Estes são os nomes dos poderosos que Davi teve:…  Adino, o eznita, que se opusera a oitocentos, e os feriu de uma vez. E depois dele Eleazar… entre os três valentes que estavam com Davi quando provocaram os filisteus que ali se ajuntaram à peleja, e quando se retiraram os homens de Israel. Este se levantou, e feriu os filisteus, até lhe cansar a mão e ficar a mão pegada à espada; e naquele dia o Senhor efetuou um grande livramento; e o povo voltou junto dele, somente a tomar o despojo. E depois dele Samá… onde havia um pedaço de terra cheio de lentilhas, e o povo fugira de diante dos filisteus. Este, pois, se pôs no meio daquele pedaço de terra, e o defendeu, e feriu os filisteus; e o Senhor efetuou um grande livramento

(2 Samuel 23:8-12).

ESTRATÉGIAS DE BATALHA

Adino era o principal entre os capitães. Seu nome significa “ornamento”. Sem dúvida, ele honrou sua exaltada posição, obtendo crédito para si mesmo e vantagens para o rei, pois com sucesso atacou oitocentos inimigos de Davi de uma só vez.

Eleazar desafiou os filisteus no dia em que os homens de Israel desistiram. Ele derrotou os inimigos sem ajuda, e quando a vitória estava assegurada, o povo de Israel que havia deixado Eleazar a combater sozinho “voltou junto dele, somente a tomar o despojo”. Por intermédio de Eleazar, o Senhor executou uma grande vitória, e os israelitas colheram os frutos dela.

Samá ficou famoso por se colocar no meio de um campo e defendê-lo quando os outros fugiram.

Nas lutas do povo do Senhor, vemos diferentes formas de serviço. Há tempos em que o Senhor nos chama para um ataque direto contra as forças do mal, como no caso de Adino. Há ocasiões que o espólio tem de ser tomado pela força, à semelhança do que ocorreu com Eleazar. Também há momentos nos quais somos ordenados a permanecer em nossa posição, e agir na defensiva, como Samá fez. É imprescindível saber discernir as ordens do “Senhor dos exércitos”, a fim de que haja benefícios para Seu povo e glória para Seu Nome!

E, quando ia [Jesus] chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas, agora, isso está encoberto aos teus olhos

(Lucas 19:41-42).

ONDEACHAR PAZ

Um artigo de jornal, comemorando o qüinquagésimo aniversário da criação do estado de Israel em 1998, ostentou a manchete: “Shalom — não há paz sem os Estados Unidos”. Esta era uma alusão à intermediação da América nas negociações de paz de Israel com o Egito e com a Jordânia, como também nos esforços na conquista da paz entre a Síria e a OLP. Pode existir alguma paz verdadeira e permanente no Oriente Próximo?

Quando o Senhor Jesus Cristo, o Rei messiânico de Israel, esteve na terra, Israel perdeu a oportunidade de uma paz duradoura. A nação falhou em reconhecer o que era necessário para sua paz: rejeitou o seu Messias. E o fato permanece: a paz duradoura não será a porção de Israel até que ela aceite Jesus Cristo como seu Salvador. Porém, neste caso, o socorro não virá dos poderes do mundo, mas de Deus.

Paz é um assunto que diz respeito a todos nós. Precisamos dela em nosso meio e em nossa própria alma, pois ela se exprime mediante a tranqüilidade e o contentamento que nos dá. Como podemos obter essas coisas?

O Senhor Jesus Cristo também quer ser o Salvador que nos liberta de todos os nossos inimigos e nos livra de todo o perigo, especialmente o do juízo eterno, o qual todos nós merecemos por causa de nossos pecados. É exatamente nesta questão que Ele quer nos conferir paz com Deus. Essa é a base para qualquer outro tipo de paz. Reconhecemos o que é necessário para a nossa paz? Ou simplesmente fechamos os olhos para isso e buscamos a paz noutro lugar?

Não temas; Eu sou o primeiro e o último; e o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno

(Apocalipse 1:17-18).

INUSITADO REMÉDIO DIVINO PARA OSMALES DA VIDA

As profundas e variadas necessidades da alma são todas satisfeitas com abundância pela morte e ressurreição de Cristo. Se é o pecado que afeta a alma, a ressurreição é a prova cabal da expiação do pecado. No momento em que vejo o Senhor Jesus à destra de Deus, vejo o fim do pecado, pois sei que Ele não poderia estar ali se o pecado não tivesse sido totalmente expiado. Ele foi entregue por nossas ofensas; Ele nos substituiu; Ele tomou sobre Si nossas iniqüidades e desceu à sepultura por causa delas. Mas Deus O ressuscitou dos mortos, e ao fazer isso, expressou Sua completa aprovação da obra de redenção realizada por Seu Filho. Lemos que “por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para nossa justificação” (Romanos 4:25). Portanto, a ressurreição satisfaz plenamente a alma em tudo o que se refere ao pecado.

Portanto, quando andamos no difícil e apertado caminho da vida cristã, compreendemos que o ressurreto Senhor Jesus é o remédio para todos os males da vida. Isso nos é exemplificado em João 20. Maria vai ao sepulcro de madrugada. Seu coração não apenas está triste pela perda de Seu precioso Amigo, mas ela tem de enfrentar a dificuldade de remover a pedra. A ressurreição removeu definitivamente a dor e o fardo de Maria. O Senhor Jesus preencheu o vazio de seu coração e tirou dos ombros dela a carga que lhe era impossível suportar. Ela encontrou a pedra ao lado do sepulcro. E também encontrou seu amado Senhor, cuja morte, por um momento, O escondera de seus olhos. Somente a ressurreição pôde realizar tais coisas poderosas a favor dos pobres mortais necessitados!

1 Samuel 30:1-10

Davi muito se angustiou, porque o povo falava de apedrejá-lo, porque o ânimo de todo o povo estava em amargura… todavia, Davi se reanimou no Senhor, seu Deus

(1 Samuel 30:6).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1 SAMUEL (Leia 1 Samuel 30:1-10)

Deus não permitiu que Davi tomasse parte na batalha contra Saul, cuja vida por duas vezes poupou tão generosamente, nem lutasse contra Jônatas, seu amigo, nem contra Israel, sobre o qual foi chamado a reinar.

