Lança o teu cuidado sobre o SENHOR, e ele te susterá; nunca permitirá que o justo seja abalado.  Salmo 55: 22

Sentimos que parte do que nos é imposto é um fardo pesado. Gememos sob essas cargas (2 Coríntios 5: 2, 4). Mas quem os impôs a nós é o SENHOR (Jó 1: 21; 2: 10). Devemos lançar a preocupação associada a um fardo sobre Deus com confiança "porque ele tem cuidado de vós" (1 Pedro 5: 7).

Um fardo pode exceder nossas possibilidades e capacidades naturais (2 Coríntios 1: 8), mas Ele "dá vigor ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor" (Isaías 40: 29). Então aprenderemos que a prova não é maior que a força, que está disponível para nós (1 Coríntios 10: 13).

Deus é "o Salvador de todos os homens, principalmente dos fiéis" (1 Timóteo 4: 10). Ele vai nos salvar também. Deus nos prova, sim, Ele nos purifica. Ele pode colocar um fardo pesado sobre nós, mas Ele nos mantém vivos (leia: Salmo 66: 9 - 12).

Ele nunca permitirá que os justos vacilem. Nunca - que palavra! Porque Deus "de maneira alguma cochila nem dormita" (Salmo 121: 3, 4).

No Salmo 62, Davi vê Deus como sua rocha, como sua salvação e como seu baluarte. Mas Davi também conhece o poder, a astúcia e as mentiras de seus inimigos. Mas quando ele pensa no que Deus quer ser para ele, ele diz: "não serei muito abalado".

A quem se aplica essa grande promessa? De acordo com nosso verso de hoje, isso se aplica aos justos! No Antigo Testamento, valia para todos que viviam uma vida de fé temente a Deus. E também no Novo Testamento, existem aqueles que vivem pela fé (Romanos 1: 17; Gálatas 3: 11).

Vamos resumir:

• Devemos aceitar da mão do Senhor os fardos que nos são impostos e lançar o cuidado sobre Ele. 
• O Senhor nos dará forças, nos manterá e guardará de ser abalados.

E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Romanos 6: 18

A liberdade é uma necessidade humana básica. Esta é uma das razões pelas quais inúmeras guerras de liberdade foram travadas. Mas até hoje, a humanidade suspira sob restrições, opressão e escravidão.

Além das restrições externas, algumas pessoas também sentem uma restrição interior, uma tendência para o negativo. Elas se sentem presas de alguma forma e tentam alcançar a verdadeira liberdade com mais disciplina ou meditação. Mas essas terapias ajudam?

As terapias só são bem-sucedidas se a causa de um problema for clara. Em última análise, a causa profunda da falta de liberdade é o pecado. Todo mundo tem uma natureza pecaminosa e depravada dentro de si, que a Bíblia chama de "carne". Não há nada bom nesta carne, e é incorrigível.

A única coisa que ajuda os homens a pôr fim à vida pecaminosa é morrer - não fisicamente, mas espiritualmente. E nós não podemos fazer isso sozinhos. Mas existe uma solução: Jesus Cristo se tornou homem e morreu para que "não sirvamos mais ao pecado" (Romanos 6: 6). Se a morte dele se tornar nossa morte, se estivermos unidos a ele na morte dele, seremos livres.

No momento em que nos vemos como pecadores perdidos como Deus nos vê, e reconhecemos em Jesus Cristo nosso Salvador e crermos que Ele morreu em nosso favor, "somos feitos um com ele na semelhança da sua morte". Então somos realmente livres - absolvidos do pecado. Tornamo-nos um novo homem e podemos “andar em novidade de vida” (Romanos 6: 4, 5).

Como novo homem, temos novos interesses e novos objetivos: queremos fazer o que nosso Senhor Jesus deseja. Viver inteiramente para Ele - é a maior liberdade de uma pessoa.

Todos estes morreram na fé, sem terem recebido as promessas, mas, vendo-as de longe, e crendo nelas, e abraçando-as, confessaram que eram estrangeiros e peregrinos na terra. Hebreus 11: 13

Sim, é verdade: a fé pode ver! A fé bíblica vê a longas distâncias e além de obstáculos; ela vê o que ainda não existe, mas que foi prometido por Deus! Portanto, a fé não é de modo algum cega. A visão da fé é clara e determinada e, quando é posta à prova, não desiste. A fé é calma e serena, não se desespera nem entra em pânico. Isto só se pode entender, quando se conhece Aquele que é a origem dessa fé.

Sadraque, Mesaque e Abednego estão na frente do rei Nabucodonosor. Em sua arrogância, ele quer forçá-los a se prostrarem diante da imagem, caso contrário, eles seriam jogados na fornalha de fogo ardente. Ele observa com desdém: “E quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos?” - Deus vê e ouve, mas Ele não envia nenhuma luz para derrubar o orgulhoso rei. Também a terra não se abre para o engolir.

Deus faz os três amigos responderem com fé: “Eis que o nosso Deus, a quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.” Somente uma fé que vê além do visível, mesmo além da morte, pode responder dessa maneira, porque vê os pensamentos eternos e imutáveis ​​de Deus. E essa fé é recompensada (Daniel 3: 15 - 18).

Especialmente hoje, quando pensamentos e sentimentos são tão facilmente distraídos e onde as tentações são tão grandes, precisamos dessa fé! Portanto, estejamos conscientes repetidas vezes: todas as promessas de bênçãos de Deus serão cumpridas no Senhor Jesus! É por isso que queremos manter nossos olhos fixos Nele.

E voltaram os setenta com alegria, dizendo: Senhor, pelo teu nome, até os demônios se nos sujeitam. Lucas 10: 17

Pessoas de sucesso estão em demanda. A vida requer atividade, e quanto maior o sucesso, maior o incentivo para fazer mais. Isso cria um ciclo vicioso que ameaça arrastar as pessoas e o sucesso logo se torna um fim em si mesmo. Conseguir mais, mais reconhecimento, mais dinheiro!

