Quanto a mim, confio em ti, SENHOR. Eu disse: tu és o meu Deus. Nas tuas mãos, estão os meus dias. Salmo 31: 14, 15

A situação de Davi não foi fácil. Houve calúnias, abusos e atentados contra sua vida. "Terrores por toda parte" é como ele descreve sua situação (v. 13). Mas apesar de tudo isso, ele teve experiências felizes com seu Deus, porque confiou Nele. Sim, "Bem-aventurados todos os que nele se refugiam" (Salmo 2: 12).

 

Muitos cristãos testemunham alegremente que experimentaram seu Deus exatamente da mesma maneira no último ano. Certamente, Deus não cumpriu todos os nossos desejos; Ele até mesmo frustrou nossos planos e nos enviou algumas dificuldades e sofrimentos. Mas experimentamos mais uma vez que Ele não abandona ninguém que confia nEle. Bendito aquele que pode dizer com Davi: "Quanto a mim, confio em ti, SENHOR ...tu és o meu Deus"!

Deus enviou Seu Filho unigênito ao mundo. Deus se tornou homem e revelou plenamente a bondade e o amor humano de nosso Salvador-Deus em sua vida e em sua morte. Ele ama como ninguém mais pode amar. - Você confiou sua vida, seu destino, seu tempo a Ele? E Ele é de fato seu Senhor em todas as coisas?

Quão feliz pode ser um cristão que sabe: "Nas tuas mãos, estão os meus dias". Em Sua mão está também meu destino e tudo o que verei em 2023.

Antes de me colocar e meu futuro nas mãos de outrem, devo conhecê-lo e ter total confiança nEle. Davi conhecia Deus desde sua juventude e tinha aprendido que podia confiar Nele sem reservas. Chegamos a conhecer Deus através de Jesus Cristo como o Deus de amor. Podemos confiar num Deus assim sem reservas!

"Mas o que confia no SENHOR, a misericórdia o assistirá". Salmo 32: 10

Leitura diária da Bíblia: Malaquias 3: 13 - 4: 6; Marcos 16: 12 - 20

Toda a cabeça está doente, e todo o coração, enfermo. Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã. Isaías 1:5,6

Nossa história e a Dele

"Há histórias estranhas e até ofensivas na Bíblia", disse alguém que eu havia recomendado que a lesse.

É verdade: especialmente no Antigo Testamento há muitas histórias que são tudo menos bonitas. Mas se elas não estivessem lá, a Bíblia não seria verdadeira. Ela nos mostra os homens como Deus os vê, sem a máscara por trás da qual eles se escondem com frequência. Assassinato, adultério, violência, idolatria, mentiras e enganos - nada nos é poupado, para que não sejamos enganados sobre a corrupção do coração humano.  Deus sempre nos diz a verdade. Ele quer que reconheçamos no quadro pouco lisonjeiro que ele pinta de algumas pessoas a mesma natureza pecaminosa que ainda está presente em nós. - E mesmo quando se trata de Seus servos, Ele não deixa passar nada.

A pior coisa que a Bíblia relata é o que foi feito a Seu amado Filho. Ele tinha vindo à Terra, para tornar conhecido o amor de Deus. Mas na cruz, a rebelião do homem contra Deus veio à luz.

Contra este fundo escuro se destaca a história pura e imaculada de Jesus, como nos contam os Evangelhos. O contraste entre seu comportamento, suas palavras e seus sentimentos em relação a nós resplandece em cada passo. Esta é uma história maravilhosa, que supera o triste quadro de nossa raça humana! - Devemos lê-la repetidamente com adoração.

Leitura diária da Bíblia: Malaquias 3: 1 - 12; Marcos 16: 1- 11

Vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que estavam comigo. Atos 20: 34

O apóstolo Paulo está reunido aqui com os anciãos da igreja em Éfeso. Ele os chamou para se despedir, porque sabe que seu ministério e sua vida estão chegando ao fim. Então, em suas palavras de despedida, ele fala de suas mãos. Ele pode tê-los estendido a seus irmãos quando diz: "Estas mãos serviram". Ele não está procurando elogios, longe disso - o que ele diz é fato, é verdade.

 

É um elogio às mãos de um crente se, no final de sua vida, se pode dizer delas: "Estas mãos serviram". Elas podem ser pequenas ou grandes, claras ou escuras, cuidadas ou desgastadas - para Paulo e para os irmãos sentados em frente a ele, o que era importante era: as mãos são para o trabalho. (Embora nem todos os serviços feitos para o Senhor deixem traços visíveis!)

Aqui o apóstolo realmente quer dizer emprego remunerado, para que as necessidades materiais sejam atendidas. Além de seu serviço para o Senhor, ele sempre trabalhou para sua própria subsistência. Por esta razão, ele também tem o direito de repreender aqueles "que andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia" (2 Tessalonicenses 3: 11).

E além de suas necessidades pessoais, ele foi capaz de prover materialmente os irmãos que o acompanharam em suas viagens missionárias através de seu trabalho manual. Portanto, ele pode continuar e dizer: "Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim ... e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber" (Atos 20: 35).

Sim, estas mãos têm servido!

Leitura diária da Bíblia: Malaquias 2: 1 - 17; Marcos 15: 40 - 47

Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus. Efésios 5:15, 16

O que a ampulheta nos ensina?

Observando o derramamento silencioso e ininterrupto de areia em uma ampulheta, o pensamento opressivo pode vir à mente: Estes segundos que estão passando tão inexoravelmente nunca mais voltarão! Não ajuda a virar a ampulheta de cabeça para baixo para que a areia flua de volta para seu balão original. Não importa em que direção a areia flui - o tempo se esgota.

