E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Mateus 4: 3

O segredo da vida perfeita de Jesus na Terra era que Seu olhar estava completamente concentrado em Deus e em Sua vontade. Ele sempre aplicava a Palavra de Deus a Si mesmo e à Sua situação. A verdade que Deus revela em Sua Palavra estava "no íntimo de Seu coração", de modo que todos os Seus pensamentos em todas as circunstâncias em que Ele se encontrava correspondiam a essa verdade (cf. Salmo 40: 8).

 

"Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus." O Senhor Jesus realizou isso de uma maneira única. Era "Seu alimento" fazer a vontade de Deus e realizar Sua obra (Mateus 4: 4; João 4: 34). Ele sempre agiu por amor e obediência. Ele não conhecia outros motivos.

Assim, o homem Jesus Cristo estava em comunhão íntima e sem nuvens com Deus por meio da Palavra de Deus e da oração constante. Quando o tentador se aproximou Dele, não havia outra arma para Ele além do que a Palavra escrita dizia.

O Senhor agiu de acordo com a luz que a Palavra de Deus lançou sobre a situação em questão. Ele repeliu os sussurros de Satanás. - No entanto, não mandou o adversário embora imediatamente; deveria ficar claro que não havia pontos de conexão com o pecado Nele. Mas assim que Satanás exigiu para si a adoração que só pertence a Deus, o Senhor o enxotou.

A astúcia de Satanás errou o alvo. Contra a verdade da Palavra de Deus, a astúcia de Satanás foi completamente impotente, porque ela não é verdade, mas mentira. Mas o coração do Senhor tinha a verdade e a comunhão com Deus como guia e alegria.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 33: 1 - 26; Romanos 6: 17 - 23

Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Colossenses 3: 1

Muitos cristãos conhecem essa palavra bíblica de cor. Ela contém um chamado claro e inequívoco. Mas será que a vivemos plenamente? A primeira parte se aplica a todos os verdadeiros crentes: Morremos e ressuscitamos com Cristo (cap. 2:12; 3:3). E o chamado do apóstolo que segue - buscar as coisas que são do alto, onde o Cristo está - é apenas a consequência lógica do fato de termos sido ressuscitados com Cristo.

 

Mas o que isso significa? Todo cristão que crê é "ressuscitado com Cristo", quer saiba e entenda isso ou não. Nós morremos com Ele, mas também fomos ressuscitados com Ele, por assim dizer, para um novo reino, para o "mundo da ressurreição". Lá o pecado e a morte não têm mais poder, lá tudo fala de Cristo. Nesse mundo de ressurreição, Cristo é glorificado à direita de Deus enquanto ainda estamos na Terra. Mas em nosso coração devemos buscar o que está no alto: o próprio Cristo e tudo o que Deus nos deu Nele.

Essa "busca" é, de fato, apenas a consequência lógica do nosso "ser com Ele ressuscitado". Mas, com muita frequência, nossos sentidos estão concentrados no aqui e agora, nesta terra e em tudo o que pertence ao velho mundo, sim, poderíamos dizer o "mundo da morte". Mas Deus quer nos separar disso, Ele quer nos ver felizes aqui e agora em Cristo, para nos inundar com a alegria eterna do mundo da ressurreição, onde Cristo é tudo.

Que cristão sincero não desejaria que essa "busca pelo que é do alto" o caracterizasse mais? Isso nos ajuda se mencionarmos isso conscientemente em oração diante de Deus e agradecermos a Ele por tudo o que Ele nos deu em Cristo e com Cristo. Quando nossos olhos da fé estão fixos no Cristo glorificado, temos alegria real e duradoura, e isso nos distancia do que o mundo constante e persistentemente nos apresenta como desejável.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 32: 26 - 44; Romanos 6: 12 - 16

E disse um dos seus servos: ... o profeta Eliseu, que está em Israel, faz saber ao rei de Israel as palavras que tu falas na tua câmara de dormir. E ele disse: Vai e vê onde ele está, para que eu envie e mande trazê-lo. 2 Reis 6: 12, 13

O rei da Síria faz guerra contra Israel. Mas, vez após vez, ele descobre que Israel preparou defesas especiais exatamente nos locais onde ele quer invadir a terra. O rei pressente uma traição, mas um de seus oficiais lhe explica que o profeta Eliseu dá a conhecer ao rei de Israel as palavras que ele, o rei da Síria, fala em seu quarto. Então o rei da Síria quer que Eliseu seja feito prisioneiro para eliminar o problema.

