Então, disse o SENHOR a Samuel: Até quando terás dó de Saul, havendo-o eu rejeitado, para que não reine sobre Israel? ... enviar-te-ei a Jessé, o belemita; porque dentre os seus filhos me tenho provido de um rei. 1 Samuel 16:1

A tristeza de Samuel pelo fracassado rei Saul certamente não estava errado, mas foi além do tempo apropriado. Deus havia encerrado o relacionamento com esse homem, mas não com Seu povo. Ele havia providenciado um rei para Israel que era mais adequado do que o rebelde e rejeitado Saul.

Ainda hoje, a obra do Senhor continua, apesar dos fracassos dos homens. Seria ruim se não lamentássemos o declínio do cristianismo, se permanecêssemos indiferentes aos erros e fracassos de homens e mulheres com quem contávamos. Mas o desânimo não seria a reação da fé a toda a ruína de nosso tempo, pois nosso Deus nunca fica envergonhado. Ele sempre tem os recursos necessários prontos.

O próprio Samuel foi um exemplo disso quando Eli, o sumo sacerdote, e seus filhos falharam de forma tão vergonhosa. Mais tarde, João Batista admoestou o povo infiel de Israel: "Eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão" (Mateus 3: 9). Deus pode levantar uma testemunha fiel ao seu nome a qualquer momento. - Esse é um sério lembrete para todos que desejam ser uma testemunha de Deus no mundo de hoje.

Nenhum de nós precisa ficar desanimado. Sempre podemos contar com a intervenção do Senhor. Ele tem o "homem certo" pronto na hora certa. E, finalmente, será Cristo, a quem Davi aponta tão claramente, por meio de quem Deus levará todos os seus caminhos a uma conclusão perfeita.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 21: 1 - 25; Salmo 77: 1 - 10

Se tu, SENHOR, observares as iniqüidades, Senhor, quem subsistirá? Mas contigo está o perdão, para que sejas temido. Salmo 130: 3, 4

O salmista não considera suas iniquidades levianamente. Sua confissão é sincera, e ele sabe que Deus não perdoa para permitir que continuemos a viver em pecado. Não, experimentar o perdão e depois viver no temor de Deus são coisas absolutamente interligadas.

Está claro que "temor" aqui não significa um sentimento de ansiedade, porque isso tiraria a alegria do perdão. Não, no temor do Senhor, que Deus espera de nós, temos Deus e Suas reivindicações diante de nossos olhos e queremos honrá-Lo com nossa vida e servi-Lo de boa vontade - exatamente como Lhe é devido.

Nossa compreensão desse versículo se expande ainda mais quando pensamos no ladrão na cruz. Ele ouviu a palavra de perdão, a súplica do Salvador ao Pai: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!" Não foi essa palavra de perdão que levou o ladrão a se refugiar no Senhor Jesus? Ele se voltou para Aquele com quem poderia encontrar perdão até mesmo na hora de sua morte (Lucas 23: 33 - 43).

Nos mercados de nossas cidades, são propagados muitos deuses, que tememos e podemos servir. Deuses que são juízes cruéis, ou deuses que fazem vista grossa diante do mal; deuses que nos oferecem ajuda na vida, ou deuses que são completamente indiferentes a nós. Mas todos eles são deuses com os quais o perdão não pode ser encontrado.

O perdão só pode ser encontrado com o Deus vivo e verdadeiro que se revelou plenamente em Cristo e em sua obra expiatória. Portanto, proclamemos o Deus do perdão, para que Ele possa ser encontrado e temido ao servi-Lo. O perdão é o que o coração e a consciência de todas as pessoas desejam, mesmo que não acreditem em Deus.

"Contigo está o perdão!" - Somente com Ele o desejo de perdão é satisfeito.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 20: 1 - 48; Salmo 76: 1 - 12

Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia. Tiago 3: 17

Sabedoria do alto

Tiago nos exorta a demonstrar a sabedoria divina não apenas por meio de palavras, mas "pelo bom procedimento", por meio de obras (v. 13). Encontramos um exemplo perfeito no Senhor Jesus: nos Evangelhos, podemos ver a "sabedoria do alto" em ação.

Pensemos, por exemplo, na primeira característica da sabedoria, a pureza: Jesus era o puro, o santo; não havia pecado nEle, Ele nem mesmo conhecia o pecado. Seus motivos, Seus atos e Sua maneira de agir eram completamente puros.

Outra característica da sabedoria divina é a misericórdia e os bons frutos. Isso também foi demonstrado em perfeita medida em Cristo: Ele foi o Bom Samaritano que se voltou para a miséria auto-infligida das pessoas e sempre produziu frutos para Deus. O mesmo acontece com os outros elementos da sabedoria do alto: Podemos descobrir cada uma das sete características listadas por Tiago em nosso versículo do dia na vida de Jesus.

Sim, ainda mais: Jesus Cristo não apenas possuía sabedoria, mas nEle, que "vem do alto" (João 3: 31), encontramos a "sabedoria do alto" resumida! A sabedoria personificada em Provérbios 8, expressa especialmente na maravilhosa criação, nos lembra do eterno Filho de Deus. E em 1 Coríntios 1: 30, Paulo diz o que Cristo se tornou para nós, ou seja, o que encontramos Nele: "Mas vós sois dele, em Jesus Cristo, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria".

Por possuirmos Jesus, essa sabedoria do alto está disponível para nós. Será que a usamos?

Leitura diária da Bíblia: Juízes 19: 1 - 30; Salmo 75: 1 - 10

Confessei-te o meu pecado e a minha maldade não encobri; dizia eu: Confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a maldade do meu pecado. Salmo 32: 5

Quando o pecado ocorre em nossa vida, devemos admiti-lo como pecado e confessá-lo ao Senhor. Se você fizer isso com um coração sincero, Ele perdoará seu pecado. Se o assunto for conhecido apenas por você e por Deus e ninguém mais for afetado por ele, está resolvido.