Este curto espaço de tempo é quando o homem é chamado para servir seu Criador. Deus está à procura de homens, mulheres e crianças que de bom grado O servem e esperam o Senhor Jesus e Sua vinda. Estes percebem que o tempo é um presente precioso que não deve ser desperdiçado. - O tempo perdido nunca poderá ser recuperado. Nenhum minuto que passe voltará. Esta é a lição da ampulheta de areia.

A palavra de Efésios enfatiza a importância e a sabedoria de comprar o tempo, aproveitando cada oportunidade para usá-lo a serviço de Deus. Afinal somos chamados a ser seus imitadores. Como "filhos amados" devemos viver nossas vidas com amor e como "filhos da luz" devemos representar Sua natureza neste mundo escuro (v. 1, 2, 8, 9).

Estas são oportunidades que só temos neste tempo. Portanto, é necessário deixar de lado toda inércia e indecisão e todos os sonhos! Quando o tempo passa tão depressa, usemo-lo com sabedoria e sejamos fiéis na administração deste bem precioso.

Leitura diária da Bíblia: Malaquias 1: 1 - 14; Marcos 15: 29 - 39

Porque conheceis aquele que existe desde o princípio. 1 João 2: 13, 14

Após termos conhecido Cristo como nosso Salvador, recebemos através da Palavra escrita uma visão espiritual sobre quem Ele é: a imagem de Deus. Ele se tornou homem e habitou entre nós cheio de graça e verdade de modo que pudemos contemplar Sua glória, uma glória como a de um unigênito do Pai. Quando recebemos este testemunho do Espírito de Deus em nossos corações, agarramo-nos a Ele o Santo e Verdadeiro (João 1: 14; Apocalipse 3: 7).

 

Assim, o Cristo que encontramos na Palavra de Deus domina nossos afetos. Sem Ele, não desejamos mais viver; e não ousamos nos afastar deste Cristo escrito.

Esta ligação viva com um Cristo vivo é a única proteção contra todos aqueles que nos querem enganar. Um Cristo santo, no qual temos a Verdade, é a segurança moral abençoada e forte para a alma. Mas um cristianismo misturado com o mundo e sem vida é impotente contra a sedução. Não tem um rumo claro, porque não há fé suficiente para passar sem o mundo. Mas um Cristo santo e verdadeiro é o guia confiável e o lugar de descanso para a alma.

Portanto, o que é necessário não é um maior desenvolvimento, mas um retorno à simplicidade e à fidelidade a Cristo. É necessário reconhecê-lo realmente como Aquele que foi desde o princípio. Se eu me apego assim ao Cristo da Palavra escrita, então o Cristo que eu já amei aqui na Terra é o mesmo Cristo que eu espero, que virá novamente e me levará até Ele mesmo.

J. N. Darby

Leitura diária da Bíblia Zacarias 14:6-21 : Marcos 15:16-28

E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Lucas 2: 15

Confira você mesmo

Como reagiram os pastores no campo quando ouviram a gloriosa notícia da criança na manjedoura através do anjo do Senhor? Eles falaram uns com os outros e imediatamente se decidiram a ir e ver "os acontecimentos". Não era suficiente para eles apenas ouvir a Boa Nova, mas eles queriam ver o anunciado Salvador com seus próprios olhos.

Os cidadãos de uma cidade samaritana se comportaram de forma semelhante depois que uma mulher lhes contou sobre seu encontro com o Senhor Jesus no poço fora da cidade. Eles acreditaram nas palavras da mulher, mas queriam conhecer pessoalmente essa pessoa de quem a mulher havia falado com tanto entusiasmo. Então eles puseram-se a caminho, "saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele". Depois Jesus permaneceu na cidade deles por dois dias abençoados, durante os quais o povo veio a conhecer melhor o Senhor, para depois dizer à mulher: "Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo". Assim como os pastores, estes samaritanos haviam encontrado o Salvador do mundo (João 4: 30, 42).

Antes de tudo, estes incidentes são originais para as pessoas incrédulas às quais o Evangelho é pregado: Ouvir apenas não é suficiente, cada pessoa deve sair para ter um encontro pessoal com o Salvador. Mas e quanto a nós crentes? Como é bom quando não apenas ouvimos a Palavra de Deus, mas também a estudamos pessoalmente - assim como os crentes em Beréia que de bom grado receberam a Palavra pregada "examinando as Escrituras todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim" (Atos 17: 11).

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 13: 1 - 14:5; Marcos 15: 1 - 15

Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo. Isaías 11: 1

Um rebento do tronco de Jessé

O profeta Isaías usa uma figura da natureza em sua profecia: um tronco velho brota de novo e um rebento verde cresce. Enquanto tal renovo ainda for um rebento pequeno e jovem, ele é chamado de rebento.

Com esta figura, Isaías aponta para o homem Jesus Cristo, que viria a esta terra como um descendente de Davi. Como o reino de Davi estava em ruínas naquela época, Isaías fala do tronco de Jessé.

O rebento é no princípio um broto tenro e discreto, mas pode crescer até se tornar uma árvore poderosa. Assim, o renovo é um símbolo de humildade e simplicidade, mas também uma figura de esperança e glória futura. Estes dois significados apontam para o duplo alcance desta profecia.