 

Poderíamos sorrir do engano do rei da Síria, pois ele deve esperar que Deus revele esta sua ordem também ao profeta. Mas é melhor pensar se não reagimos com frequência de forma semelhante. Há um problema ou algo que nos perturba - seja em nosso trabalho, em nosso casamento ou no convívio com os crentes. E então talvez também ajamos de forma bastante humana, sem questionar o que Deus quer nos ensinar. Tentamos rapidamente eliminar o suposto mal ou problema.

Um pouco mais tarde, o exército sírio cerca a cidade onde Eliseu se encontra. Como Deus resolve esse problema? Atingindo os soldados com cegueira e levando-os para Samaria, onde são hospedados. Pouco tempo depois, eles voltam para sua terra natal, envergonhados e humilhados. "E as tropas dos sírios não entraram mais na terra de Israel" (v. 23). Que bênção duradoura!

Como é abrangente a "solução" divina: o servo de Eliseu experimenta a preservação de Deus, os soldados sírios experimentam o poder de Deus, a congregação de Israel aprende sobre a graça de Deus - e Deus se glorifica por meio de Seu servo Eliseu, o homem de Deus. Vale a pena ler esse incidente no contexto (vs. 8-23).

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 32: 1 - 25; Romanos 6: 1 - 11

E caiu Asa doente de seus pés no ano trigésimo-nono do seu reinado; grande por extremo era a sua enfermidade, e, contudo, na sua enfermidade, não buscou ao SENHOR, mas, antes, aos médicos. 2 Crônicas 16:12

Durante muitos anos, o rei Asa, de Judá, viveu uma vida piedosa. Durante um perigoso ataque das tropas inimigas, ele sentiu sua inferioridade e confiou no poder de Deus, que ajuda os fracos. Asa orou com muita seriedade e confiança. Com a ajuda de Deus, ele venceu a batalha. Essa experiência levou Asa e seu povo a uma grande gratidão e a um vínculo ainda mais forte com seu Deus (cap. 14:8-14).

 

Depois de um longo e abençoado reinado, Asa ficou doente. Mas agora sentimos falta de sua oração a Deus. Em vez disso, ele buscou ajuda dos médicos. - O problema não foi o fato de ele ter procurado ajuda médica, mas o fato de não ter pensado em Deus, mas de ter colocado sua confiança em homens. Sempre que não nos apoiarmos no Senhor, mas nos homens e em sua sabedoria ou habilidade, sofreremos danos.

O correto teria sido Asa confiar em Deus e orar a Ele. Talvez Deus tivesse feito Asa sentir que essa doença significava o fim de sua vida, e Asa teria sido capaz de partir da terra em comunhão com Deus. Talvez, a pedido de Asa, Deus também teria dado aos médicos a sabedoria para tratar sua doença adequadamente. Deus freqüentemente usa instituições terrenas para o bem dos seus, mesmo que as pessoas envolvidas sejam incrédulas. Enquanto depositarmos nossa confiança no próprio Deus, Ele o confessará e será para nosso bem.

Como médico, estou muito consciente de que todas as minhas terapias só serão bem sucedidas se Deus colocar Sua bênção sobre elas. Entre meus pacientes estão muitos cristãos; e espero que eles não confiem em minha habilidade como médico, mas em Deus.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 31: 27 - 40; Romanos 5: 17 - 21

O SENHOR é contigo, varão valoroso! Juízes 6:12

As pessoas dificilmente pensariam que Gideão era um herói; ele não demonstrava grande autoconfiança e era propenso à timidez. Mas Deus viu o quanto este homem estava determinado a trazer comida para a segurança que o inimigo queria roubar do povo de Deus (v. 4:11). E Deus escolheu Gideão para libertar Seu povo do poder dos midianitas. Sobre os preparativos para esta tarefa, lemos os seguintes detalhes:

• Deus revelou-se a Gideão e lhe deu uma importante missão (v. 11-16).