Mas se o seu pecado se tornou conhecido publicamente e o testemunho de Deus foi prejudicado, você deve confessá-lo publicamente. Vá até seus irmãos com toda a humildade, confesse abertamente seu pecado a eles - sem qualquer tentativa de se justificar. Então eles reconhecerão que você tomou o lado de Deus contra o seu pecado. Uma confissão sincera, destacada por um estilo de vida de acordo com a Palavra de Deus, abre o caminho para sua restauração pública.

Davi teve dificuldades com essa lição (2 Samuel 11-12). O fato de que mais tarde ele realmente a aprendeu está maravilhosamente expresso nos Salmos 32, 39 e 51. Eles contêm a confissão aberta do que aconteceu, diante de todos os homens de sua época, até os dias de hoje. Antes disso, ele havia permanecido em silêncio, com culpa, por muitos meses, tentando esconder seu pecado. Mas, finalmente, o profeta Natã o confrontou corajosamente. Quando Davi confessou sua culpa, Deus perdoou a injustiça de seu pecado. Pedro teve uma lição semelhante a aprender, e Deus o perdoou também.

Certamente há esperança para você também. O Senhor deseja sua plena restauração pessoal e pública, e seus irmãos se alegrarão com isso. Somente Satanás não gosta disso, pois significa derrota para ele em sua batalha contra o Senhor e seu testemunho na Terra.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 18: 1-31; Salmo 74: 12 - 23

Graças dou ao meu Deus, lembrando-me sempre de ti nas minhas orações, ouvindo a tua caridade e a fé que tens para com o Senhor Jesus Cristo e para com todos os santos. Filemom 4, 5

Os versículos nos mostram a quem Paulo dá graças, quando dá graças, por que dá graças e pelo que dá graças.

Paulo dá graças a Deus por Filemom. Antes de se dirigir a Filemom em sua carta, ele primeiro fala sobre ele a Deus. Antes de pedir, Paulo dá graças. Ele agradece a Deus por esse irmão e pelos efeitos divinos que podem ser vistos em sua vida. - Eu agradeço a Deus por meu irmão ou por minha irmã e pelo que Ele tem feito por meio deles?

Paulo dá graças o tempo todo. Embora preso, Paulo tem muito o que fazer. Acima de tudo, ele ora e agradece. Ele menciona isso várias vezes em suas cartas. Ele vive o que escreveu:

"Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (Efésios 5: 20). - Minha vida e minhas orações são caracterizadas pela gratidão?

Paulo dá graças pelas boas notícias que ouve. Pois ele está comovido, perturbado e sobrecarregado pelo "cuidado de todas as igrejas” (2 Coríntios 11: 28). Mas ele também ouve as boas novas, seja na vida de um irmão, de uma irmã ou de uma congregação local. É possível perceber que ele está ouvindo atentamente. - Percebo, em toda a minha fraqueza, o que e como o Senhor está trabalhando em seu povo hoje?

Paulo dá graças pelo amor e pela fé na vida de Filemom e se alegra. Ele dá razões para isso e diz: "... por ti, ó irmão, o coração dos santos foi reanimado" (v. 7). E ele deseja que isso também permaneça assim na questão atual, o retorno e a recepção de Onésimo: "Sim, irmão, eu me regozijarei de ti no Senhor; reanima o meu coração, no Senhor" (v. 20). - Que padrão elevado!

Leitura diária da Bíblia: Juízes 17: 1 - 13; Salmo 74: 1 - 11

Esta é a voz do meu amado; ei-lo aí, que já vem saltando sobre os montes, pulando sobre os outeiros. Cantares 2: 8

"Não é suficiente para mim saber que pertenço ao Senhor?", perguntam alguns cristãos. "Por que eu deveria esperar dia após dia pelo Seu retorno do céu? Sei que meus pecados estão perdoados e que estou salvo. Além disso, posso confiar em meu Salvador e amá-Lo mesmo que não O veja."

É verdade, querido cristão, mas será que um coração que ama sinceramente o Senhor pode falar assim? Você consegue pensar em Seu amor, em Sua infinita graça, em Seu sofrimento e morte por você, em Sua exaltação e glorificação, sem desejar contemplá-Lo em breve?

Você não anseia por ver o rosto Dele, sim, Ele mesmo, que alegrará seu coração por toda a eternidade e o encherá do mais alto louvor?

O que um marido pensa e sente quando está viajando e sua esposa diz: "Eu sei que pertenço a Ele. Isso é suficiente para mim; estou satisfeita com isso. Além disso, tenho notícias dele todos os dias. Ele me garante várias vezes que me ama. Mas não penso em seu retorno. Nunca digo a ele: "Volte logo para casa". - Você pode chamar isso de amor? Seu coração ficaria satisfeito com isso?

Quanto mais uma mulher ouve falar de seu amado marido, maior é seu desejo de vê-lo novamente em breve. Tudo pode estar bem e agradável em casa, mas seu amor exige estar com ele. Somente assim ela poderá ser completamente feliz. E enquanto ele não estiver presente, nada mais poderá preencher a lacuna.

Quão pouco sentimos essa lacuna que somente o próprio Cristo pode preencher!

Andrew Miller (1810-1883)

Leitura diária da Bíblia: Juízes 16: 23 - 31; Salmo 73: 18 - 28

E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto. Apocalipse 5: 6

Um dos 24 anciãos havia apontado o "leão da tribo de Judá" para o espectador João. Mas agora o "leão" aparece diante de nós; e o que vemos? Um cordeiro! Ele está ali "como havendo sido morto"; ele não está morto, mas está de pé, e traz em si as marcas do abate como um animal sacrificado. Além disso, ele tem sete chifres e sete olhos, o que enfatiza claramente o significado sobrenatural de tudo isso.

Não lemos nada sobre o espanto do espectador; não se trata de seus sentimentos agora. Como um instrumento do Espírito Santo, ele relata o que viu.

A obra de um leão, executada por um cordeiro. Essa é a "sabedoria de Deus, oculta em mistério". É assim que o apóstolo Paulo se expressa, embora em um contexto diferente. Esse é o tipo de sabedoria que os grandes deste mundo não conseguem compreender - e nem nós (1 Coríntios 2: 7).

