Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; ... Eu nada posso fazer de mim mesmo; … não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou. João 5: 19, 30

O Senhor Jesus tinha o poder de fazer os milagres mais surpreendentes. Ele é Deus, o filho. Mas com as palavras: "o Filho nada pode fazer de si mesmo", Ele parece, de alguma forma, limitar seu poder. Estranho!

Se algo parece incomum na Bíblia - então muitas vezes é importante! Como aqui, onde o Senhor fala aos líderes religiosos que estão furiosos porque Ele repetidamente curou no sábado (v.1-18). Eles querem que a lei que Deus deu ao povo de Israel através de Moisés seja honrada de toda maneira - e isso como eles mesmos a entendem e interpretam. E como a lei proíbe trabalhar no sábado, também seria proibido curar no sábado; é o que eles querem dizer. Mas o Senhor lhes diz que não é desobediência quando Ele é misericordioso.

O Senhor Jesus chama Deus aqui seu pai e a si mesmo filho. É claro para seus ouvintes, que Ele afirma ser como Deus. Mas isso é blasfêmia aos olhos deles! O Senhor não enfraquece sua afirmação, mas a reforça. Ele confirma o que a Bíblia ensina em outros lugares sobre os relacionamentos dentro da divindade.

Como o filho Ele realmente afirma ser como o pai. Ao mesmo tempo, porém, quando se tornou homem, aceitou voluntariamente uma posição na qual vive e age de forma bastante dependente de Deus, seu Pai, embora tenha ao mesmo tempo poder (v. 25-27).

Quão precioso é o que aprendemos aqui sobre a pessoa do Senhor Jesus. E, portanto, também sobre Deus. Tudo o que o Senhor fez estava de acordo com a vontade do seu pai. Sua humildade e sua dependência nos estimulam.

E isto afirmo: aquele que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. 2 Coríntios 9: 6, 7

O Senhor Jesus certa vez sentou-se no pátio do templo em frente a arca do tesouro e observou as pessoas colocarem dinheiro. Ele não olhou para a arca do tesouro, mas observou as pessoas e julgou as razões de seus corações.

Uma pobre viúva colocou duas moedas, as menores moedas existentes. Aos olhos dos homens certamente não era digno de nota. Mas o Senhor julgou de maneira diferente: "esta pobre viúva depositou mais do que todos". Mais do que todos? Como entender isso? Outros tinham colocado grandes somas! Mas esta mulher colocara tudo o que possuía, toda a sua subsistência; e ninguém mais deu tanto. Ela poderia muito bem ter mantido uma moeda para si mesma, mas ela deu as duas. Ela confiou em Deus, que proveria seu sustento (Marcos 12: 41, 44).

Lembramos também que o Senhor Jesus, por assim dizer, está "em frente a arca do tesouro e observa"? Ele observa quando está em nós dar algo para os propósitos de sua obra, para promover o evangelho e aliviar o sofrimento. O Senhor não mede o valor do nossa oferta de acordo com o que damos, mas de acordo com o que guardamos para nós mesmos. É verdade que temos que agir razoavelmente em nossa esfera pessoal e tomar precauções, mas nosso coração realmente arde pelo Senhor Jesus e por sua causa? Então isso também se manifestará em nossos dons voluntários e encontrará a aprovação do Senhor.

Onde o coração bate por Cristo, lá também a mão vai se abrir para Ele.

Embora eu lhe escreva a minha lei em dez mil preceitos, estes seriam tidos como coisa estranha.  Oséias 8: 12

Deus repreende seu povo aqui: fiz escrever para vós 10.000 (ou talvez muitas) ordens divinas. Mas vocês não lêem, não sabem e não dão atenção a elas! Naturalmente, nada do que está na Bíblia é desprezível!

• As genealogias podem ser cansativas, mas nos mostram, por exemplo, que Deus conhece cada um dos seus pelo nome (Isaías 43: 1).

• As histórias dos reis de Judá e de Israel podem soar desanimadoras, mas não refletem com frequência nossa própria história de vida?

• O livro de Ezequiel pode ser lido superficialmente como leitura seca, mas também encontramos expressões cheias de esperança.

• O Livro de Jó é muito antigo, mas a introspecção que nos permite entrar no coração do homem e no coração de Deus é elevadamente atual.

• Algumas declarações nos Salmos são repetidas. Mas elas também não provam que as pessoas sempre podem ter as mesmas experiências com Deus?

• Algumas epístolas no Novo Testamento são "difíceis de entender". Mas mesmo assim os crentes sabiam antigamente, que elas eram "útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2 Pedro 3: 16; 2 Timóteo 3: 16).

Deus nos deu a Sua Palavra, a Bíblia. Devemos lê-la: do começo ao fim, repetidas vezes. Não apenas alguns versos favoritos, mas todos os livros. Para que Deus possa nos falar novamente! E então devemos obedecer essa palavra! Só assim podemos aprender a compreender melhor sua Palavra. A Bíblia não deveria ser estranha para nós! Não! Devemos amá-la, devemos ler e estar familiarizados com ela. Nós deveríamos estar em casa nela!

Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa, porque dele vem a minha esperança. Só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei jamais abalado. Salmo 62: 6, 7

Ontem, nos versículos 2 e 3, vimos a ousadia da fé. Hoje é quase a mesma declaração. Mas apenas quase, porque existem quatro diferenças.

"Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa." Não mais um fato como antes, agora é um desejo, um pedido, uma oração. Não menos confiante, mas agora a humildade e a dependência são mais pronunciadas. Nos versos intermediários, Davi viu todo o poder e astúcia do inimigo. Portanto, ele agora tem apenas um desejo: descansar na confiança em Deus. Ele justifica seu pedido com um "porque", e soa como se ele quisesse prestar conta a si mesmo por sua confiança.

Mas então Davi não fala mais de salvação como antes, mas diz: “Dele vem a minha esperança.” A salvação acontece por necessidade. Expectativa, por outro lado, é curiosa de qual caminho Deus escolherá. O primeiro meio vem da necessidade; o segundo para colocar a situação inteiramente nas mãos de Deus. A expectativa contém um "Sim, ó Pai," e um "não seja como eu quero, e sim como tu queres" (Mateus 11: 26; 26: 39).