• Ele aceitou o sacrifício de Gideão e lhe respondeu em graça (v. 17-24).

• Deus exigiu uma clara ruptura com a idolatria no lar da família de Gideão (v. 25-27).

• Deus o revestiu com o poder de seu Espírito (v. 34).

• Ele graciosamente respondeu ao pedido de Gideão de um sinal para eliminar até mesmo a última dúvida sobre sua missão (v. 36-40).

Assim, Gideão estava preparado para seu ministério. Somente então ele poderia conduzir Israel a uma vitória gloriosa pelo poder de Deus.

Se você quer se tornar um "herói de Deus", o Senhor o conduzirá por um caminho semelhante. Então, como com Gideão, depende de seu relacionamento com o próprio Deus, mas também de seu relacionamento com aqueles ao seu redor.

Ainda existem "ídolos" em seu entorno imediato que o impedem de servir a Deus com um coração indiviso? Então você tem que "derrubá-los" - pelo menos no que diz respeito à sua responsabilidade por eles e ao seu contato com eles. Caso contrário, você não pode ser um herói de Deus. Você pode fazer isso "à noite" por medo. Nicodemos também começou dessa maneira. Mas você deve fazê-lo se quiser ter uma comunhão desobstruída com Deus e servi-Lo verdadeiramente.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 31: 15 - 26; Romanos 5: 11 - 16

Quem os condenará? - Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Romanos 8: 34

Romanos 8 começa com a afirmação: "Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (v.1). Mas, por que isso é tão certo?

• Porque Cristo morreu: isso é um fundamento seguro. Ele é "a propiciação por nossos pecados" (1 João 2:2). Porque Deus julgou o pecado nEle, não há mais condenação para nós, pois um Deus justo não julga duas vezes. A cruz do Calvário é a base de nossa salvação.

• Porque Cristo ressuscitou dos mortos: esta é uma prova segura. A ressurreição do Senhor Jesus é um dos pontos-chave do evangelho, Cristo, "o qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação" (Romanos 4:25). Sua ressurreição testemunha irrefutavelmente que Deus aceitou a obra de Seu Filho.

• Porque Cristo está agora à direita de Deus: O Senhor Jesus sentou-se à direita de Deus como o Filho do Homem; e se "estamos em Cristo Jesus", se pertencemos a Ele pela fé, nossa posição é completamente segura (Romanos 8:1). Não podemos mais ser condenados. Mas não somente isso: porque nosso Senhor já está lá agora, temos a garantia de que também estaremos onde Ele está um dia (João 14:3).

• Porque Cristo intercede por nós. Isso nos dá uma firme garantia. Nós podemos não pensar nisso, mas Ele pensa. Porque Ele nos ama demais para nos abandonar. Ele quer que estejamos seguros de nossa salvação e que a desfrutemos.

Quem quer apresentar acusações contra os escolhidos de Deus, quem quer condenar? O próprio Cristo garante nossa segurança eterna!

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 31: 1 - 14; Romanos 5: 1 - 10

Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração. Jeremias 15: 16

A Palavra de Deus como alimento

A Bíblia usa vários símbolos para a Palavra de Deus e associa aspectos particulares a cada uma dessas figuras. Se a leitura da Bíblia for comparada à ingestão natural de alimentos, você pode derivar os seguintes pensamentos para sua vida espiritual:

1. Regularidade: Com certeza você come suas refeições regularmente. Portanto, também é importante para sua vida de fé que você leia a Palavra de Deus regularmente. Deus quer lhe dar uma "palavra recém-preparada" todos os dias que o levará através de sua vida diária.

2. Interiorizar: Quando você ingere comida natural, ela é processada em seu corpo e finalmente se torna uma parte de você. A alimentação espiritual funciona da mesma maneira: apenas ler não é suficiente! Você deve refletir sobre os versículos bíblicos, as palavras devem permanecer em você (cf. João 15:7).

3. Fonte de força: Os nutrientes contidos nos alimentos fornecem energia a seu corpo. - Deus também lhe dá força espiritual através de sua Palavra e Espírito. Você conhece esta experiência de ser fortificado por um versículo bíblico?

