E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo. João 14: 3

Imagine ir dormir à noite com o pensamento: "Talvez o Senhor Jesus venha antes da manhã". E de manhã você se levanta e diz a si mesmo: "Talvez eu veja o Senhor, antes que a noite chegue." Que efeito essa expectativa de vida teria em seus pensamentos, em sua vontade, em seus desejos, em todo o seu comportamento! Então, com grande zelo, você fará o que o Senhor quiser. E você prestará atenção à exortação do apóstolo "que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz" (2 Pedro 3: 14).

Quantas coisas os cristãos veem hoje como completamente inofensivas e permitidas. Mas elas são realmente úteis para nós? Elas servem à glória do Senhor e promovem Sua obra? Isto fica claro rapidamente quando pensamos na glória do Senhor vindouro e olhamos para tudo sob essa luz! A vinda do Senhor nos é apresentada repetidamente nas Escrituras, não apenas como uma doutrina sobre eventos futuros, mas como uma expectativa e esperança vivas. Assim nos limpa e nos mantém separados do mal que nos rodeia. Essa expectativa nos dá uma orientação celestial de acordo com os padrões de Deus, em vez de uma orientação puramente terrena de acordo com os padrões do mundo.

Para nós, essa expectativa de vida é um apoio que nos mantém e fortalece todos os momentos de nossa vida, que nos torna "firmes e constantes" e nos inspira a estar "sempre abundantes na obra do Senhor" (1 Coríntios 15: 58).

A expectativa da vinda do Senhor também é bálsamo para toda ferida e dor. Não há dificuldade para nós que não seja aliviada por essa alegre esperança, e nenhum golpe, por mais severo que seja, que não seja aliviado pela expectativa da vinda do Senhor.

A expectativa viva da vinda do Senhor Jesus é a força motriz do cristão e o consolo do seu coração.

O amor não busca os seus interesses, não se irrita. 1 Coríntios 13: 5

Comecei a conversar com meu vizinho. "Você está bem", ele disse com um suspiro, "pelo menos você tem paz. Mas aqui? Eu simplesmente não me acerto com minha mulher. Eu não quero me divorciar ainda - ainda não. Mas essa eterna discussão! Você realmente está bem; Eu vou te dizer isso. "

"Sou grato a Deus por isso", respondi. “E também quero lhe dizer por que isso ocorre porque temos o Senhor em casa. "

"Exatamente é disso que se trata conosco - quem é senhor na casa. Você deveria ouvir minha mulher!

“Com a gente está clara a questão sobre quem é o Senhor. Esse é o Senhor Jesus Cristo, nosso Redentor.” O vizinho olhou para mim balançando a cabeça. Isto não significava nada para ele. Finalmente, ele disse um pouco irritado: "Certamente nem todos os  dias são de sol para você, então tem problema de vez em quando".

"Infelizmente sim", eu tive que admitir. “Mas porque o Senhor Jesus está conosco, algo assim sempre fica bem. Ele perdoa e ajuda."

"E como funciona isso?", Ele queria saber.

“Quero contar uma história sobre meu avô. Ele também teve uma discussão com a esposa. Finalmente, ele saiu e bateu a porta. Ela ficou fazendo beicinho. Mas, depois de alguns minutos, o avô voltou e disse: 'O Senhor colocou nós dois juntos. E já que eu devo tê-la, também quero ter você.” E ele lhe deu um beijo.

Veja bem, o amor de Jesus foi o critério neste casamento. O Senhor Jesus nunca viveu para si mesmo, mas pelas pessoas que encontrava. E Ele nunca se deixou amargar. E quando os avós pensavam nele e que Ele morreu na cruz por eles, eles se encontraram novamente.”

Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para não poder ouvir. Isaías 59: 1

Aos filhos de Deus não é prometida uma vida despreocupada. Mas, que sorte por termos um Senhor no Céu, a quem podemos contar nossas preocupações! Ele nos conhece e se compadece de nós e nos mantém em pé  sempre que preocupações pesam.

Às vezes, as preocupações são tão grandes que nos desesperamos. Talvez tenhamos orado intensamente um longo tempo para que um incrédulo se convertesse ou por alguém que passou a amar o mundo ... talvez seja um filho nosso pelo qual estamos rogando, mas nada muda. Então, em algum momento, corremos o risco de perder a esperança.

Deus não ouve nossas orações? Por que Ele não responde? Talvez Ele já tenha desistido da pessoa em questão? - Deus é longânimo; Ele fala com as pessoas de várias maneiras para fazê-las se arrepender. Um exemplo disso é o rei Manassés, que "fez estas abominações, fazendo pior do que quanto fizeram os amorreus" (2 Reis 21: 11). Ele veio de um lar piedoso e teve muitas oportunidades de conhecer o Deus vivo. Seu pai Ezequias foi um dos reis mais fiéis de Jerusalém. Isso aumentou ainda mais a responsabilidade de Manassés. Deus daria a ele a chance de se arrepender após suas atrocidades?

Quando Manassés foi levado a Babilônia pelos assírios, “ele, angustiado, orou deveras ao SENHOR, seu Deus, e humilhou-se muito perante o Deus de seus pais, e lhe fez oração, e Deus se aplacou para com ele, e ouviu a sua súplica, e o tornou a trazer a Jerusalém, ao seu reino; então, reconheceu Manassés que o SENHOR é Deus.” (2 Crônicas 33: 12, 13).

Quão gracioso é o nosso Deus! Isso nos encoraja a não desistir de "casos sem esperança", mas a continuar orando por eles.

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Romanos 12: 2

"Não ser conforme neste mundo" significa:

• não ser moldado pelo mundo,

• não se medir segundo seus padrões,

• não perseguir as tendências atuais,

• não representar a essência do mundo.

Se você tivesse que dizer de um cristão: “Ele se comporta como o mundo; ele fala como o mundo; ele pensa como o mundo ”, então seria ruim para ele.