Até os crentes correm o risco de serem arrastados por ele. Quão séria é a palavra que valeu a Israel: "E ele satisfez-lhes o desejo, mas fez definhar a sua alma." A vida espiritual afrouxa, a alegria no Senhor se esvai e o interesse nos seus negócios e na obra dele diminui cada vez mais (Salmo 106: 15).

Mas há também algo como "sucesso espiritual". Os setenta ficaram contentes com o que puderam fazer pelo Senhor. Apesar de acrescentaram "pelo teu nome", também se pode perceber que eles estavam muito satisfeitos e contentes com a habilidade que o Senhor lhes havia dado. Por isso, Ele dirigiu seus pensamentos em uma direção diferente: “Não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos, antes, por estar o vosso nome escrito nos céus.” Eles não poderiam ter feito isso, era a obra Dele (Lucas 10: 20).

O apóstolo Paulo escreveu aos coríntios: "E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias como se não o houveras recebido?” Tudo é graça concedida, nada vem de nós mesmos (1 Coríntios 4: 7).

É por isso que queremos cumprir nossos deveres na obra do Senhor com humildade - para a sua glória e não para que possamos apresentar um sucesso visível. O que conta para Ele é apenas o que Ele mesmo pode operar através de nós.

O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O SENHOR é a fortaleza da minha vida; a quem temerei? Salmo 27: 1

O homem emigrou da Escócia para o Canadá com seus pais há muitos anos. Ainda lembrava-se bem dessa viagem: era uma travessia tempestuosa com mau tempo. Seu navio era agitado de um lado para outro pelas ondas, como um brinquedo.

Eles também passaram por grandes icebergs que imóveis no mar tempestuoso, como poderosos castelos brancos. As ondas batiam nas paredes altas desses enormes blocos com a mesma força que atingiam o casco do navio. Os ventos uivavam violentamente em torno de seus picos, bem como em torno dos mastros do navio. Mas os icebergs não dançavam para cima e para baixo como rolhas de cortiça, deslizavam uniformemente pelo mar agitado e desafiavam os elementos da natureza.

Qual é o segredo dessa resistência? Os icebergs mergulham profundamente no oceano. Apenas cerca de um sétimo de sua altura se eleva acima da água. Portanto, a tempestade pouco pode fazer a eles porque eles oferecem apenas uma pequena face ao ataque.

É semelhante na vida de fé. Se estivermos profundamente enraizados na Palavra de Deus e confiarmos em Seu amor e poder, também não vacilaremos nas tempestades da vida. Por outro lado, se permitirmos que a comunhão com Deus seja perturbada, incidentes relativamente menores podem nos perturbar. Nossa vida então se torna refém das circunstâncias.

Não há poder em nós mesmos para suportar as dificuldades da vida. Mas encontramos firmeza em Deus. Ele certamente nos fará passar por todas as provações.

“Tenho andado em minha sinceridade; tenho confiado também no SENHOR; não vacilarei.” Salmo 26: 1

Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou? Mateus 16: 15

O Senhor Jesus acabou de ouvir de seus discípulos como os homens em Israel geralmente pensam sobre ele. E embora essas opiniões revelem algum respeito pela pessoa de Jesus, elas não acertam o cerne da questão.

Agora o Senhor está se voltando para os discípulos. Ele pergunta àqueles que O seguem, que viram e ouviram muito mais Dele do que todos os outros. O que dirão, sim, o que eles pode dizer sobre ele?

Eles vivenciaram muito com seu mestre e o viram em seu ministério. Deve ter penetrado profundamente em seus corações, o amor e a graça com que Ele trabalhou entre os homens e com que sabedoria Ele respondeu a todas as questões. E, pessoalmente, eles receberam muitas lições de seu Senhor. Quando eles vieram a Ele com perguntas ou se Ele “os chamou à parte” e falou com eles “no caminho” (cf. Mateus 20: 17).

Assim, foi permitido aos discípulos conhecer o Senhor Jesus cada vez mais naquele tempo, e o Senhor podia esperar que o essencial sobre sua pessoa estivesse claro para eles e que eles o diriam francamente.

O que poderíamos dizer sobre nosso Senhor hoje se nos perguntassem? Certamente - Ele está no céu hoje, e ainda assim não estamos em desvantagem em comparação com os discípulos. Temos a completa Palavra de Deus em nossas mãos e podemos “examinar as escrituras” porque elas “testificam dele” (João 5: 39).

Que ganho interior para nós, quando lemos a Bíblia, para descobrir os traços de suas glórias tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

E, como os discípulos, também temos experiências diárias de fé com nosso Senhor, sobre as quais podemos contar aos outros.

Porei nele a minha confiança. Hebreus 2: 13

É uma palavra bonita e, acima de tudo, muito apropriada para os remidos. Porque a autoconfiança em vez da confiança em Deus ainda é um perigo para um cristão.

Mas o que é especial em nosso versículo hoje é que aqui uma citação do Antigo Testamento se refere ao Senhor Jesus, o Filho de Deus. O Senhor se tornou um homem tão real quanto nós, mas sem pecado, mesmo que Ele sempre tenha permanecido Deus ao mesmo tempo. Mistério inexplorável! É isso que a carta aos hebreus quer destacar: Cristo se tornou um homem verdadeiro. Como prova disso, é citada esta palavra de Isaías 8 ou Salmo 16.

E o milagre é: Cristo se humilhou tanto que voluntariamente se tornou dependente de Deus em tudo. Essa confiança e dependência foram postas à prova quando Deus O desamparou na cruz. Sabemos pelo Salmo Profético 22 que Cristo estava lá pensando nos pais que foram salvos porque confiavam em Deus, mas Ele mesmo teve que sofrer o juízo pelos nossos pecados nesses momentos. O Messias, por assim dizer, fala sobre si mesmo neste Salmo de que Ele esteve "lançado sobre Deus" desde o início de sua jornada terrena. No entanto, foi precisamente sua confiança em Deus que seus inimigos usaram como insulto a Ele, como relata Mateus (Salmo 22: 5, 6, 11; Mateus 27. 43, 44).

Mas o resultado de sua confiança é maravilhoso e nos dá coragem ao mesmo tempo. A confiança do Senhor foi confirmada, seu chamado atendido; a morte não era o fim; Ele "foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai" (Romanos 6: 4).

