A descrição dos sofrimentos do Senhor Jesus em Isaías 53 nos deixa maravilhados com o temor Dele. Vemos aqui o Senhor como o sofredor servo de Deus. Ele era o “escolhido” de Deus a quem “sustentava”, em quem a “sua alma se comprazia”. E Ele era o “servo” que iria “operar com prudência” e “ser engrandecido, e elevado, e mui sublime” (Isaías 42: 1; 52: 13). Mas no capítulo 53, nós O vemos sofrendo silenciosa e devotadamente.
Quando se tratou da glória de Deus, Ele falou. Ele deu “testemunho de boa confissão” perante Pilatos. Toda a sua vida serviu a este propósito: “Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade”. E na cruz Ele, "pelos transgressores intercedeu": "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!" (1 Timóteo 6: 13; João 18: 37; Isaías 53: 12; Lucas 23: 34).
Mas quando se tratou de Si mesmo, Jesus ficou em silêncio. Quando Pilatos lhe perguntou: "Não ouves quanto testificam contra ti?", Jesus "nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o governador estava muito maravilhado" (Mateus 27: 13, 14). O Senhor Jesus, o Verbo Eterno, a própria Verdade, ficou em silêncio. Ele não pensou em se defender, por mais legítimo que fosse. Ele pensou no conselho de Deus: que "ao SENHOR agradou o moê-lo" para fazê-lo sofrer. Sua alma devia apresentar a oferta pela culpa. Qualquer defesa teria apenas estragado a fragrância da vítima perfeita. Ele suportou cada insulto em silêncio (Isaías 53: 10).
Mas está chegando a hora em que Deus falará por Ele e cumprirá sua promessa: "lhe darei a parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo" (Isaías 53: 12). A glória do reino vindouro é a resposta de Deus ao devotado silêncio de seu servo.
Leitura diária da Bíblia: 1 Reis 22: 19 - 40; João 15: 1 - 8
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