Mas, apesar de ter sido poupado disso, Davi agora teria de suportar a disciplina, como todo servo desobediente. Essa disciplina foi o desastre que encontrou ao voltar a Ziclague. Que tragédia para aqueles homens, e especialmente para o líder deles. O que ele mais amava lhe fora tirado. Davi perdeu tudo. Pior que isso – exilado de Israel, perseguido por Saul, rejeitado pelos falsos amigos filisteus -, os amigos fiéis que o acompanhavam desde o começo agora se viram contra ele e desejam apedrejá-lo. Davi não tinha nada… mas Deus estava ao seu lado! E por isso lemos essas notáveis palavras: “Davi se reanimou no Senhor, seu Deus” (v. 6). Não podendo mais contar com nada nem com ninguém, ele compreendeu o que a letra de um antigo hino diz: “Tu permaneces quando nada mais resta”. Então com a força que encontrou em seu Deus, Davi sai resolutamente para perseguir os saqueadores amalequitas.

SANTIFICAÇÃO

 "Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo".1 Co 6:20

SANTIFICAÇÃO

Para o crente existem dois tipos de santificação. Em primeiro lugar "temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez" (HB 10:10), excluídos do mundo do pecado, e separados para Deus. Esta é uma posição imutável a partir do momento da conversão: Todo crente é um santo pelo chamamento e pela vontade de Deus. Esta santificação, que chamaremos de absoluta, é sublime, pois repousa unicamente na obra de Cristo, e portanto é absoluta e perfeita. A ela nada pode ser acrescentado, nem por fidelidade pessoal.

Mas somos chamados a buscar a santificação prática, "sem a qual ninguém verá o Senhor;" (HB 12:14).Somos chamados a consagrar coração e vida a Deus, com toda fidelidade e dedicação. Deus nos comprou com o precioso sangue de seu Filho, e agora pertencemos a Ele, e toda parcialidade do coração e da vida é uma quebra de fidelidade e  semelhante ao roubo do templo.

Se alguém roubasse, na velha aliança, algo do altar, retirando algo da oferta de aroma agradável a Deus, para saciar a sua fome, não teria sido tão triste e desonroso para Deus, como se agora um crente, pelo qual Cristo morreu, viver para si, e oferecer seus "membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade” – e como é fácil e freqüente isto acontecer!

Não nos esqueçamos que não pertencemos a nós mesmos! Fomos comprados por elevado preço. E não é um grande privilégio podermos nos esquecer e servir a Ele, que nos amou de tal maneira?

Porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça

(Romanos 3:22-24).

PESSOALE INDIVIDUALMENTE

Este versículo é um remédio amargo para todos nós. Será que não há mesmo nenhuma diferença entre pessoas boas e ruins? Ou entre um benfeitor e um assassino? Devemos tirar essa conclusão desse versículo ou há outros que explicam melhor essa questão?

É claro que existem grandes diferenças entre as pessoas. Deus sabe disso muito bem. A variação é enorme: há ricos e pobres, simples e inteligentes, os de bom caráter e os criminosos. Mas há uma coisa comum a todos. É o ponto central do versículo de hoje. Todos, sem exceção, pecaram. E todos sofrem a mesma conseqüência do pecado: ninguém alcança a glória divina. É isso o que mantém a humanidade no mesmo nível diante dos olhos de Deus.

Permita-me ilustrar esse tema. O pecado é como uma alta muralha que nos separa de Deus. Qualquer escada, por maior que seja, é totalmente inútil. Então faz diferença se alguém estiver no topo ou ao pé da escada? Não, pois ninguém conseguirá usá-la para vencer a muralha.

Mas, graças a Deus, o versículo de hoje não termina aí. Deus providenciou uma maneira para sermos justificados pela Sua graça. Ele deseja nos redimir por meio de Jesus Cristo, Seu Filho. O que reconhece que não pode atender às exigências divinas e agarra a salvação que Deus oferece em Jesus Cristo é declarado justo. E essa oferta está disponível a todos, mas tem de ser aceita pessoal e individualmente.

E saiu da nuvem uma voz que dizia: Este é o meu amado Filho; a ele ouvi. E, tendo soado aquela voz, Jesus foi achado só

(Lucas 9:35-36).

OBRAS DE ARTE

Precisamos manter nossos olhos no Senhor. A comunhão com os santos é certamente proveitosa e deve ser procurada, mas nunca é perfeita porque somos humanos e falíveis. Se o inimigo puder nos manter ocupados com as imperfeições dos outros, ele conseguirá nos desencorajar, envenenar e, por fim, nos afastar do convívio com os santos. O Espírito de Deus nos mantém ocupados com Cristo, e assim, mostraremos Seu amor e graça para os demais.

Que contraste entre a obra do inimigo e a do Espírito Santo! O inimigo nos faz observar os outros para ver suas falhas e erros. O Espírito nos faz olhar para Cristo, a fim de que reflitamos Sua imagem e ajudemos os outros a serem parecidos com Ele. O amor de Cristo pelos Seus não é baseado no que está neles, mas no que está em Seu próprio coração. Da mesma maneira, o amor que o Espírito produz em nosso coração não se baseia no que está dentro dos outros, mas no que está no coração de Cristo por eles.

O Pai não ama Seus filhos por causa do que vê neles, mas pelo que Ele os fará ser – o perfeito reflexo de Cristo, conformados à Sua imagem. O escultor quando vê um pedaço de mármore, por mais bruto e irregular que seja, não pensa na rusticidade, mas na bela peça que aquilo se tornará ao terminar o trabalho de lixar, esculpir, dar acabamento e tirar tudo o que encobre a beleza da obra. É exatamente assim que temos de olhar uns aos outros: obras de arte sendo trabalhadas pelo supremo Artista.

Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento

(Lucas 15:7).

GOZO NOCÉU

No capítulo 15 de Lucas, o Senhor Jesus quer dar aos fariseus e aos escribas a entender o imenso interesse que Deus tem pelos que se sentem perdidos. Esses últimos, contrariamente aos primeiros, não se achavam melhores que os demais nem dignos do favor de Deus.

A nós, Seus redimidos, quer nos fazer compreender, nas três parábolas desse capítulo de Lucas 15, Seu próprio gozo, o do Pai e o dos anjos, quando um pecador se arrepende.

Certamente nos regozijamos quando uma pessoa se arrepende e vem a Jesus com seus pecados: é uma alma que tem passado da morte para a vida; que tem sido arrancada das garras de Satanás e do inferno. Para nós também é a chegada de um novo irmão ou irmã à família da fé. Os vínculos do amor fraterno se entrelaçam num gozo recíproco.

Mas o gozo do céu é de uma natureza muito mais elevada, pois é o gozo do Deus que ama os homens e quer que todos sejam salvos. O Senhor tem compaixão de todos os homens e mulheres, Suas criaturas privilegiadas, mas que vivem longe dEle debaixo do domínio de Satanás. Então, quando um pecador se arrepende e recebe o Senhor Jesus como seu Salvador, passa a ser um redimido a mais, um filho a mais e uma satisfação a mais para Deus.