Se você quisesse ajudar alguém assim, por onde começar? Pelo exterior, talvez porque seja a coisa mais atraente? Às vezes isso acontece, mas não é apenas maquiagem? (Ver Mateus 23: 25).

Não, a Palavra de Deus nos mostra outro caminho: o crente deve ser mudado renovando sua mente, isto é, por dentro. Antes de tudo, sua orientação e pensamento interiores devem ser renovados. Mas como acontece essa renovação? Pela verdade como vista em Jesus - em nosso Senhor como pessoa na terra. Sua mente, seu modo de pensar deve se tornar nossa mente (cf. Efésios 4: 20 - 23; Filipenses 2: 5).

Quanto mais pensamos como Ele, mais perguntaremos pela vontade de Deus, assim como o Senhor fez e depois executou completamente. Então também queremos fazer essa boa, agradável e perfeita vontade de Deus. E então o que é visível no nosso exterior realmente refletirá nossa vontade e pensamento renovados.

"Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, rocha minha e libertador meu!” Salmo 19: 14

E vereis as brechas da cidade de Davi, porquanto são muitas; e ajuntareis as águas do viveiro inferior. Também contareis as casas de Jerusalém e derribareis as casas, para fortalecer os muros. Isaías 22: 9, 10

Jerusalém está aqui em uma posição dramática: um exército inimigo cercou a cidade e está prestes a conquistá-la. O inimigo já conseguiu quebrar as muralhas da cidade. Os defensores estão fazendo tudo o que podem para salvar a cidade. Eles estão tentando garantir o abastecimento de água. Eles até demolem casas para reparar as muralhas da cidade com as pedras. Essas medidas não são compreensíveis, não são de fato sensatas?

Mas o profeta Isaías os censura: "Mas não olhastes para cima, para o que o tinha feito, nem considerastes o que o formou desde a antiguidade" (v. 11).

Os moradores de Jerusalém estão preocupados com a situação atual. Eles não questionam a causa raiz da ameaça. Eles esqueceram de Deus. Nenhum inimigo poderia atacar a cidade se Deus não permitisse. E Deus há muito havia apontado por meio de seus profetas o mal no meio do povo: injustiça, pecado manifesto e impiedade. Deus não pode ignorar isso. É por isso que Ele envia o exército hostil. Jerusalém deve ser abalada pela necessidade e retornar a Deus. - Mas mesmo na maior necessidade, eles não pensam em Deus e não se voltam para ele.

Para onde vamos quando encontramos problemas? A quem culpamos? O chefe, o colega, o conjuge, o médico? Se nossos pensamentos são completamente dominados por isso, pode ser que também ajamos apenas contra os sintomas, mas não contra uma possível causa em nossa própria vida. É sempre melhor que eu vá primeiro a Deus em oração e pergunte a Ele o que Ele quer me dizer. Talvez ele também queira que eu volte para Ele antes que possa me ajudar na necessidade.

E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Mateus 4: 2 - 4

Como filho de Deus, o Senhor Jesus tinha o poder de transformar pedras em pão. Tudo estava sob seu poder, o criador e sustentador do mundo. Por que Ele não deveria fazer o milagre para satisfazer sua fome?

Mas o Filho de Deus se tornou homem dependente para fazer a vontade de Deus Pai na terra. Ele disse: "Eis que venho fazer a tua vontade" (Hebreus 10: 9). Mas era a vontade de Deus que Ele fizesse pão dessas pedras? Não! Foi apenas uma sugestão de Satanás, uma tentação. Cristo não recebeu nenhuma ordem de Deus para isso. O Senhor queria estar plenamente concorde com a vontade de Seu Pai em tudo que Ele fez e disse; essa não era apenas a regra de sua vida, mas também a motivação para cada palavra e ação.

O Senhor Jesus rejeitou a tentação com uma citação de Deuteronômio. Por mais vital que seja o alimento terrestre, só disso não se pode viver. Precisamos da Palavra de Deus para que o homem interior seja nutrido, guiado, fortalecido e protegido.

Quão perfeitamente Cristo viveu da palavra da boca de Deus, quão imperturbável era sua dependência de Deus, quão íntima a comunhão com Ele! Ele disse:

"A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra" João 4: 34.

Pois eu assim corro, não como a coisa incerta. 1 Coríntios 9: 26

O apóstolo Paulo compara sua própria vida e ministério para o Senhor Jesus em vários pontos de suas cartas com uma competição. E ele também aplica esta figura a seus leitores:

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis” (v. 24). O próprio Paulo corre, mas "não como a coisa incerta". Ele tem um objetivo fixo; ele se concentra nisso, e corre direto para ele - sem desvios, sem desistir e com grande esforço. Em uma palavra, esse objetivo é Cristo ou, no contexto deste capítulo, em particular o Evangelho de Cristo, através do qual o maior número possível deve ser salvo de judeus e gentios (v.12,19 - 23).

Quando ele se despediu dos anciãos em Éfeso, Paulo confessou: "em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus". E em sua última carta, sem orgulho e arrogância, mas com grande gratidão ao seu Deus diz: "Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé" (Atos 20: 24; 2 Timóteo 4: 7).

Para onde vamos? E com quanta dedicação estamos a caminho? - Corremos para Jesus Cristo, nosso Senhor! E quanto mais nos sentimos atraídos por Ele, mais rápido, mais determinados, mais felizes corremos.

A corrida cristã é como um longo percurso com um final brilhante. À direita e à esquerda estão as imagens de velhos heróis da fé, essa "grande nuvem de testemunhas". Mas a luz está à frente, e quanto mais nos aproximamos dela, mais brilhante fica à nossa volta. Ainda não alcançamos o objetivo, ainda não estamos com Cristo, mas estamos olhando "para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação", para Cristo em glória (Hebreus 12: 1; Filipenses 3: 14).

Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a palavra da vida. Filipenses 2: 14 - 16

Um jovem se converteu ao Senhor Jesus. Mas ele não teve coragem de contar aos seus incrédulos pais e irmãos. Ele temia que seus pais o repreendessem e que seus irmãos rissem dele. Por isso ele continuou orando por força e coragem.

