejeitado pela grande maioria - desde o início. Por outro lado, quão preciosos para Seu coração eram os indivíduos em quem Deus havia trabalhado, que O receberam, amaram e seguiram! (cf. Salmo 16:3)

Que alegria foi para o Senhor Jesus revelar o Pai a essas pessoas! Eles haviam nascido de Deus e, nesse sentido, já eram filhos de Deus (cf. cap. 11:52). Mas Deus ainda não havia lhes dito que estavam nesse relacionamento filial com Ele, e eles ainda não tinham o direito de se chamar de “filhos de Deus”. Para isso, Cristo primeiro teve que realizar a obra da redenção. Os versículos iniciais do Evangelho, portanto, já sugerem o glorioso resultado de Sua obra.

"Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. ... Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus".

João 17: 6; 20: 17

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 25: 32 - 44; Filipenses 3: 17 - 21

Louvai ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade é para sempre! Salmo 136: 1

Cada um dos 26 versículos desse Salmo começa com uma breve declaração sobre a grandeza e os poderosos feitos de Deus e termina com as palavras: “... porque a sua benignidade é para sempre!” Não importa o que o autor esteja pensando, ele relaciona tudo à bondade de Deus.

As maravilhas da criação dão testemunho da bondade de Deus (versículos 5-9). - Mesmo que o homem frequentemente intervenha de forma destrutiva na natureza, ainda podemos reconhecer o poder criativo de Deus e sua bondade na natureza.

Em seguida, o Salmo nos lembra que Deus, em sua bondade, libertou seu povo do poder de seus inimigos (versículos 10-20). - Hoje, como redimidos, podemos nos lembrar da vitória de nosso Senhor sobre Satanás e de nossa libertação de seu poder: “Mas, quando apareceu a benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador, ... nos salvou” (Tito 3: 4, 5).

Com grande bondade, Deus conduziu seu povo pelo deserto e lhes deu a terra de Canaã como herança (Salmo 136: 16, 21 - 24). - Às vezes, nós também sentimos que nossas circunstâncias são difíceis. Mas mesmo “em tempos de deserto”, Ele quer nos guiar e preservar. Ou você acha que alguma coisa é difícil demais para o grande Deus? Não, Ele “é bom e faz o bem” (Salmo 119: 68).

Deus também é “o sustentador de todos os povos”. Ele dá o alimento de que precisamos (versículo 25; 1 Timóteo 4: 10; cf. Mateus 5: 45). = E como somos gratos pelo alimento espiritual que Ele nos dá por meio de Sua Palavra para que sejamos fortalecidos em nossa vida de fé. Tudo isso pode e deve nos levar a louvar a Deus, assim como esse Salmo termina:

“Louvai ao Deus dos céus; porque a sua benignidade é para sempre!”

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 25: 18 - 31; Filipenses 3: 8 - 16

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. 1 João 2: 1

Deus pode perdoar todo pecado e nos purificar de todos os pecados, mas Ele não nos deixa impunes. Pois Ele sempre age de acordo com Sua natureza.

Mesmo os pecados que nós mesmos nem percebemos que são pecados ou que deliberadamente mantemos em segredo não estão escondidos de nosso Deus. Exemplos do Antigo Testamento nos mostram isso:

Moisés advertiu as duas tribos e meia caso elas não se preparassem para conquistar a terra de Canaã: “Sabei que o vosso pecado vos há de achar”. Os irmãos de José acreditaram por vinte anos que seu pai nunca descobriria o engano deles, mas Deus o trouxe à luz. E Acã pensou que havia escondido a capa, a prata e a cunha de ouro bem debaixo de sua tenda - mas seu pecado o encontrou (Números 32: 23; Josué 7: 1).

Deus tem “olhos puros demais para ver o mal” e não é capaz de ver as dificuldades. Nada é desconhecido para Ele, e o mal, por melhor que o escondamos, é e continua sendo mal para Ele. “E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Habacuque 1: 13; Hebreus 4: 13).

Deus não julga o pecado como nós o julgamos, mas como Ele o vê em Sua perfeita santidade. E para que Sua presença nos faça felizes, Ele precisa trazer à tona todo o mal. Ele não pode ignorá-lo, pois ele nos torna infelizes porque nos rouba a alegria da comunhão com Ele. Embora Ele possa deixar as coisas impunes ou sem solução por um longo tempo em Seus modos de governo, não é possível haver comunhão em nosso relacionamento com Ele se o mal não for condenado, confessado e perdoado. Mas que maravilha: é exatamente por isso que Cristo é ativo como nosso mediador com o Pai, Ele nos leva a reconhecer e purificar nossos pecados.

