Mete a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu? João 18: 11

Na captura do Senhor Jesus no Jardim do Getsêmani, Pedro se destacou mais uma vez: sincero, cheio de zelo e amor por Ele. Ele queria intervir para defendê-lo, mas agiu carnalmente: tirou a espada e cortou a orelha direita do servo do sumo sacerdote. Que erro! Pois a vitória que o Senhor queria ganhar não era para ser conquistada com armas carnais, mas deixando o poder de Satanás e os homens seguirem seu caminho até o fim. Jesus não tinha vindo para matar, mas para salvar.

 

O Senhor aproveitou a oportunidade para mostrar até onde ia Sua obediência e devoção ao Pai. O tempo de graça é aquele em que a espada permanece na bainha. Juízo e espada virão, e será terrível. Mas agora ainda é o tempo em que Deus exerce longanimidade e misericórdia, e para isso Jesus teve que beber o cálice da ira. Ele tomou o terrível cálice da mão do Pai. Tudo aquilo que Jesus suportou por parte dos homens empalideceu diante do cálice da ira de Deus sobre nossos pecados. Mas o Senhor o aceitou da mão do Pai, por amor a Ele, para Sua glorificação, para que Ele pudesse cumprir Seus planos eternos de amor pelo homem.

Seria impróprio para nós comparar estes sofrimentos particulares do Senhor com nossas próprias provações. No entanto, Ele é nosso exemplo de sofrimento, como em todas as outras circunstâncias. Aceitemos - como Ele aceitou - mesmo as providências mais dolorosas da mão do Pai. Isto as suaviza e tira a amargura que de outra forma teriam. Digamos sempre: "Pois o SENHOR lhe ordenou" (cf. 2 Samuel 16: 11b).

Leitura diária da Bíblia: Êxodo 25: 23 - 40; Lucas 9: 51 - 62