Sendo, pois, o teu
olho simples, também todo o teu corpo será luminoso
(Lucas
11:34).
OLHOS SIMPLES
Todos sabemos como é
fácil nos enganarmos, achando que somos justos e estamos fazendo o que é
correto. E também como o diabo arquiteta desculpas plausíveis para nos
convencer de nossa própria retidão. Ele vem com argumentos que mostram a
condição moral de nossa alma como limpa, boa e satisfatória. O próprio fato de
pensarmos assim prova nossa total inadequação para avaliar, com uma mente
equilibrada e uma consciência espiritualmente ajustada, as conseqüências dessa
crença. Se o olho for simples, ou seja, se formos governados por um único
objetivo – servir e obedecer ao Senhor Jesus –, não teremos dificuldades em
relação ao assunto. Um corredor cujo olhar se fixa no prêmio não será
perturbado por qualquer perplexidade ou detalhe irrelevante, nem colocará um
peso de cem quilos em volta do pescoço. Tais coisas jamais passam por sua
mente.
Mas se estivermos
confusos quanto ao caminho que trilhamos, há motivos para suspeitarmos que
nosso olho não é simples, pois, certamente, a confusão não é compatível com um
“corpo luminoso”. Freqüentemente oramos por direção em assuntos que, se o olho
fosse simples e a vontade rendida, não haveria nada a questionar, e, portanto,
nem haveria a necessidade de orarmos. Orar acerca de qualquer coisa que a
Palavra de Deus deixa clara é uma marca certa de vontade rebelde. Certo
escritor colocou bem: “Às vezes buscamos a vontade de Deus, desejando saber
como agir em circunstâncias nas quais, definitivamente, não é da Sua vontade
que nos encontremos; se a consciência estiver limpa e em plena atividade,
sua primeira tarefa seria nos fazer desistir delas”. É a nossa vontade que nos
coloca em situações difíceis, e, apesar disso, podemos desfrutar do consolo da
ajuda e direção de Deus.
Se você está sendo
guiado pelo que acha ser correto, medite no Provérbio 14:12: “Há um
caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”.
E clame como Davi: “Envia a tua luz e a tua verdade, para que me guiem” (Salmo 43:3)!
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