Primeiro, o rebento fala do Senhor Jesus caminhando nesta terra em humildade, em sua primeira vinda. Mais tarde, Isaías usa novamente a mesma figura e descreve profeticamente que Jesus, como o rebento, "não tinha aparência nem formosura" aos olhos dos homens. Para os homens Ele era apenas o filho de um carpinteiro, "era desprezado" por eles (cap. 53: 2, 3. Mas para Deus Ele sempre foi Seu Filho amado em quem Ele estava bem contente e encantado.

O cumprimento real desta profecia de Isaías ainda está no futuro, quando o Senhor Jesus Cristo virá à Terra uma segunda vez. Então Ele aparecerá com poder e grande glória, estabelecerá o reino de Davi e reinará em Seu reino de paz.

Este maravilhoso renovo já deu frutos gloriosos para Deus em sua primeira vinda e o fará novamente em sua segunda vinda.

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 12: 1 - 14; Marcos 14: 55 - 72

E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, e perguntavam: Quem é este? Mateus 21: 10

No Seu nascimento não havia lugar na pousada - mas os céus acima dele foram abalados. Ele foi colocado em uma manjedoura - mas uma estrela trouxe homens sábios do oriente para homenageá-lo.

 

Seu nascimento contradizia o conhecimento de como a vida humana nasce, e sua morte foi diferente do falecimento de qualquer outro ser humano.

Ele não possuía nada, mas pôs a mesa para 5.000 homens - e ainda sobrou; não andou sobre lindos tapetes, mas sobre a água - e ela o carregou.

Sua crucificação foi o maior crime - mesmo assim, "o Filho do Homem teve que ser levantado" para que os homens pudessem ser redimidos. Quando Ele morreu, poucos O choraram, mas o sol escondeu sua luz. Os homens eram insensíveis por causa de seus pecados - mas a terra estremeceu sob o peso. A criação O honrou, e os pecadores O rejeitaram.

O pecado não podia prejudicá-lo, e a decomposição não o alcançou. Embora Suas gotas de sangue tenham caído na terra, Seu corpo não se decompôs - e como prova de que Deus estava plenamente satisfeito, Ele O ressuscitou dos mortos.

Ele só pregou por três anos, não escreveu nenhum livro e não ergueu nenhum monumento - e mesmo assim, após dois mil anos, Ele ainda é a pessoa mais importante da história da humanidade, é o pivô do calendário, é o tema de muitos sermões.

Ele era apenas um homem como todos os outros? Sua morte foi nada mais do que uma morte humana normal? - Não! Porque Ele trouxe vida a um número imensurável de pessoas! Agradeçamos-Lhe de coração e exclamemos com admiração: "Meu Senhor e meu Deus" (João 20: 28).

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 11: 1 - 17; Marcos 14: 43 - 54

Então, entrou o rei Davi na Casa do SENHOR, ficou perante ele e disse: Quem sou eu, SENHOR Deus, e qual é a minha casa, para que me tenhas trazido até aqui? 2 Samuel 7: 18

Deus quer que os Seus sejam sempre fortalecidos e enriquecidos, que a alma tenha momentos de descanso, em que possa "respirar novamente" e "seguir livre" em comunhão com Ele. Davi já entendia isso bem. Nos momentos de maior necessidade ele orou e rogou a Deus. Em outros dias, ele se sentiu dominado pela bondade de Deus - e mesmo assim ele sabia onde seu coração atribulado poderia descansar.

 

Há pouco Deus lhe deu promessas maravilhosas para si e para seus descendentes através do profeta Natã. Então Davi entra no silêncio, diante de Deus, e se senta. Agora não se trata de desejos e petições, como se faz de joelhos, mas de comunhão.

Ele quer compartilhar, o que move seu coração, com Deus, para conversar com Ele.

Através do profeta, Deus tinha falado com Davi, e agora Davi fala com Deus. "Quem sou eu?" - Com esta auto-avaliação, o rei dá glória a Deus e indica que todos os seus esforços e desejos, mesmo os melhores e mais abençoados, vêm ao descanso. Seu coração está completamente satisfeito e se regozija com a graça de Deus.

Davi se depara com a grandeza de Deus, que ele mesmo experimentou, e que tem sido mostrada repetidas vezes na história de Israel. Então ele louva a Deus do fundo de seu coração: "Portanto, grandíssimo és, ó SENHOR Deus, porque não há semelhante a ti ...". (v. 22).

Com sua humilde auto-avaliação e esses elevados pensamentos sobre Deus, Davi combina elevados pensamentos sobre o povo que Deus redimiu e tão ricamente abençoou: "Quem há como o teu povo, como Israel, gente única na terra, a quem tu, ó Deus, foste resgatar para ser teu povo? E para fazer a ti mesmo um nome e fazer a teu povo estas grandes e tremendas coisas ..." (V. 23).

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 10: 1 - 12; Marcos 14: 27 - 42

Puseste alegria no meu coração, mais do que no tempo em que se multiplicaram o seu trigo e o seu vinho. Salmo 4: 7

O trigo e o vinho fazem parte da bênção terrena que Deus havia prometido a seu povo Israel. E Davi, o rei de Israel e autor deste Salmo, teve trigo e vinho em abundância.

 

Mas agora Davi está aparentemente fugindo de seu filho rebelde Absalão (cf. Salmo 3: 1). E nesta situação angustiosa, ele sente uma alegria que vai muito além da alegria de todas as bênçãos terrenas. É a alegria na comunhão com Deus!

Davi experimentou que Deus responde ao chamado dos seus que vivem uma vida justa pela fé; ele sabe que, como "piedoso", é colocado à parte para Deus e sob sua proteção e que há uma vida à luz de Deus e que há vida à luz da presença de Deus (Salmo 4: 2, 4, 7; ver também Romanos 4: 5 - 8).