A alegria interior que o jovem teve em comunhão com o Senhor Jesus era perceptível, sem sua consciência, em todo o seu comportamento. E isso fez com que esse feliz segredo não permanecesse oculto muito tempo.

Então, um dia, um de seus irmãos perguntou por que ele havia mudado tanto. Então ele pôde contar com alegria o que havia acontecido com ele:

Ele vivia sua vida sem Deus, mas Deus perdoou toda a sua culpa por causa do Senhor Jesus. Agora ele tinha paz com Deus, e por isso tinha que agradecer ao Senhor repetidamente. O irmão dele respondeu: "Estou observando você há bastante tempo. Você mudou completamente. Você acha que a mesma coisa poderia acontecer comigo?"

O Senhor viu o receio do jovem e preparou um caminho para ele professar com alegria seu Senhor. Isso acabou sendo uma bênção para toda a família.

O modo de vida piedoso dos felizes filhos de Deus só torna crível a pregação do evangelho. Por isso queremos pedir força repetidas vezes para brilhar como astros no meio da nossa família, nos arredores e no local de trabalho!

Cântico de Davi. Eu te exaltarei, ó Deus, Rei meu, e bendirei o teu nome pelos séculos dos séculos. Cada dia te bendirei e louvarei o teu nome pelos séculos dos séculos. Salmos 145: 1, 2

Este Salmo é único. É o único Salmo no livro de hinos ou louvores - que é o significado do título hebraico deste livro da Bíblia. Aqui não há pedidos, desejos ou grito por socorro, apenas louvores e agradecimentos. Uma verdadeira canção de louvor!

A canção de louvor é de Davi e, portanto, muito pessoal. Constantemente, repete "eu" e "meu". Mas outros se deixam contaminar pelo louvor: a próxima geração de tementes a Deus, sim, no final até “toda a carne” louvará a Deus (v. 4, 10, 21).

Você pode perceber nestes versículos: Não são apenas palavras, não, aqui é o coração que fala. E, no entanto, esse Salmo não é o resultado de uma atmosfera especial e sentimental. Davi diz: “Cada dia te bendirei e louvarei” Isso significa: Ele realiza isso todos os dias - independentemente de sentimentos e humores ou das circunstâncias da vida.

Davi está ciente da grandeza e da reivindicação e de poder do seu Deus. Ele próprio que é rei, diz: "Meu rei". Da mesma forma, Paulo escreve com reverência: "Ora, ao Rei dos séculos, imortal, invisível, ao único Deus ..." (1 Timóteo 1: 17).

A canção de louvor começa com a expressão "pelos séculos dos séculos" e termina com “para todo o sempre”. Embora escrito a tempo, carrega o selo da eternidade. Louvor sem interrupção e sem fim.

Quanto espaço em nossas orações ocupam, "orações e súplicas" - e com que frequência a ação de graças e os louvores se atrofiam! (Filipenses 4: 6). O cântico de louvor de Davi neste Salmo é contagioso e dilata o coração para nosso Senhor e Deus!

Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis. Gálatas 5: 17

A Palavra Bíblica de hoje surpreendeu alguns crentes e levantou a questão: Como Deus pode nos responsabilizar pelo que fazemos quando não fazemos o que queremos?

Bem, somos ensinados aqui que todas as obras que realizamos são obras da carne ou fruto do espírito; não há meio termo. Ou a carne influencia a natureza pecaminosa do homem ou o Espírito Santo: um desses poderes sempre domina sobre nós. A esse respeito, não somos livres para fazer o que queremos. Mas cabe inteiramente a nós qual desses dois poderes seguimos e permanecemos responsáveis ​​perante Deus.

O apóstolo havia dito aos gálatas: "Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne" (v. 16). Ele queria dizer a eles que o que importa não é um esforço legal, mas apenas que você se submeta à influência correta. Esta é a única maneira de determinar o resultado e não o que queremos fazer.

"E os que são de Cristo crucificaram a carne". É assim que se vive através do Espírito, e, se é assim, "andemos também no Espírito". Essa é a conclusão do apóstolo (v. 24, 25).

Se dermos todos os passos, todas as decisões dependentes da pergunta: é o Espírito Santo quem me guia para isso? Então andamos no Espírito e trazemos o fruto do Espírito. Somente então somos cristãos felizes - para glória de nosso Senhor.

As filhas de Zelofeade falam retamente; certamente lhes darás possessão de herança entre os irmãos de seu pai; e a herança de seu pai farás passar a elas. Números 27: 7

No primeiro verso deste capítulo, lemos sobre um homem chamado Zelofeade. Como todos os israelitas, exceto Josué e Calebe, ele não foi à terra prometida por causa da incredulidade do povo, mas morreu durante a jornada no deserto. Além disso, ele não tinha filhos para quem pudesse ter transferido a herança que lhe era devida na terra prometida.

Zelofeade, porém, teve filhas, e sua fé as fez se destacar, ao contrário da multidão. Elas conheciam o valor da terra de Canaã e aparentemente a valorizavam como a bênção prometida de Deus para o povo. E isso lhes deu coragem de dar este passo extraordinário para estar diante de Moisés e de todo o povo. Elas pediram para serem consideradas filhas na distribuição da herança, embora ainda não houvesse regulamentação correspondente.

Talvez naquela época muitas pessoas vissem o pedido das filhas de Zelofeade como arrogância. E Deus? Quão satisfeito ele deve ter ficado ao ver mulheres que valorizavam suas promessas e se esforçavam por elas. As cinco filhas de Zelofeade receberam a herança solicitada, e Deus aceitou o pedido e aproveitou para dar ao povo de Israel novos estatutos (v. 8 - 11).

Entendemos a aplicação em nós mesmos? O que era uma herança terrena para Israel são as bênçãos celestiais para os crentes do tempo da graça, veja Efésios 1: 3 - 14. Se também valorizamos nossas bênçãos e as buscarmos com fé, então já agora as desfrutaremos. Isso afetará nosso modo de vida, e certamente outros serão abençoados conosco.

Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo. Porque creio em Deus que há de acontecer assim como a mim me foi dito. Atos 27: 23, 25

Durante a perigosa viagem de navio a Roma, Paulo faz uma bela confissão sobre o Deus a quem serve. Ele geralmente fala de "Deus". É o Deus trino: Pai, Filho e Espírito Santo. Paulo diz:

“De quem eu sou.” - Paulo sabe em quem ele acreditava, e cuja propriedade ele é. Ninguém pode roubá-lo da mão deste Senhor. Não é um Senhor duro ou sem coração. Foi ele quem "havia amado os seus que estavam no mundo" e "amou-os até ao fim" (2 Timóteo 1: 12; João 10: 28; 13: 1).

“A quem sirvo.” - Quão séria é a vida dele! Não há jogo, não há desperdício, não há um “levar na maciota”.

Não, Paulo era anteriormente "um blasfemador, perseguidor e autor de violência", mas agora ele sabe que está servindo ao Senhor. Ele está ciente de sua missão. Paulo não serve a nenhuma causa ou idéia - ele serve a um Senhor! Ele serve a quem "me amou e se entregou a si mesmo por mim" (1 Timóteo 1: 13; Gálatas 2: 20).

“Porque eu creio em Deus” - Paulo simplesmente argumenta: Deus disse ... então é seguro ... e será. - Sua confiança é "a fé, o firme fundamento das coisas ... que se não vêem" (Hebreus 11: 1). Paulo não tem dúvida de que Deus cumprirá suas promessas. Ele confia naquele que está por trás de tudo. Isso o torna seguro, confiante e calmo.

• Você sabe a quem você pertence; você sabe que ele morreu por você?

• Você sabe a quem serve, a quem pertencem sua energia e força?

• Você confia nele?

Paulo confessa seu Senhor aqui diante de todos - e um pouco mais tarde o Senhor se confessa a Ele. Ele o salva e guarda. Ele também é teu e meu Senhor!

Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Mateus 4: 1

Por que o diabo precisou tentar o Senhor Jesus? - O próprio Senhor diz que é preciso "manietar o valente" para poder roubar seus "bens domésticos". A vitória final sobre "o forte" foi conquistada na cruz; mas, pelo fato de o Filho de Deus ter vencido todas as tentações, Satanás foi "manietado" e teve que assistir, impotente, às bênçãos do Senhor (Cap. 12: 29).

Satanás não conseguiu encontrar um único ponto fraco para o pecado no Senhor Jesus; não havia nada nele que permitisse o "príncipe do mundo" afirmar suas más reivindicações. Pelo contrário: a pureza e santidade do Filho de Deus foram inegavelmente demonstradas. Sim, ele tem direito e é capaz de afirmar agora as reivindicações de Deus contra o inimigo neste mundo. E foi isso que o Senhor Jesus fez de uma maneira única quando passou aqui na terra e libertou aqueles que foram "oprimidos" pelo diabo (Atos 10: 38).

Na carta aos hebreus, encontramos uma segunda resposta à pergunta feita no início: O Senhor Jesus também se submeteu a essas tentações porque queria entender e ajudar-nos a partir da experiência, quando as tentações nos sobrevém hoje. Essa é uma das razões pelas quais o Filho de Deus se tornou homem como nós. Nosso "misericordioso e fiel sumo sacerdote" que "como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado". Excluindo o pecado que reside em nós, Ele está familiarizado com tudo o que pode nos oprimir e tentar na terra (Hebreus 2: 14 - 18; 4: 14 - 16).

Que maravilhoso Salvador, Senhor e Sumo Sacerdote temos!

E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe: Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos? João 6: 8, 9

Esse rapaz está disponível - e ele tem o que é necessário. Eu ficaria feliz se você sempre pudesse dizer isso sobre mim! O rapaz vê e ouve o Senhor Jesus, e quando ele é chamado, ele está lá. É por isso que é mais útil com seus pães e peixes do que qualquer transporte de alimentos a 10 quilômetros de distância.

O rapazinho é pequeno, tem apenas pão de cevada (não pão de trigo) e também poucos peixinhos. Mas com que rapidez o menino terá dado o pouquinho ao Senhor quando Ele quis. E nas mãos do Senhor se transformarão em muito pão e muito peixe, o povo fica satisfeito e, no final, resta mais do que havia no início.

Também devemos aproveitar as oportunidades! Temos oportunidades aqui na Terra que nunca mais teremos no céu. Não encontraremos ninguém no céu que esteja cansado e que possamos encorajar, porque ninguém se cansará ali. Não sentiremos mais resistência no céu porque não há oponentes ao evangelho. Se não servirmos agora a nosso Senhor, se não nos disponibilizarmos a Ele agora, perderemos essas oportunidades! Agora temos que "remir o tempo" (Colossenses 4: 5).

Sejamos humildes e prontos! Não esperemos pelas grandes oportunidades, mas façamos ansiosamente as pequenas coisas que Ele coloca em nossas mãos, "servindo ao Senhor"! Então, se formos fiéis, Ele nos confiará coisas maiores. O louvaremos no céu, mas não podemos mais servi-lo em todas as coisas da mesma maneira que hoje (Romanos 12: 11).

Tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Hebreus 11: 26

Pertencer a um povo escravo oprimido era considerado uma vergonha no mundo dos egípcios. Moisés, porém, lembrou que o povo de Israel tinha as promessas de Deus; e isso o levou a uma avaliação completamente diferente.

Hoje nos deparamos com uma escolha semelhante: poderíamos nos esforçar para ser reconhecido no mundo e participar de suas alegrias; isso agradaria a nossa velha natureza, a carne. Ou negamos a nós mesmos e vivemos com o povo de Deus para levar “o vitupério de Cristo” com eles. Cristo é rejeitado e desprezado pelo mundo; mas quem olhar para a recompensa eterna estará pronto para aceitar essa vergonha.

Pela fé, como através de um telescópio, Abraão podia ver coisas distantes: "a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus" (Hebreus 11: 10).

