Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece. João 15: 17 - 19

A ordem de Jesus de amar uns aos outros ganha importância à luz do fato de que o mundo odeia os Seus. Amor do lado de dentro, ódio do de fora - esta é a situação que resultou, da rejeição total e morte de Jesus, para seus discípulos. Mas como está na prática entre os crentes? Ao longo dos séculos, tem havido uma tendência de reverter essas condições: os crentes têm repetidamente mostrado amor pelo mundo exterior e cortejado seu favor, enquanto, por outro lado, a frieza e a contenda se espalharam entre os crentes.

Três vezes no Evangelho de João o Senhor diz que os seus não são do mundo, e duas vezes acrescenta: “como eu não sou do mundo” (cap. 17: 14,16). Portanto, é a identidade dos crentes com seu Senhor que os coloca fora do mundo.

O fato de os filhos de Deus estarem fora do mundo ou não serem do mundo - exatamente isso é o que excita seu ódio. Mas o Senhor quer que saibamos que o mundo não nos odeia mais do que odiou a Ele antes de nós. E isso nos conforta. Porque o mundo nos odeia por causa dEle, não a Ele por causa de nós. Portanto, não são nossas faltas a verdadeira causa de sua inimizade, mas a graça e a luz de Jesus refletida nos crentes.

Mas a graça não atrai as pessoas? Pode perguntar alguém. A graça exclui qualquer mérito e dá glória a Deus somente. Portanto, não se coaduna com o orgulho humano. O resultado é rejeição e ódio.

“Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos aborrece.” 1 João 3: 13

Saiu, pois, Jesus, levando a coroa de espinhos e a veste de púrpura. João 19: 5

Nas últimas horas antes de sua morte na cruz, Cristo é freqüentemente apresentado a nós nos Evangelhos como "um cordeiro levado ao matadouro". João, porém, enfatiza a entrega voluntária e completa do Senhor Jesus a Deus. É por isso que lemos repetidamente dele como o próprio Jesus trilhou ativa e conscientemente este caminho de sofrimento.

Começa com o Senhor no jardim do Getsêmani se aproximando da multidão que quer levá-lo cativo com majestosa dignidade: "Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se." Não, o Filho de Deus não foi surpreendido pelo curso de eventos. Ele sabia há muito tempo que Judas o trairia; Ele sabia quais planos sinistros os líderes de seu povo haviam feito. Mas ele também conhecia os pensamentos de seu Pai e estava completamente de acordo com eles. E assim ele mesmo vai ao encontro de seus algozes e voluntariamente se coloca em suas mãos (cap. 18: 4).

O versículo bíblico de hoje nos traz diante de nossos olhos uma das cenas mais pungentes daquela noite memorável. Há pouco açoitado pelos romanos, vestido com um manto púrpura e zombeteiramente coroado com uma coroa de espinhos, Jesus deixa o pretório. Desprezado dessa forma, o Filho de Deus se apresenta diante da multidão incitada, que grita um "Crucifica, crucifica-o!" cheio de ódio.

Poucos momentos depois, vemos nosso Senhor saindo de Jerusalém: “E, levando ele às costas a sua cruz, saiu para o lugar chamado Calvário.” Jerusalém havia rejeitado seu rei. E então Jesus sai desta cidade para sofrer e morrer “fora da porta” (Cap. 19: 17; Hebreus 13: 12).

Estas seis coisas aborrece o SENHOR, e a sétima a sua alma abomina: … pés que se apressam a correr para o mal. Provérbios 6: 16, 18

E Abraão apressou-se em ir ter com Sara à tenda e disse-lhe: Amassa depressa três medidas de flor de farinha e faze bolos. Gênesis 18: 6

“Toda pressa é má!” É o ditado popular; e ele está certo e também errado. Os cristãos sabem: há uma pressa puramente humana e carnal que geralmente tem consequências ruins. Nosso primeiro versículo é um exemplo disso.

Mal um mau pensamento nasce, e ele o leva a agir sem que se tenha reconsiderado o assunto. Em sua Palavra, Deus deu sinais muito claros contra isso.

A Escritura tem mais exemplos de ação precipitada em sua própria causa. Mais duas passagens do livro de Provérbios dizem: “Não te apresses a litigar.” Esse é precisamente o grande perigo quando alguém está irado. E tão óbvio: "O que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo" (Provérbios 25: 8; 28: 20).

É bem diferente quando a vontade de Deus é claramente visível para nós ou devemos fazer algo por nosso Senhor, como foi o caso de Abraão. Mesmo quando mais tarde recebeu a incrível missão de sacrificar seu próprio filho a Deus, ele não se permitiu nenhuma demora, mas "se levantou Abraão pela manhã, de madrugada ... e levantou-se, e foi" (Gênesis 22: 3).

O homem tem a tendência de colocar tarefas desconfortáveis ​​em segundo plano, mas isso é completamente inadequado para o grande Deus.

Quando é dito de nosso Senhor: “Eis que venho para fazer a tua vontade”, então sabemos que Ele não apenas fez a vontade de Deus plenamente, mas também no tempo devido. Nisso, também, Ele é nosso grande exemplo.

E o mar fendeste perante eles, e passaram pelo meio do mar, em seco; e lançaste os seus perseguidores nas profundezas, como uma pedra nas águas violentas. Neemias 9: 11

 Essa comparação é fácil de entender. O que acontece se jogarmos uma pedra na água? Um respingo rápido e a pedra sumiu para sempre de nosso campo de visão. Os círculos ainda estão se espalhando na superfície da água; mas ninguém pensaria em procurar a pedra na superfície por conta própria. Ela há muito mergulhou nas profundezas.

