Assim diz o SENHOR, o Santo de Israel, aquele que o formou: Perguntai-me as coisas futuras; demandai-me acerca de meus filhos e acerca da obra das minhas mãos. Isaías 45: 11

Na virada do ano, o medo sobre o que está por vir pode nos dominar. Embora como cristãos não fugimos aos adivinhos, como antigamente muita gente em Israel, e ainda hoje muitos que costumam se considerar tão "iluminados". Mas pensar no imprevisível pode dominar-nos de tal forma, que a alegria da salvação fica obscurecida.

Em tal situação, vem a palavra do Deus todo-poderoso e santo: "Eu formo a luz e crio as trevas; eu faço a paz e crio o mal" (v. 7). - Ele diz (livremente interpretado): eu sou o único endereço correto para suas questões; Você pode vir diante de mim a qualquer momento em oração, e eu quero lhe dar as respostas que são úteis para sua vida. Eu estou profundamente ligado a você, então você é bem-vindo para deixar tudo por minha conta, seja sobre seus filhos, seu futuro, seu bem-estar físico e espiritual, ou se diz respeito a você, sua saúde, seu trabalho e principalmente seu convívio com irmãos e irmãs. Comigo, mas só comigo, tudo isso está em boas mãos.

Se Deus já fez essas promessas a Israel, quanto mais podemos aceitá-las para nós mesmos. Para nós, Ele deu Seu Filho, Nele nos fez Seus filhos, e Ele nos dará todas as coisas com Ele. Podemos, portanto, cantar com confiança com o poeta Paul Gerhardt:

Tu tens um jeito para tudo,
não te faltam recursos;
Tuas ações são só bênçãos,  

Tua vereda nada é além de luz.

Não sobejava ao que colhera muito, nem faltava ao que colhera pouco; cada um colheu tanto quanto podia comer. Êxodo 16:18

Durante os 40 anos de migração no deserto, Deus forneceu ao povo de Israel o maná, o "pão do céu". Toda manhã, ele estava ao redor do acampamento sobre a terra. Os israelitas só precisavam sair e recolhê-lo.

Deus queria que todos coletassem de acordo com suas necessidades pessoais: alguns comiam mais que os outros e, portanto, coletavam mais. Mas o que Deus providenciou foi o suficiente para todos os dias. Nunca houve escassez, eles nunca tiveram que brigar pelo maná. Dia após dia, quarenta anos, Deus cuidou de seu povo em fiél cuidado. A escassez só existia onde a pessoa era indolente: aqueles que só queriam pegar quando o sol já estava alto no céu, chegavam tarde demais - então o maná se dissolvera no calor. E aqueles que recolhiam menos que suas necessidades diárias não precisavam se admirar se passavam fome à noite.

O Senhor Jesus nos diz que o maná também tem um significado figurativo e aponta para si mesmo: "O pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo" (João 6: 33). Ele é quem dá vida aos crentes que comem esse "pão". Ele é o alimento para a nossa alma - o alimento que nutre a nova vida. Quando nos ocupamos com Aquele que andou na terra como um homem perfeito, nossa alma é fortalecida pelo caminho através do "deserto". Ao fazê-lo, internalizamos o que significa viver nossas vidas na dependência de Deus, na pureza, na humildade e no amor.

Havia sempre o suficiente do maná: o Senhor Jesus é suficiente para fortalecer e renovar cada um dos seus. A deficiência espiritual existe somente quando falhamos em nos alimentar. Portanto, pegue a Bíblia, "junte-se", ocupe-se com Ele e fique satisfeito!

E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. Apocalipse 21: 5

Em Apocalipse 21, Deus nos concede um vislumbre da eternidade em alguns versos. Em conexão com a nova terra, não se fala mais de povos, nações e línguas: só haverá Deus, o povo redimido e o “tabernáculo de Deus" na qual Ele habitará com o povo da nova terra. O tabernáculo de Deus, sua “habitação" onde ele já vive hoje, é a igreja de Deus. Ela durará para sempre e terá um relacionamento especial com Deus e com o Senhor Jesus para sempre (Efésios 3: 21).

Não haverá vestígio de pecado na nova terra e no novo céu. Jesus Cristo, sentado no trono, verdadeiramente fez tudo novo. Nada, absolutamente nada lembrará mais da situação e condições da primeira terra. Tudo corresponderá aos pensamentos de Deus e estará em harmonia com sua natureza (luz e amor). Todo o mal (incluindo Satanás e seus anjos) estará para sempre preso "no lago que arde com fogo e enxofre" (Apocalipse 21: 8).

Nenhum vestígio de pecado será encontrado na nova terra. Que triunfo do vencedor do Gólgota! O pecado do mundo é então completamente tirado (João 1: 29). Morte, luto, gritaria e dor - tudo o que marca "o primeiro" - não será conhecido pelos remidos. Eles também não terão lembrança de sofrimento ou dor, pois o próprio Deus enxugará toda lágrima de seus olhos (Apocalipse 21: 4).

Este é o futuro eterno dos redimidos. Cheios de gratidão, cairemos "diante do que está assentado no trono e adorando aquele que vive para todo o sempre" (Apocalipse 4:10).

Dai-lhes vós de comer. Mateus 14: 16

Como é frequentemente o caso, uma grande multidão está reunida ao redor do Senhor Jesus. É noite e os discípulos fazem uma sugestão ao Senhor:

"Despede a multidão, para que vão pelas aldeias, e comprem comida para si.." Mas, em vez disso, o Senhor Jesus dá aos discípulos a responsabilidade e lhes dá a missão: "Dai-lhes vós de comer". Mas como isso podia ter sucesso se eles tinham apenas cinco pães e dois peixes disponíveis?

Cheio de misericórdia, o Senhor pede o pouco que eles têm: "Trazei-mos aqui". E quando Ele deu graças e a bênção de Deus repousou, os discípulos receberam o alimento para muitos das mãos do Senhor e o distribuíram à multidão.

A aplicação para nós é sobre as necessidades espirituais: "Dai-lhes vós..." - Todos nós que seguimos o Senhor Jesus como seus discípulos, que devemos aprender dele (Capítulo 11: 29), somos instados a prestar atenção às necessidades espirituais ao nosso redor e distribuir alimento espiritual.

“Dai-lhes…” Há pessoas que vieram ouvir o Senhor Jesus ou experimentar seu auxílio. O Senhor olhou para eles e ficou intimamente comovido e lhes concedeu sua ajuda (versículo 14). Esse olhar e esse sentimento interior, devem nos mover se quisermos atender às necessidades dos outros.
"Dai … de comer." - Isto não é um "fast food". Os discípulos tinham que receber o alimento que eles mesmos distribuiram das mãos do Mestre. E a multidão teve que acampar e se acalmar para comer. Assim, nós também precisamos providenciar tempo e repouso para receber a Palavra de Deus em nós mesmos e compartilhá-la.

Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim; elevado é, não o posso atingir. Salmo 139: 6

Gladys Aylward (1902-1970) viajou em rotas aventureiras em 1932 da Inglaterra via Holanda, Rússia e Japão para o norte da China. Lá, uma missionária aconselhou-a a usar roupas chinesas a partir de agora, porque os chineses ficavam suspeitos e hostis a estranhos. Gladys aceitou o conselho. Quando a missionária a viu vestida de chinês, ela disse espantada:

Você parece uma chinesa nessa saia! Seu cabelo é liso e preto, e você é pequena - assim como as chinesas. Dê uma olhada no espelho!

Gladys contemplou-se longamente. Finalmente ela se virou. Tocada e comovida, ela disse:

Agora eu entendo. Como menina, duas coisas me incomodavam muito. Meu cabelo preto liso estava lá primeiro. Nunca vi uma coisa tão terrível. Eu tentei de tudo - mas eles continuaram lisos e pretos. E então todos os outros da minha família eram altos e bonitos - só eu era pequena, como se tivesse parado de crescer no meio do caminho. Naquela época eu sempre pensava: isso é injusto, simplesmente injusto. Eu nunca vou ficar linda! Agora eu entendo porque meu cabelo é preto. Agora eu entendo porque eu fiquei tão pequena. Deus fez tudo perfeito e antecipadamente em sua sabedoria! -

Só vinte anos depois, e longe, na China, Gladys recebeu uma resposta sobre o motivo de Deus tê-la criado dessa maneira e não de outra forma.

Se Deus permite algo em sua vida e na minha, que nos causa problemas e dificuldades, e que não podemos entender? Talvez ainda não tenhamos chegado à nossa "China" pessoal e, portanto, não tenhamos recebido uma resposta!

Daniel, ... em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia, se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como costumava fazer. Daniel 6: 10

Adoração e testemunho de Daniel

"O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus", foi uma vez escrito pelo salmista Asafe (Salmos 50: 23).

Os inimigos de Daniel conseguiram uma proibição com a qual eles queriam eliminar Daniel: Por um período de 30 dias, ninguém deveria pedir nada de outro homem ou de Deus, senão do rei. Qualquer um que desafie essa proibição devia ser jogado na cova dos leões. O rei Dario realmente aceitou isso e emitiu-o como uma ordenança.

Mas Daniel não pôde ser impedido de se ajoelhar, orar e sacrificar o louvor como fizera antes. Ele o fez para Jerusalém no lugar onde Deus havia dito: "Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar" (2 Crônicas 7: 15).

Além disso, Daniel conduziu sua vida de acordo com Deus. Ele tinha uma boa consciência em todos os aspectos. Portanto, Deus concedeu-lhe uma gloriosa experiência de fé: Ele protegeu Daniel dos leões. E isso se tornou um testemunho do "Deus de Daniel". O próprio rei o fez conhecer a todos os seus povos.

Este belo exemplo de Daniel também nos inspira. Prestemos atenção, como fez Paulo, a ter sempre uma consciência limpa diante de Deus e dos homens, e a não desistir da oração. O "Deus de Daniel" e o "Deus de Paulo" também é nosso Deus! (Atos 24: 16, Colossenses 4: 2).

Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Lucas 2: 25

Quanta clareza e previsão podem ser esperados de uma pessoa idosa? Vejamos Simeão, por exemplo. Ele viveu em um tempo deprimente e em um país em que não apenas os cidadãos mais velhos tiveram que lutar contra a falta de esperança. De fato, muitos em Israel fugiram da realidade e mentalmente viviam nas glórias dos "bons e velhos tempos".

Mas Simeão olhou para o futuro e não em vão. Embora a Bíblia o mencione apenas brevemente, sua atitude e suas palavras ainda são muito refrescantes e encorajadoras depois de 2000 anos. Nós também vivemos em um tempo deprimente - em um tempo em que muitas pessoas pensantes não vêem mais nenhuma esperança para a civilização humana.

Simeão estava esperando pela "consolação de Israel". Isto pode soar estranho, à moda antiga, mas isso significa simplesmente que ele acreditava no que Deus tinha registrado no Antigo Testamento, e que, portanto, esperava pelo Messias de Israel. Simeão não ficou desapontado.

Mas como Simeão pôde reconhecer no bebê que foi trazido ao templo por um jovem casal, Maria e José, o Ungido de Deus, o Messias ou Cristo? A resposta é simples: “lhe fora revelado pelo Espírito Santo." Foi uma alegria para Deus revelar seu Filho a um homem que queria vê-lo através da fé.

Simeão era um velho feliz. Deus providenciou isso. Quando Simeão pegou o menino Jesus em seus braços, confessou que estava pronto para morrer. Sua vida estava repleta agora. Ele viu nesta criança a sua própria salvação, mas também a salvação de todos os que cressem. Ele reconheceu que todos os conselhos de Deus estavam focados nesta criança, uma criança nascida para morrer, para que a salvação pudesse ser oferecida a todos. - Não podemos aprender muito com Simeão?

Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão. Lucas 19:40

O Senhor se opôs com essa comparação àqueles que se irritavam com o alegre louvor dos discípulos. Se aqueles que foram chamados para louvá-lo estivessem em silêncio, então Deus usaria ferramentas inimagináveis para louvar o seu Filho. Nós já encontramos exemplos disso em conexão com o nascimento do Senhor Jesus.

Então um anjo proclamou aos simples pastores a gloriosa notícia do nascimento de Jesus. Eles também viram a criança e contaram a outros sobre sua experiência. Mas Jerusalém, "a cidade do grande rei", não se alegrou. É verdade que havia indivíduos fiéis, mas a atenção pública não reconheceu a chegada do Messias por enquanto. - Deus quebrou este silêncio: Ele enviou os "magos" do Oriente, que inocentemente foram para Jerusalém; Onde mais eles esperariam o rei recém-nascido? Sua demanda causou uma agitação por toda a cidade. Mas eles foram até onde a criança estava e prestaram homenagem a ela.

"Mágos" eram astrônomos; e astronomia incluía astronomia e astrologia. E agora homens de fundo tão duvidoso prestam homenagem ao Rei dos judeus! Quanto eles sabiam do único e verdadeiro Deus agora, nós não sabemos. Mas Deus fez isso para que seu filho recebesse a homenagem de que seu povo lhe negou!