Nesta comunhão com Deus, Davi experimenta uma profunda alegria interior, especialmente no momento em que é perseguido. Esta alegria é de uma qualidade completamente diferente de qualquer outra alegria; e permanece como uma fonte de conforto e força, mesmo quando as circunstâncias externas se tornam menos favoráveis.

A bênção terrena é um dom de Deus; e ainda assim devemos ter cuidado para não perder de vista o Doador celestial através de uma preocupação excessiva com os dons terrenos. Isto é ainda mais verdade hoje, quando os crentes em Cristo são agraciados com as bênçãos celestiais.

O Senhor Jesus deseja que "permaneçamos Nele" e "permaneçamos em Seu amor". Nesta profunda comunhão com Ele, "Sua alegria estará em nós e nossa alegria será completa" (João 15: 7 - 11).

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 9: 1 - 17; Marcos 14: 12 - 26

E cobriu-a de ouro puro por dentro e por fora. Êxodo 37: 2

Por dentro e por fora

A Arca da Aliança é uma prefiguração do Senhor Jesus. A madeira de acácia da qual foi feita é uma figura de sua verdadeira e santa humanidade, e o ouro com que foi coberta por dentro e por fora aponta para sua divina retidão e glória.

"Na arca foram colocadas as tábuas da lei”. De Cristo lemos: "A tua lei está dentro do meu coração". - A tampa era para proteger o interior da arca dos olhos curiosos. E do Filho de Deus lemos: "Ninguém conhece o Filho senão o Pai". - Mas nós sabemos: o interior da arca também está completamente revestido de ouro. E o Senhor Jesus, quando perguntado quem Ele era, respondeu: "Isso mesmo que já desde o princípio vos disse". - Assim Deus, que "ama a verdade no íntimo", encontrou Seu prazer no Filho amado (Salmo 40: 8; 1 Samuel 6: 19; Mateus 11: 27; João 8: 25; Salmo 51: 6).

Muito diferentes eram os escribas e fariseus do tempo de Jesus! Exteriormente eles pareciam muito tementes a Deus. Mas a verdade interior estava faltando. Isto se tornou evidente quando rejeitaram o Filho de Deus. Repetidas vezes, o Senhor teve que expor sua hipocrisia. Finalmente, Ele exclamou: "Pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia" (Mateus 23: 27).

Isto coloca a séria questão a todos os que vivem um estilo de vida cristão, se nasceram de novo ou se seu cristianismo se esgota nas aparências externas. Mas até mesmo os filhos de Deus devem ter cuidado para que Deus esteja satisfeito com "a verdade interior". Em breve seremos revelados diante do tribunal de Cristo - portanto, vamos viver à luz do tribunal de Cristo! (2 Coríntios 5: 10, 11).

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 8: 1 - 23; Marcos 14: 1 - 11

E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. Atos 11: 19, 20

Os apóstolos foram obedientes à missão que o Senhor lhes havia dado, e em Jerusalém "davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus" (cap. 4: 33). Mas eles não começaram a pregar o Evangelho além de Jerusalém. Para isso, o Senhor usou outras pessoas:

 

Após o apedrejamento de Estevão, os crentes foram perseguidos e dispersos, mas "os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra". Filipe, o evangelista, pregou o Cristo em Samaria, onde sua mensagem foi recebida com grande alegria. Depois, ele pregou o evangelho a um alto funcionário etíope (cap. 8: 4 - 8, 26 - 39).

Mas o Senhor também usou o testemunho de outros crentes, que talvez nem todos tenham tido um dom especial como evangelistas, mas que se preocuparam em falar dEle aos que os rodeavam. Eles não se limitaram a seus correligionários judeus, mas também falaram com seus compatriotas não-judeus. "E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor" (cap. 11: 21).

Todos os crentes, homens e mulheres, recebem dons de graça, para usar para glorificar seu Mestre, mas estes são dons diferentes - nem todos são evangelistas. Entretanto, todos são chamados a serem testemunhas de Cristo, independentemente do dom recebido (ver Romanos 12: 5, 6; 1 Pedro 4: 10; 1 Coríntios 12: 18, 28 - 30).

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 7: 1 - 14; Marcos 13: 28 - 37

E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.. Lucas 9: 23

No mundo, as pessoas lutam pela auto-realização, pelo livre desenvolvimento de sua personalidade, de suas próprias habilidades, de seus próprios interesses e inclinações. Ao fazer isso, os padrões morais da Bíblia são muitas vezes desconsiderados; em todo caso, porém, a ênfase excessiva no eu coloca o ego do homem no centro e afasta a disposição de servir. Em contraste, o Senhor Jesus resumiu os princípios que devem guiar um cristão na passagem bíblica de hoje: Auto-negação, renunciando à vontade própria e entregando-se a Ele.

 

Um discípulo de Jesus não vive mais "para si mesmo", mas para seu Senhor "que morreu por ele". Ele não estabelece as prioridades de sua vida mas deixa isso para o Senhor, a quem ele segue. Ele coloca todas as suas habilidades naturais, sua força e seu tempo à Sua disposição (2 Coríntios 5: 19).

Tomar a cruz significa estar pronto para aceitar a vergonha do mundo. O cristão não só é crucificado para o mundo e não vive mais para ele, ele também compartilha em tudo a sorte de seu Senhor. Ao apontar que o Filho do Homem não tinha lugar onde pudesse reclinar sua cabeça, o Senhor deixa claro pelo exemplo o que deve ser envolvido (Lucas 9: 57, 58).