A conclusão é tremenda: "Não serei jamais abalado". Quão fiéis e seguras soam estas palavras! Agora Davi está esperando tudo de Deus, agora ele realmente espera por Ele. Ele está convencido de que não vai ser abalado. Que exemplo e incentivo!

Queremos isso para nossas vidas também? Essa dependência; essa confiança que faz você se acalmar, esta convicção de que Deus está levando tudo para um bom termo? Não porque somos tão ousados ​​e capazes, mas porque Ele é "minha forte rocha" (v. 7).

Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa; dele vem a minha salvação. Só ele é a minha rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei abalado. Salmo 62: 1, 2

Declarações claras e ousadas, cheias de força e confiança. Não há desejos ou pedidos, mas fatos. Infelizmente, muitas vezes longe de como é conosco!

Davi diz: "Somente em Deus ...", mas muitas vezes temos segurança adicional em mente: humanas ou recursos naturais.

Continua: "... espera silenciosa ..." Este não é um silêncio paralisante, mas submissão silenciosa. Assim fala uma confiança que coloca a vida e as circunstâncias nas mãos de Deus. Por outro lado conosco, não é muitas vezes esperança e ansiedade, misturado com receio e preocupação? Mas aqui tudo parece tão calmo, tão seguro e tão diferente de nós!

"Dele vem a minha salvação". Davi já está ouvindo os passos da salvação que se aproximam.

"Só ele é minha rocha e a minha salvação, e meu alto refúgio". Deus é seu alicerce, seu salvador, sua proteção. A salvação vem aqui de maneira diferente do que no versículo 2, não somente de Deus, aqui ele mesmo é a salvação. Quantas vezes Davi experimentou isso! "Não serei abalado". Sim, Davi sabe que ele pode cambalear e tropeçar, mas ele também sabe que nunca vai cair ou afundar. Ele pensa no inimigo aqui, como ele ataca, derruba, precipita e engana? (v. 4, 5). Também para nós, o pensamento no futuro pode dissipar alegria e confiança.

Tudo isso é mais do que apenas um desejo ou uma oração. É convicção ganha nos tempos difíceis da vida. Essa atmosfera de confiança molda todo o Salmo.

Tomemos essas palavras para o dia! Pensemos nisso! Elas acalmarão nossos corações e direcionarão nosso olhar para nosso Senhor.

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um. Colossenses 4: 6

Com que rapidez mostramos sal sem misericórdia ou graça sem sal em uma conversa? Mas ambos devem ser bem equilibrados e apropriados de acordo com a situação: a graça de Deus que experimentamos deve moldar nosso discurso. Mas nossa palavra só pode ser uma bênção se, ao mesmo tempo, rejeitarmos todo o mal e combatermos a ruína.

O Senhor Jesus, nosso exemplo perfeito, não falou com o povo para ganhar sua confiança. Ele também não tentou se tornar agradável com uma amabilidade puramente natural. Não, Ele conquistou os corações daqueles a quem Deus Lhe deu, tendo clemência onde era boa e certa, e mostrava firmeza onde era necessária.

Quando os discípulos mostraram incredulidade no navio, Ele os repreendeu. Mas quando Ele estava prestes a deixá-los, e se dirigiu a eles com palavras de despedida, nenhuma repreensão foi ouvida Dele. Agora, misericórdia e conforto eram necessários para os inquietos e ansiosos discípulos (João 14 - 16).

Quando o Senhor falou à mulher samaritana no poço de Sicar, Ele apresentou a ela, em pura graça, o dom de Deus. Mas para a mulher receber e desfrutar desta dádiva, ela teve que ser convencida de seu pecado. A Palavra do Senhor Jesus: "Vai, chama teu marido e vem cá", foi "temperada com sal" (João 4: 16).

A verdadeira "oferta de manjares" no Antigo Testamento não podia conter "mel" ou "fermento". O sal simbolicamente aponta para o Senhor Jesus, que não se permitiu ser governado pela amabilidade puramente natural e em quem não havia o menor vestígio de pecado ou corrupção (Levítico 2: 11). Queremos aprender com Ele ao lidar uns com os outros. O verdadeiro amor se mostra ao mostramos gentileza e firmeza, tanto quanto apropriado.

Eis que o meu Servo procederá com prudência; será exaltado e elevado e será mui sublime. Isaías 52:13

Quem é o "servo"?

O profeta Isaías fala freqüentemente de um servo do Senhor. Mas obviamente nem sempre é a mesma pessoa. Porque as declarações sobre "o servo" são muito diferentes!

Positivamente diz: "Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem a minha alma se compraz ... Não esmagará a cana quebrada, nem apagará a torcida que fumega" (Capítulo 42:1 - 4.). O Novo Testamento nos mostra em Mateus 12: 18 - 21: Este servo é Cristo.

Negativamente, diz sobre outro servo: "Quem é cego, como o meu servo, ou surdo, como o meu mensageiro, a quem envio?" (Cap. 42: 19). É dito dele no capítulo 43:.24: "me deste trabalho com os teus pecados e me cansaste com as tuas iniqüidades." Esse servo é o povo de Israel.

Do servo justo, lemos: "Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até à extremidade da terra" (capítulo 49: 6). "O meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si" (capítulos 53: 11). Mais uma vez é Cristo.

Além do fato de que Deus também chama o Rei Ciro de seu servo, ainda há citações sobre o servo abençoado por Deus, Jacó, o Israel renovado (Ex. capítulos 45. 1 - 5).

Então, vemos tanto servo Israel (que falhou) como também Cristo (que atuou inteligentemente) e finalmente o remanescente de Israel sob a bênçãos futuras reinado de Cristo (salvo, abençoado).

Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito. João 19:30

Qualquer um que esteve assistindo a cena da crucificação pode ter pensado: Aí está alguém pendurado na cruz que errou. Ele havia se apresentado como o rei dos judeus, mas ele havia sido rejeitado. A acusação era "blasfêmia". Mas algo não parecia estar certo. Porque esta exclamação "Está consumado!" ninguém teria esperado. Alguns teriam pensado que seria melhor se Ele chamasse: "Tudo em vão; Eu perdi!