Ademais, é um testemunho “para louvor e glória da sua graça” (Efésios 1:6), um novo fruto da vitória do Senhor Jesus na cruz, vitória que para nós é um motivo renovado de adoração.

Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou… E agora, filhinhos, permanecei nele; para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos confundidos por ele na sua vinda… Qualquer que permanece nele não peca

(1 João 2:6, 28; 3:6).

‘ESTAR EM CRISTO’: UMA ESCOLHA

Se esses versículos colocam diante de nós a bênção do estar em Cristo, temos de parar por um instante e perguntar o que entendemos das palavras do Senhor: “Quem está em mim...”. Não é a simples implicação de um viver em tal proximidade de Cristo, que a alma passe a se deleitar em toda a Sua graça e excelências morais, e O tenha como único objetivo de vida e perfeito padrão?

O estar em Cristo também não supõe um coração em comunhão com Ele, um coração que confia inteiramente nEle e O obedece? Acima de tudo, o estar em Cristo não é uma vida sob a influência de Sua presença, possível pela fé?

Se uma pessoa santa e rendida a Deus visitasse nossa casa, a presença dela não teria uma influência restritiva sobre os que ali estivessem? Provavelmente tomaríamos mais cuidado com as palavras e ações. Se esse seria o efeito da presença de alguém sujeito às mesmas paixões que nós, qual seria o efeito da presença do próprio Cristo?

Às vezes tristes cenas acontecem entre o povo do Senhor quando a inveja e a rivalidade prevalecem, ou quando os crentes, impensada ou maliciosamente, ferem uns aos outros com amargura e palavras ofensivas. Podemos tentar justificar nossas palavras fortes. Porém, o melhor seria termos sempre, a todo instante, a cada minuto, a consciência de que ‘estar em Cristo’ é uma escolha nossa. E que nossos atos são conseqüências dessa escolha. Assim muitas palavras, atitudes, atos e pensamentos jamais teriam vez.

Não sabeis que os injustos não hão de herdar o Reino de Deus?... E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus

(1 Coríntios 6:9-11).

PARA ASALVAÇÃO, NÃO CONTAM AS BOAS OBRAS

O pecado é um fardo. Como podemos nos livrar dele? O pecado é uma mancha. Como podemos limpá-la? O pecado é uma dívida. Como podemos quitá-la? O pecado é um abismo que nos separa do céu. Como podemos atravessá-lo? O primeiro passo para o céu é reconhecer que ninguém o merece e nem pode ganhar um lugar lá. Existe apenas uma escolha: aceitar o perdão de Deus ou estar perdido por toda a eternidade.

Os filósofos pagãos proclamam nobres doutrinas morais. O evangelho, contudo, é o único que salva o indivíduo do jeito que ele está, sem tentar melhorá-lo antes. Ele oferece um maravilhoso remédio para uma grave doença – perdão para os pecadores. Isso é o que todos necessitam, mas como e onde as pessoas tentam obtê-lo?

Nenhum ser humano na terra pode perdoar você. O máximo que podem fazer é dizer-lhe onde o perdão pode ser encontrado. Podem servi-lo do pão da vida, mas cabe a você comer dele. Você confia em suas boas obras e orações? Não importa quão boas sejam; isso não o levará para o céu. Deus tem um caminho determinado para tudo. O que realmente precisamos é de uma fé simples: fé no Salvador Jesus Cristo. Muitas pessoas querem dar algo a Deus, uma espécie de pagamento pelo perdão, para se aproximar dEle. Mas Deus nunca irá aceitar tal oferta.

1 Samuel 29:1-11

Não é este aquele Davi, de quem uns aos outros respondiam nas danças, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi, os seus dez milhares?

(1 Samuel 29:5).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1SAMUEL (Leia 1 Samuel 29:1-11)

Como não havia uma guerra declarada entre Israel e a Filístia, a permanência de Davi entre os estrangeiros podia, estritamente falando, ser justificada pelo fato de o ódio de Saul tê-lo levado ao exílio. Porém, na iminência da batalha, essa situação se torna insustentável, e Davi percebe isso. No entanto, ele continua seu jogo duplo, mostrando-se pronto a pegar em armas para combater Israel. Mas o Senhor, em Sua misericórdia, usa a desconfiança dos filisteus para livrar Davi da armadilha que ele mesmo criou para si.

Para o cristão, o mundo não é apenas um estrangeiro, mas um inimigo. Tanto suas ameaças quanto seus elogios são tão perigosos quanto suas manifestações de violência.

O homem que ficou famoso por matar dez mil filisteus esqueceu suas próprias vitórias. Mas seus inimigos, por outro lado, lembravam delas com amargura (v. 5; 21:11). E, se esquecermos a cruz e nosso testemunho anterior, certamente o mundo levantará o dedo e nos dirá: “Esse aí não era o cristão que pensava ser melhor que nós?”.

Sem derramamento de sangue não há remissão

(Hebreus 9:22).

PERDÃOAPENAS MEDIANTE REMISSÃO

“Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”, diz-nos Romanos 3:23, mas o versículo seguinte continua: “sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus”. Esta poderosa mensagem é dirigida a todos sem discriminação, mas só beneficia aqueles que crêem em Cristo.

Entre a audiência de uma congregação, ouvindo esta mensagem do evangelho, havia uma jovem estudante muito atenta a tudo o que se dizia. Ela reconheceu que diante de Deus era uma pecadora culpada, pois sabia que a mensagem se aplicava a todos. Mas foi o aspecto pessoal que a afetou: ela não podia entender porque a redenção só era possível através de Jesus Cristo.

No final da mensagem, ela perguntou ao evangelista:

“Deus não perdoa todo pecado que é sinceramente confessado e julgado diante dEle? Por que preciso de Cristo?”

“Porque Deus só pode perdoá-la com base no sacrifício expiatório de Cristo. Caso contrário Ele teria exigido a sua morte pelos seus pecados”, explicou o pregador.

“Mas Deus deve me perdoar de qualquer forma, porque Ele é amor”, ela retorquiu de modo provocativo.

“Só há uma coisa que Deus deve fazer, e isso é julgar o pecado”, enfatizou o evangelista, “porque Deus não é só amor, Ele também é luz, que significa: Ele é santo e não pode contemplar o pecado. Contudo, Deus perdoará todos os que descansarem na obra de Jesus Cristo. Ele sofreu o juízo de Deus, e Deus é justo e justificará todo aquele que crer no Senhor Jesus. Deus pode perdoá-la, e o fará, desde que Cristo a afiance.”