Isso é exatamente o que o povo de Israel experimentou quando Deus os tirou da escravidão no Egito. Faraó os perseguiu com seu exército para trazê-los de volta. Milhares de soldados experimentados em batalha com cavalos, carros e armas. Os israelitas ficaram completamente desamparados diante disso. E em seu medo clamaram a Deus. Sem sua ajuda maravilhosa, eles teriam se perdido. Mas Deus lhes deixou dizer: “Não temais; estai quietos e vede o livramento do SENHOR, que hoje vos fará; porque aos egípcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre." E então Deus permitiu que todo o exército de Faraó afundasse no Mar Vermelho (Êxodo 14: 10, 13).

Muitas vezes nos sentimos impotentes expostos às dificuldades da vida. Mas Deus é o mesmo de então em seu amor e poder. Ele deseja que contemos a Ele todas as nossas preocupações e problemas e que confiemos nele. Não sabemos quanto tempo vai durar o período de provas, mas chegará o tempo em que, olhando para trás, diremos com gratidão: “O SENHOR é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação ... Os abismos os cobriram; desceram às profundezas como pedra” Êxodo 15: 2, 5).

 

Deu a mulher à luz um filho e lhe chamou Sansão; o menino cresceu, e o SENHOR o abençoou. E o Espírito do SENHOR passou a incitá-lo em Maané-Dã, entre Zorá e Estaol. Juízes 13: 24, 25

O juiz Sansão fazia parte dos homens que foram separados e chamados desde o ventre para um serviço muito especial para Deus, como os profetas Jeremias, João Batista e o apóstolo Paulo. Eles são exemplos do princípio de que o próprio Senhor, e não o homem ou a igreja, chama e coloca os homens no serviço. E quem deseja servir ao Senhor, todos nós podemos aprender da maneira como Deus prepara esses homens para o serviço (Juízes 13: 5; Jeremias 15; Lucas 1: 13-17; Gálatas 1:15; 1 Timóteo 1:12) .

Sansão cresce e “o Senhor o abençoa” antes de ele entrar no serviço. É normal que um servo fiel comece seus anos "oculto" na escola de Deus, tendo dias de aprendizado e crescimento, nos quais são lançadas as bases para seu serviço. Êxodo 3: 1; Gálatas 1: 17).

Sansão começa seu ministério em sua casa em Maané-Dã (Juízes 13: 25). E hoje também, um jovem cristão se levantará e provará a si mesmo no serviço do Senhor em sua cidade natal. Quando o Senhor providenciar outro, ou maior, campo de trabalho para ele e chegar a hora, Ele abrirá a porta para esse serviço, assim como o Espírito do Senhor aqui encoraja e move Sansão.

O próprio Senhor Jesus quer preparar, enviar, guiar e fortalecer seus servos. Não é um incentivo para quem quer aprender a vontade do Senhor em seu serviço? Quando o Senhor chama, Ele chama de forma clara e inequívoca.

“A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” Mateus 9: 37, 38

E encherei esta casa de glória, diz o SENHOR dos Exércitos. A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos. Ageu 2: 7, 9

A Igreja de Deus no futuro

Olhar para trás, para a primeira glória da casa de Deus, entristeceu muitos israelitas. Então Deus encoraja seu povo com uma visão do futuro, da glória ainda maior de seu templo.

A nuvem da glória de Deus havia deixado o templo de Salomão. Não lemos nada sobre o fato de que ela tivesse vivido no templo novamente na época do Segundo Templo, que foi construído pelo remanescente judeu. Mas um dia ela voltará para a casa de Deus, assim como lemos no livro de Ezequiel (Ezequiel 9: 3; 11: 23; 43: 1 - 5).

Nós também, que temos motivos para lamentar ao olharmos para trás, para a unidade, o frescor, a força e o testemunho dos primeiros cristãos, podemos olhar para o futuro glorioso da Igreja de Deus.

O Senhor Jesus irá "apresentar a si mesmo igreja gloriosa". Graça maravilhosa! Que consolo saber que o Senhor está fazendo esta obra na Igreja, mesmo que falhemos tantas vezes: que Ele purifica sua Igreja para que, uma vez esteja livre de manchas e rugas, seja completamente santa e perfeita (Efésios 5: 26, 27).

Então a Igreja carregará a glória de Deus. Não é dito que ela está cheia disso, mas que ela tem essa glória. Além disso, “sua luz” é comparada a uma pedra de jaspe cristalina, que permanece como um símbolo para a glória de Deus, na medida em que o homem tem permissão e pode vê-la (Apocalipse 21: 11; 4: 3).

Que visão!

Esforçai-vos, todo o povo da terra, diz o SENHOR, e trabalhai; porque eu sou convosco, diz o SENHOR dos Exércitos, segundo a palavra que concertei convosco, quando saístes do Egito, e o meu Espírito habitava no meio de vós; não temais! Ageu 2: 4, 5

O que resta para a igreja hoje

Na época em que o templo em Jerusalém estava para ser reconstruído, muitos israelitas ficaram deprimidos porque não podiam restaurá-lo à sua glória original. Mas eles não deviam ficar desanimados, mas objetivamente ajudar a construir a casa de Deus.

Para encorajá-los, o Profeta Ageu aponta três fatos essenciais:

*  O próprio Deus estava com eles; Ele confessou-se a eles.

*  Sua palavra que Ele lhes havia dado continuou a valer com todas as suas promessas. 