Assim, o Filho de Deus nos mostrou através de seu exemplo perfeito como o homem deve viver em dependência de Deus e em confiança nEle!

Portanto, lembrai-vos de que vós, noutro tempo, ... estáveis sem Cristo, ... não tendo esperança e sem Deus no mundo. Efésios 2: 11, 12

Muitos anos atrás, uma moça se despediu de um orfanato para começar num emprego. Ela deu muita alegria aos mantenedores do orfanato. Mas agora as malas estavam prontas. A tia do orfanato estava apenas checando se tudo estava bem. Então ela descobriu uma trouxa de roupas velhas no fundo da mala, e ela perguntou o que era. A moça corou e disse um pouco timidamente:

"Essas são as roupas surradas com que eu entrei em sua casa há seis anos. Eu lavei; mas quero mantê-las em memória da minha miséria passada. Então nunca esquecerei de agradecer ao Senhor Jesus por tudo o que ele fez comigo.”

Se os remidos têm muitas razões para agradecer a Deus pelos benefícios terrenos, quanto mais pela salvação eterna do Senhor Jesus e por todas as bênçãos espirituais. O povo de Israel no passado não devia esquecer de que circunstâncias aflitivas Deus os libertara: “Arameu prestes a perecer foi meu pai, ... os egípcios nos maltrataram, e afligiram, e nos impuseram dura servidão. Clamamos ao SENHOR, Deus de nossos pais; e o SENHOR ouviu a nossa voz ... o SENHOR nos tirou do Egito com poderosa mão” (Deuteronômio 26: 5 - 8).

Dessa maneira, hoje, os remidos podem e devem olhar para trás para sua vida anterior. Deus também fez Sua graça brilhar em seus corações e os libertou do poder de Satanás.

Louvai ao SENHOR, porque ele é bom, porque a sua benignidade é para sempre. Digam-no os remidos do SENHOR, os que remiu da mão do inimigo. Salmo 107: 1, 2

E, quando chegou à casa, os cegos se aproximaram dele; e Jesus disse-lhes: Credes vós que eu possa fazer isto? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor. Mateus 9: 28

Sim - não

Duas palavras muito curtas. Mas uma como a outra pode ter um poder extraordinário.

Um não decidido é uma arma eficaz. Foi comparado a uma rocha no mar que desafia a intimidação e sedução das ondas, bem como todas as formas de tentação.

O não da fé é insuperável se o proferimos em obediência à Palavra de Deus e orarmos por força do alto. Temos que ser capazes de dizer não a todo mal. Abraão recusou os presentes do rei de Sodoma porque ele não podia aceitá-los como provenientes de Deus. E José resolutamente rejeitou as seduções pecaminosas feitas pela esposa de seu senhor (Gênesis 14: 23; 39: 7 - 9).

Mas também é importante dizer sim ao bem, a tudo o que é verdadeiro, digno, justo, puro e amável, e que seja sadio (Filipenses 4: 8). Visto que o Senhor está nos pedindo para segui-Lo, devemos dizer sim a Ele em alegre obediência.

Sim - não. A vida sempre tem um lado negativo e um positivo; Resistência e defesa, por um lado, destemor e avanço, por outro.

A tática do diabo sempre foi misturar o bem e o mal, a fim de nos afastar de Deus. O mundo se tornou um mundo de sim e não, um mundo de mentiras e compromissos. Mas é preciso poder contar com a palavra do cristão: "Mas a vossa palavra seja sim, sim e não, não, para que não caiais em condenação" (Tiago 5: 12).

Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor. Romanos 14: 8

Nós somos do Senhor!

Nós somos do Senhor, vivemos ou morremos!
Nós somos do Senhor, que por todos morreu!
Nós somos do Senhor e tudo herdaremos!
Nós somos do Senhor que tudo nos proveu!

Nós somos do Senhor! Vivamos para ele,
ser seu de corpo e alma, para testemunhar
com coração e boca e no caminho dele,
seja verdade: nós somos do Senhor!

Nós somos do Senhor! Assim, no vale escuro,
Nada assusta; onde uma estrela brilhante,
brilha com um raio, com um grande clarão.
Preciosa palavra: nós somos do Senhor!

Nós somos do Senhor! Ele nos guardará
na última luta, onde outra ajuda longe estará;
nenhum mal a morte poderá nos fazer.
Palavra sempre verdadeira: Nós somos do Senhor!

Philipp Spitta (1801-1859)

"Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste" João 17: 24

E neste teu esplendor cavalga prosperamente pela causa da verdade, da mansidão e da justiça; e a tua destra te ensinará coisas terríveis. Salmos 45: 5

Este versículo reúne palavras que dificilmente se encaixam na imaginação do homem natural: prosperamente, verdade, mansidão, e terrível. E como crentes hoje, temos que dizer para o tempo da graça: ninguém será feliz e manso, e fará "coisas terríveis".

Do contexto do Salmo, vemos que aqui se fala profeticamente do Messias, o Filho de Deus. Temos aqui uma canção triunfal com a qual os tementes a Deus celebram a entrada do Messias em seu reino glorioso. Então Cristo não será mais desprezado e rejeitado nesta terra, mas estabelecerá seu reino de paz com majestade real.

Então todos os sinais de sua glória moral se tornarão visíveis e poderosamente se desenvolverão na terra: Cristo trará julgamento sobre todos os que não aceitaram Ele e o Evangelho. Seu julgamento será totalmente caracterizado pela verdade e pela justiça. Ninguém é julgado mal ou tratado injustamente. Ao mesmo tempo, a brandura ou mansidão do Senhor se torna visível: ele a dirige a todos que O aceitaram com fé e O esperam como libertador. Eles reconhecerão com alegria o seu governo e serão felizes com ele.

As qualidades morais de nosso Senhor são as mesmas hoje, embora Ele ainda não esteja visivelmente governando a terra. Ainda hoje, o homem é responsável por reconhecê-lo como Senhor, submetendo-se à sua verdade e justiça e disposto a servi-lo. E as conseqüências também são comparáveis: aqueles que aceitam as boas novas da graça hoje, que crêem no Filho de Deus e O servem, experimentarão sua mansidão e brandura e compartilharão com ele a felicidade eterna.