"Eu venci o mundo", o Senhor podia dizer a Seus discípulos antes de ir para a cruz. Mas então Ele foi "crucificado em fraqueza" (João 16: 33; 2 Coríntios 13: 4). Isso não significa ceder, tornar-se fraco por parte do Senhor Jesus. É, antes, a renúncia a toda vontade própria e, portanto, a última consequência do pensamento "seja feita a Tua vontade" que dominava o Senhor. Assim, Ele se deixou levar de bom grado como um cordeiro para o matadouro (Isaías 53: 7).

Os adoradores no céu sabem por que Ele é digno de cumprir o conselho de Deus com relação à Terra. Eles expressam isso em um novo cântico: "porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação" (Apocalipse 5: 9).

Leitura diária da Bíblia: Juízes 16: 13 - 22; Salmo 73: 9 - 17

E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis. Colossenses 3: 23, 24

O telefone toca e um cliente reclama de forma exagerada. Logo em seguida, um colega de trabalho está incomodando com perguntas sem importância. Além disso, o chefe está insatisfeito com um trabalho...

Todos nós conhecemos esses momentos desagradáveis e adversidades da vida cotidiana. A questão é: Nós os aceitamos da mão amorosa do Senhor - assim como as grandes bênçãos? Ou raramente pensamos na vida cotidiana que Ele mantém e dirige tudo em Sua poderosa mão?

Se aprendermos a aceitar todas as circunstâncias da vida nas mãos do Senhor, elas podem contribuir para nossa bênção. Mesmo que trabalhemos primeiramente para nosso empregador e por nosso salário, devemos fazer tudo "como ao Senhor", ou seja, como se fosse para Ele, e é isso que é, pois nisso também "servimos a Cristo Senhor". Com essa atitude, seremos capazes de lidar com aquilo que não compensa prontamente em dinheiro, mas que nos aborrece e irrita. "Tudo quanto fizerdes, isso inclui todas as coisas - até mesmo o trabalho doméstico diário.

Para encorajar os servos em Colossos, foi dito que eles receberiam "a herança" como compensação. Isso não significa, é claro, que a herança celestial possa ser obtida por meio do trabalho. Mas quem tem a garantia de uma herança tão rica em Cristo deve suportar a adversidade na vida diária pelo Senhor. Afinal de contas, a herança supera em muito qualquer preocupação terrena!

Assim, o pensamento em Cristo e na herança pode tornar as experiências no trabalho diário uma fonte de bênção.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 16: 1 - 12; Salmo 73: 1 - 8

Deus, ... enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados. 1 João 4: 10

"Tudo o que as pessoas carregam consigo, elas também perdem", disse o chefe de um grande departamento municipal de achados e perdidos. Esse ponto de coleta é, sem dúvida, um recurso útil para qualquer pessoa que tenha perdido algo. Quer se trate de um molho de chaves, uma pasta ou um guarda-chuva, todos podem esperar recuperar sua propriedade perdida no setor de achados e perdidos.

Mas há algo que todos nós carregamos conosco e que não podemos perder, mesmo que desejemos ardentemente: nossas transgressões pessoais.

Certamente, é possível pedir desculpas por uma palavra feia ou uma calúnia e devolver um objeto roubado. Mas será que isso compensa totalmente o dano? Não, mesmo que fosse possível consertar tudo com as pessoas e ainda escapar de alguma forma no tribunal e perante o público = existe Deus!

Ele é um Deus santo e - ao contrário de todas as instâncias humanas - perfeitamente justo. Temos que responder por todos os nossos pecados perante Ele, a menos que aceitemos a expiação que outro realizou por nós: Jesus Cristo, o Filho de Deus! Essa é uma saída maravilhosa - a única maneira de sermos libertados de nossos pecados e da punição justa!

Em vez disso, todo aquele que crê em Cristo recebe algo bem diferente: "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna"; "e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer". Assim o Senhor fala daqueles que se arrependem e confiam Nele. - Essa vida eterna nunca pode ser perdida! (João 3: 36; 10: 28).

Leitura diária da Bíblia: Juízes 15: 9 - 20; 2 Coríntios 13: 1 - 13

Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. Apocalipse 21: 2

Nossa passagem de hoje se refere a uma figura que Deus usa no Novo Testamento para descrever sua igreja, a totalidade de todos os redimidos. Ela é chamada de a Noiva do Cordeiro. Deus quer enfatizar o relacionamento de amor íntimo entre o Senhor Jesus e os Seus.

O Filho de Deus não apenas amou cada um de nós de tal forma que morreu na cruz por você e por mim. Não, Ele também amou Sua igreja e Se entregou por ela - com um amor que é mais forte do que a morte.

Ao morrer na cruz, Ele comprou todos os Seus para Si. Agora somos, por assim dizer, Sua noiva prometida. Ainda vivemos neste mundo, separados de nosso Noivo no céu. Agora, o desejo Dele é que voltemos todo o nosso amor somente para Ele neste momento. Por vivermos em um ambiente sedutor, Ele nos chama a atenção: "Não ameis o mundo nem o que há no mundo!" Como Ele se preocupa com o fato de permanecermos puros para Ele! (1 João 2: 15).

Quando Ele vier novamente para levar Sua Noiva para Si no céu, haverá as "Bodas do Cordeiro" sobre as quais lemos em Apocalipse 19. Como será glorioso quando estivermos unidos para sempre com nosso amado Senhor! Por toda a eternidade, a igreja se assemelhará a uma "noiva adornada para seu marido". Então não haverá mais fracasso, nem declínio, nem decadência, nem perda de beleza, nem esfriamento do amor. Ansiosos por esse momento, o Espírito Santo e a noiva no final da Bíblia clamam: "Vem, Senhor Jesus!"

Leitura diária da Bíblia: Juízes 14: 15 -15: 8; 2 Coríntios 12: 16 - 21

Por aquele tempo, mandou o rei Herodes prender alguns da igreja para os maltratar, fazendo passar a fio de espada a Tiago, irmão de João. Vendo ser isto agradável aos judeus, prosseguiu, prendendo também a Pedro. Atos 12:1-3

Por que Tiago teve de sofrer o martírio enquanto Pedro foi libertado da prisão? Por que Deus permite que um de seus filhos morra e outro seja salvo de uma situação semelhante?