Então lhes disse Sansão: É assim que fazeis? Pois, havendo-me vingado eu de vós, então cessarei. E feriu-os com grande ferimento, pernas juntamente com coxa; e desceu, e habitou na fenda da rocha de Etã

(Juízes 15:7-8).

O LUGAR DO PODER

Sansão habitou numa fenda da rocha de Etã. Ele permitiu que seus irmãos o amarrassem por um tempo, mas quando o Espírito de Deus veio sobre ele, os cordões se desmancharam, como cera no fogo, e, com uma mandíbula de jumento, Sansão feriu mil homens. O topo da rocha é evidentemente um lugar no qual se obtém a vitória. É estável e firme, pois é inalterável, onde as tempestades não produzem mudança alguma. Nosso Senhor se tornou uma rocha para nós. Ele lançou uma fundação extensa e profunda, a qual nenhuma tempestade ou ataque pode abalar. Aquele que constrói sobre ela está seguro para sempre. Todos os pensamentos e intenções de Deus estão firmes em Cristo, Aquele que foi ressuscitado dentre os mortos – que venceu a morte, e trouxe vida e incorruptibilidade por meio do evangelho.

Se quisermos ser vitoriosos, temos de “cavar, e abrir bem fundo” em Seu maravilhoso caráter; e assim seremos preservados da depressão e do fracasso. Além disso, é apenas quando experimentamos a realidade de Seu poder e graça que nos libertamos das fantasias e ilusões inúteis. Conhecendo quem temos crido, estaremos confiantes que a fundação que Deus estabeleceu permanece firme apesar de todas as tentativas de destruí-la.

O momento da vitória é um momento de grande fraqueza. Sansão sentiu isso. Ele ficou sedento, e clamou ao Senhor: “Pela mão do teu servo tu deste esta grande salvação; morrerei eu pois agora de sede, e cairei na mão destes incircuncisos?” (v. 18). E mais uma vez o Senhor o ajudou. Depois de uma vitória, esteja vigilante, lembrando que “aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe não caia” (1 Coríntios 10:12).

“Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes” (Efésios 6:13).

O salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor

(Romanos 6:23).

A MORTE:O RESULTADO DO PECADO

Certa vez, um filósofo disse: “A morte não tem lugar neste mundo. Não apenas é errado ela existir, mas é nosso dever nem sequer pensar nela!” Contudo, obviamente, o próprio filósofo pensou sobre isso.

A morte não tem lugar neste mundo? Então o que são os milhares de cemitérios do mundo e os milhões de corpos enterrados neles? O pensador rejeitou claramente a afirmação bíblica de que “o salário do pecado é a morte”. Mas, antes do salário ser pago, os resultados do pecado se manifestam cada vez mais: crimes de toda espécie, doenças, miséria, etc.

Se acabássemos com todos os hospitais, médicos e enfermeiras do mundo, aumentaríamos as doenças ao invés de exterminá-las. Se fizéssemos o mesmo com toda a força policial, o crime ultrapassaria todos os limites.

Não! Não há como simplesmente ignorar a morte, pois é loucura tentar esquecê-la. A morte abre as portas para a eternidade. Isso é um aviso para todo ser humano vivo. Cuidemos de nosso futuro eterno. Ele chegará um dia! Podemos escolher estar na presença de Deus, onde haverá alegria e glória, ou na presença de Satanás, onde haverá tormentos insuportáveis por causa da punição divina sobre o pecado. Sua salvação ainda está disponível por meio de Jesus Cristo, a quem você tem de receber pela fé. Depende exclusivamente de você escolher qual porta a sua morte irá abrir.

Sendo, pois, o teu olho simples, também todo o teu corpo será luminoso

(Lucas 11:34).

OLHOS SIMPLES

Todos sabemos como é fácil nos enganarmos, achando que somos justos e estamos fazendo o que é correto. E também como o diabo arquiteta desculpas plausíveis para nos convencer de nossa própria retidão. Ele vem com argumentos que mostram a condição moral de nossa alma como limpa, boa e satisfatória. O próprio fato de pensarmos assim prova nossa total inadequação para avaliar, com uma mente equilibrada e uma consciência espiritualmente ajustada, as conseqüências dessa crença. Se o olho for simples, ou seja, se formos governados por um único objetivo – servir e obedecer ao Senhor Jesus –, não teremos dificuldades em relação ao assunto. Um corredor cujo olhar se fixa no prêmio não será perturbado por qualquer perplexidade ou detalhe irrelevante, nem colocará um peso de cem quilos em volta do pescoço. Tais coisas jamais passam por sua mente.

Mas se estivermos confusos quanto ao caminho que trilhamos, há motivos para suspeitarmos que nosso olho não é simples, pois, certamente, a confusão não é compatível com um “corpo luminoso”. Freqüentemente oramos por direção em assuntos que, se o olho fosse simples e a vontade rendida, não haveria nada a questionar, e, portanto, nem haveria a necessidade de orarmos. Orar acerca de qualquer coisa que a Palavra de Deus deixa clara é uma marca certa de vontade rebelde. Certo escritor colocou bem: “Às vezes buscamos a vontade de Deus, desejando saber como agir em circunstâncias nas quais, definitivamente, não é da Sua vontade que nos encontremos; se a consciência estiver limpa e em plena atividade, sua primeira tarefa seria nos fazer desistir delas”. É a nossa vontade que nos coloca em situações difíceis, e, apesar disso, podemos desfrutar do consolo da ajuda e direção de Deus.

Se você está sendo guiado pelo que acha ser correto, medite no Provérbio 14:12: “Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. E clame como Davi: “Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem” (Salmo 43:3)!

E, se vos digo a verdade, por que não credes?

(João 8:46).

QUAL ÉA SUA ATITUDE EM RELAÇÃO À ETERNIDADE?

Um violento terremoto causou sérios danos a vários edifícios e matou muitas pessoas na Colômbia há alguns anos. Um edifício em particular, um prédio de apartamentos recém-inaugurado, sofreu um abalo tão grande que toda a fachada ruiu e seus moradores foram lançados para fora. A rua em frente ao prédio transformou-se em um amontoado de corpos e mobílias. Um exame na estrutura do edifício revelou que o construtor havia usado ferro, e não aço como constava no contrato, para reforçar a edificação. Ele lucrava com a utilização de um material mais barato. Pensava que era mais esperto que todos. A ganância daquele homem resultou em tragédia para muitas famílias.

