O Senhor Jesus e três de seus discípulos estavam prestes a deixar o Jardim do Getsêmani. Então o traidor Judas apareceu com uma multidão armada enviada pelos líderes do povo judeu. Entre eles havia um bando de soldados com seu comandante, bem como capitães do templo, anciãos e membros da família do sumo sacerdote. O traidor conhecia os hábitos de seu mestre. Ele conhecia o Getsêmani "porque Jesus muitas vezes se ajuntava ali com os seus discípulos" (João 18: 2).
O beijo, o sinal de reconhecimento aceito, foi o cúmulo da hipocrisia. O Filho do Homem foi traído pelo "filho da perdição" com um beijo! Sem hesitar, Judas "imediatamente" se aproximou do Senhor Jesus e "beijou-o muito", ou seja, muitas vezes ou com ternura.
Agora havia chegado o momento em que os inimigos de Cristo "lançaram-lhe as mãos e o prenderam" (versículo 46). Deus permitiu que suas criaturas pecadoras levantassem as mãos contra seu servo fiel e o agarrassem como um ladrão. Agora havia chegado "esta é a vossa hora e o poder das trevas"! (Lucas 22: 53).
O Senhor recebeu seus inimigos com as seguintes palavras: "Saístes com espadas e porretes a prender-me, como a um salteador? Todos os dias estava convosco ensinando no templo, e não me prendestes; mas isto é para que as Escrituras se cumpram" (versículos 48, 49). Durante todo o Seu ministério, Deus manteve Sua mão sobre Ele. Mesmo quando Jesus ensinava diariamente no templo, nada havia acontecido. Mas agora havia chegado a hora. Pela terceira vez nesse capítulo, o Senhor mencionou as profecias dos profetas (veja os versículos 21 e 27; cf. 1 Pedro 1: 10 - 12). Agora, tudo o que estava escrito sobre os sofrimentos do Messias deveria ser cumprido Nele e em Sua obra (cf. Isaías 53: 7; Daniel 9: 26; Zacarias 13: 7). Como o servo perfeito, Jesus cumpriu perfeitamente Sua comissão em perfeita fidelidade à palavra de Seu Deus.
Leitura diária da Bíblia: 2 Samuel 3: 1 - 30; Colossenses 4: 7 - 18
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