*  Seu Espírito operou em seu meio para guiá-los.

Se quisermos aplicar isso aos crentes do tempo da graça, então podemos dizer: Assim como os primeiros cristãos, também nós podemos experimentar a presença do Senhor Jesus hoje quando estamos reunidos em seu nome. Em contraste com os primeiros cristãos, não temos mais apóstolos, mas temos a palavra de Deus completada. Suas preciosas promessas são tão válidas hoje como o foram nos primeiros dias do cristianismo.

Não temos mais as operações milagrosas do Espírito como tínhamos no início, mas o próprio Espírito Santo permanece conosco. E tudo o que o Senhor Jesus disse aos discípulos em seus discursos de despedida do “outro consolador” é uma de nossas bênçãos duradouras (Hebreus 2: 3, 4; João 14 - 16).

O Senhor também nos chama: fortalecei-vos e edificai a casa de Deus, a igreja do Deus vivo. As portas do Hades não prevalecerão contra ela. 

(Termina amanhã)

Quem há entre vós que, tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é esta como nada em vossos olhos? Ageu 2: 3

Antes e agora

 

Um remanescente dos judeus havia retornado do cativeiro na Babilônia e estava reconstruindo o templo de Deus em Jerusalém. Alguns dos que retornaram viram o edifício magnífico que o rei Salomão havia construído. Quando as bases para a nova construção do templo estavam sendo lançadas, eles tiveram que chorar porque não poderia ser restaurado à sua antiga glória (Esdras 3: 12, 13). - Qual era a diferença entre o antigo e o novo templo? O novo prédio era menos grandioso; mas, sobretudo, faltou a arca da aliança, sinal da presença de Deus entre seu povo.

Hoje, a igreja ou congregação é o templo de Deus na terra. Vamos comparar sua condição hoje com a do início: Naquela época, havia apóstolos que prestavam testemunho do Senhor ressuscitado. Seu ensino era baseado na revelação divina e continha Cristo como conteúdo - até sua glorificação à destra de Deus e que os crentes estão conectados com Ele ali. Além disto Deus confirmou a pregação dos apóstolos por meio de sinais e maravilhas (1 Coríntios 3: 16; Hebreus 2: 3, 4).

Quanta abundância e poder! Não os temos mais hoje! Mas não precisamos ficar tristes, porque temos o ensino dos apóstolos nos livros do Novo Testamento. E os sinais e maravilhas tinham menos a intenção de edificar a igreja do que de confirmar a novidade, especialmente para com os judeus incrédulos (Efésios 2: 20; 1 Coríntios 14: 22).

O que nos entristece, porém, é o fato de que a unidade visível, bem como a força e o frescor dos primeiros cristãos se perderam.

(Continua amanhã)

E todos comeram de um mesmo manjar espiritual, e beberam todos de uma mesma bebida espiritual 1 Coríntios 10: 3 - 4

Quando alguém recebe uma nova vida, ele pode saber que o Senhor Jesus perdoou todos os pecados e o aceitou para sempre. Mas também é outra coisa viver com ele diariamente e manter comunhão com Ele.

Alguns cristãos dizem que têm perdão e paz com o Senhor Jesus e ainda assim se envolvem com tantas coisas que nada têm a ver com Ele. Na vida natural, o apetite vem ao comer. E assim é na vida espiritual: quanto mais me ocupo com meu Senhor e a Bíblia, maior se torna minha fome espiritual por Cristo.

Se um israelita deixasse de coletar sua porção diária de maná no início da manhã no deserto, ele se exauria rapidamente. Não é diferente hoje: Jesus Cristo deve ser o ponto principal de atração para minha alma, caso contrário, minha vida espiritual murchará! Não basta nos nutrir dos sentimentos e experiências que temos com Ele. E só nos prejudicaria se quiséssemos nos nutrir em parte Dele, e parte de outras influências. Somente por meio do Senhor Jesus recebemos a salvação e somente por meio dele podemos crescer espiritualmente!

A fé cristã não é um sistema de pontos de vista e dogmas, mas uma realidade viva. Pessoal ... prática ... e cheia de energia. Isso se prova nos detalhes da vida diária. Tem como conteúdo uma pessoa, e vive do olhar da fé para Cristo no céu. Posso ter pontos de vista claros e princípios sólidos, posso usar as expressões corretas e, ainda assim, posso não ter comunhão com o Senhor Jesus. Uma confissão puramente formal, sem qualquer comunhão com o Senhor, sempre será fria e morta!

O temor do SENHOR é limpo e permanece eternamente. Salmo 19: 9

Quando se trata do relacionamento com Deus, a Bíblia reconhece dois tipos diferentes de temor: o medo de Deus e o temor do Senhor, o temor de Deus. Um afasta-nos de Deus, o outro ama a Deus, alegra-se com o seu amor e proximidade e evita tudo o que contradiz a sua santidade.

O primeiro temor, o medo de Deus, vemos em Adão. Ele transgrediu o mandamento de Deus e pecou no jardim do Éden. Então ele tenta se esconder de Deus. Quando Deus o chamou, Adão disse: "Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi" (Gênesis 3: 10). - O medo de Deus separa o homem de Deus. Então ele foge da presença de Deus porque sua consciência o acusa.

Quando os israelitas ouviram trovões e relâmpagos e o som de uma trombeta no Monte Sinai, o povo “retirou-se e pôs-se de longe”. Disseram a Moisés: “Não fale Deus conosco, para que não morramos! E disse Moisés ao povo: Não temais, que Deus veio para provar-vos e para que o seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis.” Aqui temos os dois tipos de temor. Quão contraditórios eles são: O temor de Deus afasta o povo de Deus - O temor de Deus, por outro lado, afasta o pecado! (Êxodo 20: 18 - 20).