Pela fé, Moisés pôde ver através do exterior como um raio-X, através do brilho exterior do Egito, e ver quão pequeno era realmente o valor desses "tesouros do Egito".

Se alguém escolhe “o vitupério de Cristo”, também recebe “a recompensa de Cristo”: sua apreciação, sua alegria e também sua presença. Se Moisés tivesse preferido a glória do Egito, ele poderia ter direito a alguns hieróglifos em uma tumba egípcia oculta! Mas agora seu nome está inscrito no Livro de Deus, e sua escolha de fé serve como exemplo para incontáveis ​​crentes (Êxodo 32: 32).

Se a glória do Egito não pode ser comparada à vergonha de Cristo, quanto menos então a glória de Cristo!

Ensina-me, SENHOR, o teu caminho, e andarei na tua verdade; une o meu coração ao temor do teu nome. Salmos 86: 11

Esta frase vem de uma oração de Davi. Vale a pena refletir porque é muito rico em conteúdo.

Primeiro, Davi pede que o Senhor o ensine. Ele não precisa de treinamento especial ou conselheiros sábios primeiro, mas deseja orientação direta do Senhor. Como alguém mais deveria saber o caminho certo para ele? Os caminhos do Senhor são muito individuais. Meu caminho é diferente do teu caminho! Certamente, podemos e devemos levar em consideração o julgamento de outras pessoas, mas isso não deve substituir nosso relacionamento com nosso Senhor.

Embora o Senhor trilhe caminhos muito diferentes com cada um de nós, há um ponto em comum: a verdade de Deus. O próprio Senhor diz: "A tua palavra é a verdade" (João 17: 17). A Palavra de Deus especifica uma variedade de princípios que se aplicam a todos, sem exceção. Todos podem avaliar suas vidas nestes princípios: qualquer um que percebe que o caminho que acha correto não pode ser reconciliado com um princípio das Escrituras deve desistir; não é o caminho do Senhor.

O segundo pedido de Davi é: "une o meu coração ..." Nosso coração é exposto a muitas influências diferentes. Nós precisamos de estabilidade. Davi queria um coração alinhado: "ao temor do seu nome". O "nome" na Palavra de Deus geralmente representa a natureza de uma pessoa. O "temor do seu nome" significa que evitamos tudo o que não corresponde a Deus e sua natureza, sua santidade e seu amor.

A oração de Davi obviamente decorre de muitos anos de experiência na vida. Ele podia olhar para altos e baixos, bons e os maus caminhos. Isso também não se aplica a nós? Peçamos ao Senhor que nos ensine o Seu caminho, para que sejamos guardados de caminhos que não O honram!

Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça. Mateus 6: 33

O que significa buscar a justiça de Deus? Nesse contexto, a expressão “justiça de Deus” não se refere à justificação do pecador ou à sua salvação. Porque a salvação não é o tema do Sermão da Montanha, mas como os discípulos de Jesus devem viver de acordo com os princípios do Reino de Deus.

Portanto, “buscar a Sua justiça” significa nada além de alinharmos nossas vidas aos padrões e caráter de Deus. Isso corresponde à palavra do Senhor Jesus: "Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos céus." - Que incumbência! (Cap. 5: 48).

No reino de Deus a vida deve estar em harmonia com o que Jesus nos mostrou e nos ensinou de Deus. Quem se chama cristão deve buscar isso. As necessidades naturais não são prioridade. Não, nosso esforço deve ser pelo reino de Deus e pela justiça de Deus.

A Carta aos Romanos fala em um sentido diferente sobre a justiça de Deus. Para aqueles que se voltam para Deus e crêem em Jesus Cristo e em sua obra redentora, para ele, Cristo se tornou o representante no juízo de Deus sobre o pecado. E porque Deus não pode punir o pecado duas vezes, ele faz justiça justificando o crente (Romanos 3: 21 - 26).

De acordo com 2 Coríntios 5: 21, os crentes se tornaram "a justiça de Deus" em Cristo. Deus vê sua própria justiça neles, mesmo que eles sejam tão injustos. Mas, através da fé, a justiça de Deus é colocada sobre eles como um “manto” para que eles possam permanecer justificados diante de Deus por toda a eternidade (cf. Isaías 61: 10).

Que é o teu amado mais do que outro amado, ó tu, a mais formosa entre as mulheres? Cantares 5: 9

A noiva em cânticos de Salomão é a figura dos crentes. Esta noiva é questionada sobre o noivo - e ela o descreve imediatamente e o retrata da cabeça aos pés (versículos 10 - 16). Isso simplesmente brota dela e ela sempre encontra novas palavras e novas comparações. Ela o caracteriza da maneira mais clara e detalhada que somente o amor real e profundo consegue.

Como seria bom se estivéssemos sempre prontos a falar sobre Jesus, nosso Senhor! Não precisaríamos pensar muito sobre isso ou perguntar a alguém primeiro. Nós simplesmente ficaríamos felizes em poder falar sobre Ele! Apenas haja alguém seriamente interessado - e nosso coração transbordaria e, como a noiva, falaríamos de nosso Senhor com admiração e adoração.

Se você deseja compartilhar o evangelho, precisa de amor - amor por seu Senhor e amor pelas pessoas. Se você tem esse amor, você arde e depois pode e vai falar. Portanto, nunca se satisfaça com menos! Seu amor pelo Salvador e pelas pessoas deve ser uma chama ardente.

Você se importa com a propagação do evangelho? Então desista de tudo o que o impede. Se você deseja proclamar o evangelho, precisa se aproximar das pessoas, insistentemente falar com elas. Isso deve ser sério e um fardo real para você. Lembre-se: se trata de vida ou morte, céu ou inferno; é questão de se alguém é salvo para sempre - ou perdido para sempre! Invoque ao Deus de toda graça, para que ninguém saia: sem ser afetado ... intocado ... não salvo!

"Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé.” 2 Coríntios 5: 11

Estejam cingidos os vossos lombos, e acesas, as vossas candeias. E sede vós semelhantes aos homens que esperam o seu senhor. Lucas 12: 35, 36

O Senhor Jesus volta novamente para receber os seus na glória, na casa do Pai. Para os primeiros cristãos, essa promessa do Senhor foi um grande consolo e uma esperança viva; sua vida foi moldada por essa expectativa. Os tessalonicenses, por exemplo, "converteram-se a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro e esperar dos céus a seu Filho" (João 14: 2, 3; 1 Tessalonicenses 1: 9, 10; também capítulo 4: 13 - 18).

É notável que não haja uma entre as muitas profecias da Bíblia que devam ser cumpridas antes da vinda de Jesus. E o próprio Senhor Jesus disse que deveríamos esperar Ele. Portanto, nada deve nos impedir de manter nossas expectativas frescas e vivas!

Uma experiência me incentivou: no metrô, eu distribuo folhetos do evangelho sobre a vinda de Jesus. Uma mulher mergulha imediatamente no texto. Finalmente saímos juntos. A plataforma está cheia de pessoas. Então ela diz em voz alta: “Quando Jesus Cristo voltar, todas essas pessoas estarão perdidas. Então a porta está trancada. Temos que orar para que eles ainda sejam salvos! Por favor distribua esses folhetos!” Lágrimas escorrem pelo seu rosto. Na conversa acabo descobrindo que ela é católica. Quando ela se despede, ela me deseja a bênção de Deus. Quando continuo oferecendo esses folhetos aos transeuntes, ninguém os rejeita.

É muito valioso se entendermos o contexto da profecia bíblica; Mas é ainda mais importante, esperar o Senhor Jesus - Ele mesmo - de coração.

E os que prenderam Jesus o conduziram à casa do sumo sacerdote Caifás, onde os escribas e os anciãos estavam reunidos. Mateus 26: 57

Preso por seus inimigos, o Senhor Jesus é levado aqui ao sumo sacerdote Caifás. Ele já é esperado lá de manhã, bem cedo, pelo Sinédrio. Aqui, o Senhor está sozinho no meio dos "touros de Basã", que abrem "a boca" contra ele, "como um leão que despedaça e ruge" (Salmo 22: 13, 14). Se ao menos um dos discípulos dissesse uma palavra de conforto para ele! Mas todos fugiram.

Entre as muitas acusações falsas apresentadas contra o Senhor, o Sinédrio não encontra uma declaração apropriada para condenar o Senhor. O próprio Senhor se cala perante as acusações. Como um reinante o sumo sacerdote se levanta para o fazer falar. Ele ainda tem uma opção: ele se refugia no juramento. Naquela época, o juramento era proferido pelo presidente do sumo conselho e tinha que ser respondido (Levítico 5: 1; Provérbios 29: 24).

Então o Senhor Jesus deve falar agora; mas o que Ele diz ninguém esperava. Ele não apenas afirma a questão se Ele "é o Cristo, o Filho de Deus", mas acrescenta: "vereis em breve o Filho do Homem assentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu" ( v. 64). Embora o Senhor saiba o que essa declaração fará com o sumo sacerdote e àqueles que o acompanham, Ele não esconde a verdade.

Agora ele já está sentado à direita de Deus, e logo seus inimigos ficarão horrorizados quando aparecer como juiz e governante "nas nuvens do céu". Então ninguém cuspirá em seu rosto, nenhum açoite o atingirá mais, e toda boca zombadora ficará em silêncio. Mas seus remidos o louvarão para sempre.

E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. E Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a mão, e tocou-o, e disse-lhe: Quero, sê limpo! Marcos 1: 40, 41

O pedido do leproso deixa claro que ele está convencido da autoridade do Senhor Jesus - o Senhor pode purificá-lo. A restrição "se quiseres" também mostra que ele não tem direito à ajuda do Senhor. Ele sabe que depende de sua graça.

E então esse leproso aprende como o Filho de Deus volta sua atenção para ele. Sim, Ele veio buscá-lo também, enviado pelo Pai para fazer um serviço de misericórdia como nunca foi feito antes na terra.

O Filho de Deus está em humildade aqui na terra. Mas em toda oportunidade, em todo encontro, sua perfeição moral e glória irradiam. E o coração do crente se alegra disso. Antes de tudo, lemos dEle que Ele ficou "intimamente comovido". Que amor, misericórdia e bondade! O fato de Ele ter se humilhado tão profundamente, o torna ainda maior para nossos corações.

O Senhor tem o poder divino de purificar e salvar. E seu amor faz com que ele se esforce por esse homem pecador e impuro. Então o Salvador estende a mão e toca o leproso. - Ninguém mais poderia ter feito isso sem ser contaminado. Mas o completamente Puro pode tirar a impureza e dizer: "Quero sê limpo". Uma palavra cheia de autoridade da boca do Filho de Deus! E o resultado maravilhoso: "logo a lepra desapareceu, e ficou limpo".

E aproximou-se dele um leproso, que, rogando-lhe e pondo-se de joelhos diante dele, lhe dizia: Se queres, bem podes limpar-me. Marcos 1: 40

Quando é relatado na Bíblia que uma pessoa tem "lepra", significa uma das mais antigas doenças infecciosas conhecidas. Os medicamentos para tratar a hanseníase só estavam disponíveis no século XX. Até então, nenhuma ajuda era possível; e se você quisesse proteger o resto da população contra infecções, teria que isolar os leprosos.

Por cuidar de seu povo terreno, Deus havia ordenado no Antigo Testamento que o leproso vivesse isolado: “Todos os dias em que a praga estiver nele, será imundo; imundo está, habitará só; a sua habitação será fora do arraial” (Levítico 13: 46). - Um leproso deve ser considerado "impuro". Isso significava que, devido ao contágio a partir dele, ele não podia ter comunhão com o povo de Deus ou participar do culto.

Como qualquer outra doença, a hanseníase é uma consequência da queda do homem. E também ilustra um ponto de vista muito especial do pecado: É uma figura da impureza e do efeito contaminador do pecado, pelo qual o homem não pode ter comunhão com Deus ou verdadeira comunhão com outras pessoas.