Essas perguntas se impõem ao leitor atento. Pela razão humana, geralmente não há uma resposta satisfatória. Mas o crente pode saber: Deus é por nós. Nada, absolutamente nada, pode nos separar de Seu amor - nem mesmo a morte. Quem segue a Cristo e O serve pode glorificá-Lo por meio de sua vida, bem como por meio de sua morte. Assim, o coração do crente sabe: Posso confiar no Deus Todo-Poderoso (Romanos 8: 28 - 39; Filipenses 1: 20, 21).

Guardado por soldados, Pedro enfrenta o julgamento público no dia seguinte. Durante a noite, o apóstolo dorme profundamente. Isso só pode ser explicado pelo fato de que seu coração descansa no amor de Deus. O anjo que vem para libertá-lo tem que cutucar Pedro no lado para acordá-lo!

As correntes caem de Pedro e as portas trancadas se abrem sem sua intervenção. Mas sua túnica tem que ser vestida pelo próprio Pedro, e o anjo simplesmente caminha com ele por um beco. É a mesma coisa hoje: Deus fará o impossível, mas nós mesmos não devemos ficar parados. Por isso queremos servi-Lo - com toda a nossa força e todos os dons que Ele nos dá - e confiar Nele em tudo o mais!

"Em paz me deito e logo pego no sono, porque, SENHOR, só tu me fazes repousar seguro." Salmo 4:8

Leitura diária da Bíblia: Juízes 14: 1 - 14; 2 Coríntios 12: 11 - 15

E direi à minha alma: alma, tens em depósito muitos bens, para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! Lucas 12: 19, 20

Bens do ponto de vista de um tolo (2)

Já vimos que o rico fazendeiro de grãos era ingrato com Deus e não pensava na origem de suas posses nem nos bens eternos e celestiais.

Um terceiro problema era que ele baseava sua segurança em suas posses. Na verdade, ele acreditava que, por causa de sua riqueza, poderia viver sem preocupações por muitos anos. Que tolice!

E quanto a nós? Será que realmente confiamos no Senhor quando se trata de nossa segurança material? Por que ficamos rapidamente inquietos quando há perigo no horizonte para nossas posses?

Deus não nos prometeu que nos dará tudo o que precisamos se buscarmos primeiro o Seu reino e a Sua justiça? (Mateus 6: 33).

Confiar Nele não significa, é claro, que não devemos pensar em coisas materiais ou planejar com antecedência. A linha divisória entre o planejamento insensato e o responsável está aqui: O tolo diz: "Minha vida está em minhas próprias mãos. Portanto, vou fazer isso ou aquilo". O homem sábio, por outro lado, diz: "Minha vida está nas mãos de Deus. Portanto, se o Senhor quiser, farei isso ou aquilo". Com que clareza essa atitude se manifesta em nossa vida? (Tiago 4: 15).

Por fim, o quarto problema desse proprietário de terras era o desfrute egoísta de suas riquezas. Sabemos que é Deus "quem nos dá todas as coisas para nosso deleite". Mas o contexto dessa passagem também nos ensina que somos chamados a permitir que outros compartilhem desse prazer (1 Timóteo 6: 17 - 19).

Leitura diária da Bíblia: Juízes 13: 11 - 25; 2 Coríntios 12: 1 - 10

Ele disse: ... Derribarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; e direi à minha alma: alma, tens em depósito muitos bens, para muitos anos; descansa, come, bebe e folga. Mas Deus lhe disse: Louco! Lucas 12: 18 - 20

Bens do ponto de vista de um tolo (1)

O fazendeiro rico dessa parábola tinha mais produtos do que seus celeiros podiam conter. Por isso, ele planejou construir celeiros maiores para armazenar seus grãos e outros produtos. O que poderia haver de errado nisso? Certamente, planejar com antecedência não é tolice? É, mas somente se tivermos uma visão bíblica das coisas.

Esse proprietário de terras não estava pensando na eternidade de forma alguma. E aqui na Terra, seu principal problema não era o fato de ter uma rica colheita e querer construir celeiros, mas o fato de ter um relacionamento errado com sua propriedade.

Em primeiro lugar, é impressionante o fato de não lermos nada sobre ele agradecer a Deus. - Agradecemos ao Senhor por tudo o que possuímos ou podemos adquirir, ou não damos valor a isso? Com nosso alto padrão de vida, será que chegamos a um ponto em que sentimos que simplesmente precisamos ter certas coisas? - Com padrões tão elevados, podemos facilmente nos tornar ingratos!

O segundo erro do homem rico foi não ter considerado a origem de seus bens. Ele não atribuiu tudo a Deus, mas a si mesmo e às suas realizações. - Tudo vem de Deus! Será que sempre nos lembramos disso? Sejam os resultados de nosso trabalho, como uma boa posição, ou os bens que compramos: Devemos tudo a Deus. Somente os tolos pensam em si mesmos como a fonte de todas as suas habilidades e dos frutos que delas advêm, e se gabam disso.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 13: 1 - 10; 2 Coríntios 11: 22 - 33

E cantavam a revezes, louvando e celebrando ao SENHOR, porque é bom; porque a sua benignidade dura para sempre sobre Israel. E todo o povo jubilou com grande júbilo, quando louvou o SENHOR, pela fundação da Casa do SENHOR. Esdras 3: 11

Regozijo em uma situação incomum: Judá está sob domínio estrangeiro; a maioria dos judeus permaneceu no exílio na Babilônia; Jerusalém, com sua muralha protetora, está em ruínas; e o magnífico Templo de Salomão foi destruído. Tudo isso não é motivo de alegria! E, de fato, alguns que ainda conhecem Jerusalém e o Templo da época anterior à destruição choram em voz alta.

