E direi a minha
alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe
e folga
(Lucas
12:19).
UM FATOR IGNORADO
Ele tinha se tornado o
que muitos de nós gostariam de ser: bem-sucedido e rico, um homem de sucesso.
Podia desfrutar a vida com boa consciência. Não temos nada contra isso, mas não
o invejamos. Temos de lembrar o motivo exato pelo qual Cristo contou essa
parábola.
Após o rico fazendeiro
ter estabelecido seu futuro, ele precisou se certificar de que estava realmente
seguro. Ele falou com sua “alma”, uma estranha expressão. Porém, a palavra
“alma” na Bíblia geralmente significa a parte invisível e imortal do homem que
continua existindo após a morte do corpo, e que será revestida com um novo
corpo na ressurreição, seja a da condenação ou a da vida (João 5:29). O
conceito de “alma” é também usado para o indivíduo inteiro, sem distinção de
alma e corpo. Traduções mais antigas da Bíblia usam a palavra nesse sentido
também (Êxodo 12:16; Levítico
22:11).
O rico fazendeiro não
utilizou essa palavra de maneira inadvertida. O Senhor sempre usou a linguagem
e os conceitos de Sua época. O erro do fazendeiro foi ignorar um fator: ele
precisava estar vivo para desfrutar de tudo o que ajuntara. E ninguém controla
isso. Somente os que são ricos para com Deus (cap. 12:21) estão seguros da
desagradável surpresa que esse homem teve. Aqui reside a essência da mensagem
do Senhor para nós nessa parábola.
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