O temor a Deus é o resultado de amar ao Senhor e não querer entristecê-Lo, pois estamos cientes de Sua santidade e grandeza. O temor de Deus é "limpo e permanece para sempre". Dele lemos: "O temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência" (Jó 28: 28).

Só o crente que sabe que é amado por Deus não tem medo de Deus e do seu julgamento: “Na caridade, não há temor; antes, a perfeita caridade lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em caridade” (1 João 4: 15 - 18).

Portanto, vamos seguir o nosso caminho hoje no temor do Senhor, no temor de Deus que conhece o seu amor e a sua santidade!

O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. Mateus 24: 35

Essas palavras poderosas são parte do chamado discurso final do Senhor Jesus. Na primeira parte da frase o Senhor fala do que vai passar, na segunda parte do que vai ficar.

1. O que vai passar? - Céu e terra!

No princípio, Deus criou ambos (Gênesis 1: 1). Ao falar a partir do Monte Sinai, a terra foi abalada por Sua voz. Antes que o reino de paz do Senhor Jesus seja estabelecido, no início do Dia do Senhor, não só a terra será abalada, mas também os céus (Êxodo 19: 18; Hebreus 12: 26 - 28; Ageu 2: 6, 7). Mas depois do Reino Milenar, no final do Dia do Senhor, não apenas o céu e a terra serão abalados, mas eles fugirão de Deus e morrerão no fogo. No dia de Deus, um novo céu e uma nova terra aparecerão (2 Pedro 3: 10-13; Apocalipse 20:11; 21: 1). Pedro também escreve o que a perspectiva desses eventos deve produzir em nós:

* um modo de vida santo, 

* uma piedade genuína 

* uma expectativa viva da vinda do Senhor.

2. O que não vai passar? - Suas palavras!

Da palavra de Deus como um todo, diz: "Para sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu" (Salmo 119: 89). Mas em nosso versículo de hoje, o Senhor Jesus fala especificamente de suas próprias palavras. Ele também diz a respeito delas: “Quem me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia.” (Jo 12: 48). Por fim, uma importante declaração do Senhor Jesus sobre a sua palavra: "Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte" (Jo 8: 51).

[Barnabé] exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. Atos 11: 23

Com firmeza de coração

 

Muitos em Antioquia foram convertidos ao Senhor Jesus; e Barnabé, um servo do Senhor, visitou esses novos convertidos. Ele os admoestou a apegar-se ao Senhor e viver fielmente com ele. Esta advertência não foi um pedido seco ou legalista. Isso apelou ao coração e por isso foi um verdadeiro encorajamento para esses jovens crentes. O próprio Barnabé se alegrou de ver a operação da graça de Deus entre eles. Obviamente, reinava ali um estado de alegria e frescor na fé.

Quão importante é este incentivo para uma sucessão decisiva em nosso tempo, não apenas para os novos convertidos, mas para todos os filhos de Deus! Para alguns que há muito se converteram ao Senhor Jesus, infelizmente não é mais notável que ainda vivam fiel e resolutamente para ele. Eles são como Demas, “amando o presente século” (2 Timóteo 4: 10).

Um triste testemunho! A Palavra de Deus nos admoesta: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2: 15). Somente se vivermos sem ser afetados pelo mundo e nos entregarmos ao Senhor Jesus de todo o nosso coração, poderemos honrar o Senhor em nosso curto tempo na terra permanecendo firmemente na fé e desfrutando da certeza de nossa salvação.

“Assim, o meu coração se azedou, e sinto picadas nos meus rins. A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti.” Salmos 73: 21, 22, 25

Herodes temia a João, sabendo que era varão justo e santo; e guardava-o com segurança e fazia muitas coisas, atendendo-o, e de boa vontade o ouvia. Marcos 6: 20

Como precursor do Senhor Jesus, João Batista assumiu uma posição clara contra o mal. Ele falou seriamente à consciência de seus ouvintes que não queriam se arrepender. Mesmo antes do rei Herodes, ele não mediu as palavras, mas ressaltou que sua associação com a esposa de seu irmão era um pecado. Por causa dessa declaração clara, ele foi lançado na prisão (v. 17, 18).

Mas então vem a palavra reveladora que lemos no início: Herodes está impressionado com as palavras do Batista. Aparentemente, sua consciência ainda está atuando. O seu interior ainda não está todo embotado. Mas ... ele não se arrepende, ele não volta para Deus.

Portanto, as coisas continuam a piorar com ele. O diabo logo o pega com um laço habilmente criado. Para fazer isso, ele usa uma jovem dançarina, a filha de sua esposa, ilegítima, Herodias - depois a própria Herodias vingativa e finalmente a imprudência do rei. Herodes ofereceu atender um desejo à dançarina e, sob a influência de sua mãe, ela exige que João seja decapitado. O juramento descuidado do rei é cruelmente explorado. E Herodes não tem força moral para resistir. Então ele se torna o assassino de João (v. 22 - 28).

Por que a Bíblia nos descreve isso com tantos detalhes? Porque Deus quer nos alertar. Não adianta se a consciência atua e queremos acalmá-la com uma ou outra boa ação. Nada se ganha com isso. Deus quer nos levar ao arrependimento e conversão; Ele também usa nossa consciência para esse propósito. Mas quem deliberadamente ignora esse aviso e não quer se voltar para Deus, mais cedo ou mais tarde ficará ainda mais enredado no pecado.