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Atos 1: 8

Uma testemunha de Jesus Cristo

Recentemente, Guilherme havia aceitado o Senhor Jesus como seu Salvador. Ele trabalhou como aprendiz em uma grande empresa de construção. O contra-mestre (supervisor de construção) era um homem bastante rude que praguejava constantemente. Guilherme sofreu muito, mas o que ele poderia fazer? Como ele poderia explicar a um superior como este, que seu comportamento o deixava triste?

Se os cristãos aceitam essas provocações silenciosamente e se comportam como Jesus, seu Mestre, aceitou, podem ser um testemunho muito útil ao Senhor. E então um dia Guilherme teve coragem e disse ao temido superior: "Eu não suporto o jeito que o senhor fala sobre o meu mestre".

O contra-mestre perguntou: "Seu mestre? O que você quer dizer com isso? "

Guilherme explicou: “Jesus Cristo é meu Senhor e Mestre. Ele morreu para me salvar. Ele me ama e eu não suporto mais ouvir falar assim sobre Ele."

O capataz ficou tão impressionado que não conseguiu responder. Guilherme voltou ao trabalho. Ele ficou muito feliz por ter confessado a Jesus Cristo, seu Senhor. O contra-mestre da obra também voltou ao trabalho e, pelo resto do dia, nenhum palavrão saiu de sua boca. Pensando nas palavras do aprendiz, ele decidiu ir ouvir uma pregação do evangelho.

Ele logo se converteu e se tornou um discípulo fiel do Senhor Jesus, a quem ele havia desprezado por tanto tempo.

"Não temas, mas fala e não te cales porque eu sou contigo" Atos 18: 9, 10

E o sepultaram [Joiada} na Cidade de Davi, com os reis, porque tinha feito bem em Israel e para com Deus e a sua casa. 2 Crônicas 24: 16

Essa frase soa como um obituário, como uma inscrição em uma lápide. Não é escrita por homens, mas pelo próprio Deus, é o julgamento de uma vida cheia de devoção e amor! Joiada é sacerdote no templo em Jerusalém e pai adotivo e conselheiro do rei Joás. Ele educa, promove, apóia e aconselha o jovem rei. O templo é restaurado e o serviço é restabelecido. Joiada é fiel e Deus o recompensa com uma vida longa: ele tem 130 anos. Você precisa voltar ao tempo de Moisés para encontrar pessoas de idades semelhantes. Só isso já é notável!

E depois há palavras que não poderiam ser mais bonitas:

• Joiada "fez bem": nenhuma avaliação humana, - o próprio Deus examinou e ponderou. 
• Ele fez isso "a Israel": Joiada pensou não apenas no Reino de Judá, mas em Israel, em todo o povo de Deus. - Eu também tenho todo o povo de Deus diante dos meus olhos, apesar da separação e fragmentação? Tenho "amor por todos os santos" e oro por eles? (Efésios 1: 15). 
• Joiada fez isso "para com Deus": Talvez ele próprio o tenha visto apenas como "um copo de água fria", mas Deus diz: Ele fez isso por mim, ele "de modo algum perderá o seu galardão" (Mateus 10: 2). 
• Joiada fez "por sua casa", a casa de Deus: o santuário e o serviço no santuário eram importantes para ele. - Eu também tenho a casa de Deus em mente? Essa é a congregação ou igreja de Deus hoje. E sou fiel à tarefa que Deus me deu nela? Presto atenção em como participo dessa edificação? (1 Coríntios 3: 9 - 15).

O que Deus poderá dizer sobre mim e ti um dia?

Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas. Gênesis 22: 2

Faz milhares de anos que Deus dirigiu essas palavras a Abraão e pediu que ele sacrificasse seu filho Isaque como oferta queimada em uma das montanhas. Abraão ainda não conseguia reconhecer o significado pictórico que podemos ver neste evento, mas ele obedeceu a Deus. O conselho e o coração de Deus foram revelados pela vinda do Senhor Jesus e sua morte na cruz. Desde então, os crentes têm visto uma das mais belas imagens do "dom inefável" de Deus no ato de fé de Abraão.

Nosso verso diário nos lembra três fatos de fé que conhecemos do Novo Testamento. Primeiro, foi Deus quem enviou o Filho à terra. Ninguém poderia ter feito a obra na cruz e resolver o problema do pecado, porque todos os homens são pecadores por natureza. E ninguém teria sido capaz de glorificar a Deus completamente, como o Senhor Jesus. Somente Deus, o Filho, foi capaz disso.

Segundo, o Senhor Jesus é o Filho unigénito do Pai. Isso marca seu relacionamento único com o Pai e indica o relacionamento íntimo dentro da divindade que permanece insondável ​​para nós criaturas. E Deus deu Ele, o unigénito.

Terceiro, Abraão amava Isaque. Isso nos faz pensar no amor perfeito do Pai pelo Filho. Ele sempre foi o "filho de seu amor", e Deus testemunhou publicamente esse amor quando o Senhor Jesus estava na terra: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo." Com Paulo exclamamos: "Graças a Deus pelo seu dom inefável!" (Colossenses 1: 13; Mateus 3: 17; 2 Coríntios 9: 15).

De igual modo, os principais sacerdotes com os escribas, escarnecendo, entre si diziam: Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se. Marcos 15: 31

O que os líderes dos judeus disseram aqui é interessante: por um lado, está completamente errado - e, por outro, é absolutamente verdadeiro!

O Senhor Jesus estava sofrendo na cruz. A inscrição acima de sua cabeça dizia do que ele era acusado: "Jesus, o Nazareno, o Rei dos Judeus". Muitos vieram assistir ao espetáculo e zombar do condenado: o povo, os líderes religiosos, os soldados romanos e os malfeitores também crucificados. O tom principal foi: "Salva-te a ti mesmo!" (João 19: 19; Lucas 23: 35 - 39).