A atitude do construtor não nos faz lembrar da maneira como milhões de pessoas tratam as instruções das Sagradas Escrituras? Apesar das claras afirmações sobre o caminho da salvação e do juízo vindouro, elas ignoram seus ensinamentos e advertências tentando “aproveitar ao máximo esta vida”. Sacrificam o futuro, que é eterno, em função do presente, transitório e fugaz.

Não podemos decidir por nós mesmos as condições nas quais Deus terá a obrigação de nos aceitar. O que Paulo falou ao carcereiro é válido para nós também: “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (Atos 16:31). O próprio Filho de Deus, que é justo, abriu o caminho para que o Pai nos aceite por meio de Sua morte na cruz. Receba-O pela fé!

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda

(Salmo 23:5).

CÁLICE TRANSBORDANTE

Há um processo necessário para tornar nossa alma capaz de afirmar: “O meu cálice transborda”. Essa não é a experiência do salmista na primeira parte do Salmo. Ali, ele diz: “O Senhor é meu Pastor”, e acrescenta: “Nada me faltará”. Encontramos o cuidado do Pastor revelado nos pastos verdes e nas águas de descanso, nos quais a alma se revigora para andar nas “veredas da justiça, por amor do Seu nome”.

Mas na última parte do Salmo há uma mudança notável. A alma já não está mais nos pastos verdes e nas águas de descanso, e sim no vale da sombra da morte, ou seja, no leito de morte. Esse é o significado mais comum atribuído a essas palavras. Na prática, a experiência deste Salmo é mais compreendida no leito de morte. Mas não tem de ser assim. Não é isso o que está implícito no versículo: “Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida”.

Para aqueles que conhecem o Senhor, existe uma morte maior que a nossa. Certamente é a sombra de Sua morte, a morte do Salmo 22, que se estende como pano de fundo de toda a história deste mundo. O mundo no qual nosso Senhor foi crucificado é o vale da sombra da morte.

Então o que resta para nós? “Tu estás comigo”. O próprio Pastor é muitíssimo mais precioso que Seu cuidado. Ele é mais precioso do que tudo o que pode dar. Quando a alma atinge a maturidade para entender isso, compreender a cena de Sua cruz, passa-se do estágio de “Nada me faltará” para “Meu cálice transborda”.

1 Samuel 28:15-25

Como tu não deste ouvidos à voz do Senhor e não executaste o fervor da sua ira contra Amaleque, por isso, o Senhor te fez hoje isso

(1 Samuel 28:18).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1SAMUEL (Leia 1 Samuel 28:15-25)

Que cena deprimente! A própria mulher grita em alta voz (v. 12). Pois não foi em razão dos encantamentos dela que Samuel apareceu. Nem ela nem seu mestre, Satanás, tinham o poder de fazer isso. Foi a mão de Deus que, por um momento, abriu a porta do lugar de descanso dos mortos e fez Seu servo Samuel aparecer ali. O que o profeta tem a dizer parece ser a mensagem que, quando ele era ainda criança, fora encarregado de transmitir a Eli (3:11-13). É uma terrível confirmação do juízo do Senhor. Só mais um dia, e isso devia ser executado. O reino estava prestes a ser retirado de Saul e dado a Davi. O rei e seus filhos deviam acompanhar Samuel ao lugar onde os mortos esperam a ressurreição: para a vida ou para o castigo eterno.

O fim deste homem, que tinha começado seu reino com tais promessas, é muito grave. Queridos amigos, lembrem-se bem disto: pessoas de bom caráter, mas que não possuem a nova vida, estão destinadas ao castigo eterno, exatamente como o mais terrível pecador. O Senhor Jesus dá a nova vida a todos que a pedem. E você, a possui?

Todos estes perseveravam unanimemente em oração e súplicas, com as mulheres, e Maria mãe de Jesus, e com seus irmãos

(Atos 1:14).

MARIA: EXEMPLO DE FÉ E HUMILDADE

Aqui encontramos umas poucas mulheres reunidas com Maria. De quem ela era mãe? Muitas pessoas responderiam: “De Deus”. Mas é isso o que o versículo diz? Use qualquer tradução da Bíblia disponível; você jamais encontrará tal expressão. A Bíblia é bastante precisa. Deus não tem mãe. Se tivesse, não seria Deus. Mas, como Homem, o Senhor Jesus tinha uma mãe, sempre mencionada como “mãe de Jesus” ou “mãe do Senhor”.

Devemos nos apegar ao que a Palavra de Deus diz e deixar de lado o que ela não diz. Maria, sem dúvida, foi “agraciada… bendita… entre as mulheres” (Lucas 1:28), por ter sido escolhida para dar à luz o Messias. No entanto, Maria não foi nada além do que ela mesma disse ao anjo mensageiro: “Eis aqui a serva do Senhor” (v. 38). Portanto, a divindade não era um atributo de Maria.

No versículo de hoje, lemos a última referência sobre Maria na Bíblia. Perceba a atitude na qual ela é mostrada: humildemente, em oração, reunida com os irmãos e outras mulheres, que aguardavam a vinda do Espírito Santo.

Maria não teve qualquer participação na obra da redenção. Somente Jesus Cristo é o Mediador entre Deus e os homens (1 Timóteo 2:5). Não encontramos menção do nome dela nas epístolas neo-testamentárias. Porém, Maria é um exemplo de fé e humildade para todos os cristãos.

Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia

(Hebreus 10:25).

UMA BOA PRÁTICA

“Posso servir a Deus do meu jeito, não preciso ir à igreja!” Esse é um pensamento bastante comum. E é verdade no sentido de que todo indivíduo pode adorar e louvar a Deus por si mesmo. Mas a Bíblia não nos transmite a idéia de “ilhas cristãs”. De fato, ela nos afirma justamente o contrário. Quer reconheçamos ou não, gostemos ou não, precisamos uns dos outros. Poder ser que o santo que menos pareça ter importância seja exatamente o escolhido de Deus para suprir uma necessidade em sua vida.

 Quando nos reunirmos com outros cristãos, seria uma boa prática perguntarmos ao Senhor a quem podemos encorajar. Talvez indaguemos qual o objetivo de sair de casa para irmos às reuniões cristãs. Porém, a pergunta certa seria: Vou sair de casa para abençoar quem? De acordo com Hebreus 3:13, deveríamos praticar sempre essa forma de encorajamento: “Exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje”.

Vivemos em uma época na qual temos inúmeras maneiras de entrar em contato com os outros. Telefone, mensagens eletrônicas, celulares e diversas oportunidades baratas de estar em contato com nossos irmãos na fé. Como é maravilhoso receber um telefonema inesperado ou um simples e-mail e saber que alguém está orando por nós! É isso o que o escritor de Provérbios nos lembra quando escreve: “Como água fresca para a alma cansada, tais são as boas novas vindas da terra distante” (25:25), e “A ansiedade no coração deixa o homem abatido, mas uma boa palavra o alegra” (12:25).

