terça-feira, 15 de outubro de 2024

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar. 2 Timóteo 3: 16

Nos quatro Evangelhos, o Senhor Jesus às vezes é apresentado de forma muito diferente, por exemplo, em termos da ordem e da maneira como os eventos e as palavras do Senhor são comunicados a nós.


Qual é a justificativa para essas diferenças? A fraqueza dos homens que fizeram o melhor que puderam ao escrever os relatos, mas que não se pode esperar que concordem absolutamente uns com os outros? - Afinal de contas, mesmo as melhores e mais capazes pessoas nem sempre concordam em seus pensamentos, sentimentos, medos e julgamentos.


Ou será que devemos atribuir essas aparentes inconsistências não à fraqueza do homem, mas à sabedoria de Deus? E não deveríamos considerar as diferentes nuances como sendo a verdade plena tanto quanto as semelhanças óbvias? Não nos esqueçamos nem por um momento de que os livros da Bíblia preservam maravilhosamente a individualidade dos escritores. Mas devemos nos dar conta de que a individualidade preservada é algo bem diferente do erro permitido. A inspiração divina não permite o erro nem destrói a individualidade.


O fato de haver numerosas e marcantes diferenças nos Evangelhos só pode permanecer oculto para um leitor superficial. O fato de essas diferenças serem desejadas por Deus e não devidas ao descuido humano é certo para o crente. Se alguém professa a inspiração dos Evangelhos, mas ao mesmo tempo os acusa de quaisquer erros, ele se engana e peca contra Deus. A inspiração deixaria de ser inspiração se fosse compatível com o erro. O fato de podermos explicar as diferenças e mostrar como elas são necessárias, razoáveis e divinamente perfeitas depende da compreensão espiritual e da capacidade do intérprete. Mas nenhum cristão pode ficar indiferente quando a credibilidade da Palavra de Deus é questionada. 


De acordo com William Kelly (1821-1906)


Leitura diária da Bíblia: 2 Reis 13: 10 - 25; 1 João 1: 5 - 10

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