O Senhor Jesus não força ninguém a segui-Lo. Ele diz: "Se alguém quiser..." O verdadeiro discipulado vem sempre de uma decisão de fé. Só pode ser motivado pelo amor por ele, que "me amou e se entregou a si mesmo por mim" (Gálatas 2: 20). O especial: O caminho da abnegação dá ao discípulo de Jesus uma satisfação plena e profunda - isto é algo bem diferente do que o mundo procura alcançar através da 'auto-realização'.

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 6: 1 - 15; Marcos 13: 14 - 27

E foi também Nicodemos … levando quase cem libras de um composto de mirra e aloés. João 19: 39

A mirra é a resina de uma planta que cresce na Península Arábica. Era usado como perfume e também era usado para embalsamar os mortos. É interessante notar que esta substância sai da planta na forma de lágrimas, que endurecem e se tornam em resina. Na Bíblia, a mirra é um símbolo de sofrimento e morte. É desta resina que deriva o nome Esmirna - este é o lugar que sofreu particularmente com as primeiras perseguições dos cristãos. A igreja de lá foi estimulada a não temer nada do que iria sofrer, mas a ser fiel até a morte (Apocalipse 2: 10).

 

Quando o Senhor Jesus foi crucificado, foi-lhe oferecida mirra misturada com vinho para aliviar seu sofrimento, mas Ele rejeitou. Quando o corpo do Senhor foi retirado da cruz, Nicodemos veio e trouxe para seu sepultamento "uma mistura de mirra e aloés, cerca de cem libras" (Marcos 15: 23; João 19: 39).

Anos antes, os magos do Oriente haviam oferecido a Cristo, mirra juntamente com ouro e incenso. Assim, em seus dons temos referências à sua glória divina e real, à sua glória moral como homem para o bom prazer de Deus, mas também ao seu profundo sofrimento e morte na cruz.

No Cântico dos Cânticos, o rei Salomão descreve o desejo do noivo com as palavras: "Irei ao monte da mirra e ao outeiro do incenso". Cristo nos convida assim também a recordar no "monte da mirra" a profundidade de seu sofrimento e a fragrância de sua vida para Deus. Ele nos convida a fazer isto até sua vinda, "Antes que refresque o dia e caiam as sombras", (Cantares 4: 6). - Quando os magos viram Cristo, sua primeira reação foi cair diante dEle e prestar-lhe homenagem. Podemos fazer o mesmo.

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 5: 1 - 11; Marcos 13: 1 - 13

E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. Apocalipse 4: 6

"Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer" (cap 4: 1), é o convite ao apóstolo João. E o que lhe é mostrado, nós também veremos em breve, quando tivermos sido arrebatados ao céu com todos os crentes.

 

Um trono está ali no céu, e no trono se encontra alguém. É Deus, que agora reclama e afirma Seus direitos sobre a criação porque Ele é o Criador. O chão diante de Seu trono parece um mar, mas não de água, mas de vidro, como cristal. Transparente, mas duro. Duas reflexões sobre isto:

Hoje, no tempo da graça, os perdidos ainda podem receber o perdão de seus pecados se se converterem a Deus. Deus realiza o novo nascimento neles, "da água e do Espírito". Eles experimentam "a lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo" (João 3: 3, 5; Tito 3: 5).

Aqueles que ouvem esta mensagem da graça de Deus hoje, mas a rejeitam, logo não poderão mais aceitá-la. Então, não há mais "água" com a qual se possa ser lavado dos próprios pecados. Então somente o julgamento e a punição eterna permanecerão. Ninguém deveria correr esse risco!

Mas para aquele que, segundo as palavras de Jesus, está "banhado" e assim "completamente limpo" (João 13: 10), ainda há necessidade de ser purificado dos pecados cometidos. O Senhor Jesus mostra isso a seus discípulos lavando seus pés. Mas quando formos logo levados para a glória do céu, nenhum crente se contaminará pelo pecado ou por más influências. Não precisaremos mais da "água" da Palavra de Deus neste aspecto, porque teremos alcançado a perfeita ausência de pecado e, portanto, uma alegria completamente desobstruída no céu. É isso que esperamos ansiosamente.

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 4: 1 - 14; Marcos 12: 35 - 44

Porém o meu servo Calebe, porquanto nele houve outro espírito e perseverou em seguir-me, eu o levarei à terra em que entrou, e a sua semente a possuirá em herança. Deuteronômio 14: 24

Discipulado completo

Como discípulos de Jesus, é nosso desejo seguir nosso Mestre e Senhor o mais perto possível. Nisto podemos aprender com Calebe, de quem a Bíblia testifica várias vezes que ele seguiu a Deus completamente.

Discipulado completo significa, antes de mais nada, seguir a Deus em todos os momentos. No versículo de hoje, Deus enobrece seu servo Calebe quando ele tem 40 anos de idade; mas 45 anos depois Deus ainda pode dizer o mesmo sobre ele! (Josué 14: 14). - Podemos ser incitados a seguir nosso Senhor Jesus Cristo em cada fase da vida. Como seria bonito se consagrássemos completamente nossas vidas a Deus desde a juventude até a velhice!

Discipulado completo também significa seguir a Deus em todos os lugares. Seja no Egito, no deserto ou na terra de Canaã, Calebe vivia com Deus em todos os lugares. - Seguimos nosso Senhor e Mestre em todos os lugares? Em casa, na escola, na universidade, no trabalho, em viagem e onde quer que ninguém nos veja?