Você é do tipo de pessoa que alivia o fardo dos outros ou os sobrecarrega? Você percebe que “as palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos” (16:24)?

Os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os

(Romanos 2:15).

A VOZDA CONSCIÊNCIA

Todos têm uma consciência. Ela nos faz sentir vergonha quando fazemos algo errado e nos faz sentir felizes quando realizamos alguma coisa boa. Mas o certo e o errado não são conceitos relativos? Contudo, todos temos dentro de nós uma espécie de trena com a qual medimos nossos atos.

Imaginemos que nossa consciência seja um instrumento de medição que cumpre três papéis. Ela tem uma “escala” com um “ponteiro” extremamente sensível que nos capacita a distinguir o bem do mal. E também possui um sistema de “alarme de segurança” que é acionado quando estamos prestes a cometer um erro ou tão logo erramos. E ainda tem uma “memória” onde fica armazenado tudo o que já fizemos.

A voz da própria consciência pode nos atormentar. Certas pessoas tentam abafá-la com todo  tipo de distrações ou mesmo com atividades religiosas, mas freqüentemente em vão. Essa voz continua nos importunando. Ela nos faz entender que existe um padrão de justiça superior ao nosso e que, mais cedo ou mais tarde, teremos de prestar contas de como estamos conduzindo nossa vida.

Essa misteriosa voz da nossa consciência encontra eco nas afirmações da Bíblia. O que tal voz diz abala eficazmente nosso interior quando confirmada pelo testemunho da Palavra de Deus.

No plano moral, a consciência exerce a mesma função que a dor física. Ela nos avisa que precisamos urgentemente ir ao Médico da alma, o Senhor Jesus Cristo.

Moisés… viu que um egípcio feria a um hebreu, homem de seus irmãos. E olhou a um e a outro lado e, vendo que não havia ninguém ali, matou ao egípcio, e escondeu-o na areia

(Êxodo 2:11-12).

SERVOS ENCARCERADOS

A mensagem desta folhinha foi escrita por um prisioneiro.

“Para meus irmãos e irmãs que estão nas prisões:

Eu também sou um prisioneiro, e Deus tem colocado em meu coração rogar que vocês sejam servos do Senhor exatamente onde se encontram agora. Sim, muitas pessoas, e até mesmo os cristãos, pensam em você e eu como criminosos indignos, mas se olharmos a Bíblia, veremos como Deus pensa diferente! Ele nos chama para servi-Lo e honrá-Lo. Vejam só Moisés. Ele cometeu um assassinato! Será que não sabia que era errado matar? É claro que sabia, mas, apesar de ser um assassino, Deus o chamou mais tarde para tirar Seu povo do Egito. Inicialmente Moisés relutou, porém com a direção de Deus, quantas coisas ele realizou! Hoje, Deus chama homens e mulheres, mesmo os que estão atrás das grades, para fazer coisas que Ele considera valiosas.

Vejam também como Paulo e Silas se comportaram quando estiveram presos. Em Atos 16:23-24, vemos esses dois homens sendo injustamente açoitados e lançados na prisão; e não apenas na prisão, mas no ‘cárcere interior’, o ‘buraco’! Quantos de nós já ficamos aí! Será que os dois fizeram o que muitos fazem? Não! Eles começaram a orar e a cantar hinos de louvor ao Senhor, e os outros prisioneiros os ouviam. Continuaram a fazer a obra do Senhor mesmo estando no pior lugar da prisão. Como resultado do testemunho deles, o carcereiro e sua família foram salvos!

Você e eu, muito embora presos justamente devido a nossos crimes cometidos, mas salvos pela graça de Deus e pela fé na obra redentora do Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo, temos uma responsabilidade para com os incrédulos que estão nas prisões. Temos de andar nesse território como povo de Deus, vivendo a vida de Deus. Se fizermos isso, haverá bênção para os outros – e para nós também!”

Vinde, então, e argüi-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã

(Isaías 1:18).

ACONTAMINAÇÃO

Supostamente encontra-se solo contaminado onde antes havia fábricas ou onde foram colocados depósitos de lixo. Quer a poluição esteja na superfície ou tenha penetrado no solo, quer algum dano já tenha sido feito ou não, o solo contaminado é sempre um perigo para o lençol freático e para a saúde das pessoas. Tendo identificado o perigo, as autoridades começam a tomar medidas de saneamento limpando tais terrenos. Há alguma contaminação de antigos pecados em nossa vida pessoal que ainda precisam de limpeza? Provavelmente eles não estão na superfície, mas ocultos, onde ninguém sabe a respeito. É também possível que eles não tenham trazido quaisquer outras conseqüências.

Apesar dos enormes gastos, as autoridades fazem tudo o que podem para evitar catástrofes ambientais. Talvez em nosso próprio caso não levamos a questão tão a sério; contudo, precisamos fazê-lo, antes que seja tarde demais. O pecado e o rastro de cicatrizes que ele deixa podem levar a graves conseqüências. Até agora o pecado nos tem separado de Deus. E conseqüentemente nos trará o juízo eterno.

Deus nos oferece os meios para a purificação de nossa vida. Se abrirmos nosso coração para Deus e para Seu amor e levarmos diante dEle toda a nossa culpa, escaparemos das conseqüências catastróficas e eternas do pecado. Deus purificará o nosso coração e a nossa vida, porque o Senhor Jesus Cristo sofreu o castigo em nosso lugar na Sua morte. E Ele nos concederá nova vida — uma vida que poderá ser vivida em comunhão com Ele.

E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto

(Efésios 2:17).

SOMENTE ELE PODERIA

Ninguém, a não ser o infinitamente Santo poderia satisfazer a infinita santidade de Deus – somente a infinita perfeição poderia corresponder à infinita justiça de Deus. Apenas Cristo poderia magnificar Deus com relação ao pecado. As incontáveis ofertas e sacrifícios da Lei jamais satisfizeram o coração de Deus no tocante ao pecado: “Sacrifício e oferta, e holocaustos e oblações pelo pecado não quiseste, nem te agradaram” (Hebreus 10:8).

Portanto, Deus preparou um corpo para Seu Filho, dentro do qual Ele deveria sofrer pelo pecado, o que fez voluntariamente: “deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu” (Salmo 40:8). Tendo acabado o trabalho que Seu Pai Lhe havia designado, tendo bebido até o fim o amargo cálice, e tendo voltado à glória e sentado à destra da Majestade nas alturas, nada mais restava a ser feito. E por meio dEle, o “evangelho da paz” é pregado aos pecadores.