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 25: 1 - 17; Filipenses 3: 1 - 7

Ebede-Meleque ... tirou dali trapos rasgados e gastos, e os desceu por cordas até Jeremias na cova. Jeremias 38: 11

O profeta Jeremias repetidamente enviou mensagens divinas aos reis de Judá e a todo o povo. Se continuassem a persistir em seus pecados, seriam inevitavelmente julgados por Deus. Essas advertências severas não agradaram aos príncipes do reino - eles queriam matar Jeremias. Em primeiro lugar, eles se certificaram de que Jeremias fosse jogado em um poço. O rei Zedequias havia lhes dado carta branca (vs. 1-6). Pobre Jeremias! Talvez Lamentações 3:52-54 nos mostre algo do que ele pode ter sentido na cova. Ninguém ousou se opor a essa violação da lei. Mas enquanto todo o Israel permanecia em silêncio, Deus trabalhou no coração de Ebede-Meleque, um etíope, e ele tomou uma atitude. Depois de obter permissão do rei para tirar Jeremias da cova, ele pegou trapos rasgados e gastos e os baixou por cordas até Jeremias na cova.

Os oponentes de Jeremias certamente não estavam interessados no fato de Jeremias ser gentilmente baixado à cova. Eles não se importavam se as cordas o feriam ou cortavam seus braços. Mas Ebede-Meleque disse a Jeremias: “Põe, agora, estes trapos velhos e rotos, já apodrecidos, nas covas dos teus braços, por debaixo das cordas” (v. 12).

Esses trapos e panos não estão pregando para nós? - Foi o amor genuíno que levou Ebede-Meleque a cuidar de Jeremias e contribuir para o seu alívio com esses meios humildes. Mesmo que esse amor trouxesse apenas alguns “trapos rasgados e gastos”: O Senhor não se esquecerá.

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 24: 1 - 22; Filipenses 2: 19 - 30

... agora, conhecendo a Deus ou, antes, sendo conhecidos de Deus ... Gálatas 4: 9 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço. João 10: 27

Todos os filhos de Deus são reconhecidos por Deus. Isso não tem a ver com a onisciência de Deus, porque Ele sabe tudo e conhece todos os homens, mas descreve nosso relacionamento abençoado com Ele, fala de intimidade e proximidade. “O SENHOR conhece o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios perecerá” (Salmo 1: 6). É claro que Deus sabe quem são os ímpios, sabe tudo sobre eles, mas não os “conhece”. Ele não está em um relacionamento com eles, eles não têm nenhuma conexão com Ele.

Cristo “chama pelo nome as Suas ovelhas”: Ele as “conhece” e elas “não perecerão para sempre” (João 10:3, 14, 27, 28).

O apóstolo Paulo diz sobre os gálatas que eles “não conheciam a Deus” antes de sua salvação. Para eles, os salvos, é verdade que “conheciam a Deus”, mas também que “eram conhecidos por Deus”. Que graça! Como encanta nosso coração o fato de Deus ter se dignado a entrar em um relacionamento com criaturas como nós! Ainda mais sérias são as palavras do Senhor para aqueles que O confessam apenas exteriormente: “Então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade!" (Gálatas 4: 8, 9; Mateus 7: 23).

Alguns dos filhos de Deus estão preocupados com essas palavras e acham que podem perder a salvação novamente. Mas as palavras do Senhor não dão motivo para isso. Se fosse possível que alguém perdesse a salvação novamente, o Senhor não diria: “Eu nunca te conheci”, mas: “Eu já te conheci”.

Esses malfeitores de fato dizem “Senhor, Senhor”, mas é perceptível que eles não falam de sua graça, mas de suas obras: “Em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?” - Mas a salvação é “pela graça (...) e Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Mateus 7: 22; Efésios 2: 8, 9).