Talvez alguns deles tenham ouvido Jesus dizer: “O Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido.” (Lucas 19: 10). Agora, aos pés da cruz, eles zombavam: "Salvou os outros, a si mesmo não pode salvar-se".

Que absurdo! Nenhum cravo poderia segurar Aquele que comanda legiões de anjos! E nenhuma cruz poderia impedir Aquele que tem poder sobre as forças da natureza e sobre a morte! Claro, Ele teria o poder de salvar-se a si mesmo. A zombaria dos inimigos apenas aumentou a culpa deles.

No entanto, por outro lado, é absolutamente verdade que o Senhor Jesus não pôde salvar a si mesmo. Ele poderia ter demonstrado seu poder e descido da cruz, mas então o amor de Deus e o amor do Senhor Jesus a Deus e aos homens não teria alcançado seu objetivo. Então, não teria sido revelado totalmente quem é Deus e quem é o Senhor Jesus e que o maravilhoso nome Jesus significa: "O Senhor é salvação." - "...ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mateus 1: 21 ).

Este nome foi escrito sobre a cruz. E o Filho de Deus permaneceu fiel a esse nome e persistiu até terminar a obra. Portanto, até hoje, "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10. 13).

Alegro-me nas tuas promessas, como quem acha grandes despojos. Salmo 119: 162

Esta frase é uma declaração de amor! O autor deste Salmo experimentou em inúmeras situações da vida: a Palavra de Deus me dá força, apoio, correção, conforto e encorajamento. Ela contém riquezas incomensuráveis ​​que podem sustentar mesmo quando as coisas ficam difíceis. Daí esta confissão muito pessoal, cheia de profunda alegria e gratidão. Você me permite perguntar como você está lendo sua Bíblia atualmente?

• Você a lê entediado porque já sabe tudo?

• Ou você a lê torturado porque outros esperam que você faça isso ou porque seu plano de leitura da Bíblia o pede?

• Ou você a lê com alegria, entusiasmo e expectativa?

Aqui, em nosso versículo da Bíblia, a alegria fala dessa palavra; aparentemente o autor do Salmo já a conhece muito bem. Ele sabe como uma história termina ou como um pensamento continua - mas, repetidas vezes, a palavra o toca e fala com ele. Repetidas vezes ele descobre algo novo nesta palavra: frases que ele nunca leu ou percebeu conscientemente; Promessas que ele esqueceu ou perdeu; Expressões que falam exatamente de sua situação atual. Repetidas vezes essa palavra é "lâmpada para os seus ... e, luz para os seus caminhos" (v. 105). Ele está sempre contente com o que Deus lhe diz justamente hoje: como encorajamento, como um aviso, como uma dica, como um consolo.

Ele diz "eu" e se refere a si pessoalmente, e diz "tua", e percebe-se que a palavra de Deus não é nada estranha para ele, porque ele está em casa nela. Ele sabe que é o próprio Deus quem fala com ele através das escrituras.

O que ele encontra é um despojo para ele, um tesouro. Isso o torna rico, pertence a ele e ele não deixa ninguém tomá-la. Desejo a você e a mim essa profunda alegria!

Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Hebreus 7: 25

Ele pode (3)

Nosso sumo sacerdote não é apenas capaz de condoer-se e ajudar de vez em quando, não, ele pode salvar completamente. Existem três tipos principais de salvação no Novo Testamento:

• A salvação fundamental da alma quando uma pessoa crê no Senhor Jesus (por exemplo, Atos 16: 31; Hebreus 10: 39).

• A salvação constante nas circunstâncias da vida (por ex.2 Coríntios 1: 10).

• A salvação final de todas as dificuldades no final do caminho da fé (por exe. 1 Pedro 1: 5).

Em nosso verso de hoje, fala do segundo tipo.

O Senhor pode salvar completamente; toda situação com cada detalhe está sob seu controle. Em contraste com os sumos sacerdotes do Antigo Testamento, Ele sempre vive para esse fim.

E quem Ele salva? Aqueles que se aproximam de Deus através Dele. Se Ele pode nos salvar completamente, isso não significa que somos apenas espectadores não envolvidos. Não, quando estamos necessitados - e não somente então - temos o privilégio de poder vir ao "trono da graça", onde "recebemos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hebreus 4: 16).

Portanto, nunca queremos esquecer que o trono de Deus através do sangue de Jesus é um trono de graça para nós e que Ele próprio “consagrou” o acesso a Ele pelo seu sangue (cap.10: 19, 20).

Tu não nos abandonas no meio do caminho.
Não, Tu podes nos salvar completamente!
Já nos libertaste das correntes do pecado.
E representas quem agora roga ao pai.

Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados. Hebreus 2: 18

Ele pode (2)

Estamos diante da cama de uma pessoa gravemente doente. Sentimos muita pena, mas não podemos ajudar. É muito diferente com o nosso Senhor.

O Senhor Jesus sofreu quando foi julgado. Ele sofreu porque sentiu profundamente o horror do mal que Satanás lhe apresentava. Ele sofreu porque não cedeu à tentação. É por isso que Ele pode condoer-se de nós. E quão gratos somos por sua profunda simpatia! Mas Ele não apenas sente conosco, mas também pode ajudar.

Ontem vimos que o Senhor viu os discípulos no mar sofrendo. Mas então Ele também veio e pôs fim à necessidade. E Ele não apenas teve compaixão por Jó, mas também pôs fim à provação de uma maneira maravilhosa. Muitas vezes nos Salmos, vemos que o crente pede ajuda a Deus ou que percebe, que Deus foi ou é sua ajuda. No Salmo 115: 9 - 11, encontramos três vezes a frase: “ele é o seu amparo e o seu escudo"

Então, como o Senhor ajuda?

• Ele nos consola (2 Tessalonicenses 2: 17). 
• Ele fortalece nossa fé (Lucas 22: 32).  
• Ele nos confirma (1 Coríntios 1: 8). 
• Ele nos sustenta (Salmo 54: 4).

Esta lista pode ser aumentada.

Paulo também experimentou repetidas vezes a assistência fiel do Senhor, especialmente quando ele esteve preso em Jerusalém, e depois quando teve que responder ao imperador em Roma (Atos 23: 11; 2 Timóteo 4: 17).