Naturalmente, a expressão discipulado total também descreve a qualidade do discipulado. A extraordinária devoção de Calebe era particularmente evidente em situações difíceis: A escravidão no Egito não era um mar de rosas. Em Cades-Barnéia, ele ficou quase sozinho contra o povo descrente e rebelde que queria apedrejá-lo, mas Calebe se apegou sem medo às promessas de Deus a respeito da Terra Prometida. E embora Calebe não fosse o culpado por ter que permanecer no deserto por mais 38 anos, ele seguiu sem reclamar. - Quão fiel o nosso discipulado é, fica evidente especialmente em tempos de crise! É precisamente quando há oposição e "tempos de deserto" que o Senhor quer que confiemos Nele incondicionalmente.

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 3: 1 - 10; Marcos 12: 28 - 34

Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, pegou nos seus pés; mas chegou Geazi para a retirar; disse porém o homem de Deus: Deixa-a, porque a sua alma nela está triste de amargura, e o SENHOR mo encobriu e não mo manifestou. 2 Reis 4: 27

Esta mãe está em grande angústia porque seu filho morreu repentinamente. Em sua dor, ela faz a única coisa certa e se dirige a Eliseu, o homem "de Deus". Ela o procura, cai diante dele e se apega nos seus pés. Então Geazi, o servo de Eliseu, intervém "para a retirar". Se por preocupação com seu mestre ou porque ele considera o comportamento da mulher inapropriado, permanece em aberto.

 

Eliseu detém Geazi. Ele vê que a mulher está em aflição. Ao mesmo tempo, ele é suficientemente humilde para admitir que ainda não conhece a vontade de Deus sobre esta questão. Muito diferente - e mais uma vez semelhante - é a situação, quando as mães trazem seus filhos para o Senhor Jesus. Os discípulos também as repreendiam, e aqui também o Senhor "indignou-se" contra a intervenção e diz: "Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais" (Marcos 10: 14).

Geazi, como também os discípulos, pode ter ficado sinceramente preocupado ou talvez apenas ansioso pela paz e pela ordem. E mesmo assim, eles estavam errados nisso!

Algo similar não aconteceu com você e comigo? Que ignoramos ou rejeitamos uma necessidade, uma pergunta, um problema, porque o julgamos mal? Ou nem sequer o reconhecemos? Sejamos sensíveis às perguntas e necessidades, mas também suficientemente honestos quando (ainda) não vemos uma solução ou (ainda) nenhum caminho. Vamos fazer como Eliseu: Ele cuida da necessidade da mulher, vai com ela, ora e se empenha por ela diante de Deus. E ele experimenta que Deus lhe responde. - Este caminho também está aberto para nós!

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 2: 1 - 13; Marcos 12: 18 - 27

Não estejais inquietos por coisa alguma; antes, as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração e súplicas, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus. Filipenses 4: 6, 7

Como você vive e como você ora? (2)

Sim, o Deus Todo-Poderoso vive! Ele está presente quando a aflição me atinge e minhas orações se tornam súplicas. Ele está presente em Sua grandeza e amor e permanece fiel até que eu o aceite novamente como a suprema autoridade em minha vida e humildemente reconheça que Ele, e somente Ele, sustenta Sua criatura e seu futuro. Sim, eu sou Sua criatura!

Para todos aqueles que não conseguem superar seu próprio ego e seus problemas, para todos aqueles que estão atormentados e temerosos do futuro, e também para todos os outros, a Bíblia tem uma resposta maravilhosa: "Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto. ... Porque o SENHOR é bom, e eterna, a sua misericórdia; e a sua verdade estende-se de geração a geração" (Salmo 100: 3, 5). Deus é nosso Criador, Ele nos possui, Ele é nosso Senhor, e Ele é nosso Pastor. Em última análise, é sempre o poder de Deus que pode nos tirar do aperto de nossos temores.

Deus no lugar dos meus problemas e confusão, Deus no centro da minha vida e personalidade - isto significa começar a vida de novo, em paz com os outros e consigo mesmo, e ser capaz de orar com alegria e esperança:

"Senhor, Tu és maior do que minhas maiores preocupações e, no entanto, é Teu desejo de tomá-las sobre VTi. Ensina-me a viver na dependência de Ti e a depositar toda a minha confiança em Ti".

Leitura diária da Bíblia: Zacarias 1: 1 - 17; Marcos 12: 13 - 17

Perto está o SENHOR de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. Ele cumprirá o desejo dos que o temem; ouvirá o seu clamor e os salvará.

Como você vive e como você ora? (1)

Fred tem tudo o que se poderia desejar: uma boa casa, um trabalho interessante, muitos amigos; e ele ainda pretende fazer muito na vida. Mas agora ele está numa baixa, no meio de uma crise espiritual. Ele vai de médico em médico, de uma distração a outra, até mesmo de oração em oração: Mas nada realmente ajuda, a depressão permanece. "Será que Deus me esqueceu?" pergunta-se Fred em profundo desânimo.

Mas Deus não esquece. Um dia, Fred encontra alguém que lhe abre os olhos sobre sua condição: "Você está preocupado com seu progresso, seus sucessos e seus fracassos. Você fica chateado porque Deus não responde suas orações, mas como você ora? Seus pensamentos estão tão ocupados consigo mesmo que não há espaço para mais ninguém em sua vida, nem mesmo para Deus. Se você se sente abandonado, é porque esqueceu que Ele quer se encarregar de teu progresso, de teus sucessos e fracassos. O que aconteceu com teu relacionamento com Deus"?