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 23: 15 - 29; Filipenses 2: 12 - 18

Os homens piedosos são arrebatados sem que alguém considere nesse fato; pois o justo é levado antes que venha o mal. Isaías 57: 1

“Arrebatados antes que venha o mal”

Como “o homem da lanterna”, como era conhecido, o Dr. Thomas John Barnardo (1845-1905) conseguiu dar um lar a muitas crianças pobres e sem-teto. -

Bernardo estava acostumado a aceitar com gratidão tudo o que vivenciava da mão de Deus. Mas, em 1890, ele inicialmente não conseguiu superar um luto. Há poucos dias, ele teve que enterrar seu filho Kenward, muito amado e cheio de esperança, em Londres. Ele luta com Deus repetidas vezes em seus pensamentos.

Em seu luto, Thomas consegue se retirar para o campo com sua família por um curto período. Ao caminhar pelo cemitério em uma noite, seu olhar se detém em uma lápide. Alguém também está enterrado aqui, cuja vida teve um fim prematuro. Mas que tipo de frase os pais colocaram sob o nome do filho?

“Arrebatado antes do infortúnio” está gravado na pedra. Seria essa a resposta de Deus para suas orações? Thomas respira fundo o ar fresco da noite e olha para o céu estrelado. Agora ele pode reconhecer a mão de Deus na difícil provação. “Em seu amor, Deus levou Kenward a si mesmo para salvá-lo de um grande infortúnio.” Esse pensamento permite que Thomas recupere a confiança em seu Deus e ele descansa.

O que significa perder um filho amado por causa da morte só pode ser compreendido por aqueles que já passaram por esse sofrimento. Outros acham difícil encontrar palavras adequadas e reconfortantes. Mas talvez a experiência de Thomas possa nos ajudar a reconhecer a mão amorosa de Deus, mesmo em meio à grande dor.

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 23: 1 - 14; Filipenses 2: 1 - 11

E disse Gideão a Deus: Se hás de livrar Israel por minha mão, como tens dito, eis que eu porei um velo de lã na eira; se o orvalho estiver somente no velo, e secura sobre toda a terra, então, conhecerei que hás de livrar Israel por minha mão, como tens dito. Juízes 6: 36, 37

Quando eu era um jovem cristão, fiquei impressionado com a maneira como Gideão dispôs o velo para reconhecer a vontade de Deus. Hoje acredito que seu pedido de um sinal especial não decorreu de uma fé particularmente grande. Afinal de contas, Deus havia lhe dito que queria salvar Israel pelas mãos de Gideão. Isso deveria ter sido suficiente para ele. Gideão era certamente um “herói valente” e um homem de fé - mas o fato de ele ter colocado o velo duas vezes mostra que sua fé ainda precisava crescer (v. 12; Hebreus 11: 32).

Zacarias também pediu um sinal porque a palavra do anjo sobre o nascimento de seu filho não era suficiente para ele. Ele a recebeu - e ficou incapaz de falar por nove meses (Lucas 1: 18).

Mas, com muita frequência, agimos mais pela visão do que pela fé, pelo menos na vida cotidiana. Não temos nenhum problema em nos apoiar na Palavra de Deus quando se trata de nossa salvação eterna, mas temos muita dificuldade em nos apoiar na mesma Palavra quando se trata de nossa vida cotidiana!

Então nos assemelhamos a Tomé e desejamos poder ver com nossos olhos e tocar com nossas mãos (João 20: 25).

Mas o Senhor é misericordioso. Ele permite que o orvalho caia sobre o velo para Gideão. Ele liberta Zacarias de sua mudez para que ele possa louvar a Deus novamente. E convida Tomé a colocar a mão em Seu lado. Dessa forma, Ele também se inclina para nós. Ao mesmo tempo, porém, Ele nos convida a andar “por fé, e não por vista” (2 Coríntios 5: 7). Hoje não precisamos mais de sinais - temos a perfeita Palavra de Deus!

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 22: 11 - 23; Filipenses 1: 21 - 30

Arão porá … sobre a cabeça do bode … todas as iniqüidades … e enviá-lo-á ao deserto. Assim, aquele bode levará … todas as iniqüidades deles à terra solitária. Levítico 16: 21, 22

Nesse bode, que foi sorteado “para Azazel / emissário”, temos uma imagem diferente do bode sobre o qual “caiu a sorte para o Senhor”. Aqui encontramos a outra grande ideia associada à morte de Cristo: os pecados do povo são levados de forma vicária. A morte do Senhor Jesus não é apenas o alicerce para que a glória de Deus possa ser revelada, é também o alicerce para que os pecados de todos os que depositam sua confiança Nele possam ser completamente perdoados.