E como houve somente uma Pessoa capaz de satisfazer a justiça de Deus quanto ao pecado, houve somente um único caminho pelo qual tal Pessoa pôde cumprir essa tarefa. O Senhor Jesus não fez a paz ao se tornar um bebê em Belém, nem por Suas lágrimas, obras, poderosos milagres de amor, ou sequer por Sua vida santa. Não! A obra só podia ser cumprida por Sua morte: “Sem derramamento de sangue não há remissão” (Hebreus 9:22).

Até que as exigências da Justiça Divina quanto ao pecado fossem satisfeitas, não poderia existir paz. Nossos pecados tinham de ser expiados. O Senhor Jesus tomou nosso lugar e sofreu o que devíamos sofrer. “O castigo que nos traz a paz estava sobre ele” (Isaías 53:5). E não temos nenhuma participação nessa poderosa obra de pacificação; o que nos cabe é crermos nela e louvarmos a Deus por tudo o que o Senhor Jesus fez por nós.

1 Samuel 28:1-14

Mas, porque clamei, e vós recusastes; porque estendi a minha mão, e não houve quem desse atenção; antes, rejeitastes todo o meu conselho e não quisestes a minha repreensão; também eu me rirei na vossa perdição e zombarei, vindo o vosso temor, vindo como assolação o vosso temor, e vindo a vossa perdição como tormenta, sobrevindo-vos aperto e angústia. Então, a mim clamarão, mas eu não responderei; de madrugada me buscarão, mas não me acharão

(Provérbios 1:24-28).

MEDITAÇÕES SOBRE O LIVRO DE 1SAMUEL (Leia 1 Samuel 28:1-14)

Enquanto Davi está em Gate, em uma posição dúbia e perigosa, Saul passa por uma situação mais terrível ainda. Confrontado pelos filisteus, reunidos para outra guerra, o coração de Saul treme porque não havia nada em que podia apoiar-se. Tendo abandonado o Senhor, Saul foi abandonado por Ele. Saul fez tudo o que podia, mas foi perda de tempo. Deus não o ouviu! É uma solene ilustração de Provérbios 1:24-28. Não esqueçamos que nem mesmo um crente pode esperar conhecer a vontade de Deus se há algo errado em sua consciência.

Hoje em dia, muitas pessoas ainda acham que podem recorrer aos mortos. O diabo usa isso para desviar essas pobres almas supersticiosas. Na verdade, elas não estão comunicando-se com os mortos, mas com demônios.

Filhos de Deus, não sejam curiosos acerca dessas coisas. Elas são uma abominação aos olhos de Deus (Deuteronômio 18:10-12; Levítico 19:31). Saul sabia disso. Nos tempos áureos, ele havia expulsado os médiuns de Israel (v. 3). Porém, como era um homem instável e carnal, ele procurou a feiticeira de Endor.

Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a vexação não podes contemplar

(Habacuque 1:13).

UMAOBRA QUE BENEFICIA O PECADOR ARREPENDIDO

É comum se ouvir que aquilo que as pessoas pensam e praticam é um comportamento aceitável. Isso parece ser o que baliza a vida de muitos indivíduos hoje em dia. Se alguém ousar contestar os princípios morais que estão em vigor, logo ouve a pergunta: “O que há de errado com isso?” A afirmação bíblica de que todos pecaram é bastante conhecida, mas assume-se que se todos fazem determinada coisa, então tal coisa não pode ser assim tão trágica e má.

É dessa forma que a humanidade reduz a gravidade do pecado! Rapidamente nos acostumamos ao mal, fazendo com que nem percebamos quando nossa vida não está em ordem. Até nos deleitamos com as coisas que a Bíblia chama de pecado.

Por mais que algo seja habitual, nunca deixará de ser pecado, e nem em milhares de anos Deus se acostumará ou aceitará isso em nossas vidas. O pecado que nos dá tanto prazer O enoja. Ele o condena, e um dia nos chamará para prestarmos contas do que fizemos.

Mas, glória a Deus, há um outro lado dessa moeda. Deus odeia o pecado, porém nos ama, mesmo quando pecamos. E foi por isso que enviou Seu Filho, Jesus Cristo, a este mundo, para fazer propiciação pelo pecado através de Sua morte. Essa obra beneficia todos aqueles que se arrependem sinceramente, confessam seus pecados e, pela fé, aceitam o que Cristo fez na cruz.

Não há homem que não peque.

E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados

(1 Reis 8:46; Efésios 2:1).

MÉDICOPARA OS DOENTES

Todos os que distribuem folhetos evangelísticos enfrentam as mais variadas reações. Quando ofereci um deles a certa mulher, ela disse: “Não, obrigada! Não sou religiosa”. Ela iria continuar seu caminho se eu não tivesse dito: “Eu não distribuo estes folhetos para crentes, mas para incrédulos como você”. Ela me olhou confusa e falou: “Então me dê um. Eu irei ler”.

Um policial também disse: “Isso não é para mim. Eu sou um genuíno ateu”. Brincando, ele falou a verdade, pois é preciso muita convicção em suas crenças para ser um genuíno ateu.

Quer você seja um ateu, uma pessoa religiosa ou um honesto cidadão, a religião não faz diferença: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). Aos olhos de Deus, “não há um justo, nem um sequer” (Romanos 3:10). Todos necessitam da graça salvadora de Deus que se manifestou há dois mil anos na Pessoa do Senhor Jesus Cristo.

O Senhor Jesus disse: “Não necessitam de médico os sãos, mas sim, os doentes” (Mateus 9:12). É normal consultar um médico quando se está doente. Então, quem estiver sofrendo em sua alma pode chegar-se ao Salvador, o Senhor Jesus, para ser curado. Seu sangue, vertido na cruz, purifica de todo pecado.

Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria, tomando um arrátel de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungüento

(João 12:2-3).

UM SERVIÇO ESPECIAL (2)

Nós sabemos o que é atacar os poderes do mal, tirar o espólio das fileiras do inimigo, e permanecer no mesmo lugar para defender a verdade. Esses são momentos na batalha cristã. Também sabemos o que é se envolver nas lutas do Senhor, mas será que conhecemos um tipo especial de serviço, o qual é realizado unicamente para satisfazer o coração de Cristo? “Quem me dera”, exclamou Davi. Não existem ocasiões em que podemos dar algo a Quem nos deu tudo? Quando esteve em Betânia, fizeram-Lhe algo: “Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia”. É um raro privilégio ser capaz de ministrar a Cristo algo que alegrará Seu coração!