E disse: Assim diz o SENHOR: Fazei neste vale muitas covas. Porque assim diz o SENHOR: Não vereis vento e não vereis chuva; todavia, este vale se encherá de tanta água, que bebereis vós e o vosso gado e os vossos animais.. 2 Reis 3: 16, 17

Três reis em campanha, com soldados e gado. Eles percorrem um longo caminho por terras inóspitas ..., não têm mais água ..., têm sede ..., pedem ajuda ao profeta Eliseu.

E ele diz: “Fazei neste vale muitas covas.” E então a água viria, mesmo que eles não vissem nem vento nem chuva. Instrução estranha! Portanto, eles devem acreditar nas palavras de Deus por meio de Eliseu e agir de acordo. Eles devem obedecer e cavar covas na fé, que exige energia, força e esforço, especialmente quando estão com sede e calor. E então a água virá e será o suficiente para todos. - E a água veio das montanhas de Edom (v. 20).

Pessoas que crêem são pessoas que cavam covas na expectativa de Deus enviar água! Porque “a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem”. Eu tenho que acreditar nas promessas de Deus, tenho que cavar covas, mesmo que nada seja visto do cumprimento - e então Deus dará bênçãos. Freqüentemente de maneira indireta e oculta (Hebreus 11: 1).

Noé não "cavou uma cova" quando construiu a arca para "coisas que se não vêem"? A viúva de Sarepta não "cavou uma cova" quando preparou para Elias "primeiro” um bolo antes de ver que "a farinha da panela não se acabará"? Você e eu vamos ir lá e cavar covas na fé na expectativa de que os homens se convertam, que os crentes sejam fortalecidos na fé, que os relacionamentos sejam saudáveis ​​e que Deus seja honrado? (Hebreus 11: 7; 1 Reis 17: 13, 16).

Ora, pois, trazei-me um tangedor. E sucedeu que, tangendo o tangedor, veio sobre ele a mão do SENHOR. 2 Reis 3: 15

Três reis vem ao profeta Eliseu. Ele ignora completamente um deles, o Rei de Edom. O outro, Jorão, o rei de Israel, Eliseu descarta duramente: “Que tenho eu contigo?” E o terceiro, Josafá, o rei de Judá, ele disciplina, mesmo que apenas indiretamente. E então o profeta exige um tocador de cordas. Uma cena estranha!

Eliseu não precisa de um tangedor para descobrir que a aliança desses três reis contra o rei de Moabe é errada, ou para condená-los e repreendê-los. Ele pode julgar isso claramente. Mas agora os três reis estão confundidos durante sua campanha, e uma visão clara e uma comunhão imperturbada com Deus são necessários para que Eliseu reconheça a vontade de Deus para esta situação específica.

Mas Eliseu está agitado com a visita dos reis e a situação ameaçadora dos exércitos aliados. Em sua agitação, ele não consegue reconhecer facilmente a vontade de Deus. Seus pensamentos devem abandonar os detalhes perturbadores e suas tristes causas e devem se voltar para Deus, sua graça e poder. Eliseu recebe ajuda de outra pessoa, um tangedor de cordas. Quando ele está tangendo, “a mão do Senhor desceu sobre Eliseu”, e Deus fala através dele palavras de misericórdia e graça.

Muitas vezes tenho poucos problemas para determinar e nomear o que está errado ou o que está correndo mal. Mas quantas vezes meus pensamentos estão muito perturbados, distraídos, impedidos de reconhecer a vontade de Deus para certa situação específica ou de me aproximar dele com louvor, gratidão e adoração. É precisamente então que o serviço de outro pode também me ajudar a libertar o meu pensamento para que acima de tudo eu possa ver o próprio Senhor, e não o que é errado e opressor, e que reconheça a sua orientação graciosa.

Tudo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele. Colossenses 1: 16, 17

Não é outro senão o Filho de Deus de quem as Escrituras dizem isso. O universo inteiro passou a existir por meio da palavra de seu poder: “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu” (Salmo 33: 9).

Até o mundo visível nos dá uma impressão de sua grandeza e poder. A misteriosa estrutura dos átomos com sua energia concentrada no menor espaço, a diversidade incontrolável de plantas e animais, a extensão incomensurável do universo com os incontáveis ​​sóis: tudo isso nos mostra a sabedoria, o poder e a glória do Filho de Deus.

E também o mundo invisível criado por Ele, do qual não temos idéia, mas que certamente é muito mais surpreendente que o visível.

O Filho de Deus não apenas criou todas as coisas, mas “sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder” (Hebreus 1: 3). Todas as forças e leis da natureza estão sujeitas a Ele, e até mesmo “a vida” do homem está “em suas mãos” (Daniel 5: 23). Não temos que exclamar com o salmista: “Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! SENHOR, Deus meu, tu és magnificentíssimo; estás vestido de glória e de majestade”? (Salmo 104: 1).

Que maravilha da graça que o Criador e Sustentador do universo se tornou homem para que “reconciliasse consigo mesmo todas as coisas”, fazendo “a paz pelo sangue da sua cruz”. A reconciliação de todas as coisas ainda está pendente, ao passo que os crentes já estão reconciliados "no corpo da sua carne, pela morte" (Colossenses 1: 20 - 22).

O criador e sustentador de todas as coisas é ao mesmo tempo "o Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim" (Gálatas 2: 20).

E tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco seixos do ribeiro, e pô-los no alforje de pastor … e lançou mão da sua funda. e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu. ... E Davi meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra, e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa; e a pedra se lhe cravou na testa. 1 Samuel 17: 40, 49

"Cinco pedras lisas do riacho" (2)

Muitas vezes pensamos em Davi com suas cinco pedras quando se trata de pregar a palavra de Deus ou de discussões pastorais. Vamos fazer, uma vez, essa comparação. 

Pedras lisas são formadas pela ação da água corrente durante séculos. Assim apenas é adequado para a batalha espiritual o que é diretamente influenciado e formatado pela palavra de Deus. Pensamentos reunidos rapidamente não vão longe. É preciso cuidado, diligência e muito tempo para “escolher as pedras lisas do ribeiro”. Mas que efeito benéfico os pensamentos amadurecidos, de um coração devotado, escolhidos no “ribeiro de Deus”! Eles perderam os cantos e arestas do que é buscado e desejado; eles são espirituais e estão livres de intenções obstinadas secundárias.

Davi precisava ter as pedras no "alforge". E também não podemos iniciar “vazios” as tarefas espirituais de hoje. O Senhor é realmente gracioso e muitas vezes tem se compadecido das necessidades espirituais. No entanto, ser dirigido pelo Espírito de Deus não significa confiar em abundância de repente, onde não havia nada antes. O Senhor Jesus diz sobre a atividade do Espírito: “Ele ... há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João 16: 14). Isso não acontece intuitivamente, mas por meio da palavra de Deus. E apenas aqueles que adquiriram idéias claras por meio da palavra podem transmitir o que receberam como uma bênção.

E tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco seixos do ribeiro, e pô-los no alforje de pastor … e lançou mão da sua funda. e correu ao combate, a encontrar-se com o filisteu. ... E Davi meteu a mão no alforje, e tomou dali uma pedra, e com a funda lha atirou, e feriu o filisteu na testa; e a pedra se lhe cravou na testa. 1 Samuel 17: 40, 49

"Cinco seixos do ribeiro" (1)

Davi não aceitou que a armadura de Saul fosse imposta a ele para a luta com o gigante Golias. Teria sido sua ruína. Ele não queria usar nenhum outro meio além do que Deus lhe dera há muito tempo. Do leito do ribeiro, ele "escolheu" cinco pedras lisas para sua funda. Essa escolha foi crucial. Ele levou o tempo necessário para fazer isso.

Ele com certeza pegou uma ou outra pedra em sua mão e jogou-a de volta novamente até reunir as cinco que estavam em melhor forma para um lançamento poderoso e preciso.

Em seguida, ele se aproximou do filisteu, não confiando nas pedras bem escolhidas, mas com as palavras: "Eu vou a ti em nome do SENHOR dos Exércitos" (v.45). E foi só quando o filisteu se aproximou que Davi se apressou e correu ao seu encontro. Ele "meteu a mão no alforje e com a funda lha atirou, e feriu o". Foi preciso agir agora. Não houve tempo para escolher. Ele tinha feito isso antes.

E por que cinco pedras? Obviamente, para que Deus tivesse a escolha de guiar a mão de Davi, a vitória deve ser sempre uma obra de Deus. Se a primeira pedra não tivesse atingido, as outras quatro dificilmente teriam qualquer utilidade para Davi. A lança de Golias teria perfurado o jovem completamente desprotegido. Visto dessa forma, Davi precisaria apenas de uma única pedra. Mas Deus guiou sua mão para pegar a pedra certa e seus braços para atirá-la. 

(Conclui amanhã)

[Moisés] Escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado. Hebreus 11: 25

Moisés fez uma boa escolha quando deu as costas para a honra, as riquezas e as diversões da corte de Faraó. Ele prefere ser pobre com Deus do que um homem rico e respeitado sem Deus.

Hebreus 11 nos mostra o motivo de suas ações: “Pela fé, Moisés ... recusou”. Portanto, ele abandonou toda a grandeza terrena e escolheu “o vitupério de Cristo” em vez dos tesouros do Egito. Se ele tivesse sido guiado pela sabedoria mundana, ele teria tomado uma decisão muito diferente. Pois ser considerado filho da filha do Faraó parecia muito melhor, muito mais desejável, do que pertencer a um bando de escravos pobres e desprezados.

Mas Moisés sabia pela fé que os miseráveis, escravizados e atormentados israelitas eram o povo de Deus, que Deus certamente os libertaria e os conduziria à boa terra que lhes havia prometido.

Moisés ficou ao lado do povo de Deus com determinação. E Deus sempre recompensa a lealdade e a determinação. Quando Moisés se tornou o líder do povo de Deus, ele passou a ter uma relação tão próxima com Deus como nenhuma outra pessoa de seu tempo desfrutou: Deus falou com ele "face a face, como qualquer fala com o seu amigo" (Êxodo 33: 11).

Ainda hoje, um jovem cristão vem repetidamente em situações em que depende da fidelidade e determinação por Cristo. Você pode receber ofertas muito benéficas que você não pode aceitar se quiser seguir o Senhor com fidelidade.

Então, lembre-se de Moisés e fique firmemente ao lado do Senhor, mesmo que você tenha que carecer ou desistir de algo. Deus o recompensará.

Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou e dizia: Ah! Se conheceras ... o que é devido à paz! Lucas 19: 41, 42

"Jesus chorou por mim?"

 

Assim perguntou um marinheiro que veio a um sermão em um domingo, para aprender mais sobre Deus.