Mas o remanescente judeu que retornou limpou os escombros do Templo e agora está diante do antigo local da casa de Deus. Em seu cântico de louvor, exaltam a bondade de Deus que dura para sempre. Nisso reside toda a segurança e esperança. Deus está acima de tudo e pode transformar tudo em bem. Um começo disso já pode ser visto: Os judeus reconstruíram o altar de Deus "em seu lugar" para sacrificar nele, conforme a lei determina. E agora eles estão lançando os alicerces da casa de Deus - novamente "em seu lugar". Assim, Deus permite que os poucos que retornaram adorem novamente de acordo com Seu pensamento (cap. 2: 68; 3: 2, 3).

No cristianismo atual, a situação é igualmente triste. Muito mal se infiltrou e a unidade exterior dos crentes há muito desapareceu. Como alguém poderia cantar e se alegrar nesse cenário? Essa visão não nos leva a chorar? Com certeza! Mas Deus é o mesmo e quer trabalhar por meio de Sua Palavra e Espírito no meio dos crentes. Por mais que sejam poucos, eles podem se reunir ao nome do Senhor. Eles podem adorar a Deus no antigo "lugar" - de acordo com os antigos princípios que encontramos no Novo Testamento. Vamos apenas manter nossos olhos abertos para a bondade de Deus e Sua obra em nosso tempo! Isso nos fará regozijar.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 12: 1 - 15; 2 Coríntios 11: 16 - 21

E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes; vendo eu sangue, passarei por cima de vós. Êxodo 12: 13

Uma última praga deve atingir a terra do Egito antes que o Faraó deixe o povo de Israel partir: Todos os filhos primogênitos da terra devem morrer. Para que os israelitas sejam poupados do juízo, é necessário um alicerce justo: um cordeiro sem defeito deve dar a vida em substituição aos filhos primogênitos; e seu sangue deve ser aplicado nas colunas e na verga da porta de suas casas. - Então Deus "passará".

Naquela época, Deus viu em quais casas as pessoas haviam agido obedientemente de acordo com seu plano de salvação. Hoje, Deus vê quem crê no Senhor Jesus e no valor expiatório de Seu sangue. Por meio da fé Nele, estamos a salvo do juízo de Deus sobre o pecado (Romanos 3: 24 - 26).

No entanto, no passado e no presente, os homens ainda podem estar preocupados com sua salvação, mesmo que tenham se refugiado em Cristo. No entanto, Deus disse: "Vendo eu sangue, passarei por cima de vós". Nossa segurança não se baseia no que sentimos ou vemos, mas no fato de que Deus tem diante de Si o precioso sangue do Senhor Jesus em todo o seu valor e pleno efeito (1 Pedro 1: 19; Hebreus 9: 12, 14).

Deus não quer apenas que estejamos a salvo do juízo, mas também que tenhamos a certeza da salvação e que O sirvamos com alegria. Obtemos essa certeza não prestando atenção ao que sentimos, mas simplesmente confiando na promessa de Deus: "Vendo eu sangue, passarei por cima de vós".

"Estas coisas vos escrevi, para que saibais que tendes a vida eterna e para que creiais no nome do Filho de Deus." 1 João 5: 13

Leitura diária da Bíblia: Juízes 11: 23 - 40; 2 Coríntios 11: 1 - 15

Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Efésios 6: 17

A carta aos Efésios nos informa que, em Cristo, fomos dotados de todas as bênçãos espirituais. Mas isso não significa que o crente esteja agora imune aos ataques de Satanás ou que possa resistir a eles em sua própria força. O inimigo quer nos impedir de desfrutar o que nos foi dado em Cristo. Daí o clamor: "fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder", e portanto a armadura de Deus com suas partes individuais importantes (v. 10, 11).

A luta do cristão é sempre de natureza espiritual. Nunca devemos usar de violência contra aqueles que pensam de forma diferente. Não são as pessoas que são nossos oponentes, mesmo que às vezes pareça, mas Satanás e "os poderes espirituais da maldade" nos lugares celestiais (v. 12).

Com a armadura de Deus, podemos resistir "às astutas ciladas do diabo" e não precisamos sucumbir. Esse é um equipamento predominantemente protetor; as partes individuais protegem o corpo do guerreiro. O capacete da salvação representa a alegre certeza de nossa salvação eterna: confiamos no que Deus fez em Cristo e não deixamos surgir dúvida sobre as promessas de salvação da Palavra de Deus em nós. Ninguém pode nos roubar das mãos de Cristo e das mãos do Pai!

A espada do Espírito, que é a Palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo. A Palavra deve ser compreendida pelo Espírito Santo e manejada como uma espada por meio Dele, pois somente o Espírito Santo sabe com certeza qual palavra bíblica é a correta em uma determinada situação. Ele quer nos levar a usá-la em paz interior. É importante que conheçamos bem a Bíblia para que o Espírito Santo possa nos lembrar das palavras apropriadas.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 11: 1 - 22; 2 Coríntios 10: 12 - 18

E, naqueles dias, levantando-se Maria, foi apressada às montanhas, a uma cidade de Judá, e entrou em casa de Zacarias, e saudou a Isabel. E aconteceu que, ao ouvir Isabel a saudação de Maria, a criancinha saltou no seu ventre. Lucas 1: 39 - 41

Por meio de Maria e Isabel, Deus queria cumprir seu propósito. Na casa de Zacarias, ambos pensam no Messias prometido que agora virá. Somente Isabel já sabe, a essa altura, que Maria é "a mãe do seu Senhor". Somente para as duas são conhecidos os pensamentos de Deus - o objeto do coração de Deus é também o objeto do coração delas!

Isabel e Maria estão "na montanha", afastadas do mundo, digamos assim. Em silêncio, elas falam uma com a outra sobre o Salvador que faz seus corações arderem, e Deus toma conhecimento (cf. Malaquias ).

Que conhecimento profundo elas adquiriram, e com seus corações! Elas são levadas a louvar e exaltar o Senhor e a expressar em suas canções o que aprenderam com Ele. Isabel fala do Vindouro como de uma pessoa conhecida; ela sabe que é o Abençoado, o Senhor, o grande objeto da alegria dos Seus e Aquele que cumpre todas as promessas de Deus ().