E como eram apropriados os presentes que os homens ofereciam à criança: ouro, o símbolo da justiça divina na graça; Incenso, o sinal da consagração a Deus; e mirra, que já apontou seus sofrimentos! (Mateus 2: 11). Tudo isso "não estava escrito nas estrelas" - não, Deus os levou a isso. E nos regozijamos pelo Senhor, que cedeu tanto em nosso favor, que Deus lhe concedeu essa honra.

A muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. 

Apocalipse 21: 14

Um anjo de Deus quer mostrar ao apóstolo João "a noiva, a esposa do cordeiro" (v. 9) depois de todas as cenas de juízo descritas anteriormente. Como a alegria de Deus se manifesta aqui quando Ele descreve para nós esta noiva, que representa todos os fiéis do tempo presente! Deus nos mostra a noiva aqui na figura de uma cidade. Ela tem a glória de Deus. É seu local de habitação, contendo as mais altas bênçãos. Nos alicerces da muralha desta cidade, estão escritos os nomes dos doze apóstolos.

A glória desta cidade será visível um dia, no Reino de Paz, mais de 2.000 anos após os doze apóstolos. Seu serviço era tão valioso que seus nomes deveriam ser mencionados? E como! Seus serviços e seus esforços não são esquecidos. Deus, por eles, realmente proclamou a revelação plena em Cristo e por escrito. Assim, eles estabeleceram o fundamento para a igreja de Deus (Efésios 2: 20 - 22). Por isso as fundações desta cidade santa levam os nomes deles.

Os apóstolos tinham características, áreas de ação e funções muito diferentes. Mas todos são mencionados aqui. Quem teria pensado que Deus lhes daria uma memória tão honrosa depois de tantos anos? Mas esse é o nosso Deus!

Naturalmente, não somos apóstolos hoje, e nosso ministério e esforço não têm esse grande e duradouro significado. Mas se preenchermos o nosso lugar, que Deus nos deu, bem e corretamente, então isso é uma bênção para muitos. Todo mundo é necessário. E nenhum serviço sincero na obra do Senhor, por mais insignificante e pequeno que pareça, é esquecido. Ele não será em vão, mas durará para sempre e servirá para glorificar o nosso Senhor (1 Coríntios 15: 58).

Que incentivo para dedicar-se no curto tempo de nossas vidas ao Senhor e sua causa! Seja na escola, no trabalho, em casa ou empresa - em todos os lugares é possível proclamar as virtudes de Deus (1 Pedro 2: 9).

Diariamente, estando eu convosco no templo, não pusestes as mãos sobre mim. Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas.     Lucas 22: 53

No Jardim do Getsêmani, o Senhor Jesus, em profunda angústia, ora a Deus e é então entregue nas mãos de homens pecadores. Mas também lemos como o Senhor estigmatiza o estado espiritual maligno do mundo. Quando Seus captores vêm capturá-Lo, o Senhor Jesus lhes lembra que Ele estava com eles diariamente, ensinando no templo. Mas eles vêm no meio da noite para prendê-lo. Por isso, o Senhor Jesus disse estas palavras notáveis ​​com as quais ele condenou o mundo de forma clara e inequívoca e, simultaneamente, revelou que forças obscuras dominavam, "Esta é a vossa hora e o poder das trevas."

Nesta "hora", o homem faz o que quer e age em oposição direta à vontade revelada de Deus. Mas ainda mais grave é que o mundo está sob o poder de Satanás, sob o "poder das trevas". É a hora em que "a escuridão reina". Satanás foi capaz de liderar os líderes políticos e religiosos do mundo contra o Senhor Jesus - tudo em última análise, de acordo com o plano soberano de Deus (João 19: 11, Atos 2: 23). Isso mostra o estado sombrio do coração humano que é governado pelo "Deus deste mundo" (2 Coríntios 4: 4).

Em glorioso contraste, o Rei Davi profetiza: "Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder" (Salmos 110: 3). Chegará um dia que será o "dia do seu poder". Neste "dia" todos os poderes malignos serão amarrados e Cristo governará em retidão.

Então a tua parte não é mais sofrimento,
nem desprezo,
então serás
sacerdote em teu trono.

Então, ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. 

Êxodo 33:18

Moisés, o homem de Deus, esteve com o Senhor no monte por 40 dias. Ele recebeu as duas tábuas de pedra, os Dez Mandamentos, escritos com o dedo de Deus. Então Moisés desceu do monte, as tábuas da lei na sua mão.

De repente, ele percebe que os israelitas estão dançando na frente de um bezerro de ouro - diante do deus que Arão lhes fez. Agora a lei que Deus deu para vida, transformou-se pela desobediência dos israelitas à sua sentença de morte - a lei foi quebrada! Intuitivamente, Moisés quebra as tábuas de pedra para que o povo não seja consumido pela sagrada ira de Deus.

Então Moisés clama por misericórdia ao SENHOR pelo povo - ele se “interpôs” em favor do seu povo (Salmo 106: 23) - e pede-lhe perdão pelo pecado do povo (Êxodo 32: 30 - 32). Em seu comportamento, Moisés nos lembra aqui do Senhor Jesus, que se interpôs na cruz por nós e produziu a expiação pelo seu sangue. Na previsão desse sacrifício, Deus pôde continuar suportando seu povo inconstante.

Olhando para o futuro, o SENHOR assegura a Moisés: "A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso" (Êxodo 33: 14). O homem de Deus sente que há uma glória divina anteriormente desconhecida que vai muito além da lei: a graça de Deus. Portanto, ele implora: "Rogo-te que me mostres a tua glória!" Mas “a face” de Deus não pode ser vista, mas Deus quer mostrar-se "pelas costas".

Quando Moisés se põe sobre uma rocha como orientado por Deus, o Senhor desce em uma nuvem, passando diante de Moisés, clama: “SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado” - Êxodo 33: 23; 34: 6 - 7. Quando Moisés ouve isso, ele se ajoelha e adora!

Porque sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos de Deus um edifício, uma casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu;  2 Coríntios 5: 1-2

Esta é a experiência de muitos dos filhos de Deus enquanto eles ainda estão na terra: eles freqüentemente "gemem" em sua "casa terrestre", naquele "tabernáculo", como o corpo atual deles é chamado aqui. Paulo também sabia algo sobre a decadência do "homem exterior" (capítulo 4,16). Ele não estava acima das coisas. Como todo mundo, ele também sofria com as conseqüências da queda. Mas como ele lidou com isso? Ele gemeu - e olhou para o céu!

Paulo encoraja os crentes ao salientar que o atual estado de coisas não permanecerá assim. Hoje, os filhos de Deus muitas vezes sofrem de doenças e dores, ou sofrem de tristeza emocional. Com que intensidade nossa existência natural às vezes nos incomoda! Mas isso logo terminará. No céu estaremos completamente livres de toda fraqueza, desonra e decadência.