Os líderes do povo tinham acabado de dizer sobre Ele: "Confiou em Deus; pois venha livrá-lo agora, se, de fato, lhe quer bem" (Mateus 27: 43). Deixaram de perceber, que quase citaram literalmente Salmo 22: 9? Quando os soldados sortearam sua roupa, não ocorreu aos escribas exatamente o que havia sido previsto? Estranho: Mesmo quando os sumos sacerdotes pagavam a Judas a recompensa por sua traição, ninguém parecia se lembrar de que Zacarias já havia profetizado as trinta moedas de prata. Quando os guardas do Senhor lhe deram vinagre a beber - ninguém lembrou que Davi já havia predito isso de Cristo (o Messias)? (Salmo 69: 22) Sim, eles eram tão cegos!

O Senhor Jesus disse que Ele veio para cumprir a lei e os profetas (Mateus 5: 17). Assim aconteceu - não só na cruz, mas em toda a sua vida na terra. É verificável por todos: numerosas profecias do Antigo Testamento se cumpriram através dele. E no final de sua jornada na terra Ele podia justificadamente dizer: “Está consumado!” A grande obra de glorificar a Deus e salvar o pecador, esta obra que o Pai Lhe dera, foi consumada; Sua missão divina foi completa.

[Eliseu] então, disse ao rei de Israel: Atira contra a terra; ele a feriu três vezes e cessou. Então, o homem de Deus se indignou muito contra ele e disse: Cinco ou seis vezes a deverias ter ferido 2 Reis 13: 18, 19

Por que o profeta Eliseu, o homem de Deus, ficou irado com Joás, o rei de Israel? O rei não agiu ao comando do Profeta, pegando as flechas e atingindo no chão com elas? Sim, ele fizera isso; mas ele contentou-se com um mínimo.

Essa parada poderia ter sido interpretada como modéstia; mas o profeta reconheceu através disso: o rei não tinha fé. Essa é a lição desta história. Se Joás tivesse tido fé e tivesse atirado no chão cinco ou seis vezes, os sírios teriam sofrido uma derrota devastadora. Mas à Joás aconteceu segundo a palavra: "Nada tendes, porque não pedis" (Tiago 4: 2).

Em uma vida próxima a Deus e em Seu serviço, o crente nunca pode esperar demais! Uma fé viva é, por natureza, "ultrajante", como a Palavra de Deus mostra claramente em Lucas 11: 8.

Quando Eliseu, em outra ocasião, disse a uma viúva empobrecida para pegar as vasilhas vazias, ele disse explicitamente: "não poucas" (2 Reis 4: 3). E somente quando não havia mais nenhum vaso, a bênção de Deus - o precioso azeite - parou de fluir.

Os crentes de hoje também têm a promessa: "Abre bem a boca, e ta encherei" (Salmos 81: 10).

Quem quiser viver pela fé não deve parar de "bater na terra", mas deve sempre usar bravamente a riqueza da graça provida por Deus.

Assim diz o rei: Não vos engane Ezequias … Nem tampouco Ezequias vos faça confiar no SENHOR … Não vos engane Ezequias. Isaías 36: 14,15,18

O comandante-em-chefe do rei da Assíria está às portas de Jerusalém e anuncia essas palavras para o povo judeu. E isso em judaico, para que todos possam entender.

Ele chama o povo a se afastar de Ezequias e sua confiança em Deus. Com suas palavras, ele quer semear dúvidas no coração deles: Ezequias realmente é honesto com vocês? Sua confiança que Deus vai salvar vocês, não é apenas fachada, não é engano, não é sedução? Vocês podem realmente confiar em vosso Deus? Uma rendição não é muito melhor para vocês? Por que o vosso Deus deveria ser mais forte que os outros deuses?

Bem, nós sabemos o final desta história: Ezequias e o povo continuam confiando em Deus. E Deus lhes assegura: "Porque eu defenderei esta cidade, para a livrar". Então Deus "feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil" o cerco foi quebrado, e o inimigo retorna à Assíria (Capítulo 37: 35 - 37).

Às vezes o inimigo também está à nossa porta e diz: Não se deixe enganar pela Bíblia; não deixe-se consolar com o céu; Não deixe que os professores cristãos influenciem e seduzam você! Então o terreno em que estamos oscila, convicções e confissões ficam instáveis, e nossa confiança é posta à prova.

O que Ezequias faz? Ele vai "para a casa do Senhor". Este também deve ser o nosso caminho: busque a Deus ..., conte a Ele ..., ouça a Sua palavra ..., confie nEle.

Deus não nos engana - Ele é "sem ilusão"; Ele também não nos deixa esperar - Ele é "um Deus de fidelidade"; Ele também não nos seduz "todos os seus caminhos são retos" (capítulo 37: 1; Deuteronômio 32: 4).

Irmãos, por isso, fomos consolados acerca de vós, pela vossa fé, apesar de todas as nossas privações e tribulação, porque, agora, vivemos, se é que estais firmados no Senhor. Orando noite e dia, com máximo empenho, para vos ver pessoalmente e reparar as deficiências da vossa fé? 1 Tessalonicenses 3: 7, 8, 10

Fé (2)

A aflição e a perseguição põem à prova a fé dos tessalonicenses. O apóstolo Paulo teve que deixá-los; mas em sua preocupação pela jovem congregação, ele enviara Timóteo para eles. E ele pôde trazer "boas notícias da fé e do amor" deles, ao apóstolo em seu retorno (v. 6).

Se os cristãos guardam a fé em seus corações, então "permanecem firmes no Senhor". Isso deu grande prazer ao apóstolo e consolou-o em suas próprias aflições. Ele sentia profundamente com os tessalonicenses, que foram expostos a tais tentações assim que se converteram. Até o momento em que Paulo soube que eles tinham resistido às provações, ele se parecia com um homem próximo da morte. As boas novas que recebeu de Timóteo o trouxeram de volta à vida: "agora, vivemos, se é que estais firmados no Senhor".

Embora a fé desses primeiros cristãos fosse tão brilhante, era necessário que aumentasse. É isso que o versículo 10 nos mostra: na fé deles estava faltando alguma coisa, no sentido de que eles ainda não estavam familiarizados com toda a verdade revelada. O que eles já viram na fé, viram claramente. Mas eles ainda não viam tudo o que era para ser visto pela fé.

O apóstolo ansiava por ver os tessalonicenses novamente e introduzi-los em outras partes da verdade divina. Também nesta carta ele revela algo que não conheciam antes (ver capítulos 4: 13 - 18).