Maria também tem uma canção: ela louva o que Cristo fará. Ela fala como se tudo isso já tivesse sido cumprido: somente a fé pode ver as coisas dessa maneira. Ela se alegra com o que Ele fez, louva Seu nome e exalta Sua misericórdia!

Esse é o feliz privilégio daqueles que se retiram "para a montanha", mesmo que sejam apenas dois. Separados da agitação do mundo, eles se ocupam com a vinda de Cristo e conversam sobre quem Ele é, o que Ele fez e o que ainda fará. Que comunhão feliz e abençoada!

Leitura diária da Bíblia: Juízes 10: 1 - 18; 2 Coríntios 10: 1 - 11

O preguiçoso mete a mão no prato e não quer ter o trabalho de a levar à boca. Provérbios 26: 15

Certa vez, o sábio pregador Salomão comparou com muita propriedade os Provérbios coletados a "pregos martelados". Todo mundo que lida com esse livro da Sagrada Escritura sente espontaneamente como essa ou aquela palavra é "bem afixada"! (Eclesiastes 12: 11).

Muitos dos ensinamentos dizem respeito a coisas muito práticas da vida e são atuais em todos os momentos. Mas, à luz dos ensinamentos do Novo Testamento, eles geralmente encontram uma aplicação espiritual cujo escopo excede em muito seu significado prático.

A diligência, por exemplo, é uma virtude que Deus espera de Seus filhos em tudo. Temos que cumprir nossas tarefas na vida e devemos a Ele usar o tempo, a força e os meios que Ele nos confiou com diligência. Somente aqueles que são conscienciosos nesse aspecto podem "pregar aos outros". A vida do apóstolo Paulo é um exemplo eloquente disso (2 Tessalonicenses 3: 7 - 9).

Entretanto, quando se trata do alimento de nossa alma e da condição espiritual de nosso lar, a diligência ganha peso para a eternidade. Será que a repreensão da palavra bíblica de hoje às vezes não nos atinge nesse ponto? Todos nós que possuímos uma Bíblia temos, por assim dizer, "nossa mão na tigela". Quantas vezes fomos preguiçosos demais para "levá-la de volta à boca"? Vamos comprar o momento oportuno, para que um dia não nos arrependamos de ter perdido algo que não pode ser compensado! Comer é algo que você tem de fazer por si mesmo, tanto na vida natural quanto na espiritual.

Leia Provérbios 6: 6 - 11 e 24: 30 - 34!

Leitura diária da Bíblia: Juízes 9: 26 - 57; 2 Coríntios 9: 1 - 15

E não pediram conselho à boca do SENHOR. Josué 9: 14

No nono capítulo do Livro de Josué, somos informados de como os gibeonitas - uma tribo cananeia que havia caído sob o julgamento de Deus - conseguiram formar uma aliança com Israel por meio de artimanhas. Os israelitas caíram em seu ardil porque não pediram conselho e orientação a Deus.

Já no capítulo 7, na derrota diante de Ai, é mostrado que a força humana não pode substituir a bênção de Deus e que a bênção é impedida quando o mal está presente. E aqui, no capítulo 9, temos um exemplo da inadequação da sabedoria humana diante das artimanhas do inimigo.

Satanás pode ser um inimigo derrotado para nós, mas ainda temos de lidar com suas artimanhas. É muito fácil subestimar esse perigo. Mas quanto melhor formos instruídos pela Palavra de Deus e conhecermos nossa dependência de Deus, mais vigilantes seremos para pedir sabedoria ao Senhor. Ele nos mostrará claramente qual é a Sua maneira boa e santa de nos proteger do mal.

Certamente, nós também já "não consultamos a boca do Senhor" muitas vezes. Assim, demos ao inimigo um alvo e prejudicamos a nós mesmos. É contra as artimanhas do inimigo que devemos nos precaver. Quando se trata de sua força, somos preservados pelo poder de Deus (cf. 1 Pedro 1:5); mas quando se trata de suas artimanhas, o que importa é que vivamos e ajamos conscientemente de acordo com o Senhor.

Os gibeonitas permaneceram para sempre uma armadilha para Israel e causaram muita angústia. Da mesma forma, na história da Igreja, as conexões com o mundo ou a intrusão de princípios mundanos causaram um tremendo dano. Como devemos ser vigilantes!

Leitura diária da Bíblia: Juízes 9: 1 - 25; 2 Coríntios 8: 16 - 24

Amado, procedes fielmente em tudo o que fazes para com os irmãos e para com os estranhos, ... aos quais, se conduzires como é digno para com Deus, bem farás. Pois eles saíram por causa do nome, e não recebem nada dos que são das nações. Somos, pois, culpados de recebê-los, para nos tornarmos cooperadores da verdade. 3 João 5 a 8

O Espírito Santo descreve a verdade aqui como uma pessoa que tem colaboradores. Esse cooperador da verdade foi Gaio, por exemplo, que recebeu em sua casa irmãos que pregavam a palavra de Deus. Você também é um cooperador da verdade dessa ou daquela forma?

Isso começa com a oração "para que a palavra do Senhor tenha livre curso e seja glorificada". Ore também pelos servos de Deus que divulgam a verdade: para que exerçam seu ministério com ousadia e confiança, e para que Deus os mantenha em alegria e humildade (2 Tessalonicenses 3: 1; Efésios 6: 19, 20).

Você também pode ser um colaborador da verdade praticando a hospitalidade e hospedando os servos de Deus - talvez para almoçar ou passar a noite. Tome Priscila e Áquila como modelo e lembre-se da admoestação: "Não vos esqueçais da hospitalidade" (Hebreus 13: 2).

Algumas tarefas podem parecer pequenas ou insignificantes para nós. Mas no céu veremos como muitos desses ministérios se tornaram uma grande bênção! Vamos simplesmente usar o que o Senhor nos deu em termos de possibilidades e habilidades. Isso pode incluir o equipamento de som para o sermão, a limpeza do salão de reuniões, a condução dos serviços e muitas outras "pequenas coisas".