Nosso primeiro desejo não é ser "despido" - passar pela morte -, mas ser "revestido" - ser transformado vivo (v. 4). Isso acontecerá quando Cristo vier novamente para nos levar a Si mesmo. Então, recebemos um novo corpo bem diferente do nosso atual "corpo abatido" (Filipenses 3: 21). Este corpo de glória não é mais um "tabernáculo" e não é passageiro. É uma "edificação" de Deus, uma "casa eterna", não feita por mãos, mas, preparada para nós pelo próprio Deus. Com este corpo poderemos ir direto ao céu. Ele é uma "habitação celestial" e, portanto, adequada para o céu.

[Há] tempo de estar calado.  Eclesiastes 3: 7

O silêncio é uma "arte" muito especial, com muitas expressões, negativas e positivas. O silêncio não significa apenas ficar quieto. Também pode ser muito eloquente ou significativo.

Para o silêncio, pode haver muitas ocasiões e motivos. Você pode ficar calado por covardia ou teimosia. Pode-se silenciar por questão de tato ou sabedoria.

Às vezes temos que nos submeter a alguma coisa, e é melhor ficarmos quietos. Depois, há situações em que falar torna os problemas ainda maiores. Essa é apenas uma das situações em que é melhor ficar em silêncio.

Nosso Senhor conheceu momentos em que era divina sabedoria permanecer em silêncio. Quando Ele estava diante de Seus juízes terrenos, Ele considerou ser apropriado não responder. Eles sabiam por si mesmos que eles o haviam entregue por inveja. Qualquer novo argumento seria supérfluo.

Quando se trata de nós, certamente cada um de nós conhece os tempos em sua vida, onde as palavras ficaram presas em nossa garganta, onde baixamos nossos olhos e nos envergonhamos por causa de nossas transgressões.

Mas há também um silêncio de uma profunda paz interior. Em Sofonias 3: 17, esse "calar-se-á por seu amor" é referido a Deus. Essa é uma maneira muito boa de ficar em silêncio. Aqui se trata do amor que é maior que palavras. Neste amor sincero habita uma paz profunda, uma alegria intensa que tanto aprecia o outro que o elogia acima de tudo ou renuncia às palavras. Quão benéfico seria para a nossa saúde interior e exterior, se desse mais espaço a esse amor - aos nossos semelhantes, mas acima de tudo ao nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Como eu desejo a você e a mim esses momentos de descanso tranquilo. - Talvez o encontremos hoje.

Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso. 

 Lucas 23: 43

Para o crente, a expiação do Senhor Jesus resolveu a questão do pecado para sempre. A morte também perdeu seu "aguilhão" por ela (1 Coríntios 15: 55, 56). A morte coloca o crente na presença do Salvador. No entanto, alguns temem esse passo da terra para o paraíso, de deixar o corpo transitório. Nós preferiríamos muito mais que o Senhor Jesus voltasse para nos levar. Ao fazê-lo, os crentes então vivos serão "transformados" e "o mortal" será "absorvido pela vida" (2 Coríntios 5: 1 - 8).

Um homem gravemente doente uma vez disse ao seu médico: "Doutor, tenho medo de morrer, o que exatamente acontece com um crente na hora de sua morte?" O médico - também cristão - respondeu em voz baixa: "Não acho que alguém realmente saiba e possa descrever os detalhes".

Quando o médico terminou sua visita domiciliar, ele quis dizer algo reconfortante para o paciente. Ele já estava em pé na porta, com a mão na maçaneta da porta quando do lado de fora um arranhar e gemidos podiam ser ouvidos. Quando ele abriu a porta, seu cão fiel pulou no aposento e cumprimentou-o com alegria.

O médico virou-se para o paciente e disse: "Você viu isso? Meu cachorro nunca esteve em sua casa antes, ele não sabia o que havia nesta sala, ele só sabia que seu mestre estava aqui Quando a porta foi aberta, ele pulou sem medo. "Nós, cristãos, sabemos pouco sobre o processo de morrer, mas uma coisa que sabemos é que nosso Senhor está nos esperando ‘do outro lado’, e isso é suficiente! Quando a porta se abre, podemos atravessá-la com confiança, porque nós O veremos e estaremos com Ele".

"Tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor." Filipenses 1: 23

Naquele dia, pedireis em meu nome; e não vos digo que rogarei ao Pai por vós. Porque o próprio Pai vos ama. João 16:26, 27

Pensamento

Deus já esqueceu seus filhos? - Ele não pode fazer isso, porque Ele é um pai amoroso. Eu gosto de pensar que o verdadeiro amor de pai e de mãe vem de Deus, e que mais amor está no único coração de Deus do que em todo o coração de pai e mãe juntos.

Seu braço é tão forte ... suas fontes são inesgotáveis. Se não houvesse dinheiro suficiente no mundo, ele poderia facilmente fazer minas de ouro.

O conhecimento de Deus é um tesouro maior que todos os tesouros do mundo. A Bíblia é muito melhor do que um talão de cheques que você precisa preencher para obter dinheiro do banco. Às vezes eu preencho um cheque no meu trabalho; A folha preenchida é então arrancada do talão, vai embora, e não posso usá-la pela segunda vez. Mas as promessas de Deus são melhores do que um cheque ou uma nota bancária. Se você as usou cinquenta vezes, poderá usá-las e resgatá-las pela quingentésima-primeira vez.

“Eu acredito na inspiração divina da Escritura. Eu coloquei-a à prova. Eu nunca fui decepcionado. Não deixe que ninguém lhe roube este tesouro. Não dê ouvidos ao inimigo e não construa sua própria sabedoria!”
Hudson Taylor

"Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio."
2 Coríntios 1: 20

É lícito pagar tributo a César ou não? Mas Jesus, percebendo-lhes o ardil, respondeu: Mostrai-me um denário. De quem é a efígie e a inscrição? Prontamente disseram: De César. Então, lhes recomendou Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. Lucas 20: 22-2

A conclusão do Senhor Jesus contém dois avisos. O primeiro é familiar para nós "Dai a César o que o é de César" - pague seus impostos e viva de acordo com as leis da terra! Mas Ele acrescentou: "e a Deus o que é de Deus". Não é essa a parte de maior alcance de sua resposta? Se fosse cumprida, a primeira parte de sua resposta, não seria cumprida a segunda ao mesmo tempo?

Quando o Senhor Jesus recebeu um denário com a imagem de César, perguntou: "De quem é a efígie e a inscrição?" Isso nos lembra que os crentes também carregam "imagens e inscrições". Eles são "predestinados para serem conformes à imagem de seu Filho". Deus já os vê "em Cristo Jesus", mesmo que isso se torne visível para o público no futuro. E João escreveu: "Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é"(Romanos 8: 1, 29; 1 João 3: 2).