4. Equilíbrio: Comer apenas mel é tão insalubre quanto comer apenas pão integral. - Nem sempre leia apenas os Evangelhos ou apenas os "Salmos de encorajamento". Tente descobrir todo o espectro da Bíblia ao longo do tempo.

5. Desfrute: Comer não deve ser apenas uma necessidade, as refeições também podem ser desfrutadas! - Jeremias comeu as palavras de Deus e sentiu deleite e alegria! A propósito, às vezes o apetite só vem quando se come.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 30: 1 - 24; Romanos 4: 16 - 25

 

... homem de dores, experimentado nos trabalhos. Isaías 53: 3

Nunca um homem sofreu tanto como o Senhor Jesus. Em seu caminho pela terra, o sofrimento e a dor foram seus companheiros constantes. Mas como o puro e imaculado, Ele nunca sofreu por causa de Seu próprio pecado. Pedro aborda repetidamente os sofrimentos do Senhor em sua primeira carta. Em alguns versículos Ele é um exemplo para nós em Seus sofrimentos para nosso encorajamento; em outras passagens nós O vemos em contraste conosco como nosso substituto:

 

Cap. 2:23: "... o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente". -O povo era hostil ao Senhor Jesus sem uma causa. Mas Ele o aceitou em silêncio e se entregou inteiramente a Deus e à Sua causa. - Que exemplo para nós!

Cap. 2:24: "...levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados". - Aqui o Senhor Jesus está sozinho, como nosso substituto, no julgamento de Deus por nossos pecados. Pelo fato de Ele ter feito isso, devemos viver nossas vidas em retidão, sem pecar.

Cap. 3:18: "Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus". - Trata-se também do sofrimento da parte de Deus. Ele suportou o castigo por todos e cada um de nossos pecados e foi à morte em nosso lugar. Estes sofrimentos expiatórios foram as profundezas mais profundas pelas quais Ele teve que passar.

Cap 4:1: "Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado". - As palavras sobre o sofrimento do Senhor geralmente seguem as referências anteriores. A ênfase agora está na vontade de fazer a vontade de Deus e de sofrer em vez de ceder à tentação do pecado.

O Salvador nunca sofreu por causa de Sua própria culpa. Somente por você e por mim Ele se tornou o homem de dores, experimentado nos trabalhos.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 29: 15 - 32; Romanos 4: 9 - 15

O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Lucas 18: 11

Escreve Paulo: E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus, Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo- me no ministério, a mim, que, dantes, fui blasfemo, e perseguidor, e opressor. 1 Timóteo 1: 12, 13

 

Duas orações de ação de graças, ambas da boca de fariseus - e ainda assim, que diferença! Na primeira oração, o foco está inteiramente na pessoa que ora: Ele fala como se tivesse que se justificar diante de Deus e fazê-lo compreender que sua vida difere da da maioria dos homens. -

Entendemos bem que Deus não pode justificar alguém tão presunçoso e arrogante (Lucas 18: 14).

O apóstolo Paulo, que segundo sua descendência era um "fariseu, filho de fariseus", testifica que após sua conversão trabalhou muito mais no serviço do Senhor do que todos os outros apóstolos, mas não atribui isso a seu próprio mérito, mas somente à graça de Deus trabalhando nele (Atos 23:6; 1 Coríntios 15:10).

É exatamente isto que expressa a segunda oração de ação de graças: Por causa de seu passado como "blasfemo, e perseguidor, e opressor", Paulo não poderia ter feito a mínima reivindicação para ser colocado a serviço de Cristo. Ele deveu isto unicamente à misericórdia do Senhor e ao transbordamento de Sua graça (1 Timóteo 1:13, 14).

Também estamos sempre conscientes de que tudo o que podemos fazer pelo Senhor é inteiramente obra de Sua graça? - E agradecemos a Ele por isso?

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 29: 1 - 14; Romanos 4: 1 - 8

Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele. 1 João 3: 1

Em 1973, o filósofo L. Kolakowski fez declarações notáveis sobre o desenvolvimento do cristianismo:

 

"O cristianismo parece estar possuído por um medo de cair cada vez mais na posição de uma seita isolada. Ele faz tentativas insensatas de adaptação para não ser devorado por seus inimigos. Ele procura adotar as cores de seu ambiente na esperança de salvar sua vida desta forma, mas na realidade perde sua identidade, que consiste precisamente na separação do sagrado e do profano".