Os requisitos mais importantes são a oração (para olhos abertos) e a disposição de realmente ser um colaborador ou colaboradora da verdade.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 8: 18 - 35; 2 Coríntios 8: 9 - 15

E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça. Mateus 8: 20

E olhei, e eis uma nuvem branca e, assentado sobre a nuvem, um semelhante ao Filho do Homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro e, na mão, uma foice aguda. - Apocalipse 14: 14

O Filho do Homem

A expressão " Filho do Homem" descreve o Senhor Jesus para nós especialmente como o homem verdadeiro e perfeito aqui na Terra. Os dois versículos bíblicos acima são a primeira e a última menção desse título no Novo Testamento. Eles mostram que a expressão "Filho do Homem" fala de Sua humilhação e sofrimentos, bem como de Seu poder e glória.

Em sua primeira vinda a esta Terra, Jesus Cristo veio em humildade. Nascido da mulher de um carpinteiro, Ele cresceu em sua família e viveu sem ser reconhecido na desprezada Galileia. Desde o início, as pessoas O rejeitaram, Ele era solitário, rejeitado e sem lar. Isso é expresso em Suas palavras de que não tinha um lugar de descanso onde pudesse reclinar a cabeça. No final de Sua vida, o Filho do Homem foi levantado na cruz para morrer pelos homens perdidos (João 3: 14, 15).

A segunda passagem bíblica também menciona a cabeça do Filho do Homem. Mas agora sua cabeça está adornada com uma coroa de ouro, um símbolo de dignidade real. Essa cena descreve a ainda futura volta do Senhor Jesus a esta Terra; mas, diferentemente da primeira vez, Ele aparecerá em poder e glória para iniciar Seu reinado universal. Para esse fim, como o Filho do Homem, Ele primeiro julgará os homens, e a foice afiada em Sua mão fala disso: Ele colherá os bons frutos, e os maus serão "lançados fora".

Leitura diária da Bíblia: Juízes 8: 1 - 17; 2 Coríntios 8: 1 - 8

A minha alma se gloriará no SENHOR; os mansos o ouvirão e se alegrarão. Salmo 34: 2

O vestido de domingo

Quando eu costumava visitar meus avós na vila durante as férias escolares, íamos à igreja aos domingos com nossas melhores roupas, a cerca de dois quilômetros de distância. Quando voltávamos, tínhamos de nos trocar novamente antes do almoço. Durante a semana, é claro, nos contentávamos com nossas roupas do dia a dia.

Vamos nos perguntar: quantos dias por semana usamos nossa "melhor roupa de domingo"? Ou, em um sentido figurado: em quantos dias fazemos questão de honrar a Deus em nossa vida? - Será que durante a semana perdemos de vista tudo o que nos ocupava no domingo? Não há mais louvor ao Senhor, não há mais oração, nenhuma leitura da Bíblia, nenhum cântico espiritual? - Não temeríamos então que a " veste dominical" seja apenas uma "aparência de piedade"? (cf. 2 Timóteo 3: 5).

Se vivêssemos assim, poderíamos enganar a nós mesmos e aos outros sobre nosso verdadeiro estado. Mas o Senhor vê nosso coração e toda a nossa vida. Ele sabe se realmente pertencemos às Suas ovelhas, que O conhecem e O seguem e que nunca se perderão. Ele vê se nosso coração bate por Ele durante a semana. Vamos nos certificar de que não pertencemos àqueles que "confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras! (João 10: 27, 28; Tito 1: 16).

Falando figurativamente, então, devemos usar o "melhor de domingo" todos os dias, com toda a sinceridade diante de Deus e dos homens. Ao fazer isso, tomaremos cuidado para que essa boa " veste não seja suja - não seja manchada por nossos inevitáveis contatos com o mundo ou por impurezas que possam surgir em nosso próprio coração.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 7: 9 - 25; 2 Coríntios 7: 10 - 16

Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Hebreus 4: 14, 15

Compaixão das nossas fraquezas (2)

 

Aqui o Senhor Jesus é mencionado como nosso Sumo Sacerdote que tem compaixão de nossas fraquezas. - Ele não se compadece dos pecados ou de uma condição espiritual baixa. Ele nunca poderia encobrir pecados ou falhas; Ele deve condená-los. Em Sua luz, nós também devemos reconhecê-los como pecado e condená-los, colocando-nos, assim, ao Seu lado.

No entanto, como nosso Sumo Sacerdote, o Senhor Jesus tem compaixão de nossas fraquezas e falhas. Ele conhece por experiência própria a oposição e as tentações que os piedosos enfrentam neste mundo. Ele conhece nossas dificuldades, labutas e lutas na luta pelo bem. Ele sabe como é difícil para nós viver para Deus em um mundo moralmente corrupto; e Ele também sabe que ainda não estamos livres do princípio pecaminoso dentro de nós, a carne.

Tudo isso desperta Sua compaixão por nós. Ele sente profundamente por nós. E intercede por nós junto a Deus. Sim, Ele "vive sempre para interceder por nós" (cap. 7: 25). Em Seu amor, Ele é ativo por nós, para que possamos receber ajuda em nossa fraqueza e para que não pequemos. Portanto, "cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno" (cap. 4: 16).

Leitura diária da Bíblia: Juízes 7: 1 - 8; 2 Coríntios 7: 1 - 9

E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos. Romanos 8: 26, 27

Compaixão por nossas fraquezas (1)

Às vezes, Deus conduz Seus filhos por circunstâncias difíceis. Então, poderíamos concluir que Ele não é sensível às nossas fraquezas. Mas não é bem assim. Os versículos citados acima, bem como Hebreus 4:15, deixam isso claro. Ambas as passagens também mostram que a fraqueza geralmente não significa algo como pecado, fraqueza de caráter ou fracasso.

Por meio do Espírito Santo que habita em nós, já estamos conectados ao céu hoje; mas por meio do corpo, que ainda não foi redimido, estamos conectados à criação que geme. Não vemos remédio para os problemas terrenos; nem sempre percebemos qual é o propósito de Deus neles, e não sabemos como orar. O Espírito Santo sabe sobre essa circunstância, sobre esse "estado de tensão". Ele intercede por nós em "suspiros inexprimíveis" que Ele mesmo evoca em nossa alma e com os quais Ele se conecta.