Mas mesmo aqui na terra, a imagem do Senhor Jesus deve ser vista em nós, como escreve o poeta:

Na palavra, na obra, em todo ser,
Jesus e nada mais seja visto.

Nós fomos "comprados por um preço", então não pertencemos mais a nós mesmos, e agora devemos "glorificar a Deus em nossos corpos". Nós devemos mostrar no que nos tornamos "em Cristo Jesus" (1 Coríntios 6: 20, 1: 30).

Pode-se reconhecer que damos a Deus o que é de Deus?

Quando trazeis animal cego para o sacrificardes, não é isso mal? E, quando trazeis o coxo ou o enfermo, não é isso mal? Ora, apresenta-o ao teu governador; acaso, terá ele agrado em ti e te será favorável? -- diz o SENHOR dos Exércitos. Malaquias 1: 8

Os animais sacrificiais que o povo de Israel ofereceu a Deus foram mortos. Alguns podem ter pensado nisso: se o animal é cego ou coxo, não importa, será morto. A carne do sacrifício está bem. Mas Deus classifica esse pensamento como mal. Por quê?

Quando alguém ia ao seu governador pedir algo dele, ele levava um presente. Se fosse um animal, ele certamente não escolheu um animal cego ou coxo, mas um particularmente bonito, e assim alcançar o efeito desejado. Deus pergunta: Você acha certo dar um bom animal ao governador e um doente ao SENHOR, o Deus eterno? Impossível. A Deus se deve o melhor, mas não algo inferior, que nós mesmos podemos descartar facilmente.

Além disso, todos os sacrifícios no Antigo Testamento apontam para o Senhor Jesus. O Filho de Deus foi perfeito em sua vida e morte. "Cegueira", no entanto, indica falta de percepção espiritual e "paralisia" de fraquezas no andar. Usar um animal de sacrifício doente estragaria essa imagem do Senhor Jesus.

Nós não oferecemos mais animais hoje, mas trazemos "sacrifícios espirituais" de louvor e ação de graças a Deus (1 Pedro 2: 5; Hebreus 13: 15). É bom observar este princípio, que já está implícito no Antigo Testamento: Deus somente desfruta do nosso ministério se nos apegamos à perfeição de Seu Filho e o glorificamos diante dEle. Não havia fraqueza, nem incapacidade Nele, tudo nEle correspondia plenamente à natureza e santidade de Deus. Com conhecimento absoluto e total devoção, o Filho de Deus percorreu o caminho que Deus, o Pai, havia traçado.

Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.   1 Tessalonicenses 1: 2, 3

À medida que a riqueza material cresce entre os filhos de Deus, sua fé, esperança e amor tendem a diminuir.

Sua fé,
porque ele tem menos oportunidade de agir quando o dia seguinte parece seguro em todos os sentidos.

Sua esperança,
porque se deseja menos o retorno do Senhor, se alguém se sentir à vontade na terra.

O amor
diminui, porque a abundância leva facilmente ao egoísmo.

Quando não se tem falta de nada, geralmente é mais difícil colocar-se na posição do necessitado e sentir-se com ele.

"Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento; que pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida".  1 Timóteo 6: 17-19

Visto que foste precioso aos meus olhos, ... e eu te amei ... Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.  Isaías 43: 4   Jeremias 31: 3

Uma garotinha só tinha uma boneca velha para brincar sem as duas pernas. "Sua boneca não está mais bonita", alguém disse a ela. Ela apertou a boneca contra o peito e acariciou-a por um momento. Então ela mostrou a boneca novamente e respondeu: "Agora ela é bonita!" - Essa cena me lembra uma outra menina de quatro anos que disse para sua mãe: "Mãe, você é linda porque eu amo você!"

Bonito - porque amei! Parece que as crianças conhecem espontaneamente o caráter "transformador" do amor.

Deus não nos ama porque somos honrados, bonitos e amorosos, mas para nos tornarmos assim. Ele quer nos mudar para melhor porque nos ama. É o seu amor que pode realizar essa mudança em nós.

Quando o escultor examina um bloco grosseiro de mármore, ele não pensa no que vê agora, mas na magnífica escultura que aparece quando seu trabalho for concluído. Da mesma forma, o amor do Senhor Jesus para os Seus não se baseia no que Ele encontra neles, mas no que está em seu próprio coração e no que Ele quer fazer deles: algum dia eles serão como Ele.

Nosso amor pelos irmãos, nossos irmãos e irmãs, não deve repousar no bem que vemos neles. Devemos olhar para o que o Senhor fez por eles e o que eles Mele são e serão. Desta forma devemos olhar um para o outro. A visão mútua dos erros leva ao desânimo. Mas se vemos nosso irmão como "por quem Cristo morreu", podemos amá-lo como Cristo o ama (Romanos 14: 15, Efésios 5: 1 - 2).

Eli disse a Samuel: Vai deitar-te; se alguém te chamar, dirás: Fala, SENHOR, porque o teu servo ouve.  1 Samuel 3: 9

Uma frase impressionante: "Fala, Senhor, porque o teu servo ouve!"

Aquele que fala assim, está ciente de que o grande Deus está diante dele. Samuel, por reverência, omite o nome de Deus quando ele repete a sentença (v. 10)?

Quem fala assim sabe quem ele é: um servo. Sua escolha de palavras mostra sua atitude! Ele sabe que, como servo, ele tem que ser dependente e obediente. Mas ele também diz: teu servo - então, aqui, existe um relacionamento pessoal. Aqui ninguém se oferece como servo - aqui, alguém já provou ser um servo! Samuel fala na atitude de sua mãe: Ela disse a Deus: "Tua serva" (cap. 1: 11).

Aquele que fala assim está pronto para ouvir e obedecer. Deus deveria falar, ele quer ouvir atentamente - e depois implementar e fazer isso!

Quem fala dessa maneira está em boa companhia:

• "Que diz meu senhor ao seu servo?" Pergunta Josué ao príncipe do exército do Senhor (Josué 5:14).

• "Escutarei o que Deus, o SENHOR, disser", dizem os filhos de Corá (Salmos 85: 8).

• "O SENHOR Deus me deu língua de eruditos, .... Ele me desperta todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que eu ouça como os eruditos” diz o verdadeiro servo de Deus, o próprio Senhor Jesus (Isaías 50: 4)

Deus falou com Samuel durante a noite. Quando Eli lhe pediu que relatasse na manhã seguinte, "Então, Samuel lhe referiu tudo e nada lhe encobriu." (v. 18). - Isto é um ministério profético fiel: Deus fala, o profeta ouve e passa adiante o que ele mesmo ouviu! Você e eu estamos prontos para ouvir e falar assim?