"O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” Hebreus 13: 6

(Conclusão amanhã)

Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Hebreus 4: 15

Ele pode (1)

Lemos três vezes na carta aos hebreus que o Senhor Jesus, nosso sumo sacerdote, pode fazer alguma coisa. Hoje estamos ocupados com a palavra, que nosso sumo sacerdote "pode compadecer-se de nossas fraquezas".

Nossa fé é posta à prova no caminho para a glória. Deus quer que O glorifiquemos nas provações; Satanás, por outro lado, quer que falhemos.

O próprio Senhor Jesus também foi provado por Satanás no deserto. Ele não cedeu à tentação, já que não havia pecado nele - o sedutor não encontrou ponto de conexão Nele. Tanto mais o Senhor sofreu com a tentação.

Por ter sido tentado e ter sofrido na tentação, Ele se compadece de nós. Ele conhece os problemas, lutas e perigos que encontramos no caminho da fé. Ele também sabe que o pecado ainda reside em nós e nos torna suscetíveis à sedução. Tudo isso evoca seu sentimento.

Quando os discípulos, a mando do Senhor, atravessavam o mar da Galiléia e lutavam contra fortes ventos contrários, o Senhor estava na montanha para orar. De lá, viu que seus discípulos estavam necessitados (Marcos 6: 48).

Jó suportou circunstâncias extremamente difíceis. Alguém poderia pensar que Deus o havia esquecido. Mas o tempo todo o coração do Senhor estava cheio de compaixão por Jó (Tiago 5: 11).

O Senhor sabia que Satanás queria derrubar os discípulos. Ele pediu que eles fossem vigilantes, especialmente Pedro. O Senhor viu como Pedro se superestimava e cairia, e, portanto, orou por ele para que sua fé não cessasse (Marcos 14: 38; Lucas 22: 31, 32).

(Continua amanhã)

Então, lhe trouxeram um surdo e gago e lhe suplicaram que impusesse as mãos sobre ele. Abriram-se-lhe os ouvidos, e logo se lhe soltou o empecilho da língua, e falava desembaraçadamente. Marcos 7: 32, 35

Surdez e comprometimento da fala geralmente ocorrem juntos; porque aqueles que não conseguem ouvir como os outros falam, têm dificuldade em falar corretamente. A deficiência física aqui sugere uma aplicação espiritual.

Os líderes religiosos de Israel na época de Jesus não ouviram a mensagem do Filho de Deus. Em vez disso, eles tornaram a palavra de Deus "inválida", pois o Senhor teve que censurá-los (v. 13, 16). É surpreendente que o discurso deles não tenha sido para a glória de Deus nem para o benefício dos homens? Portanto, este surdo da Galiléia também simboliza a condição espiritual de muitos homens do seu povo.

Mas também queremos aplicar esse evento a nós mesmos: Deus nos deu uma língua para que possamos louvá-lo e trazer benefícios aos nossos semelhantes, apontando os incrédulos para o Salvador ou edificando os crentes. No entanto, o pré-requisito para o nosso louvor e a nossa fala é que ouçamos de antemão.

A nossa adoração às vezes tem pouca profundidade e pouco frescor, porque ouvimos muito pouco - ouvimos quando o Pai nos quer comunicar algo sobre a beleza de seu Filho?

Será que nosso falar aos homens às vezes é tão fraco, porque ouvimos muito pouco suas necessidades reais e estamos muito pouco familiarizados com a riqueza de Deus que pode atender a essas necessidades?

Vamos deixar que o Senhor Jesus nos toque e abra nossos ouvidos; então poderemos falar desembaraçadamente!

O sacerdote tomará o cesto da tua mão e o porá diante do altar do SENHOR, teu Deus.

E te prostrarás perante ele. Alegrar-te-ás por todo o bem que o SENHOR, teu Deus, te tem dado a ti. Deuteronômio 26: 4, 10, 11

Sacerdote, cesto e altar

Sacerdote, cesto e altar são três características importantes de adoração que o israelita ofereceu ao Senhor, seu Deus, na terra de Canaã. Nós também, como filhos de Deus redimidos, certamente adoraremos nosso Deus com corações alegres, como a nosso Deus e Pai, que "nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Colossenses 1: 12, 13). E não nos faltam as três características mencionadas.

Nosso sacerdote é o Senhor Jesus, o "grande sacerdote sobre a casa de Deus". Por meio dele, trazemos nosso cesto cheio de frutos, isto é, um coração cheio de gratidão e adoração a Deus Pai. "Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome." O que oferecemos só é agradável a Deus através do Senhor Jesus; Deus o aceita de suas mãos (Hebreus 10: 21; 13: 15).

O altar é a cruz do Calvário. Ali Cristo morreu pela nossa salvação e para glorificação de Deus. Toda a nossa felicidade e adoração são baseadas em seu sofrimento e expiação na cruz. Ele mesmo coloca nosso cesto diante da cruz através do Espírito; aqui nossos corações param para adorar a Deus e oferecer nosso louvor a Ele.

Somos capazes de dizer algo sobre a beleza e excelência da pessoa de Jesus e sua obra? Nossos corações estão sempre cheios?

Daniel, pois, … três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer. Daniel 6: 11

Orar é freqüentemente descrito como a respiração da alma. "Orai sem cessar", nos pede a Palavra de Deus (1 Tessalonicenses 5: 17).

Podemos orar em qualquer situação. Seja dirigindo um carro, passeando ou acordados à noite - muitas vezes temos oportunidades em que podemos ficar a sós com Deus, e orar para Ele. Vamos usar essas oportunidades de oração que o Senhor nos dá! Vamos não apenas fazer isso em tempos difíceis, mas também quando estamos indo bem! E, acima de tudo, também sigamos as instruções do Senhor e oremos no “quarto”, livres de qualquer distração externa! (Mateus 6: 6).

A oração é possível em qualquer postura. E, no entanto, uma postura de oração é mencionada particularmente, frequentemente na Bíblia: orar de joelhos. Muitos crentes no Antigo e Novo Testamentos oraram de joelhos. Também lemos de nosso Senhor que Ele se ajoelhou e orou.