Esta crítica acerta o alvo. O cristianismo há muito perdeu sua identidade. Com os discípulos de Jesus, por outro lado, esta identidade era clara - "eles haviam estado com Jesus" (Atos 4:13).

No caso de Israel, vemos o mesmo: enquanto eles, como povo de Deus, não se misturaram com as outras nações e suas influências religiosas e morais, eles impunham respeito por parte das nações pagãs. Foi um testemunho vivo do poder e do amor de Deus. Mas quando Israel se misturou com os outros povos, perdeu sua "identidade", seu caráter de testemunha de Deus, e foi para a destruição.

A grande artimanha do inimigo é desfocar a linha que separa o limpo do impuro e o santo do profano. Nunca devemos esquecer que um cristão que segue seu Senhor como discípulo tem outras fontes, outros meios e outros fins para sua vida do que o mundo. Seus interesses são celestiais. Ele nasceu de Deus e leva sua vida como um filho de Deus. Portanto, apenas uma voz é autorizada para ele: a voz de Deus, que lhe é familiar através de sua Palavra e através de seu Espírito.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 28: 1 - 17; Romanos 3: 21 - 31

Mas, sobretudo, tende ardente caridade uns para com os outros, porque a caridade cobrirá a multidão de pecados, sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmurações. Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. 1 Pedro 4: 8-10

Uma união abençoada

O apóstolo Pedro nos lembra em sua carta que estamos vivendo no fim dos tempos (v. 7). Nesses tempos difíceis, é ainda mais importante que os crentes se mantenham unidos e se ajudem mutuamente. Para este fim, Pedro escreveu três instruções:

Primeiro, o apóstolo nos exorta, a ter amor uns pelos outros. A genuinidade do amor se mostra especialmente quando surgem problemas em nossa união. O amor deseja que os pecados sejam imediatamente sanados e que uma comunhão desobstruída se torne possível novamente. Além disso, o amor não espalha o mau comportamento dos outros; desta forma, "os pecados são cobertos".

Em segundo lugar, Pedro nos encoraja a praticar a hospitalidade. Convidados: convidar e hospedar pode ser cansativo e afetar nosso conforto. Pode ser fácil murmurar e convidar nossos irmãos e irmãs meramente por um senso de dever - especialmente se eles são crentes que não pertencem ao nosso círculo de amigos mais próximo.

Finalmente, Pedro nos estimula a usar nosso dom da graça a serviço de nossos irmãos e irmãs crentes. Todos receberam um dom do Senhor e não devem usá-lo para si mesmos - certamente não para se colocar em primeiro lugar - mas para fazer o bem aos outros. É assim que nós administramos o dom que Deus nos deu em Seu propósito.

Amarem uns aos outros, serem hospitaleiros uns para com os outros e servirem uns aos outros - é assim que Deus deseja uma união abençoada dentro da família de Deus.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 27: 12 - 22; Romanos 3: 9 - 20

Amados, se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros. 1 João 4:11

Porque, noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz. Efésios 5: 8

Luz e Amor

Deus é amor e Deus é luz. Estes dois lados de Sua glória devem ser observados igualmente por nós. Ambos são da maior importância e ambos são claramente percebidos nas relações do Criador com o homem.

O amor de Deus assume o caráter de graça para com o homem, pois somente desta forma Deus pode encontrar o homem pecador. A luz se mostra na infinita santidade de Deus, que rejeita e julga o mal.

Estes dois lados da glória de Deus emergiram plenamente na cruz: Através da cruz, Deus em seu amor pôde salvar o pecador, apagando o pecado que Sua santidade não podia tolerar. Isto aconteceu através do sacrifício expiatório de nosso Salvador Jesus Cristo.

A nova vida que o crente recebe através do Espírito Santo tem as mesmas características que a fonte de onde vem. Ela prova sua origem divina através do amor. "Qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus". Assim, o amor é o fruto visível da natureza divina do crente (1 João 4:7; 2 Pedro 1:4).