O assunto era o versículo bíblico acima. O homem anteriormente bebia muito e vivia profundamente em pecado. Mas agora ele se perguntava: “Jesus também chorou por mim, o pecador que ficou grisalho? - Não! Eu sou muito ruim para isso; Eu sou muito mau para Ele se preocupar comigo."

Mas a questão não o deixou mais em paz. Ele se lembrou de ter velejado sob a bandeira do Diabo por 60 anos, e um grande desejo surgiu em seu coração por um novo Senhor.“ Quero perfurar o velho navio e afundá-lo!” Ele tomou essa decisão com referência à sua antiga vida de pecado. E então ele começou a buscar sinceramente a verdade. Ele tinha um desejo ardente de obter paz com Deus.

Deus lhe mostrou que o Senhor Jesus não apenas derramou lágrimas sobre os pecadores, mas também deu Seu sangue precioso por eles para que pudessem ser salvos.

A partir de então, "Jesus Cristo" estava na bandeira sob a qual navegava e sob a qual seguia seu Senhor com fidelidade e alegria no coração.

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” 2 Coríntios 5: 17

Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com ele. 1 Tessalonicenses 4: 14

Existem milhões de pessoas que se dizem cristãs, mas não acreditam na ressurreição de Jesus Cristo. A fé no Senhor Jesus, no morto, ressuscitado e glorificado Salvador e Senhor, é a única possibilidade de ser salvo (cf. Romanos 1: 1 - 4). Somente aqueles que pertencem ao grupo dos remidos experimentarão o que é descrito em nosso versículo hoje.

O Novo Testamento geralmente chama a morte dos crentes de adormecimento. Alguns associam essa expressão à noção equivocada de que os crentes dormem até a ressurreição e não experimentam nada conscientemente. Mas não é o caso. Várias referências na escritura tornam isso muito claro:

1. Um dos dois malfeitores crucificados voltou-se para o Senhor Jesus na cruz com as palavras: “Lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino!” E o Senhor respondeu-lhe: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23: 42, 43). Ele certamente não quis dizer um estado de inconsciência.

2. Quando o apóstolo Paulo escreveu aos filipenses sobre seu desejo de partir, ele disse: "tendo desejo de partir e estar com Cristo, porque isto é ainda muito melhor" (Filipenses 1: 23). Isso não seria assim se não houvesse comunhão consciente com Cristo ali.

3. E em outro lugar, Paulo escreve que ele anteriormente havia sido arrebatado para o paraíso e lá ouviu “palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar” (2 Coríntios 12: 1 - 4). Isso também requer percepção consciente.

Os crentes adormecidos estão, portanto, em comunhão consciente e feliz com Cristo.

“Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor!” Apocalipse 14:13

Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém! Efésios 3: 20, 21

Sim, Deus “é poderoso para fazer ... muito mais abundantemente além daquilo que pedimos”. Aparentemente, Jabez também estava convencido disso. Ele pediu a Deus com ousada fé: "Se me abençoares muitíssimo e meus termos amplificares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja aflito!" E Deus cumpriu seu pedido: "Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.“ Honramos a Deus quando Lhe pedimos com confiança! (1 Crônicas 4: 10).

Deus também pode fazer “o que pedimos”. Nos Salmos diz: “Deleita-te também no SENHOR, e ele te concederá o que deseja o teu coração.” (Salmo 37: 4). Pode ser que eu não ouse falar meu pedido em voz alta, mas Deus ainda pode atendê-lo!

Deus pode “fazer” o “que pedimos ou pensamos”. Nada está excluído. Ele diz: “Acaso, seria qualquer coisa maravilhosa demais para mim?” (Jeremias 32: 27).

E Deus também pode “fazer tudo muito mais abundantemente”. Quando Salomão pediu sabedoria a Deus, Ele também lhe deu “riquezas” e “honra”. Sim, Deus dá de graça! (1 Reis 3: 13).

Deus pode até fazer “além daquilo que pedimos”. Não se pode medir quão maravilhosamente Deus pode dar e nada pode estreitar ou limitar seu poder e as riquezas de sua graça.

E esse poder também atua “em nós”. Isso não significa que sejamos invencíveis ou que Deus sempre diga sim aos nossos pedidos. Se assim fosse, seríamos Deus! Significa que a ajuda de Deus é inesgotável e que sua força nunca diminui. E toda a honra é devida a Aquele que pode fazer isso!

Do sacrifício pacífico fará oferta queimada ao SENHOR: a gordura que cobre as entranhas e toda a gordura que está sobre as entranhas, como também os dois rins. Levítico 3: 3, 4

O sacrifício pacífico é um sacrifício especial; você poderia chamá-lo de uma refeição de comunhão. Parte do animal do sacrifício era queimado no altar de ofertas queimadas: era "alimento" para Deus (v. 11). Os sacerdotes e outros israelitas foram autorizados a comer do resto. O próprio sacrifício é uma figura de nosso Senhor.

A parte de Deus na oferta pacífica era a gordura e os rins. A gordura de um animal é sua reserva de energia. Figurativamente, portanto, aponta para o poder interior do Senhor Jesus com o qual Ele se ofereceu a Deus como um sacrifício. Os rins, que separam as toxinas do sangue, também são figurativamente considerados na Palavra de Deus como a sede do discernimento e da sabedoria (Salmo 16: 7; Jó 38: 36 [versão Darby]). Assim, vemos aqui prefigurado como o Senhor Jesus serviu a Deus em perfeita força e sabedoria e também O glorificou em sua morte.