Entendeu Eli que o SENHOR chamava o jovem.

1 Samuel 3: 8

Eli assustou quando percebeu quem estava chamando? Samuel acordou-o já duas vezes durante a noite, cada vez pela mesma razão: "Tu me chamaste". Nas duas vezes Eli mandou o menino embora: "Não te chamei; torna a deitar-te." - Nós talvez teríamos reagido na segunda vez com um tom irritado ou divertido. - Então Samuel vem pela terceira vez e diz: “Eis-me aqui, pois tu me chamaste". Então Eli percebe que Deus está chamando o jovem!

Eli percebe que Samuel não sonhou e não se enganou - não, ele próprio, o sumo sacerdote que deve "guardar o conhecimento" (Malaquias 2: 7), não percebeu que era Deus quem falava. Eli pensou: O engano está com Samuel - mas então ele tem que perceber: A falha está com ele mesmo. Vergonhoso!

Você já experimentou isso? Você pensa: O outro é o problema, ele canta errado, ele tem pouco amor. Mas então você percebe: você é o problema, teu tom está errado e a você falta entendimento e amor!

Será que Eli está irritado porque o grande Deus não quer falar com ele, o mais velho, mas com o jovem Samuel? Ele se perguntou o que Deus tem a dizer? Mas incrível: Quando Eli percebe que Deus chamou Samuel, ele ajuda o menino e diz a ele o que dizer quando Deus chamar ele novamente. E Deus é misericordioso e chama uma quarta vez. Mas, ao contrário de antes, lemos: "Então, veio o SENHOR, e ali esteve" diante de Samuel e falou com ele. Pessoalmente!

Ore para que você não seja como Eli, cego para a ação de Deus na vida dos outros, especialmente vendo os erros deles! Mas também ore para ser como Eli: de estar pronto, a guiar e promover outros, para que Deus possa usá-los!

O jovem Samuel servia ao SENHOR, perante Eli.

1 Samuel 3, 1

Samuel vem como menino a Eli, o sumo sacerdote. Mas o que uma criança pode fazer lá? Obviamente, muito, pois é dito: "O menino ficou servindo ao SENHOR, perante o sacerdote Eli" (capítulo 2: 11). Agora, alguns anos depois, Deus descreve o ministério de Samuel nas mesmas palavras. Samuel parou seu desenvolvimento? Ou pode Deus simplesmente reconhecer seu serviço inalterado?

Samuel serve ao Senhor: Ele não serve a Eli, nem o faz pelos pais. Seus olhos estão dirigidos a Deus: Samuel quer agradar a Ele. Mesmo no início de seu ministério, ele diz: "E ele adorou ali ao SENHOR" (capítulo 1: 28). Ele ainda é jovem, mas suas pequenas mãos fazem o que podem fazer. E Deus reconhece isso e nos diz! - Se estivéssemos mais conscientes de que não servimos primeiramente a irmãos, mas sim a Deus! Não seríamos mais focados e responsáveis, mas também mais alegres, descontraídos e, às vezes, amorosos?

Samuel serve perante Eli: Samuel não está sozinho; Eli ensina ele, observa-o, corrige-o. - Nosso ministério também está sob os olhos dos irmãos e irmãs! Pois somos membros de um corpo, que precisam um do outro e se complementam (1 Coríntios 12: 12-31).

Seja jovem ou adulto: o julgamento de Deus continua o mesmo. Isso só pode significar: Samuel é fiel. Ele aprendeu - mas sua orientação de serviço não mudou! E assim permanece: Deus o chama "e nenhuma de todas as suas palavras deixou cair em terra". Tudo o que Deus diz através Dele acontece. Todo Israel "conheceu que Samuel estava confirmado por profeta do SENHOR". Inalterado ele serve ao SENHOR, mas agora diante de todo o povo (capítulo 3: 19, 20).

Como Deus descreveria seu e meu ministério?

Disse o SENHOR: Ocultarei a Abraão o que estou para fazer. Gênesis 18: 17

A Bíblia descreve Abraão como um homem que viveu diante e com Deus, no poder da fé. "Diante de Deus" - no conhecimento de que Deus o viu em todas as suas circunstâncias da vida; "com Deus" - em profunda e consciente comunhão com Ele. A vida de Abraão foi marcada por crer, confiar e amar a Deus. Portanto, Abraão se manteve longe do mundo para experimentar a comunhão com Deus sem nuvens. Nisto ele nos dá um excelente exemplo.

Nossa palavra hoje é uma mensagem de Deus em uma ocasião muito especial. Três "homens" vieram a Abraão: dois anjos e o próprio Deus apareceu em forma humana. Abraão teve o privilégio do Senhor para preparar um refresco. Esse foi um ponto alto em sua comunhão com Deus. E, no entanto, havia algo ainda maior: Deus queria iniciar seu servo em suas intenções - um exemplo impressionante da comunhão íntima entre Deus e aqueles que cumprem sua palavra. E então Abraão, ousado na fé, pôde orar pelas cidades de Sodoma e Gomorra, que haviam caído em julgamento.

"Ocultarei a Abraão o que estou para fazer?" Essa questão nos mostra qual o valor que Deus dá à comunhão com aqueles que crêem Nele e O servem. Isso é muito alto! Abraão ainda não conhecia as Sagradas Escrituras. Mas em todos os tempos Deus revelou Seus pensamentos àqueles que se afastaram do mal e O serviram como testemunhas fiéis.

Nós temos a concluída Palavra de Deus hoje. O exemplo de Abraão não deveria inspirar-nos a perguntar pela "boa e agradável vontade de Deus" (Romanos 12: 2)? Então, em íntima comunhão com Deus, também teremos uma visão dos tempos e do que Deus quer fazer.

O amor de Cristo nos constrange.

Somos embaixadores da parte de Cristo.

2 Coríntios 5: 14, 20

Eu absolutamente não sou amigo da cultura pop, mas uma vez eu notei as palavras de uma música que me chamou a atenção por acaso: "Eu realmente preciso de boas notícias hoje!" Eu prestei mais atenção; O cantor queixou-se de guerras, motins, miséria humana e sofrimento e outras amarguras da vida no planeta Terra.

A tristeza dessa música me abalou. Ele expressou desejos, mas nenhuma esperança e problemas, mas nenhuma solução. Talvez tais anseios também expliquem a popularidade da época de Natal. De toda atividade e toda celebração é ocasionalmente um som fraco de esperança de ser ouvido.