Porque ajoelhado antes do que em pé, sentado ou deitado? - Com essa posição, podemos expressar melhor que reconhecemos a autoridade de Deus e que dependemos Dele e de Sua ajuda. Portanto, é bom que um cristão ore regularmente de joelhos, se sua saúde permitir. Daniel é um bom modelo nisso para nós.

Não haverá escassez de assuntos em oração, se não deixarmos nossos pensamentos girarem apenas em torno de nós mesmos, mas tivermos em mente nossos irmãos e toda a obra do Senhor.

"Sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças" (Filipenses 4: 6). Dar graças é uma parte importante de nossas orações. Agradecemos por orações atendidas, sim, por todo o favor de Deus. Isso desvia o olhar das preocupações terrenas para quem nos ama e cuida de nós.

Então, entrou o Espírito em Amasai, chefe de trinta, e disse: Nós somos teus, ó Davi! E contigo estamos, ó filho de Jessé! Paz, paz seja contigo! 1 Crônicas 12: 18

Não é impressionante e comovente ler as palavras de Amasai?

Ele visitou Davi na época em que Saul o perseguia "como quem persegue uma perdiz nos montes" (1 Samuel 26: 20). O Espírito de Deus veio sobre ele, para que ele prestasse homenagem ao perseguido, como somente convém ao Rei, ungido por Deus.

Em 2 Crônicas 20:14, lemos sobre outro homem, Jaasiel, sobre quem o Espírito do Senhor veio no meio da reunião do povo. E suas declarações encorajaram Josafá, o então rei, e o povo em uma situação extremamente difícil.

E quando, mais tarde, o Senhor Jesus, de quem Davi era apenas uma figura, viveu na terra, muitos o deixaram porque sua fala parecia muito dura e o sacrifício muito grande para eles. O Senhor perguntou aos doze discípulos se eles também queriam deixá-lo. Foi Pedro quem, guiado pelo Espírito, respondeu: “Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna, e nós temos crido e conhecido que tu és o Cristo, o Filho de Deus.” (João 6: 67 - 69).

A atitude desses crentes é exemplar. Eles disseram essas palavras, apesar de ainda não conhecerem a revelação completa de Deus e, embora o Espírito de Deus ainda não estivesse habitado nelas.

Com quanta emoção e alegria, nós hoje, que recebemos essas bênçãos da graça, devemos prestar mais profunda homenagem ao nosso Senhor: “Nós somos teus! E contigo estamos!"

Comprados, redimidos e agora teus,
Senhor Jesus, pertencemos a ti!
Quem demonstraria tanto amor,
E pagaria o preço além de ti?

Cristo sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca; pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente. 1 Pedro 2: 21 - 23

Um viajante que queria atravessar uma área particularmente difícil na América do Norte havia escolhido um indígena como guia. Era inverno e uma neve profunda cobria a região.

De repente, o viajante descobriu pegadas claras na neve.

"Alguém passou por aqui sozinho!", Disse ele ao guia. "Quem se atreve a fazer algo assim neste lugar ermo?"

"Você está muito enganado, homem branco", respondeu o indígena, "um grupo inteiro passou por aqui".

"Mas isso é impossível!", Respondeu o viajante, intrigado. "É o rastro de um indivíduo!"

O guia sorriu: "Homem branco, você não sabe como os índios caminham. O cacique segue na frente, e o seguinte pisa em seus passos, e assim todos os demais. Então você só pode ver o rastro de um homem por onde todo um grupo passou.”

A trilha indígena não nos dá um exemplo do que poderia ser chamado de "trilha cristã"?

Cristo, o líder, deixou suas "pegadas" na terra. E todo cristão deve colocar seus pés nos passos de seu líder e exemplo com o mesmo cuidado que esses indígenas!

"Aquele que diz que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou." 1 João 2: 6

Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus. 1 Coríntios 10: 31

Como sei a vontade de Deus para minha vida? Meu comportamento prático corresponde aos pensamentos de Deus? Essas são perguntas que mantêm o crente ocupado. Em 1 Coríntios 10: 23 - 33 o Apóstolo Paulo nos dá algumas referências que podem nos ajudar aqui.

1. O que pretendo fazer é permitido? Quando Paulo diz: "Todas as coisas me são lícitas", ele naturalmente exclui o que a Palavra de Deus proíbe expressamente. Se a Bíblia não aprova algo, não pode ser a vontade de Deus para mim.

2. A coisa é útil? “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm..” Se considerarmos isso, abster-nos-emos de fazer algo que por si só não é proibido.

3. É para edificação? “Todas [as coisas] são lícitas, mas nem todas edificam.” Tudo o que fazemos deve fazer evoluir a nós e aos outros espiritualmente. Portanto: Ninguém busque o seu próprio interesse, e sim o de outrem."

4. Neste ato, posso agir para a glória de Deus? “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” Como filho de Deus, associo tudo o que faço ao nome de meu pai. Posso ser responsável pelo meu projeto também deste lado?

5. Minha ação é ofensiva a alguém? “Não vos torneis causa de tropeço nem para judeus, nem para gentios, nem tampouco para a igreja de Deus” Um comportamento que serve para glória de Deus não ofenderá ninguém. Como poderíamos fazer algo que pudesse fazer tropeçar um crente ou mesmo um estranho? "Portanto, vede prudentemente como andais, ... como sábios"!

Me consolaste e falaste ao coração de tua serva Rute 2: 13

Vamos tentar nos colocar no lugar desta pobre viúva moabita! Rute havia perdido o marido, abandonado a pátria com tudo o que tinha significado para ela até então, e tinha ido a Belém com sua sogra Noemi. Lá, ela não tinha direitos como estranha. Mas ela havia escolhido o Deus de Noemi há muito tempo. Ela queria olhar para Ele com fé, queria confiar Nele.

Rute não ficou chorando, não, ela estava pronta para trabalhar para ganhar a vida para Noemi e para si mesma. Então ela veio ao campo de Boas sem saber. Ela o encontrou sem conhecê-lo. Mas então ele falou com ela, e seu coração ferido ficou muito consolado.