O serviço de Maria foi desse tipo especial. Seis dias antes da Páscoa, ela ungiu os pés do Senhor com um caro ungüento e os enxugou com seus cabelos. Não estava ela, diante do ódio de seus inimigos e das murmurações dos amigos, refrescando o coração do desprezado e rejeitado Filho de Davi? Naquele exato momento, o mundo estava tramando o covarde assassinato do Messias. E o cheiro do ungüento de Maria subiu diante do Senhor como aroma suave. E encheu toda a casa onde se encontravam.

A exclamação de Davi, “Quem me dera”, não foi uma antecipação do pedido do Senhor: “Fazei isto em memória de mim” (Lucas 22:19)? Quando respondemos a este anseio, não estamos lutando as lutas do Senhor, nem despojando o inimigo, nem defendendo a verdade, mas fazendo algo inteiramente para Cristo; estamos ministrando ao Seu coração, respondendo voluntariamente ao Seu amor, realizando um serviço especial para Aquele a quem amamos.

Também três dos trinta chefes desceram, e no tempo da sega foram a Davi… Davi estava então num lugar forte, e a guarnição dos filisteus em Belém. E teve Davi desejo, e disse: Quem me dera beber da água da cisterna de Belém… Então aqueles três poderosos romperam pelo arraial dos filisteus, e tiraram água da cisterna de Belém… e a trouxeram a Davi; porém ele não a quis beber, mas derramou-a perante o Senhor. E disse: Guarda-me, ó Senhor, de que tal faça

(2 Samuel 23:13-17)

UM SERVIÇO ESPECIAL (1)

O poço de Belém. A bela história de três homens que tiraram água do poço de Belém é precedida pelo relato das grandes façanhas dos três mais poderosos entre os poderosos homens de Davi. Quando, contudo, chegamos a esse ponto da história, vemos uma forma bem diferente de serviço.

Davi estava num lugar forte, enquanto uma guarnição dos filisteus ocupava o lugar que antes era a casa dele. Davi, pensando no poço de Belém, expressa seu desejo pela refrescante água que ali havia. “Quem me dera beber da água da cisterna de Belém”, suspirou. Não era uma ordem que exigia obediência, não era um chamado ao serviço, era apenas a expressão de um ardente desejo. No entanto, isso serviu para despertar no coração daqueles três homens a vontade de realizar um ato de amor que nenhuma ordem poderia despertar!

Muitos estariam dispostos a arriscar a vida executando algum serviço em favor do reino; mas esses três homens estavam prontos a encarar a morte apenas para fazer algo inteiramente voltado para a satisfação de um desejo de Davi. Eles atravessaram o acampamento dos filisteus, tiraram água do poço, e a trouxeram a Davi. Esse ato de devoção agradou ao coração de Davi, mas ele viu nisso um sacrifício do qual somente o Senhor era digno. Portanto, se recusou a tomar a água e a derramou perante o Senhor.

Portanto, assim te farei, ó Israel! E, porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus.

Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo

(Amós 4:12; Colossenses 4:5).

UMAPERGUNTA OBJETIVA

Um pregador suíço grandemente abençoado por Deus tinha por hábito começar qualquer conversa perguntando sobre o destino eterno de seu interlocutor. Certo dia, em Lausanne, ele viu alguém pelas costas e pensou ser um conhecido a quem havia falado do Senhor Jesus. Ele apressou o passo, alcançou a pessoa, deu-lhe um tapinha nos ombros e perguntou: “Como estão as coisas com sua alma?” O homem então se virou e o pregador percebeu que era a pessoa errada. Ele se desculpou e seguiu seu caminho.

Quatro anos depois, ao final de uma reunião dirigida por esse pregador, um homem se aproximou dele e disse: “Sou extremamente grato a você”. O pregador ficou surpreso. O homem continuou: “Você não está me reconhecendo? Uma vez, por engano, você me perguntou: ‘Como estão as coisas com sua alma?’ Sua pergunta atravessou minha consciência como uma flecha. Eu não podia esquecê-la. Confessei meus pecados ao Senhor Jesus e agora sei que eles foram perdoados”.

Responda essa mesma pergunta: Como estão as coisas com sua alma? Não podemos viver mais nenhum dia sem decidir essa questão. Se não estamos prontos a nos encontrar com Deus ao final de nossas vidas, então estamos perdidos. Se não O aceitarmos agora como nosso Salvador, enfrentaremos Deus como Juiz de mortos e vivos, a quem prestaremos contas.

E todos ficaram maravilhados, e glorificaram a Deus; e ficaram cheios de temor, dizendo: Hoje vimos prodígios

(Lucas 5:26).

VIVENDO PARA DEUS

O Senhor Jesus é o resumo de toda beleza e perfeição possíveis. O Homem Cristo Jesus cresceu no favor de Deus e dos homens. Ele era sempre o Servo de todos. A primeira coisa que me surpreendeu quando li os evangelhos foi o fato de que ali estava um Homem que jamais fez algo para Si mesmo. É um milagre ver Alguém que não viveu para Si próprio, pois Seu prazer era viver inteiramente para Deus.

Os evangelhos revelam um Homem no qual não havia qualquer egoísmo. Eles nos mostram um coração sempre pronto a servir. Até em Seus momentos de profunda dor, Ele sempre cuidava dos outros. Advertiu Pedro no Getsêmani, confortou o moribundo ladrão na cruz. Seu coração estava acima das circunstâncias, jamais agindo pela pressão delas, mas totalmente de acordo com a vontade de Deus.

O único ato de desobediência que Adão poderia cometer, ele cometeu; mas Ele que tinha poder para fazer o que quisesse, usou Seu poder para efetuar o mais perfeito serviço, a mais perfeita sujeição. Que maravilhoso é contemplar os caminhos do Senhor Jesus neste mundo!

Quanto mais fiel era, mais desprezado e rejeitado; quanto mais humilde, menos estimado; mas isso não alterou nada, porque tudo que fez, fez para Deus. As multidões, os discípulos, os injustos juízes, enfim, não havia o que pudesse alterar a perfeição de Seus caminhos, pois veio para cumprir a vontade do Pai e agradar somente a Ele.

O que foi então a vida do Senhor Jesus, o Homem de dores e acostumado ao sofrimento? Uma vida de trabalhos na obscuridade, fazendo o amor de Deus penetrar nos cantos mais escondidos da sociedade, e onde as necessidades eram mais extremas. O Senhor Jesus não Se protegeu da miséria deste mundo; ao contrário, trouxe o amor de Deus até nós. E isso Lhe custou tudo!