… mandei indagar o estado da vossa fé, temendo que o Tentador vos provasse, e se tornasse inútil o nosso labor. 1 Tessalonicenses 3: 5

Fé (1)

Os tessalonicenses ainda eram jovens na fé, e Satanás queria derrubá-los pela aflição. Esta prova de sua fé não foi uma surpresa - Paulo tinha predito (v. 3, 4).

A tribulação por parte do mundo é a sorte normal do cristão. Há muita alegria para os crentes, mas não é de um tipo mundano. No mundo temos aflição (1 Pedro 1: 4, João 16:33). Nunca devemos esconder que, se proclamarmos a palavra de Deus - na opinião errada, mais pessoas seguiriam o Senhor. Queremos proclamar a verdade. Isso não perderá um único verdadeiro convertido. Muitos aparentemente convertidos, no entanto, serão colocados à prova.

Quando Satanás incita a perseguição contra os cristãos, ele sempre tem sua fé por alvo. Ele quer enfraquecer e, se possível, destruí-la. Observe o quanto Paulo enfatiza a fé neste trecho:

• Ele enviou Timóteo para "confirmar e exortar" os tessalonicenses em sua fé. (v. 2).

• Ele o enviou para "indagar o estado da fé" (v. 5).

• Timóteo retornou e trouxe as "boas notícias" da fé deles (v. 6).

• Assim Paulo foi consolado acerca da fé deles (v. 7).

Satanás sabe: a fé é a conexão viva entre um cristão e Deus. Quando a fé enfraquece, sua vida espiritual se torna fraca.

Fé é o olho da alma. Ele dá visão espiritual. Enquanto as coisas invisíveis da fé forem verdade viva para os cristãos, uma perseguição só trará revitalização e enriquecimento espiritual.

Mas Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve. Deus coordenou o corpo … para que … cooperem os membros, com igual cuidado, em favor uns dos outros. 1 Coríntios 12: 18, 24, 25

Desde o início de seu ministério na terra, o Senhor Jesus chamou homens para serem discípulos e trabalharem com ele. Da mesma forma, Deus hoje chama evangelistas e os envia para proclamar as boas novas de salvação em todo o mundo e em todos os níveis da sociedade humana. Todos os que chegam a crer são unidos à igreja. Então eles são membros do corpo de Cristo.

Deus usa os crentes para a edificação e para o bem de todo o corpo de Cristo. Certamente Ele também está próximo de cada um deles, quando estão solitários e precisam de conforto e encorajamento Dele. Mas Ele espera que o Seu povo seja como joelhos para orar pelos enfermos e aflitos; que se assemelham a mãos que trazem ajuda material em momentos difíceis; e que eles podem ser usados ​​como pés para encorajar as pessoas através de uma visita. Eles também devem ser como ouvidos que ouvem com paciência, quando alguém quer confiar a eles, e como olhos que enxergam as reais dificuldades de um ou outro.

Somente o amor, o amor de Deus no coração do crente, pode dar efeito e valor a tal serviço. Em contraste, nosso egoísmo limita e dificulta o serviço. A vida do Corpo de Cristo sofre sob tal e se atrofia.

Portanto, não nos esqueçamos do fato de que Deus estabeleceu tarefas especiais para cada um de seus filhos, para que todo o corpo de Cristo possa crescer sem impedimentos.

Visto que obedecestes ao mandamento de Jonadabe, vosso pai, e guardastes todos os seus mandamentos, ... assim diz o SENHOR dos Exércitos, ...: Nunca faltará varão a Jonadabe, filho de Recabe, que assista perante a minha face todos os dias. Jeremias 35: 18, 19

Os Recabitas eram uma família especial. Mais de 200 anos após a morte de seus antepassados ​​Recabe e Jonadabe, todos ainda eram reconhecidos pelas mesmas características familiares: Não beberam vinho, viviam em tendas, não semeavam campos e não plantavam vinhas.

Deus usou suas vidas como um exemplo para o povo apóstata de Judá e Jerusalém: Os recabitas guardaram os mandamentos de seus ancestrais - que eram apenas humanos - mas Judá se recusou a obedecer ao Deus vivo. Que repreenção séria para esse povo!

Os recabitas estavam dispostos a obedecer, mesmo que isso significasse abnegação. Nisso eles também são um modelo para nós hoje. Pois sua vida era como a de Abraão, que na fé é "nosso Pai" (Romanos 4: 16). Ele também levou a vida de um estranho e não se estabeleceu na terra.

Mas não devemos apenas imitar as características externas de tais modelos. Antes, devemos imitar a fé daqueles que eram nossos pais ou líderes espirituais (Hebreus 13: 7). Precisamos obedecer a Deus, mesmo que isso custe a abnegação.

A vida dos Recabitas foi baseada em valores concretos. Eles não queriam desistir deles em favor de seu bem-estar pessoal. E eles não os consideravam sem importância apenas porque eram muito velhos. Nossos valores como crentes hoje estão enraizados na Palavra de Deus, escrita milênios atrás, mas ainda viva e eficaz se a obedecermos. E nós mantemos esses valores não porque são antigos, mas porque são verdadeiros.

Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua! Lucas 22: 42

Getsêmani

O Getsêmani é a última parada no caminho de nosso Salvador antes da cruz. Toda a amargura do cálice que Ele deveria beber no Gólgota está diante de Sua alma: o sofrimento expiatório e o abandono de Deus.

Lucas usa uma expressão muito forte quando fala deste momento: "E, estando em agonia, orava mais intensamente" (v. 44). Que luta tremenda! E como o Senhor passou por ela! Depois do Getsêmani, ouvimos nosso Salvador dizer: "não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu?" (João 18: 11).

Uma cena profundamente comovente no jardim Getsêmani: Jesus está de joelhos, Ele está orando, Ele roga, Ele grita, Ele chora (Hebreus 5: 7).

O suor de Jesus é como grandes gotas de sangue caindo na terra. Seus discípulos dormem a poucos passos dEle. O Senhor sente profundamente a santidade de Deus e o horror do pecado, a justiça divina e o juízo que o aguarda.

Ele diz novamente: "Meu Pai!", e Ele sabe que Ele exclamará na cruz sem receber uma resposta: "Deus meu, Deus meu, por que você me desamparaste?"

