Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece. João 15: 17 - 19

A ordem de Jesus de amar uns aos outros ganha importância à luz do fato de que o mundo odeia os Seus. Amor do lado de dentro, ódio do de fora - esta é a situação que resultou, da rejeição total e morte de Jesus, para seus discípulos. Mas como está na prática entre os crentes? Ao longo dos séculos, tem havido uma tendência de reverter essas condições: os crentes têm repetidamente mostrado amor pelo mundo exterior e cortejado seu favor, enquanto, por outro lado, a frieza e a contenda se espalharam entre os crentes.

Três vezes no Evangelho de João o Senhor diz que os seus não são do mundo, e duas vezes acrescenta: “como eu não sou do mundo” (cap. 17: 14,16). Portanto, é a identidade dos crentes com seu Senhor que os coloca fora do mundo.

O fato de os filhos de Deus estarem fora do mundo ou não serem do mundo - exatamente isso é o que excita seu ódio. Mas o Senhor quer que saibamos que o mundo não nos odeia mais do que odiou a Ele antes de nós. E isso nos conforta. Porque o mundo nos odeia por causa dEle, não a Ele por causa de nós. Portanto, não são nossas faltas a verdadeira causa de sua inimizade, mas a graça e a luz de Jesus refletida nos crentes.

Mas a graça não atrai as pessoas? Pode perguntar alguém. A graça exclui qualquer mérito e dá glória a Deus somente. Portanto, não se coaduna com o orgulho humano. O resultado é rejeição e ódio.

“Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos aborrece.” 1 João 3: 13