Você está tendo dificuldades também? Seu coração está ferido. Você passou por muito trabalho ultimamente. Houve provações dolorosas. Você foi conduzido por caminhos que não entendeu. Agora você se sente sozinho e incompreendido.

Mas há alguém que notou você. Ele quer falar ao seu coração, para te confortar com a Sua palavra. Quem poderia fazer isso melhor do que o Senhor Jesus, o verdadeiro "Boas"! Deixe que ele fale com você através de sua palavra.

Abra sua Bíblia e leia o Salmo 23 com oração. Seu coração não é tocado aqui? Leia também Isaías 43: 1, 2 e 51: 12 e 13. Esses versículos provavelmente não são novos para você. Mas agora, na sua situação, se você os reler com o coração e com oração, eles não são como bálsamo calmante? São palavras eternas de Deus, palavras para você, para teu conforto, para lhe dar coragem novamente. Reivindique-as pessoalmente para você!

Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele, que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados. Atos 20: 32

Paulo proclamou o evangelho por mais de 20 anos. Agora ele está em Éfeso para dizer adeus aos crentes de lá. Um momento triste! Em suas palavras de despedida, Paulo relembra os primeiros dias com os efésios. Naquela época, ele havia ensinado "publicamente e pelas casas" e testificou "tanto a judeus como a gregos o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo" (v. 20, 21).

Então o apóstolo vem falar do futuro. Ele vê tempos difíceis chegando aos fiéis: de fora, homens hostis entrariam e tentariam destruir; e de dentro se levantariam homens que semeiam discórdia e causam divisão.

A perspectiva é tenebrosa. Não seria melhor se Paulo ficasse com eles? Afinal, ele os ensinou, e através dele eles cresceram espiritualmente. Por que ele deveria deixar eles agora para os "lobos"? Mas Paulo os deixa e diz: "Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar". O apóstolo deixa para trás os crentes com um tesouro; com a palavra de Deus. E esta é capaz de fortalecê-los em qualquer situação.

Deus usou alguém em sua vida, que não está mais aí? As circunstâncias mudaram e alguém em quem você confiava e se apoiava, se foi. Sim, há momentos em nossas vidas em que outros andam ao nosso lado; mas também tempos quando estamos sozinhos a caminho. E esses costumam ser os momentos mais difíceis da nossa vida!

Mas, na verdade, nunca estamos sozinhos! Porque ainda “a Palavra de Deus é viva e eficaz”, e Deus ainda é capaz de confortar, fortalecer e mudar-nos através da Sua Palavra (Hebreus 4: 12).

E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória. 1 Timóteo 3: 16

A Encarnação do Filho de Deus é um milagre, e sua morte na cruz também é um milagre. Nunca houve algo assim no passado e não haverá no futuro. O "Verbo se fez carne" e o Santo foi "feito pecado" na cruz! (João 1: 14; 2 Coríntios 5: 21).

Quando o Senhor Jesus veio à Terra, ele conhecia muito bem o estado de ruína em que nós homens estávamos. Mas nossa resistência moral não o deteve. Ele nos amou. Ele amava homens que o odiavam. Ele nos amou até a morte.

Depois de uma vida de perfeição, Ele foi à morte - para glória de Deus, mas também para nossa salvação. Ele veio para morrer. A morte de qualquer homem pecador não poderia ter trazido salvação. Somente a morte do Senhor Jesus, "o santo e justo", poderia cumprir as exigências da santidade de Deus e, ao mesmo tempo, resgatar pecadores perdidos de sua miséria. Sua morte abre os tesouros da misericórdia divina para todo crente. Cristo removeu todos os obstáculos à nossa salvação.

A glória de Deus certamente poderia ter se mostrado em julgamento sobre todos os homens. Mas como o amor dele poderia ter se revelado então? Seu eterno amor e santidade se tornaram totalmente visíveis na cruz. A aversão de Deus pelo pecado era perfeitamente evidente quando Ele abandonou Jesus, não por causa de sua própria culpa, mas porque recebeu o julgamento na cruz por todos os crentes, que o mereciam. Ao mesmo tempo, foi o incrível amor de Deus que abriu esse caminho de redenção para nós.

E disse Davi: Há ainda alguém que ficasse da casa de Saul, para que lhe faça bem por amor de Jônatas? 2. Samuel 9: 1

Davi havia sido cruelmente caçado e perseguido pelo rei Saul. Quando ele mesmo se tornou rei em Israel após a morte de Saul, ele poderia ter responsabilizado a família de Saul. Mas Davi teve piedade. Nisso, ele é um belo exemplo de quem mostrou misericórdia a nós, nosso Senhor Jesus.

Davi foi informado de que o neto de Saul ainda estava vivo. Seu nome era Mefibosete e estava aleijado de ambos os pés. Quando ele deveria aparecer diante de Davi, ele certamente estava com medo, mas Davi disse: “Não temas, porque decerto usarei contigo de beneficência” E ele lhe deu um lugar privilegiado na corte real (v. 7).

O que posteriormente caracterizou Mefibosete não foi apenas gratidão pela graça mostrada, mas também lealdade e devoção a Davi. Mais tarde, quando Davi teve que fugir de Jerusalém de seu filho Absalão, Mefibosete compartilhou em seu coração os sentimentos e o destino do rei. Separado intimamente da cidade rebelde de Jerusalém, ele esperou o retorno do rei (2 Samuel 19: 25).

Deus nos mostra nossa imagem neste homem. Metaforicamente falando, éramos todos da “casa de Saul” e, portanto, inimigos de Deus e “homens dignos de morte”, como Mefibosete disse uma vez (2 Samuel 19: 28). E em Efésios 2: 5, diz que estávamos “mortos em nossas ofensas". Aleijados nos pés que fala pictoricamente do fato de que não poderíamos ir a Deus por nós mesmos. É por isso que "Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus" (1 Pedro 3: 18).

Diante dessa graça incomparável, só podemos dizer com adoração: "Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável!" (2 Coríntios 9. 15).