Seus pensamentos e sentimentos mais profundos estavam em grande parte ocultos das pessoas. Mas Deus valorizou cada detalhe de suas ações, suas palavras, seus sentimentos. Deus ficou completamente satisfeito com isso. Para Deus, é "alimento" precioso.

Hoje podemos ter comunhão com o Pai e o Filho “à mesa do Senhor”. Aí podemos reunir tudo o que vimos das glórias de Cristo para louvar diante de Deus e do Senhor. Fazemos isso com admiração e adoração.

Olhamos com adoração para Aquele que é o deleite do seu coração. Nele vemos beleza e prestamos homenagem ao Filho.

Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé. Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá. Lucas 17: 5, 6

Podemos entender bem o pedido dos apóstolos “Aumenta-nos a fé”. Nós, também, às vezes sentimos que nossa fé é muito fraca para suportar as situações cotidianas. Estamos diante de grandes tarefas e depois olhamos para nós mesmos, nossa força e nossa fé. E então percebemos que o que está em nós não é suficiente. Podemos sentir essa fraqueza em todas as áreas da vida. Então podemos pedir como os discípulos; e também a nós o Senhor dará uma resposta útil.

A fé como um grão de mostarda parece ser o oposto de uma grande fé. O que há de notável em um grão tão pequeno? Talvez esteja conosco há muito tempo - e não tenha mudado de forma alguma sua condição. Mas se o colocarmos na terra úmida, o pequeno grão se torna uma grande planta. Agora fica claro: Nosso Criador colocou uma tremenda força vital na semente!

A verdadeira fé não se preocupa com seu próprio tamanho e possibilidades. A verdadeira fé tem Deus e sua força em mente. E então se desenvolvem efeitos que nunca teríamos pensado possíveis.

Quando percebermos que os frutos da fé não se originam em nós mesmos, permaneceremos humildes e modestos. Então permaneceremos em segundo plano e agradeceremos a quem nos deu a força. E quando falamos de obras da fé, estamos falando sobre o grande Deus que fez coisas poderosas para as quais nós mesmos não tínhamos a menor força.

A verdadeira fé honra a Deus e não ao crente.

Elias disse a Eliseu: Pede- me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim. E disse: Coisa dura pediste! 2 Reis 2: 9 - 10

 É como um exame final. Como Eliseu vai responder? Ele serviu a Elias por muitos anos; agora Elias vai partir, e resta saber se Eliseu está pronto para se tornar seu sucessor no serviço profético. O que ele vai escolher? Sucesso, reconhecimento ...?

Quando Salomão se torna rei, Deus também diz: “Pede o que quiseres que te dê.” Salomão escolhe bem. Deus dá a ele o que ele pediu ... e muito mais. Aos discípulos Tiago e João, que desejam um lugar privilegiado no reino do Senhor Jesus, Ele precisa dizer: “Não sabeis o que pedis.” Sim, nossos desejos revelam o que está em nosso coração! Ainda hoje (1 Reis 3: 5, 13; Marcos 10: 35 - 38).

Eliseu deseja "uma dobrada porção" do espírito de Elias. Isso parece impróprio, mas não é. Trata-se da herança de um primogênito que, quando a herança era dividida, recebia o dobro de cada um de seus irmãos. Eliseu está dizendo: “Elias, deixa-me ser o teu primogênito espiritual entre os muitos discípulos dos profetas!” Com isso Eliseu prova que está pronto para assumir a tarefa (Deuteronômio 21: 17; 1 Crônicas 5: 1, 2).

Elias responde: “Coisa dura pediste!” Sim, a força espiritual não pode ser herdada como dinheiro ou posses! Mas Eliseu o receberá ao ver Elias ascendendo ao céu. Esse será o segredo de seu poder aqui na terra.

Nós também só seremos espiritualmente fortes em conexão com Cristo, o homem elevado, seremos transformados quando "com o rosto desvendado, contemplando, ... a glória do Senhor" (2 Coríntios 3: 18).

Mas a Deus tudo é possível. Mateus 19: 26

Houve um grande desânimo no porto de Hant Harbour, uma vila em Newfoundland. Os habitantes viviam principalmente da pesca, mas não pescaram quase nada durante o ano. Três quartos da temporada de pesca já haviam passado, e o inverno os aguardava com fome e adversidades.

Então o pastor da pequena congregação marcou uma reunião de oração para a próxima quarta-feira. “Em nossa necessidade, vamos a Deus e clamemos por sua ajuda!” disse ele. A igreja estava lotada na quarta-feira à noite. Algumas passagens da Bíblia foram lidas, e então vários dos presentes oraram em voz alta a Deus e clamaram sobre a situação difícil da aldeia.

Após a reunião de oração, o clima era inicialmente bastante otimista. Mas na manhã seguinte, o desânimo paralisante estava de volta. Apenas um pescador saiu para pescar com seu ajudante. Era Jabes Pelly - e ele era conhecido por sua descrença.

Ele esteve na reunião de oração, mas em voz alta chamou de loucura orar por peixes. E agora ele estava saindo para provar que não havia nada para pegar. - Mas o que houve? Os dois mal tinham lançado as redes quando apanharam muitos peixes! Após duas horas, eles voltaram ao porto totalmente carregados. A notícia da grande pesca espalhou-se em alta velocidade, e o porto logo estava cheio de barcos de todos os tipos. Cada um voltou pesadamente carregado naquele dia, e assim permaneceu até o final da temporada.

Mas em Jabes Pelly, a maravilhosa pesca deixou uma impressão indelével. Este evento fez com que ele desabasse diante de Deus. Ele se tornou um novo homem que seguiu ao Senhor de todo o coração.