Fred então percebe que ele mesmo tem sido o foco de seus pensamentos e esforços, e suas orações têm sido, em sua maioria, reclamações e exigências. É como se Deus lhe dissesse: "Pare de exigir e comece a orar"! - Agora Fred entendeu. Quão maior é Deus do que seus problemas! Deus tem lutado por ele; e Deus lutará por ele. Ele quer agradecer a Deus por isso. Assim, seu egocentrismo se transforma em humildade, seu desespero em confiança, e a tônica de sua oração é: "Senhor, perdoa-me! No futuro, me entregarei somente a Ti".

Leitura diária da Bíblia: Ageu 2: 15 - 23; Marcos 12: 1 - 12

Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porós, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos. Números 11: 5, 6

O povo de Israel havia deixado o Egito não há muito tempo: eles haviam sacrificado o cordeiro da Páscoa e experimentado a salvação milagrosa de Deus no Mar de Vermelho. Eles passaram então vários meses construindo a tenda da congregação. Agora eles devem seguir em frente - mas de repente eles se lembram e anseiam pela comida do Egito novamente.

 

Pepinos, melões, alho-poró, cebola e alho são ingredientes bem-vindos na cozinha. Todos os cozinheiros os utilizam. Por que então Deus reage tão irada e violentamente ao desejo do povo aqui? (v. 10).

Por um lado, o povo despreza assim o maná, o pão do céu, que o próprio Deus lhes deu. O maná é doce, versátil e sempre fresco, mas sua alma se tornou seca, ressecada. - Não experimentamos também que nosso interesse por nosso Senhor, "o verdadeiro pão do céu", diminuiu? (João 6: 32).

Em segundo lugar, estes vegetais e frutos podem ser utilizados como suplementos, mas não como uma refeição principal. Eles não são um substituto para uma refeição, mas podem ser usados para dar sabor à refeição. - E nós hoje provavelmente também estamos familiarizados com isto: que estávamos procurando tempero para nossa vida (para usar a expressão uma vez), mas que não era alimento para nossa alma. Os vegetais aqui mencionados crescem no solo ou logo acima dele - e são, portanto, um forte contraste com o maná do céu. Mas nada desta terra pode substituir o alimento celestial para nós!

Leitura diária da Bíblia: Ageu 2: 1 - 14; Marcos 11: 20 - 33

Disse mais o SENHOR a Moisés: Toma especiarias aromáticas, estoraque, e ônica, e gálbano; estas especiarias aromáticas e incenso puro ... disto farás incenso, ... salgado, puro e santo. Ex 30: 34, 35

O cheiro do incenso usado na Tenda da Congregação e mais tarde no Templo era exclusivamente para Deus. Os ingredientes individuais foram usados em partes iguais e moídos muito finamente. Ninguém mais deveria fazer e cheirar incenso nesta composição (v. 35 - 38).

 

O incenso fala de como o Senhor Jesus era agradável a Deus. Toda qualidade, toda virtude estava em seu correto lugar e proporção em Cristo. Nenhuma qualidade foi deslocada ou comprometida por outra; tudo era "salgado, puro, santo" e exalava uma tal fragrância que só Deus poderia valorizá-la corretamente.

O incenso também foi oferecido em conjunto com a oferta de manjares - uma figura da humanidade santa e sem pecado de nosso Senhor Jesus Cristo (Levítico 2: 1, 2). O incenso em conjunto com a oferta de manjares mostra: Tudo o que Cristo foi, disse e fez como ser humano nesta terra foi para a glória de Deus e encontrou Seu maior prazer.

Quando os magos do Oriente ofereciam incenso ao recém-nascido Rei dos judeus, eles sem dúvida não tinham uma compreensão espiritual dessas coisas, e ainda assim eram guiados por Deus. Sua dádiva para a criança devia conter um símbolo do que Cristo seria para Deus em sua vida na Terra. A criança cresceria e tudo nEle seria uma fragrância para Deus. Muito antes, Deus já havia anunciado através de Isaías: "Eis aqui o meu Servo ... em quem se compraz a minha alma" (Mateus 2: 11, Isaías 42: 1).

Leitura diária da Bíblia: Ageu 1: 1 - 15; Marcos 11: 12 - 19

Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os que estão enfermos. Eu não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento. Lucas 5: 31, 32

O publicano Levi aceitou o chamado para seguir Jesus. Ele é conseqüente: imediatamente faz um grande banquete para seu novo Senhor em sua casa. Todos os que estão presentes têm permissão para participar. Não é muito nobre o povo que se reúne aqui: "publicanos e pecadores", os fariseus e escribas os consideram desprezíveis e censuram os discípulos de Jesus.

 

Quando Jesus ouve isto, Ele mesmo assume a resposta por Seus discípulos. Ele não foge. Ele não se distancia dos outros convidados, não minimiza o caráter deles, mas faz uma comparação: assim como não os sadios, mas os doentes precisam de um médico, assim também não são os fariseus hipócritas e presunçosos que precisam dEle como Salvador, mas os pecadores.

É precisamente para eles que Ele veio. Ele quer chamar tais pecadores. Ele chama ao arrependimento, à conversão interior.

Ele quer transformar as pessoas. Esta mudança começa no coração, enquanto o pecador condena sua antiga vida e seu antigo modo de vida diante de Deus. Isso é arrependimento, e é o que o Levi acaba de fazer. Mas agora ele vive de uma maneira completamente nova, completamente diferente: para Jesus Cristo - e para aqueles que também precisam d'Ele como Salvador. Por isso Levi uniu o Senhor com seus colegas de profissão, com os outros publicanos. Eles também deveriam conhecê-lo como Salvador.

Já experimentamos isso nós mesmos? Esse encontro salvador, curador, transformador com Jesus? Se sim, o que fazemos para ajudar outros a conhecê-Lo, o Salvador do mundo?