Para a nossa pergunta “Onde estão os nossos pecados?”, a resposta é: “Eles foram tirados”. Por meio de quê? Por meio da morte de Cristo, que glorificou a Deus de forma eterna e perfeita. - Quantas iniquidades de Israel o bode levou? Todas elas! Nem uma única injustiça foi deixada para trás no que diz respeito ao perdão para esta Terra naquele momento. E para onde o bode as levou? “Para uma terra solitária”, onde nunca mais poderiam ser encontrados (cf. Hebreus 9:13; 10:4; Romanos 3:25, 26).

Assim, os dois bodes no Dia da Expiação nos mostram a obra redentora do Senhor Jesus de uma perspectiva dupla: no primeiro bode, vemos o lado voltado para Deus - Cristo cumpriu plenamente as exigências da santidade e da justiça de Deus em face do pecado. No segundo bode, vemos o lado voltado para o homem - Cristo, como nosso substituto, “levou” nossos muitos pecados. Um lado é tão perfeito quanto o outro. E o resultado é que os pecadores que se permitem ser chamados ao arrependimento e à fé são reconciliados com o Deus santo.

Adoramos nosso Senhor, que realizou essa grande obra de expiação em um sofrimento incomensuravelmente profundo.

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 22: 1 - 10; Filipenses 1: 12 - 20

Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. “Honra a teu pai e a tua mãe”. Efésios 6: 1, 2

Deus deu aos pais uma autoridade natural e espera que os filhos honrem seu pai e sua mãe de acordo com essa autoridade. Isso inclui tratar seus pais com respeito e obedecê-los durante a infância.

Já encontramos esse princípio em Abraão. Deus o escolheu para ser o progenitor do povo de Deus e para ordenar que seus descendentes levassem uma vida justa e temente a Deus (cf. Gênesis 18:19).

A educação de Abraão produziu frutos abundantes em seu filho Isaque, como podemos reconhecer em muitas passagens (por exemplo, em Gênesis 22). Assim, Deus não só pode se chamar “o Deus de Abraão”, mas também “o Deus de Isaque”. O outro filho de Abraão, Ismael, por outro lado, obviamente não aceitou os ensinamentos de seu pai. Ele era obstinado e teimoso, um homem "como um jumento selvagem” (Gênesis 16:12). Ele acabou voltando “para o mundo” com sua mãe egípcia e se tornou um homem do mundo.

Infelizmente, os filhos de pais crentes também podem se assemelhar ao teimoso Ismael se não derem ouvidos aos conselhos de seus pais. Suas instruções para o bem, para uma vida no temor de Deus, são irritantes para eles; e eles simplesmente ignoram as advertências dos pais contra o mal. Eles preferem fazer suas próprias experiências.

Alguns seguiram esse caminho por muito tempo, mas voltaram atrás graças à bondade de Deus. Mais tarde, relataram muitos problemas e perderam os anos em que tiveram suas experiências no mundo do pecado. - Os jovens podem se poupar desse sofrimento se derem atenção à admoestação da Palavra de Deus: “Honra teu pai e tua mãe” e seguirem seu conselho.

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 21: 1 - 15; Filipenses 1: 1 - 4

Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus. 2 Timóteo 2: 1

Quando começamos a perceber a plenitude da vida e das bênçãos que temos em Cristo, somos completamente absorvidos por Ele e pensamos Nele em tudo o que fazemos. Então, reconhecemos prontamente que todo o resto é “esterco”. Mas, com muita facilidade, nossos antigos motivos voltam à tona. Pouco a pouco, deixamos de estar centrados somente em Cristo. Centenas de outras coisas nos influenciam, das quais não prestávamos atenção anteriormente e que não tinham efeito sobre nós enquanto Cristo enchia nosso coração.

As pessoas dizem: “O que há de errado nisso?” Mas quando começo a fazer essa pergunta, o declínio já começou. Pode não haver nada de errado com alguma coisa, mas a pergunta mostra que não encontro mais minha satisfação completamente em Cristo. Caso contrário, eu me perguntaria: “Estou dando frutos para Cristo com isso? É isso que Ele quer que eu faça?” - Talvez as palavras se apliquem a mim: “Deixaste o teu primeiro amor” (Apocalipse 2: 4). Isso não se manifesta apenas em pecados graves, mas também em pequenas coisas.