O outro grande traço da natureza divina, a luz, torna os redimidos "filhos da luz": eles são chamados a brilhar intensamente na noite moral do mundo. Onde eles o fazem, ao invés de mentiras, enganos, egoísmo e imoralidade, se mostram a verdade, honestidade, abnegação e pureza.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 27: 1 - 11; Romanos 3: 1 - 8

E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça. Romanos 6: 18

Como uma pessoa pode ser livre e obediente ao mesmo tempo? Para muitos, isto não soa lógico. De acordo com eles, liberdade significa que você pode fazer exatamente o que quiser sem qualquer restrição de ninguém ou de nada. "Se eu tenho que obedecer a alguém, não sou livre", argumentam eles.

 

Os verdadeiros cristãos também podem pensar desta maneira em algum momento. Mas quando seguimos o Senhor e lemos a Palavra de Deus, aprendemos novos pontos de vista sobre liberdade e obediência. A verdadeira liberdade do homem foi destruída pelo pecado: "Todo aquele que comete pecado é servo do pecado" (João 8: 34).

Por natureza, todos são. Todos os homens estão sob a escravidão do pecado - da luxúria, da inveja, do ódio e do egoísmo.

A verdadeira liberdade só pode vir ao homem por meio de Cristo: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres". Ele é "a verdade" que nos liberta da escravidão do pecado. Ele não só perdoa nossos pecados, mas nos dá uma nova natureza que não tem prazer em colocar as velhas correntes de volta (João 8: 36, 32).

Esta liberdade cristã só pode ser conhecida e experimentada dentro dos limites da obediência. Deus estabelece estes limites em sua Palavra. Eles são destinados a servir ao nosso bem e estão de acordo com Sua natureza santa. Por isso o apóstolo Paulo diz: "Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna" (Romanos 6: 22).

Você é realmente livre?

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 26: 1 - 24; Romanos 2: 17 - 29

Tornaram, pois, os discípulos para casa. E Maria estava chorando fora, junto ao sepulcro. João 20: 10, 11

A devoção de Maria

Maria Madalena foi a primeira a ir ao túmulo de Jesus pela manhã - ainda na escuridão. Ela não quis esperar mais um momento; seu amor pelo Senhor a atraiu para lá.

Quando percebeu que o túmulo estava vazio, correu para Pedro e João para contar-lhes a notícia excitadamente: O Senhor desapareceu! Alguém o levou embora. - Não ocorreu a Maria que o Senhor poderia ter ressuscitado, embora Ele o tivesse anunciado várias vezes.

Pedro e João se convenceram: Quando inspecionaram o túmulo e viram os panos de linho que haviam sido deixados para trás, perceberam que ninguém havia roubado o corpo de Jesus, mas que Ele havia ressuscitado e deixado o próprio túmulo. Foi uma realização baseada em fatos, por um lado, e que eles tinham ganho por outro lado por causa das palavras do Senhor Jesus. Assim, eles partiram novamente a caminho de casa.

"Mas Maria" - assim começa a próxima seção. Ao contrário dos discípulos, ela ainda pensava que o corpo de seu Senhor havia sido tirado pelos homens. Maria compreendeu menos do que os discípulos, mas sua devoção e afeto eram maiores. Agora que seu Senhor e Salvador havia desaparecido, não havia casa para ela - ela parou no túmulo. Suas lágrimas mostram seu coração amoroso que tinha apenas um desejo: estar com Jesus!

Mesmo que houvesse uma falta de conhecimento: o Senhor não deixa tal amor sem resposta: Como o Ressuscitado, Ele não encontra os discípulos primeiro, mas esta mulher que não conseguia pensar em mais nada além dEle. No cuidado amoroso Ele atende às lágrimas de Maria e transforma sua tristeza em grande alegria.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 25: 15 - 38; Romanos 2: 8 - 16

Também por isso lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei mais elevado do que os reis da terra. Salmo 89: 27

Cristo - o primogênito

Nossa palavra bíblica se refere primeiramente a Davi. Ele era o filho mais novo de seu pai, e mesmo assim ele foi "feito o primogênito". Isto nos mostra que esta palavra é freqüentemente sobre a precedência, não sobre a ordem cronológica (cf. v. 21; 1 Samuel 16:11-13). No sentido da precedência o Senhor Jesus é repetidamente chamado "o primogênito" no Novo Testamento.

