Não a minha vontade
O Filho de Deus tinha acabado de erguer os olhos para o céu e dirigir ao Pai as maravilhosas palavras, que são únicas em sua majestade e grandeza (João 17); agora Ele foi com Seus discípulos através do ribeiro de Cedrom até o Jardim do Getsêmani.
E novamente testemunhamos uma oração que Ele dirige a Seu Pai. Dessa vez, Ele não ergue os olhos para o céu, mas de joelhos, orava. Diante de Sua alma está a cruz com seus horrores. No entanto, não é o sofrimento por parte da humanidade, mas algo mais que O lança ao chão - algo sobre o qual Ele diz: “não se faça a minha vontade”. Nossos pecados deveriam ser colocados sobre Ele na cruz, e Ele deveria comparecer diante de Deus no julgamento carregado com esses pecados. Mas entrar em contato com nosso pecado não poderia ser a vontade do Ser puro e santo - daí Suas palavras: “não se faça a minha vontade”.
Essas palavras testemunham a perfeita ausência de pecado do Senhor. De forma alguma Ele teve que se forçar a dar o passo final, como alguns pensam. Desde o momento em que entrou no mundo, estava escrito em toda a Sua vida: “Eis que venho .... para fazer, ó Deus, a tua vontade” (Hebreus 10: 7), e isso incluía a cruz. Ele nunca teve que impor-se por nada, caso contrário não teria sido o sacrifício perfeito que correspondia à natureza de Deus.
Mas vemos algo mais aqui: Obediência na mais alta perfeição e pureza. Sim, o Filho de Deus, como um homem perfeito, permite que algo aconteça com Ele que não pode ser de Sua vontade. Essa submissão é uma característica necessária da obediência. Mas observemos o motivo: é a Sua pureza e santidade pessoal que O faz dizer: “Não se faça a minha vontade...”
Leitura diária da Bíblia: Miquéias 7: 1 - 20; Provérbios 29: 20 - 27
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