Se a consciência da graça diminui, então há retrocessos na vida de fé, porque em uma vida com Deus nossos motivos devem vir Dele.

Às vezes, é dada grande importância ao comportamento, às obras e à prática. Diz-se que, no passado, a graça plena era pregada, mas agora que o declínio é evidente, a prática deve ser pregada. Mas o que deve ser enfatizado é a graça: a graça, e não o legalismo, restaura a alma. Quando o efeito da graça diminui, a consciência ainda pode estar ativa - mas o resultado é o legalismo. Mas quando a consciência se torna ativa por meio das reivindicações da graça, isso não leva ao legalismo, mas a uma prática santa em tudo. 

J. N. Darby (1800-1882)

Leitura diária da Bíblia 1 Samuel 20:24-43 . Salmo 106:32-48

“(...) sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado. 1 Pedro 1: 18, 19

Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire pecados. Hebreus 10: 4

O preço da redenção

Os dois versículos de hoje excluem dois meios concebíveis de salvação: Não fomos redimidos com prata ou ouro, nem com o sangue de animais. No entanto, ambos os meios de redenção eram bem conhecidos pelos judeus crentes a quem a Primeira Epístola de Pedro e a Epístola aos Hebreus são dirigidas.

Meio siclo de prata ou ouro tinha de ser dado ao SENHOR como oferta alçada para cada israelita individual no recenseamento do povo de Israel - era um “dinheiro das expiações” (Êxodo 30: 12, 13, 16). Mas essa quantia de dinheiro é apenas uma referência ao alto preço que Cristo teve de pagar para nos redimir: “o precioso sangue de Cristo”.

É semelhante com o sangue dos animais sacrificados no Antigo Testamento. Os muitos sacrifícios que tinham de ser oferecidos repetidas vezes não podiam remover um único pecado, mas sim “uma recordação dos pecados” (Hebreus 10: 3). O sangue insuficiente dos animais abatidos é um prenúncio do “precioso sangue de Cristo”. Somente Seu sangue derramado, que fala do Senhor Jesus entregando Sua vida, poderia trazer a verdadeira e duradoura redenção.

Quão alto foi o preço que Ele pagou! Que valor esse sangue precioso tem para Deus! Assim, um dia, no céu, entoaremos um novo cântico de adoração ao Cordeiro: “Foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, língua, povo e nação” (Apocalipse 5: 9).

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 20: 5 - 23; Salmo 106: 16 - 31

Foi, pois, Jesus … a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera. E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro, porque muitos dos judeus, por causa dele, iam e criam em Jesus. João 12: 1, 10, 11

Lázaro, que falecera

Lázaro, um amigo do Senhor Jesus, adoeceu e finalmente morreu. Embora já estivesse na sepultura havia quatro dias, o Senhor o despertou com seu poder divino. Agora o Senhor Jesus chega novamente a Betânia, onde os três irmãos preparam uma ceia para Ele e Lhe prestam homenagem. Reconhecemos isso especialmente em Maria, que unge o Senhor com o precioso unguento (versículo 3).

Não nos é dito nada sobre Lázaro, muito menos algo extraordinário, apenas que ele era um dos que estavam “reclinados à mesa” com o Senhor. Ele desfrutava da comunhão com ELE (versículo 2).

Nesse contexto, Lázaro é chamado de “que falecera” - isso não se aplica figurativamente a todos nós que aceitamos o Salvador e confessamos no batismo que morremos e fomos sepultados com Ele? Agora devemos andar em “novidade de vida” (Romanos 6: 1-10). Será que as pessoas podem reconhecer em nós, assim como em Lázaro, que recebemos uma nova vida por meio do Senhor Jesus?

Isso nos leva ao nosso segundo versículo bíblico. O milagre realizado em Lázaro tornou-se a razão pela qual o ódio e a rejeição que o Senhor Jesus experimentou dos principais sacerdotes agora também afetavam Lázaro. Apesar de sua natureza tranquila, ele foi uma testemunha impressionante de seu Senhor e suportou “o seu opróbrio” (cf. Hebreus 13: 13).

Não nos é dito mais nada sobre Lázaro. Mas ele também será um dia um da grande multidão dos redimidos que cercam o trono de Deus, adoram o Senhor Jesus e vivem para sempre em íntima comunhão com Ele.

Leitura diária da Bíblia: 1 Samuel 19: 18 - 20: 4 - Salmo 106: 1 - 15