Não podemos compreender essa luta no Getsêmani em sua profundidade; mas não queremos desconsiderá-la por isso. Quando olhamos para os sentimentos antecedentes de nosso Salvador, nossos corações arderão. Então só nos resta adorá-lo.

Em reverência olhamos para lá
onde tu estás orando de joelhos,
onde tu disseste sim ao pesado,
para o caminho ao Gólgota!

Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo. Mateus 10: 28

Tarefas difíceis geralmente nos desencorajam. E previsões como: "Isso vai ser muito difícil, o que você está planejando fazer", não vão facilitar nada!

Da mesma forma, os doze apóstolos devem ter sentido quando o Senhor Jesus os envia para pregar o evangelho nas cidades e aldeias. Ele anuncia grandes dificuldades para eles: "Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos" … “sereis odiados por causa do meu nome”.

Mas o Senhor acrescenta que eles não precisam temer aqueles que os odeiam. Eles não podem fazer nada pior do que matar seus corpos. Isso é terrível, sem dúvida - e quantos pagaram esse preço, desde os primeiros apóstolos até os cristãos do nosso tempo! (v. 16: 22).

Por que os discípulos não precisam ter medo? Porque aqueles que os odeiam não podem matar sua alma. Eles não têm poder para isso. Mas Deus pode fazer perecer alma e corpo no inferno. Isso não significa que os filhos de Deus possam ir para o inferno! Não, pelo contrário: Deus cuida deles como pai! O que o Senhor enfatiza aqui é simples: as pessoas que te odeiam não terão a última palavra - Deus tem!

Um homem não consiste apenas de seu corpo. É a alma e o espírito que compõem a sua natureza e que ultrapassam o seu corpo. E se Deus já cuida dos pardais, que aos olhos dos homens não tem valor, como o Senhor enfatiza neste contexto, quanto mais por nós, que somos infinitamente preciosos para Ele! (v. 29-31). Ele não abandonará os seus, nem no presente nem na eternidade. Queremos temê-lo e queremos confiar nele!

Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Josué 24: 15

Deuses de hoje

Em segundo lugar, Josué menciona os "deuses dos amorreus em cuja terra habitais". Certa vez ele havia lembrado ao povo como Deus havia expulsado os inimigos deles. Ele os havia exortado: "Esforçai-vos, pois, muito ... Não façais menção dos nomes de seus deuses, ... nem os sirvais, nem os adoreis" (capítulo 23: 6 - 7).

Se eles fossem infiéis, Deus não expulsaria os inimigos diante deles, mas seriam a armadilha para eles. E foi exatamente isso que aconteceu: repetidas vezes os povos sobreviventes de Canaã foram motivo de ruína para eles.

Os "deuses de hoje" são as influências do mundo ao nosso redor. São seus valores que se nos apresentam. O que é importante para nós? O que é importante para o mundo ou o que é importante para o Senhor? Os tessalonicenses tinham escolhido na sua conversão "servir o Deus vivo e verdadeiro e para aguardar dos céus o seu Filho". Foi precisamente nisso que consistiu a conversão "dos ídolos" do seu tempo. E seu comportamento era prova de que sua fé era real (1 Tessalonicenses 1: 8-10).

Nenhum crente pode "sair do mundo", ele não pode deixar a sociedade humana. E também fazemos uso de muitas coisas no mundo, mas não como se o mundo fosse nossa verdadeira esfera de vida. Assim, apesar de estarmos "no mundo", não somos "do mundo", como nosso Senhor não era do mundo (1 Coríntios 7: 31, João 17: 16).

Porém, se vos parece mal servir ao SENHOR, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Josué 24: 15

Deuses do passado

A escolha que Josué coloca diante do povo, diz respeito ao caso de que parecia mal aos olhos deles servir ao Senhor. E então havia apenas duas possibilidades: ou os deuses do passado ou os de hoje. Aqueles do passado, estes eram os deuses da Mesopotâmia, onde Abraão havia habitado; e aqueles de hoje eram os deuses das nações de Canaã. Josué com sua família não teve nada a ver com essa escolha. Eles há muito decidiram "servir ao Senhor".

Por que Josué temia que isso pudesse ser "mau" aos olhos do povo de "servir ao Senhor"? O verso 14 mostra: Os antigos deuses que seus pais haviam servido além do rio e no Egito ainda estavam entre eles!

O que isso tem a nos dizer hoje como crentes? É concebível que, mesmo em nossas vidas, muitas coisas restem do tempo de antes de nossa salvação, da qual nossos corações ainda não queriam ser separados? Sim, infelizmente temos que admitir que é assim, mesmo que nos tenhamos convertido há muito tempo.

Certamente não somos adoradores de ídolos e não queremos ser também. Portanto, vamos dizer como Davi: "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos!" (Salmo 139: 23). Só Deus pode nos mostrar os velhos hábitos e modos de pensar aos quais ainda estamos ligados. E quanto à questão do que se trata concretamente, queremos considerar o seguinte: O termo "ídolo" denota tudo o que quer disputar o lugar pertencente ao Senhor Jesus em nossos corações.

(conclui amanhã)

Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão. Lucas 6: 42

O evangelista e missionário Samuel Hebich era conhecido por ir diretamente ao assunto, falando diretamente às pessoas sobre sua salvação.

Certa vez uma mulher religiosa convidou seu vizinho para uma palestra de Hebich. Ela mesma não achava que fosse uma pecadora, portanto ainda não era filha de Deus, mas se considerava piedosa. Ela estava ainda mais convencida de que uma pecadora, como sua vizinha, precisava urgentemente de conversão.

Na hora marcada, a vizinha apareceu de fato. Mas seu grande e moderno chapéu deu um grande susto à mulher piedosa. Durante a pregação ela teve que olhar disfarçada uma e outra vez. Ela temia que Hebich mirasse na vizinha e apontasse suas terríveis flechas - que colocam as pessoas na luz de Deus.

Mas então foi ela mesma quem foi diretamente abordada por Hebich durante o sermão: "Bem, o que você está sentada aí, olhando para o chapéu moderno de sua vizinha e esperando que eu me dirigisse a ela? E você fica sentada e não percebe que precisa disso tanto quanto ela!