O próprio Deus, "que sonda os corações", conhece "a mente do espírito". E, apesar de toda a incerteza dessas dificuldades, podemos ter certeza de que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito", de modo que, apesar de nossa fraqueza, certamente alcançaremos a meta (v. 28-30).

(Conclui amanhã)

Leitura diária da Bíblia: Juízes 6: 28 - 40; 2 Coríntios 6: 11 - 18

E, quando acabou de falar, disse a Simão: faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar. E, respondendo Simão, disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, porque mandas, lançarei a rede. Lucas 5: 4, 5

Seguir a palavra de Deus

"O que Pedro está fazendo ali? Veja só: ele está realmente lançando as redes! Será que ele quer pegar peixes agora? Em plena luz do dia? E ainda por cima onde a água é profunda. Que absurdo! Será que o bom Pedro está completamente atrapalhado agora?!" É assim que deve ter soado quando os pescadores na margem do Mar da Galileia observaram o barco de seu colega Pedro no mar.

Será que Pedro estava realmente desorientado? Não, Pedro era obediente. Afinal, depois de seu sermão, o Senhor lhe ordenara que saísse para o mar e lançasse a rede para pegar os peixes. É compreensível que Pedro tenha tido dúvidas: eles já haviam pescado a noite toda em vão, então não pegariam nada durante o dia. Além disso, é mais provável que os peixes sejam pescados em águas rasas durante o dia, não nas profundezas. Talvez Pedro tenha olhado incerto para seus colegas na praia que o estavam observando. Será que ele se tornaria ridículo com essa ação incomum? Mas Pedro não deixa de lado sua objeção. Ele conclui com as notáveis palavras: "Mas, segundo a tua palavra, lançarei as redes".

Como é impressionante a atitude de Pedro! Não importa o que os colegas pensem, não importa se isso é contra todas as leis da associação de pescadores, não importa se eu entendo: quando o Senhor dá uma ordem, eu sigo sua palavra.

O exemplo de Pedro nos estimula a confiar na Bíblia, mesmo nos dias de hoje. Nossos semelhantes podem zombar de nós, mas no final seremos ricamente abençoados, porque a palavra de Deus sempre se cumpre. Assim como aconteceu com Pedro.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 6: 14 - 27; 2 Coríntios 6: 1 - 10

... para que, no Dia de Cristo, possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão. Filipenses 2: 16

O que Paulo buscava em seu trabalho? Glória para si mesmo? Louvor e honra dos quais pudesse se orgulhar? De modo nenhum; muitas vezes ele rejeita esse pensamento para longe de si.

No entanto, ele deseja que os resultados de seu ministério em Filipos sejam para ele "para glória no dia de Cristo". Para ele, importava que Cristo - o Senhor a quem servia - julgasse bem o seu trabalho.

O Senhor nos deixará ouvir seu julgamento um dia! Se nosso trabalho for caracterizado por obediência, devoção e fidelidade, então Ele poderá dizer: "Muito bem, servo bom e fiel!" Mas se nossa vocação como cristãos não nos colocar em movimento, se não dedicarmos nossa força e nosso tempo à causa do Senhor, o que Ele elogiará? O que Ele poderá reconhecer?

Certamente, Seu julgamento não pode ser indiferente a nós! Para Paulo, o pensamento de que ele poderia ter corrido em vão ou trabalhado em vão era inconcebível. "Correr" - isso traz à mente o dispêndio de força e resistência. Não vamos desistir! E "trabalhar" - isso aponta para o esforço envolvido em qualquer serviço real para o Senhor.

Paulo está falando aqui de seu serviço como apóstolo. Em um sentido mais amplo, esse versículo se aplica a todos os servos do Senhor que pregam a Palavra de Deus "publicamente e nas casas". E, finalmente, essas palavras dão incentivo e admoestação a todos os crentes. Se realmente entendermos o que o Senhor Jesus fez por nós, nunca daremos preferência a uma vida confortável e a um ponto de vista puramente terreno em vez de reconhecer o Senhor. Quando corremos o risco de ficar cansados, o pensamento do reconhecimento que nos aguarda nos dá novas forças.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 6: 1 - 13; 2 Coríntios 5: 11 - 21

Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêsseis. 2 Coríntios 8: 9

Os filhos de Deus não têm o menor motivo para se orgulhar. Todos nós já fomos "filhos pródigos"; éramos rebeldes que não seguiam a vontade de Deus; éramos pecadores.

Agora nos tornamos ricos, mas isso não é motivo para sermos complacentes ou nos vangloriarmos. Pois tudo o que temos nós possuímos pela graça, possuindo apenas porque Cristo "se fez pobre, para que, pela sua pobreza, enriquecêssemos".

Mesmo comunitariamente - como uma congregação de Deus ou como o povo de Deus - não há espaço para o orgulho humano de acordo com a vontade de Deus: os líderes e mestres dos crentes são apenas servos do Senhor.

Nem mesmo os símbolos exteriores da fé nos dão qualquer motivo de autoglorificação: pão e vinho e batismo nas águas - todas essas são figuras de morte.

O slogan na luta de fé do crente é: "Não eu, mas Cristo!" No centro de nossa mensagem está uma cruz - para o mundo, apenas tolice. E o nosso comandante era um carpinteiro de profissão.

Todo o conhecimento que a igreja possui foi recebido por revelação divina, nada por habilidade intelectual. Tudo o que ela faz é realizado por meio dos dons da graça, sendo que essa designação, por si só, não deixa espaço para o orgulho. Assim, avançamos apenas na fraqueza. O que possuímos não é nossa propriedade, é confiado a nós para ser administrado. E nossa canção de louvor será para sempre: "Tu és digno, nosso Senhor".

Portanto, não convém o orgulho, mas a gratidão sincera.

O orgulho reivindica o crédito pelo que sabemos ou fizemos; a gratidão, por outro lado, dá toda a glória ao Senhor e se deleita com o que Ele nos dá.

Leitura diária da Bíblia: Juízes 5: 12 - 32; 2 Coríntios 5: 1 - 10