Toda a necessidade do doente é expressa em seu pedido de limpeza. Sua situação é desesperadora, mas esse leproso ouviu falar do Senhor Jesus! E ele se convenceu de que Ele tem o poder de purificá-lo.

Humilde e cheio de temor, ele se ajoelha diante do Senhor e diz: "Se queres, bem podes limpar-me". 

(Conclui amanhã)

E, vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Homem, os teus pecados te são perdoados. Lucas 5: 20

Se um pecador crê no Senhor Jesus, todos os seus pecados são perdoados ou apenas os pecados do passado?

As pessoas geralmente dividem seus pecados em passado, presente e futuro. Deus não faz essa diferença! Ele vê a nossa vida estendida na sua frente desde o primeiro momento até a última hora. Ele também vê nossos pecados - inclusive os pecados há muito esquecidos e os ainda não cometidos - como um todo, uma série de atos sombrios, palavras e pensamentos.

Dois mil anos atrás, todos os nossos pecados ainda estavam por vir, mas Deus os viu então e os colocou todos sobre o Senhor Jesus. A expiação realizada ali, é agora creditada a todos aqueles que se voltam para Deus e crêem no Senhor Jesus. Se houvesse apenas um pecado que teríamos cometido ou ainda iríamos cometer, que não teria sido colocado sobre Cristo, ele não estaria expiado para sempre e o céu estaria fechado para nós.

Graças a Deus, o crente pode saber que todo pecado de sua vida foi carregado por seu Salvador na cruz do Calvário. A conseqüência necessária é que toda a culpa de sua vida, do berço ao túmulo, foi exterminada quando ele passou a crer.

Infelizmente, como filhos de Deus, ainda cometemos pecados. Então é necessário restabelecer a comunhão com o Pai. Mas os crentes nunca mais se preocupam com a questão da condenação eterna.

Se um verdadeiro crente tem em mente esse grande escopo da obra de salvação do Senhor Jesus, isso o torna frívolo? Não, o perfeito amor e graça que ele experimentou e está experimentando novamente todos os dias é um incentivo para ele viver uma vida de temor a Deus.

Quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer. Lucas 17: 10

Que tipo de atitude interior os apóstolos deviam ter ao servir então e nós ao servir ao Senhor hoje? Para explicar isso, o Senhor Jesus usa uma ilustração da vida cotidiana: um fazendeiro tem um servo que é obrigado a trabalhar. Durante o dia, ele tem que arar os campos ou pastorear os animais. E quando do campo, chega em casa, não o espera um final tranquilo do dia. Então ele deve primeiro preparar a ceia para seu senhor. Somente quando o senhor termina sua refeição, o servo pode sentar e comer. 

Depois de um dia tão longo e cansativo de trabalho, um servo pode contar com o agradecimento de seu senhor? Não. Escravos ou servos da época são obrigados a fazer seu trabalho. Essa é sua responsabilidade. Eles não podem esperar agradecimentos ou recompensa por isso.

Agora, o Senhor Jesus está aplicando este exemplo ao nosso ministério. Quando tivermos completado todo o trabalho que Ele nos deu, deveríamos dizer: “Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer”. Isso significa: não temos o direito de esperar agradecimentos ou recompensas.

Por que é assim? Encontramos a explicação em outro lugar: O Senhor Jesus nos comprou pelo preço de sua vida. Portanto, somos devedores, de servi-lo em nossas vidas e glorificá-lo (1 Coríntios 6: 20). Essa é a nossa responsabilidade.

É um lado completamente diferente quando o Senhor Jesus reconhece e recompensa de bom grado tudo o que é feito por Ele em seu favor. Isto é a sua graça.

“E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.“ 2 Coríntios 5: 15

Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão. Isaías 40: 31

Palavras de conforto

No capítulo 40, o profeta Isaías nos mostra primeiro a grandeza e a glória de Deus: "A quem pois me fareis semelhante, para que lhe seja semelhante? -- diz o Santo. Levantai ao alto os olhos e vede quem criou estas coisas, quem produz por conta o seu exército, quem a todas chama pelo seu nome; por causa da grandeza das suas forças e pela fortaleza do seu poder, nenhuma faltará.”(v. 25, 26).

Mas Deus não está contente em testemunhar para nós seu poder e grandeza através das estrelas e de seus caminhos. Não, o mesmo poder se desdobra em favor dos seus, e a favor dos fracos do seu rebanho: "Como pastor, apascentará o seu rebanho; entre os braços, recolherá os cordeirinhos e os levará no seu regaço; as que amamentam, ele as guiará mansamente" (v. 11). Querido filho de Deus, este Deus poderoso é teu pastor também! 

E ainda mais: Deus também é a fonte de um poder que se mostra poderoso onde todos os recursos naturais esgotam e falham. Até “os jovens se cansarão e se fatigarão, e os jovens certamente cairão. Mas os que esperam no SENHOR renovarão as suas forças”. Seja jovem ou velho, saudável ou doente, Deus dá força para que levantemos nossas “asas” e continuemos o caminho da fé.

Não deveríamos contar confiantemente com este grande Deus?

O que às nuvens, ao ar e aos ventos 

Dá direção, sentido e caminho, 

Ele também encontrará caminhos, 

Por onde teu pé pode andar.

E prosseguiu Aimaás, filho de Zadoque, e disse a Joabe: ... Seja o que for ... correrei. E Joabe lhe disse: Corre! 2 Samuel 18: 22, 23

Absalão havia conquistado a realeza de seu pai, Davi. Mas agora Absalão está morto e seu exército é derrotado. Agora é hora de levar a mensagem da vitória a Davi. Quem vai correr?

Aí está Aimaás. Certa vez, ele trouxe uma mensagem importante ao rei, arriscando sua vida. Agora ele diz: “Deixa-me correr, e anunciarei ao rei que já o SENHOR o vingou da mão de seus inimigos.” Seu coração bate por Davi. Por amor ele quer correr e cuidadosamente dar-lhe a notícia da morte de Absalão (capítulos 17: 15 – 22; 18: 19).