Mais uma vez, o pregador acertou o alvo. Nesse mesmo dia, essa mulher aprendeu a se ver como Deus a viu. Ela abandonou sua piedade sem vida, confessou seus pecados a Deus e aceitou o Senhor Jesus com fé como seu Salvador. E então ela também poderia se tornar um guia para a salvação de sua vizinha.

E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. 2 Coríntios 5: 15

A maioria dos nossos leitores terá se perguntado qual é o propósito e o sentido de suas vidas. Existem respostas muito diferentes. Por exemplo, eu poderia viver para mim mesmo. Então tudo deve levar a me sentir bem - por dentro e por fora. Não precisa ser uma vida muito egoísta que eu conduzo às custas dos outros. Alguns se sentem bem quando fazem o bem pelos outros, pela natureza e pelo meio ambiente, ou são política e socialmente ativos. Tudo isso pode ser honroso e até mesmo publicamente reconhecido, mas no final, a pessoa vive para si mesma.

Nossa Palavra Bíblica nos dá um significado e propósito muito diferente para nossa existência: viver para Cristo. E qual razão existe para isso? A razão mais importante, convincente e sincera que existe é a seguinte: Cristo deu a própria vida, livremente por amor, para nos reconciliar com Deus.

Sincera gratidão por este amor se mostra ao buscarmos o que Ele espera de nós. Se queremos viver para Cristo, não determinamos mais nosso modo de vida, mas nos deixamos guiar por ele. Ele não só morreu por nós, mas ressuscitou por nós. Por Sua ressurreição, Ele nos colocou em uma nova área de vida celestial, e nos tornou aptos para agora podemos viver em devoção a Ele (Efésios 2: 5 ...; Colossenses 2: 12 ...; Romanos 6: 4).

Então, não apenas olhamos com gratidão para trás, para a morte do Senhor Jesus, mas olhamos para o nosso Senhor ressuscitado e glorificado. Por meio de Seu Espírito e Palavra, Ele quer nos guiar - em uma vida para Ele, na qual também somos "embaixadores de Cristo" rogando "em nome de Cristo" para se reconciliarem com Deus (ver capítulo 3: 18; 4: 6; 5: 19 - 21).

Não comerei enquanto não expuser o propósito a que venho. Gênesis 24: 33

O servo de Abraão é enviado para buscar uma noiva para Isaque. Ele acaba de chegar ao seu destino - os parentes de Abraão. Isso mostra que o servo está tão cheio de sua missão que rejeita a comida que se coloca diante dele. Ele quer falar primeiro - e depois comer.

É uma das chaves para uma vida verdadeiramente cristã: que façamos a vontade de Deus assim que a conhecermos. Nada deve nos impedir, nem mesmo as nossas necessidades naturais. É isso que o Espírito Santo quer produzir em nós. Aqui o servo quer cumprir primeiro sua missão, porque os interesses e a honra de Abraão, seu senhor, são importantes para ele! Abraão o encarregou de buscar os interesses de seu filho Isaque.

Deus nos confiou a honra de seu filho. O Espírito Santo nos mostra, quando temos “olhos bons” e um bom senso espiritual. Mas se em vez disso fizermos o que nos agrada e nos interessar (e há mil razões que podem nos impedir de obedecer imediatamente), então consultamos "carne e sangue" (Gálatas 1: 16). Mas se os interesses e a honra de Cristo, confiados a nós, estão próximos de nossos corações, então fica imediatamente claro o que devemos fazer.

Aqui o servo só pensa em seu senhor, que confiou tudo isso a ele. Será semelhante conosco, quando o Espírito Santo enche nossos corações. Devemos sempre estar conscientes de que Deus nos confiou a glória do Senhor Jesus. Embora não possamos contribuir com nada de nós mesmos, Deus quer que estejamos disponíveis para que Ele opere através de nós.

O servo de Abraão diz: "Não comerei enquanto não expuser o propósito a que venho". Somente a honra de Abraão era importante para ele! É por isso que ele primeiro queria cumprir sua missão - e depois comer. Isto significa confiar em Deus e fazer a Sua vontade!

Pois, em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, ... E a todos nós foi dado beber de um só Espírito. 1 Coríntios 12: 13

Mesmo no Antigo Testamento, lemos sobre a eficácia do Espírito Santo, por exemplo, na criação: "O Espírito de Deus pairava sobre as águas", ou "Façamos homens" (Gênesis 1: 2, 26). E quando os profetas falaram às pessoas sobre as palavras de Deus, eles foram "movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1: 21).

Mas o Espírito de Deus nunca habitou como pessoa na terra, como Ele agora habita na "igreja de Deus", na totalidade dos crentes e individualmente em cada crente. É verdade que a glória de Deus veio do céu para encher o santuário no deserto e depois no templo. E depois que essa glória deixou o templo por causa da infidelidade de Israel, o Espírito ainda agia aqui e ali. Sempre havia algumas pessoas piedosas que se conheciam e tinham comunhão uns com os outros (Malaquias 3:16).

Mas que o Espírito Santo seria enviado do céu para a terra para habitar nos discípulos e na igreja de Deus - isso era algo completamente novo. Ao vir após a ascensão de Cristo, o corpo veio a existir, que a Palavra de Deus chama de "corpo de Cristo" e que encerra todos os crentes na terra. Agora, neste único Espírito, "todos são batizados em um só corpo", e a cada um é "dado beber de um só Espírito".

Que graça significa para nós, como crentes, que o Espírito de Deus habita em nós, este divino Consolador e Guia, que "nos guia em toda a verdade" e recebe dos tesouros de Cristo, para nos anuncia! (João 16: 13, 14).

Porém o povo não atendeu à voz de Samuel e disse: Não! Mas teremos um rei sobre nós. Para que sejamos também como todas as nações. 1 Samuel 8: 19, 20

Quando o profeta Samuel, o último juiz de Israel, envelheceu, o desejo de um rei surgiu em Israel. Assim mostrou desconfiança de Deus e de sua liderança (v. 7). Assim como Israel muitas vezes servia aos ídolos das nações no tempo dos juízes, agora exigia um rei, como as nações o tinham. Deus tinha advertido o povo por Samuel, mas Israel não queria ouvir. Deus deu-lhes um rei, que não correspondia aos Seus pensamentos, mas às idéias deles. Vemos as tristes conseqüências no decorrer do primeiro livro de Samuel. Deus havia redimido os israelitas da escravidão no Egito para que pudessem servi-Lo na terra que lhes dava. Por conseguinte, os remidos são hoje chamados a servir a Deus em todas as coisas. Mas nossas decisões são frequentemente influenciadas por nossas próprias idéias ou pelo espírito do tempo. Isso pode nos levar a separar-se literalmente de Deus. Mas então Deus não pode nos conduzir segundo a Sua boa vontade e perdemos a bênção que vem com ela.

