domingo, 4 de junho de 2023

Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas das palavras do meu bramido e não me auxilias? Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego. Porém tu és Santo, o que habitas entre os louvores de Israel. Salmo 22: 2 - 4

Quando o autor do salmo, Davi, vivia, a obra do Senhor Jesus na cruz ainda não havia sido realizada. A palavra "Paz seja convosco!", com a qual o Senhor ressuscitado saudou seus discípulos, ainda não havia sido pronunciada, e o Espírito Santo ainda não habitava nos crentes. Portanto, Davi não conhecia a completa certeza da salvação no sentido em que podemos conhecê-la, pois hoje olhamos com fé para uma obra concluída e para um Salvador ressuscitado e glorificado (João 19: 30; 20: 19; Colossenses 1: 20: Romanos 8: 16; 4: 25).

No entanto, Davi é um exemplo para nós porque - com exceção dos erros - ele viveu no temor do Senhor e confiou em Deus mesmo nas situações mais difíceis. De vez em quando, porém, sua única e imperfeita certeza de salvação se tornava evidente. Ele implorou repetidamente a Deus: "Não me desampares!" No entanto, no final de sua vida, Davi honrou seu Deus dizendo: "Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo" (Salmo 27: 9; 38: 22; 37: 25).

Deus usa esse Davi para nos dar uma visão dos sentimentos de Jesus Cristo em seus sofrimentos mais profundos. No Salmo 22, contemplamos o único homem justo que foi verdadeiramente abandonado por Deus.

No Jardim do Getsêmani, quando os sofrimentos que O aguardavam estavam diante da alma do Senhor Jesus, Ele pediu a Seus discípulos que vigiassem com Ele. No Salmo 22, Ele nos dá um vislumbre de Seus sentimentos na cruz, para que possamos vigiar com Ele hoje, por assim dizer. Portanto, reflitamos sempre com reverência sobre o que os sofrimentos da parte de Deus e da parte do homem significaram para Ele, e assim tenhamos comunhão com Ele, O louvemos e O adoremos! (Mateus 26: 38, 40).

Leitura diária da Bíblia: Lamentações 3: 52 - 4:6; Salmo 45: 1 - 9

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