Leitura diária da Bíblia: Sofonias 3: 1 - 20; Marcos 11: 1 - 11

Ora, Jesus, vendo ali sua mãe e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho! João 19: 26

O discípulo a quem Jesus amava

Quando o Senhor Jesus estava na Terra, Ele agiu de uma forma que raramente acontece: As relações naturais não afetaram Seu ministério; nem mesmo Seu relacionamento com Sua mãe poderia afetá-lo (ver João 2: 4; Mateus 12: 46 - 50).

Mas quando a obra na cruz é concluída, vemos como, ao mesmo tempo, o afeto de Jesus por sua mãe é expresso com força e ternura: "Mulher, eis aí o teu filho"! E então o Senhor se volta para João, para o discípulo a quem Ele ama, e lhe diz: "Eis aí tua mãe"!

Cristo entrega a pessoa que - humanamente falando - está mais próxima de Seu coração, ao cuidado de João. Este último iria encarregar-se de cuidar de sua mãe. Quanto mais sabemos que o Senhor nos ama, mais desejamos também cuidar daqueles de quem Ele se importa. E assim como João acolheu Maria, nós cuidaremos com amor daqueles que pertencem ao Senhor.

Quando o Senhor Jesus foi levado cativo, todos os discípulos, exceto João, O abandonaram e fugiram (Mateus 26: 56). Até Simão Pedro, que se orgulhava de seu amor por Ele, não só o abandonou, como até o negou! Esta foi a diferença crucial entre Pedro e João. João não tinha se gabado de seu próprio amor por Cristo, mas do amor de Cristo por ele, e João é aquele que vemos de pé junto à cruz de Jesus.

Hoje também, um discípulo que está consciente de que o Senhor Jesus o ama permanecerá firme em tempos de provação e não fugirá. Ele permanecerá firme na hora escura das provas.

Leitura diária da Bíblia: Sofonias 2: 1 - 15; Marcos 10: 46 - 52

Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo que vos reconcilieis com Deus! 2 Coríntios 5: 11, 20

Lembro com prazer de um velho servo do Senhor e muitas coisas que ele me contou sobre suas experiências na guerra, no cativeiro e na paz, por exemplo, em relação ao seu trato com as pessoas.

 

Este irmão tinha o hábito de procurar uma oportunidade de contato em conversas com pessoas que ainda não conhecia, a fim de falar com elas sobre Jesus Cristo e a Boa Nova. Para mim, este foi um estímulo valioso. Se realmente prestarmos atenção a isso, então em nossa vida diária há sempre oportunidades para contar aos nossos semelhantes sobre o Senhor Jesus - sobre Seu amor incompreensível, sobre Seu trabalho expiatório na cruz, sobre o que Ele fez por nós em Sua graça, mas também sobre os dois destinos diferentes na eternidade para os quais as pessoas estão indo.

Quando Deus anunciou o juízo no tempo de Noé, Ele ainda concedeu à humanidade um período de 120 anos. Durante este tempo, Noé foi um fiel admoestador; a Palavra de Deus o chama de "pregoeiro da justiça" (Gênesis 6: 3; 2 Pedro 2: 5). Se no Dilúvio, no entanto, somente Noé e sua família foram salvos, não foi por falta de aviso, mas porque o povo foi desobediente à Palavra e não aceitou a advertência (1 Pedro 3: 20; Mateus 24: 39).

Não sabemos quanto tempo durará o adiamento antes da vinda do Senhor - mas sejamos mensageiros fiéis de Deus como Noé foi outrora!

"O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se". 2 Pedro 3: 9

Leitura diária da Bíblia: Sofonias 1: 1 - 18; Marcos 10: 32 - 45

E sucedeu, depois disso, que Davi consultou ao SENHOR, dizendo: Subirei a alguma das cidades de Judá? E disse-lhe o SENHOR: Sobe. E disse Davi: Para onde subirei? E disse: Para Hebrom. 2 Samuel 2: 1

O rei Saul caiu em batalha com os filisteus. Davi, que Deus já havia nomeado rei no passado, está hospedado em Ziclague, no território dos filisteus. Vejamos agora os detalhes de seu retorno a Judá. Eles são exemplares para todos aqueles que querem servir ao Senhor e seu povo.

 

Não lemos que Davi se impõe ao povo, nem mesmo que ele chame a atenção para si mesmo. Ele também não é um daqueles que habilmente trabalha nos bastidores para chegar ao seu objetivo.

Por outro lado, depois de ter se escondido de Saul por tanto tempo, ele não se retira magoado ou arrogante - como: "Que os outros venham e me perguntem"! Não, Davi busca comunhão com o povo a fim de poder assumir sua responsabilidade por eles. Isto expressa a atitude: "Estou pronto!"

Antes de mais nada, Davi pede orientação a Deus. A resposta de Deus é: "Sobe". À pergunta específica de, para onde ir, o Senhor responde: "Para Hebrom". Então Deus responde às perguntas de Davi gradualmente, pouco a pouco. Isto mantém o questionador - então como hoje - dependente dEle.

Davi obedece; ele vai para Hebrom. Um pouco mais tarde, os homens de Judá chegam lá e o ungem rei sobre sua tribo (v. 4). Como Davi não pressionou, mas estava disposto a servir, Deus pôde usá-lo para pastorear seu povo como um rebanho - um prenúncio extraordinariamente belo de Cristo (Salmo 78: 70 - 72).

Leitura diária da Bíblia: Habacuque 3: 1 - 19; Marcos 10: 23 - 31