Nosso amoroso Deus e Pai nos dá recursos para nos ajudar a reconhecer Sua vontade para nossas vidas. Então deve ser nosso desejo e oração de nos deixarmos levar por Ele (ver João 7: 17). Então Ele pode nos mostrar Sua vontade, seja através de Sua Palavra, quando a lemos em oração, seja através de certas circunstâncias externas, ou através do conselho de outros crentes.

Mas nunca devemos insistir em idéias próprias e forçar algo de Deus. Se nos permitirmos ser guiados por Ele, o resultado será a paz interior. Somos salvos de decisões erradas, e guiados por um caminho de bênção. Nosso Deus e Pai sempre tem o melhor em mente para nós; Ele quer nos abençoar! (Filipenses 4: 6, 7).

Habitarás na terra de Gósen e estarás perto de mim, tu, teus filhos, os filhos de teus filhos, os teus rebanhos, o teu gado e tudo quanto tens. Aí te sustentarei, porque ainda haverá cinco anos de fome; para que não te empobreças, tu e tua casa e tudo o que tens. Gênesis 45: 10, 11

As últimas semanas, os irmãos de José não esqueceriam tão rapidamente: a fome, a primeira viagem ao Egito, as irritações e o reconhecimento de sua culpa, e finalmente a segunda viagem e o encontro com José. Todos esses eventos os impressionaram profundamente. Isso é o que José pretendia. Ele queria alcançar os seus corações, lembrá-los de sua culpa e torná-los receptivos à graça e à reconciliação.

Os irmãos devem sentir que José os ama - apesar de sua culpa. Ele não apenas os perdoa, mas também quer ter seus irmãos "próximos a ele" com seu pai. Ele quer estabelecê-los e dar-lhes as melhores pastagens do Egito.

Em vista da fome, José poderia ter dito: "Queridos irmãos, aqui estão alguns cupons que vocês podem usar para comprar nas lojas de grãos. Façam bom uso disso e cumprimentem suas famílias calorosamente. Adeus!" - Não, o coração de José anseia por muito mais. Ele não apenas deseja satisfazer as necessidades exteriores de seus irmãos, mas também cultivar amorosa comunhão com eles. Eles devem estar "perto dele" e sentir seu amor. Um amor que pode se desdobrar de maneira tão reconfortante e aquecida em um mundo frio, onde a fome e a pobreza atormentam as pessoas.

José é uma figura do Senhor Jesus. Nosso Senhor também quer que vivamos em íntima comunhão com Ele. Ele também cuida do nosso bem-estar exterior, mas a comunhão com ele nos deixa realmente felizes - ficar em sua proximidade. Isso leva a uma profunda alegria e profunda paz interior.

[Abraão} não duvidou, por incredulidade, da promessa de Deus; mas, pela fé, se fortaleceu, dando glória a Deus, estando plenamente convicto de que ele era poderoso para cumprir o que prometera. Romanos 4: 20, 21

A certeza da salvação (2)

Crer em Deus - isso também significa dar prioridade às promessas de sua palavra sobre meus próprios pensamentos e sentimentos. Este é um ponto importante se você estiver buscando garantia da salvação. Mas eu também tenho que crer que Deus é amor e realmente quer me salvar.

Um dia, o jovem problemático lembrou-se subitamente do seguinte verso: "O SENHOR veio salvar-me" (Isaías 38: 20).

Naquele momento, ele entendeu que Deus realmente o amava e que sua firme vontade era salvá-lo e torná-lo seu filho. O amor de Deus estava firme - a incerteza estava apenas do lado do nosso amigo! Naquele momento, ele aceitou, feliz, o fato de que Deus realmente o amava, que ele o amava pessoalmente. E agora ele sabia que realmente pertencia a Deus. Por isso, Jesus pagou esse alto preço na cruz.

Havia outra lição para o jovem aprender. Em sua vida de fé, ainda havia incertezas ocasionais. Mas um dia ele leu uma sugestão útil: "Não duvide nos tempos sombrios e na tentação do que você aprendeu na luz." Como isso fazia sentido para ele! Isso trouxe seus pensamentos de volta para a segurança e firmeza do amor de Deus. Nosso amigo diz: "Desde aquele dia, sei que o Senhor está caminhando comigo, segurando-me, elevando-me e fortalecendo-me. Ele me segura pela mão e ninguém pode me afastar. Ele me carrega em seus ombros ".

Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida. Estas coisas vos escrevi, a fim de saberdes que tendes a vida eterna, a vós outros que credes em o nome do Filho de Deus. 1 João 5: 12, 13

A certeza da salvação (1)

Um jovem de um lar cristão acreditava em Cristo, o Filho de Deus. Ele também confessou seus pecados a ele, até onde ele sabia; mas ele não tinha certeza se Deus realmente o perdoou e aceitou.

Certa noite, seu pai lhe deu um folheto cristão para ler. Para sua surpresa, ele respondeu à sua pergunta secreta: "Eu estou realmente salvo?" Ele estava preocupado com isso há muito tempo. Às vezes ele tinha essa confiança, mas depois se perguntava de novo se não estava se iludindo, se não era alguém que gostaria de ser salvo, mas não o era realmente.

Este folheto acertou o ponto: não se deve olhar para os próprios pensamentos e sentimentos, nem para a fé ou dúvida, mas ao que a Palavra de Deus diz. Se Deus declara que todos que creem em Cristo tem a vida, então é verdade - mesmo que você não sinta nada de especial!

Algum tempo depois, nosso amigo foi encorajado em uma reunião de jovens. Em uma pregação foi destacado, que uma obra que Deus começou, Ele também leva a um bom final. Como foi reconfortante para ele ouvir: “Deus começou uma boa obra em vossos corações, e Ele completará isto. Ele mesmo vos dará pelo seu Espírito a alegria e a certeza da salvação" (Veja Filipenses 1: 6).