Mas Joabe, estrategista humano inteligente, não considera hoje Aimaás o homem certo. Um cuxita (talvez um escravo ou mercenário de pele escura) deve correr. Davi foi apegado a Absalão; e talvez ele receba o aviso da morte sem piedade. Mas Aimaás não pode ser detido.

O cuxita se inclina aqui diante de Joabe, mas não lemos que ele mais tarde faça isso diante de Davi. Por outro lado, não lemos de Aimaás que ele agora se inclina diante de Joabe, mas ele prestará homenagem a Davi se curvando (v. 21, 28). Com muita energia e determinação, Aimaás disse duas vezes a Joabe: "O que quer que aconteça, eu quero correr." Finalmente Joabe concorda e diz: "Corre!" Então o Aimaás começa a correr … corre mais rápido que o cuxita ... e ele chega mesmo antes dele.

Estamos correndo como o Aimaás? De onde ele tira essa energia? O amor por Davi o faz correr assim. Para nós, isso significa: "Olhando para Jesus." Na medida em que O vemos, "o autor e consumador da fé", temos força para que "corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta" (Hebreus 12: 1, 2).

Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. João 14: 27

O Senhor Jesus fala da paz de duas maneiras.

Quando Ele diz aos discípulos: "Deixo-vos a paz!”, então Ele quer dizer paz com Deus, que Ele criou através do sangue que correu na cruz. Ele concede essa paz, a paz da consciência, pela graça a todos que o procuram em arrependimento e fé (Col 1: 20).

Mas quando o Senhor diz: "A minha paz vos dou", então Ele quer dizer a sua própria paz, a paz que Ele tinha em seu coração em comunhão com Deus quando atravessou esse mundo mau e hostil e "em tudo foi tentado" (Hebreus 4: 15). Nada poderia manchar sua paz e sossego na comunhão com Deus. E esta paz Ele quer dar para nossos corações em todas as circunstâncias de vida.

Que graça que não somente nossa consciência descansa através dele, mas também nosso coração!

Nunca queremos esquecer de agradecê-Lo pelo amor com o qual Ele nos amou e no qual deu a vida para expiar o pecado! A paz que levou nossas consciências a descansar é agora tão firme quanto a obra do Gólgota. Todo crente pode confiar incondicionalmente nisso.

Agora também devemos confiar nEle como remidos, que Ele permite tudo "para o bem", para que nosso coração possa desfrutar de sua profunda paz em todas as circunstâncias! Só sentimos essa paz se vivermos em íntima comunhão com Deus. O Senhor Jesus pôde dizer "Sim, Pai" em todos os momentos, e isso deve ser o mesmo conosco. Por mais difícil que seja para nós encontrar um sim nos caminhos de Deus, esse deve ser o objetivo no qual focamos nossos pensamentos e sentimentos. Então Ele pode nos dar Sua paz - toda vez.

Não sabemos nós o que faremos; porém os nossos olhos estão postos em ti. 2 Crônicas 20: 12 Assim os nossos olhos atentam para o SENHOR, nosso Deus, até que tenha piedade de nós. Salmo 123: 2

O coral está no palco, o maestro levanta as mãos para dar o sinal de início. O pianista - escondido atrás da tampa aberta do piano de cauda - já está tocando as primeiras notas. O maestro repentinamente interrompe a música com um gesto enérgico. Ele vai ao piano de cauda e abaixa a tampa do instrumento em um degrau. Isso dá ao pianista uma visão clara do maestro e de suas instruções. Agora ele é capaz de acompanhar adequadamente o coral.

O mesmo se aplica à nossa vida espiritual. Não devemos permitir que nada impeça nossa visão do Senhor Jesus. Somente quando olhamos para Ele podemos corresponder ao que Ele espera de nós. Como o maestro, ele também gostaria de nos guiar com um leve aceno de mão.

O piano de cauda no nosso exemplo é um instrumento valioso, sua tampa está aberta para deixar o som sair e o pianista é talentoso - mas se ele não tiver uma visão desimpedida do maestro, a harmonia estará faltando.

Da mesma forma, poderia haver um grande conhecimento das escrituras e muitas atividades cristãs em nossas vidas sem nenhum fruto duradouro para Deus. Quando não temos mais Cristo completamente em nosso campo de visão, é tempo de reconhecermos o obstáculo e removê-lo do caminho.

"Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.” Salmo 32: 8

Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal. Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a Deus; e espero que, na vossa consciência, sejamos também manifestos. 2 Coríntios 5: 10, 11

A idéia do tribunal de Cristo desenvolveu três efeitos para o apóstolo Paulo:

1. Ele viu o quão terrível deve ser para um pecador comparecer diante de Deus em seus pecados. Isso o constrangeu a pregar o evangelho com grande insistência: "Persuadimos os homens". Ele alertou as pessoas urgentemente da proximidade do julgamento e pediu-lhes: "Rogamos-vos ... que vos reconcilieis com Deus" (2 Coríntios 5: 20).
   
   Qualquer um que não esteja reconciliado com Deus terá que comparecer perante o tribunal de Cristo para ser julgado segundo suas obras. Por ter rejeitado o Salvador Jesus Cristo, ele estará enfrentando a ruína eterna. - Onde está o pregador do evangelho, que essa perspectiva terrível para os incrédulos, não inspiraria a ser profundamente zeloso, sério e persistente?
   
   
2. O apóstolo já vivia à luz do tribunal. Ele sabia: os crentes comparecerão diante do tribunal, mas eles não serão condenados (vide João 5: 24). Paulo acrescentou: “Mas somos manifestos a Deus.” Ele não precisava temer o tribunal para si mesmo, mas o pensamento nele o motivou a viver fielmente com Deus.
   
   
3. Portanto, Paulo prestou seu serviço com toda dedicação, cuidado e zelo incansável. Ele sempre se esforçou para "ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens" entre os quais trabalhava (Atos 24: 16).