Há o sentimento indefinido de que a resposta aos nossos problemas chegou a Belém quase dois mil anos atrás. Infelizmente, esse tom de esperança é em grande parte abafado pela agitação e negócios da época. E mesmo se alguém o ouve, a maioria quer o bebê na manjedoura, mas não o homem do Gólgota.

Outro ponto me tocou ao ouvir a música: de todos os homens do mundo, nós cristãos somos os únicos que têm as boas novas de que o mundo precisa tão desesperadamente. Aqui devemos nos perguntar: Somos de fato e verdade tais "mensageiros para Cristo"? Temos um sentimento pela falta de esperança e falta de objetivo das pessoas sem Deus? E nos deixamos ser levados pelo amor de Cristo a trazer as boas novas do Redentor?

Na realidade, o mundo não tem música - não há canção de salvação. Mas nós temos isso: o evangelho e, com ele, o cântico de salvação, alegria e adoração! Vamos cantar alto e claro, enquanto ainda temos a oportunidade para isso!

Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo.  João 15:11

Toda pessoa se alegra de boas condições de vida, por exemplo, de um casamento intacto e vida familiar. Isso pode então levá-lo a superar situações difíceis, como talvez no local de trabalho. Mas e quando tudo ruir - como Jó - tudo for tirado, incluindo a própria saúde?

Quem não conhece a Deus, então está completamente no fim. Mas o crente tem outra fonte para extrair alegria: de Deus, de tudo o que Deus é para ele, do que Ele fez por ele e faz.

Essa alegria foi conhecida pelo Senhor Jesus durante toda a sua vida na terra. Ele a chama de "minha alegria". Quanto às circunstâncias externas da vida, Ele era "homem de dores e que sabe o que é padecer", mas internamente Ele conhecia uma alegria constante. Mesmo quando muitas cidades O rejeitaram, "exultou ... no Espírito Santo" (Isaías 53: 3; Lucas 10: 21).

Davi também conhecia essa alegria. No Salmo 4, ele fala sobre como foi surpreendido por essa alegria. Ele estava em "aflição", sentindo-se sobrecarregado, constrangido, amarrado. Mas então Deus "aliviou" para ele, para que ele pudesse respirar novamente e ter alegria de novo (v. 2).

O que Davi fez? Nada, realmente. Ele só fez o que ele nos recomenda: "falai com o vosso coração sobre a vossa cama e calai-vos!" E então Deus lhe deu alegria em seu coração "mais do que no tempo em que se multiplicaram o seu trigo e o seu vinho". Foi uma alegria que ele não conhecia até então, uma alegria que era independente das circunstâncias externas e ainda maior do que qualquer alegria terrena (v. 4, 7).

Assim, o apóstolo Paulo poderia escrever da prisão em Roma: "Regozijai-vos, sempre, no Senhor!" (Filipenses 4: 4).

Saúda-vos Epafras, que é dentre vós, … o qual se esforça sobremaneira, continuamente, por vós nas orações, … dele dou testemunho de que muito se preocupa por vós. 

Colossenses 4: 12, 13

Três expressões caracterizam o relacionamento de Epafras com os crentes em um só lugar: de vós - por vós - por vós.

Ele é "de vós", é de Colossos. De lá ele vem, onde é o lugar dele, e lá ele serviu os crentes, porque Paulo escreve: "segundo fostes instruídos por Epafras" (Colossenses 1: 7). Eu me pergunto uma vez: tenho uma congregação na minha cidade, onde mantenho contatos, onde ajudo e sirvo?

Epafras ora "por vós" em Colossos. Ele trouxe a palavra de Deus aos crentes de lá, mas agora está longe deles. O que mais ele pode fazer por eles? Ele pode orar! E assim ele os traz diante de Deus: duradoura e intensamente, pelo nome. Eu me pergunto aqui: eu também oro pelos outros? Não apenas no geral, mas bem específico, para o irmão X e a irmã Y?

Epafras se esforça sobremaneira "por vós" em Colossos. Ele ora por seus irmãos e irmãs não apenas de vez em quando e espontaneamente, mas os inclui conscientemente e propositadamente em suas orações. Se ele "se esforça sobremaneira" por eles - então sente-se sua preocupação e esforço, mas também sua afeição e amor. Ele sofre e se preocupa com seus colossenses! Eu me pergunto aqui: eu conheço meus irmãos? Posso orar em profundidade por eles porque conheço as circunstâncias deles, a situação deles? Eu os trago em meu coração, eu sofro com eles em seus problemas?

Os crentes em Colossos não são tocados quando Paulo escreveu: Epafras é “quanto a vós outros, fiel ministro de Cristo" (Colossenses 1: 7)? - Não é também uma tarefa para você e para mim: que como servos fiéis do Senhor nos importarmos com os outros, cuidemos deles e oremos por eles?

Sempre dou graças a [meu] Deus a vosso respeito, a propósito da sua graça, que vos foi dada em Cristo Jesus; porque, em tudo, fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento; 1 Coríntios 1: 4, 5

Damos, sempre, graças a Deus por todos vós, mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar. 1 Tessalonicenses 1: 2

Que exemplo encorajador para todos nós é essa ação de graças do apóstolo Paulo! O apóstolo sempre agradeceu a Deus: toda vez que ele pensava em crentes em um lugar, dava graças a Deus.

E para que Paulo agradeceu? No caso dos coríntios, foi pela graça de Deus, pela qual foram "enriquecidos em tudo". Não tinham falta de "nenhum dom da graça" (1 Coríntios 1: 7). - Realmente invejável! Infelizmente, eles costumavam fazer uso imprudente disso; e também para algumas coisas havia queixas contra eles. Paulo não era cego para esses erros, mas pela graça de Deus dada a eles, ele poderia agradecer a Deus e glorificá-lo (Salmo 50: 23).

Quanta gratidão é retida hoje a Deus porque muitas vezes só olhamos para as falhas dos crentes, mas não temos nenhuma visão, para o que Deus mesmo assim operou neles!

E pelo que Paulo agradeceu a Deus quando pensou nos tessalonicenses? Por todos eles! Ele podia agradecer a Deus não apenas pela graça que foi dada a eles, mas também por eles mesmos.Não é algo grandioso quando se pode dizer: Eu te agradeço, ó Deus, por estes e estes irmãos e irmãs - que eles existem? Naturalmente, Deus é sempre o agente, mas os tessalonicenses eram tão ricos em frutos que "se tornaram um modelo para todos os crentes" (1 Tessalonicenses 1: 7). Ainda hoje há cristãos aqui e ali, que espalham benção pelo que são - porque eles estão aí. Queremos agradecer a Deus por eles.

Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos e sóbrios a bem das vossas orações. 1 Pedro 4: 7

Pedro tinha visto o Senhor Jesus "vindo em seu reino" na milagrosa aparição no Monte da Transfiguração. Isso causou uma impressão duradoura nele. Por décadas, o apóstolo cita isso como prova de que ele pregou uma realidade quando falou do reino vindouro, e não seguiu nenhuma fábula (Mateus 16: 28; 17: 1; 2 Pedro 1: 16). Portanto, em sua primeira carta, ele conecta suas admoestações a uma vida sagrada e perseverança quatro vezes com a iminente "revelação de Jesus Cristo". Quando os crentes têm esse evento em mente, eles recebem uma força maior e uma alegria viva (1 Pedro 1: 13, 4: 13; 5: 1).

Mas Pedro vai além da revelação da glória de Cristo e do reino milenar e aponta em suas duas cartas ao "fim de todas as coisas". Se considerarmos que tudo visível logo encontrará seu fim, isso nos tornará "pensativos". Assim seremos salvos da caça enganosa pelo terreno. Tudo o que vier ao nosso encontro, será então julgado pelo seu valor para a eternidade. E também teremos uma visão clara do que nos convém como crentes e o que não, e nos comportaremos de acordo.

Tudo o que "a carne" desfruta e confia passa. Se mantivermos isso em mente, as coisas visíveis não podem capturar nossos corações e ofuscar nossa mente. Em vez disso, estaremos "sóbrios para a oração". Então nós "respiramos" na atmosfera da presença de Deus e nos movemos nela. Então a oração - além da palavra de Deus - dá aos nossos pés um fundamento seguro.

Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Romanos 14: 17

"Regozijai-vos!" Este é, por assim dizer, um mandamento permanente para todo cristão, e "sempre", como o apóstolo escreve aos tessalonicenses (1 Tessalonicenses 5:16). Portanto, o regozijo deve ser uma força formadora em toda a nossa vida! Toda situação, toda oportunidade durante nossa existência pode ser iluminada pela alegria.

Naturalmente, isso se aplica apenas à alegria no Senhor (Filipenses 3: 1; 4: 4). Toda alegria natural depende das circunstâncias da vida ou da predisposição para se alegrar. Nós também conhecemos essas alegrias. Mas quão fugaz são elas! E há momentos em nossas vidas em que não podemos ver nenhuma ocasião exterior de alegria.

A história do evangelho começa e termina com alegria. No nascimento do Senhor, o anjo disse: "eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria ...; hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc 2: 10, 11).

No final dos Evangelhos, as mulheres se regozijaram com a ressurreição de seu Senhor (Mateus 28: 8). Em João 20:20 os discípulos, que ainda estavam tão ansiosos, se alegraram quando viram o Senhor novamente. E em Lucas 24:52 os discípulos voltaram para Jerusalém com grande jùbilo. Seu mestre acabara de ser levado para o céu diante de seus olhos - com todas as conseqüências abençoadas para nós também.

Nossa vida de fé também é baseada nesses grandes fatos da salvação. Eles nos dão razão para uma alegria que é completamente independente dos eventos terrenos.

Eu encontrei salvação nas feridas de Jesus,
limpo do pecado estou;
Paz e tranquilidade encontrei,
para que eu possa ser tão feliz.

Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer. Pregador 12: 1

Um amigo estava pensando em seu futuro:

Eu tenho agora 60 anos de idade. Vou me aposentar daqui a alguns anos. Infelizmente, meus olhos se deterioraram tanto recentemente, que só posso ler a Bíblia com dificuldade. Por isso, pedi ao Senhor que Ele me ajudasse, que eu possa praticar minha profissão até a aposentadoria. E que Ele preserve minha visão, para que eu ainda possa lidar com a Bíblia depois. Na verdade, eu queria fazer isso muito mais cedo - mas o trabalho me envolveu tanto que raramente tive tempo para isso.

Salomão havia formulado isso há 3000 anos, e meu amigo acabou de aprender isso: Nós temos que fazer bom uso do nosso tempo!
Não sabemos quanto tempo nos resta. E quando acabar, é tarde demais! Somente hoje podemos servir ao Senhor, podemos fazer o que Lhe agrada. O "Hoje" é o tempo precioso que Ele confiou a nós! Mas quantas vezes nos deixamos distrair hoje com coisas sem importância - e depois ter de mover coisa importante para amanhã. Mas só hoje podemos nos colocar à disposição do Senhor, servir e honrá-lo pela obediência!

E se cada um de nós pensasse e pesasse sua vida? - Todo mundo iria descobrir o que era importante em suas vidas e o que é importante agora. E ninguém adiaria ou confortaria depois, mas todo mundo sairia e faria o que seu mestre quer que ele faça hoje ...

E, estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra. Lucas 22:44

Getsêmani! - Lá o Senhor Jesus orou até que seu suor caísse como grandes gotas de sangue sobre a terra. Ali estava diante dEle o que só Deus sabia; Lá Ele viu onde só Ele iria. Lá ele também orou: "não se faça a minha vontade, e sim a tua." - Então Ele, o santo e justo, veio diante de uma multidão que saiu "como para deter um salteador". Ele amava os homens e estava cheio de compaixão por eles - mas eles O odiavam "sem causa" (Salmo 69: 5). E eles O capturaram e O levaram.

Quão desdenhosamente Ele, o Filho de Deus e Rei de Israel, foi tratado pelos rudes soldados nas horas que viriam. Eles zombeteiramente cumprimentaram-no como rei, mas depois cuspiram nele.

Eles o coroaram com uma coroa de espinhos. E como manto real serviu uma túnica escarlate de soldado, que eles jogaram sobre as costas ensangüentadas. Como cetro, deram-lhe uma cana. Quão profundamente esta zombaria deve ter atingido os sentimentos sutis do Senhor Jesus! - E então eles O levaram a Gólgota e O crucificaram. Essa foi a única "exaltação" que o pecador quis dar a Ele (Mateus 27: 27 - 31).

Mas no afinal, inúmeros desta geração de pecadores vieram a Ele, homens de origens bem diferentes. O amor, o sofrimento e a cruz do Senhor Jesus conquistou seus corações. E muitos deles se reúnem domingo após domingo. O que faz eles se encontrarem? É sua pessoa gloriosa e incomparável que captura seus corações. Eles são seus, porque Ele os amou e deu a vida por eles! Então, eles se reúnem com fé a cada primeiro dia da semana para lembrar seus sofrimentos e proclamar sua morte. Para eles, Ele deu seu corpo e derramou seu precioso sangue. E agora eles praticam a ceia do Senhor em sua memória "até que ele venha" (1 Coríntios 11: 23 - 26).