Conclui amanhã

E da sua plenitude todos nós temos recebido, graça sobre graça. João 1: 16

Como é grande e maravilhosa a riqueza da graça de Deus! A graça do nosso Salvador-Deus nos apareceu no Senhor Jesus, trazendo salvação, e ela nos ensina como podemos viver e servir bem a Deus em nossas vidas (Tito 2: 11 - 14).

• Os crentes são "salvos pela graça" (Efésios 2: 8).

• “Por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; ... obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes” (Romanos 5: 2).

• Só é importante que usemos nossa prerrogativa por meio da Palavra de Deus e da oração, e que nós não nos “privamos da graça de Deus”, mas antes sermos fortalecidos “na graça que há em Cristo Jesus”'(Hebreus 12: 15; 2 Timóteo 2: 1).

• Então, mesmo em dias difíceis, nós aprenderemos quão verdadeira é a palavra do Senhor: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza". Com ela nós passamos por este "vale de lágrimas" e o "transformamos em fontes" (2 Coríntios 12: 9, Salmo 84: 7).

• Como os crentes no período do Antigo Testamento, nós também podemos nos orgulhar hoje: “A bondade de Deus dura para sempre”. As misericórdias de Deus “renovam-se cada manhã” (Salmos 52: 1; Lamentações 3: 23).

• E tudo o que nos sobrevier “Deus pode fazer-nos abundar em toda graça, a fim de … superabundar em toda boa obra” (2 Coríntios 9: 8).

E o Senhor nos chama: "Certamente, venho sem demora!" Então, vamos olhar para o futuro com confiança e bom ânimo e responder-lhe com gratidão: "Amém; vem, Senhor Jesus "(Apocalipse 22: 20).

Eu sou a voz do que clama no deserto. João 1: 23

O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo. João 3: 29

João Batista pregou o "batismo de arrependimento para remissão de pecados" (Lucas 3: 3). E Deus deu sua bênção: muitos homens se arrependeram e confessaram isso publicamente pelo batizando no Jordão. Esses resultados impressionantes chamaram a atenção dos fariseus. Eles enviaram mensageiros para perguntar quem ele era.

João não era apenas um pregador fiel, mas também um servo verdadeiramente humilde de Deus. Suas respostas mostram que ele evita todas as perguntas sobre sua pessoa; e finalmente ele confessa que não é nada além da "voz" de um maior. A voz do pregador entra em segundo plano; Toda a atenção deve ser dirigida ao conteúdo de sua proclamação: o próprio Cristo, João aponta repetidamente para a "vinda", para "o Cordeiro de Deus". Essa foi sua missão divina e sua preocupação pessoal (João 1: 19 - 29).

Mais tarde, João Batista foi informado por seus discípulos que o próprio Jesus batizava e que muitos vinham a Ele. Quão facilmente pode surgir inveja ou ciúme em tal situação no coração de um servo de Deus! Mas, novamente, através da graça de Deus, João nos dá um exemplo em uma atitude verdadeiramente humilde: Ele estava contente com o ministério, agora iniciado por seu Senhor, com "a voz do Noivo". João podia ver que seu próprio ministério preparatório estava chegando ao fim e que Deus estava começando a falar "pelo Filho". Isso completou a medida de sua alegria (João 3: 25 - 36; Hebreus 1: 2).

É rei de Israel! Desça da cruz, e creremos nele. Mateus 27: 42

Mesmo antes de sua crucificação, o Senhor Jesus foi zombado com os sinais da realeza: com um manto escarlate em vez de um manto real com uma coroa de espinhos em vez de uma coroa real e uma cana em vez de um cetro. Os maiorais dos judeus não perceberam o escárnio que também os atingiu? Pois os soldados simples dos poderes romanos estavam assim em conflito com a dignidade real de seu povo.

E agora, quando o Senhor Jesus estava na cruz, foram os próprios líderes que zombaram dele como Rei de Israel. Com profunda dor o Senhor deve ter sentido que o seu povo o rejeitou completamente. Em vez do trono eles tinham a cruz para ele. Ele encontrou ódio e rejeição em vez de amor e aceitação; Ele foi ridicularizado e zombado em vez de ser homenageado.

Nas palavras do nosso verso, os líderes do povo O desafiaram para provar o Seu poder. Ele deveria descer da cruz; então eles queriam acreditar Nele. De fato, eles não acreditavam que ele era capaz; e eles não estavam dispostos a crer Nele.

Que milagre da graça: Jesus não fez uso de seu poder divino! Sua morte na cruz iria produzir a expiação dos pecados e, ao mesmo tempo, tornar-se a base para reinar uma vez como rei sobre seu povo Israel. Em Seu amor Ele não desceu da cruz, pois isso significaria apenas juízo, mas também realizou a obra de redenção para esse povo apóstata. Portanto, no futuro Ele pode realmente ser rei sobre Israel. Um remanescente crente do povo se submeterá a ele de bom grado.

Porquanto, para mim, o viver é Cristo.  Filipenses 1: 21

Pense nos primórdios do cristianismo. A congregação [igreja] que acabara de ser trazida à vida pelo Espírito Santo logo se tornou alvo de inimizade e ódio. De Jerusalém veio uma violenta perseguição aos cristãos. Saulo, na época seu nome, "assolava a igreja", perseguindo os cristãos levando-os presos (Atos 8: 3).

Em busca de seus planos ambiciosos, Saulo logo partiu para Damasco. De repente, uma luz brilhante do céu o atingiu e o jogou no chão. O homem que "respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor" estava agora aos pés do Senhor. E foi-lhe dado a entender que Ele - embora no Céu - é um com os crentes na terra, porque Ele pergunta a Saulo: "Saulo, Saulo, por que me persegues" (At 9: 1, 4).

Naquela época aconteceu para Saulo, a transição "da morte para a vida". Um homem injusto e culpado tornou-se um homem libertado da culpa e justo diante de Deus (João 5: 24).

Esta "Hora de Damasco" moldou decisivamente a vida posterior do apóstolo. Ele entendeu o que significava ser tomado pelo glorificado Senhor e possuído por ele. O conteúdo, propósito e fim de sua vida era agora Cristo. O auto-sacrifício, a dedicação deste servo ao seu Senhor é também para nós modelo e incentivo.

"E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” 2 Coríntios 5:15