Colossenses 1:15: Cristo é o primogênito de toda a criação. Porque Ele mesmo é o Criador de todos, a Ele é dado o primado absoluto quando Ele vem a esta criação como um ser humano.

Apocalipse 1:5 e Colossenses 1:18: Cristo é o primogênito dos mortos e o primogênito dentre os mortos. Cristo tem a preeminência tanto em relação a todos os homens que já morreram quanto entre todos os crentes que - como Ele - ressuscitarão dentre os mortos.

Romanos 8:29: Cristo toma o lugar do primogênito entre muitos irmãos em relação àqueles que Ele resgatou por seu precioso sangue. Que dia de glória e alegria será para Ele quando também eles serão glorificados com Ele de acordo com o propósito eterno e o bom prazer de Deus!

Hebreus 1:6: Cristo será adorado por todos os anjos de Deus em um dia futuro, quando Deus o introduzirá como primogênito no mundo. A terra, que tem sido o cenário de Sua rejeição, será então a plataforma para o desdobramento de Sua preeminência integral.

Cristo, então, deverá ter a primazia na primeira criação. Da mesma forma, na nova ordem que começa com Sua ressurreição, Ele deve "ter a primazia em todas as coisas". Do coração prestamos homenagem a Ele, a Cabeça do Corpo, da Igreja, porque toda glória é devida a Ele.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 25: 1 - 14; Romanos 2: 1 - 7

Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes. 1 Coríntios 15: 33

Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei. 2 Coríntios 6: 17

Abstende-vos de toda aparência do mal. 1 Tessalonicenses 5: 22.

Deus nos chama em muitos lugares em Sua Palavra para nos mantermos afastados do mal. Por um lado, isto significa que nós mesmos não devemos fazer nada de mal, mas por outro lado, também não devemos ter comunhão com pessoas que vivem no mal. Sem esta separação do mal não há santidade prática e não há gozo de comunhão com Deus.

Mas, como em todas as outras áreas, nossa carne pode desempenhar um papel perigoso em nossa separação do mal. Então, por exemplo, o motivo da separação não é para agradar a Deus, mas para agradar às pessoas. Mas qual é o valor da separação do mal se ela vem de uma mentalidade errada e não da comunhão com Deus e do amor por Ele? Sinais disso podem ser vistos quando alguém repetidamente cobra a separação sem apontar a motivação espiritual e o poder divino necessários para implementá-la.

Sem esta motivação e fonte divina, o isolamento não só parece oco, mas repulsivo. Aqueles que se separam sem estar em comunhão com Deus são simplesmente hipócritas, não testemunhas de Cristo, o "Santo e verdadeiro" (Apocalipse 3: 7). É muito importante, portanto, que não nos separemos apenas externamente do mal, mas que nossa separação venha da raiz correta: de uma boa orientação do coração. Pois somente na confiança em Deus, no amor por Ele e na fidelidade à Sua Palavra recebemos a força espiritual que faz de nossa separação uma testemunha confiável para Ele.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 24: 1 - 10; Romanos 1: 18 - 32

E Deus disse: Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então, disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. Gênesis 3:11, 12

A única resposta correta à pergunta de Deus teria sido um simples sim. Em vez disso, Adão não confessa o que fez até a terceira parte da sentença. Primeiro Adão diz: "A mulher que me deste". Ao fazer isso, ele atribui indiretamente alguma cumplicidade a Deus. Este método ainda está em uso hoje em dia. "Onde está Deus?" é a pergunta feita quando ocorrem guerras, ataques terroristas ou tumultos. Não se considera que estes eventos sejam precisamente a conseqüência de o homem ter se distanciado de Deus.

 

Então, Adão diz: "Ela me deu". Também podemos encontrar esta tentativa de colocar pelo menos a maior parte da culpa sobre os outros com bastante freqüência na vida: "A. começou", ou: "B. me persuadiu a fazê-lo".

Uma terceira maneira de se justificar, pelo menos em parte, é apontar para circunstâncias difíceis que podem ter um efeito atenuante na punição.

E se alguém não pode transferir a culpa para Deus, para outras pessoas ou circunstâncias, ele pelo menos tenta banalizar o incidente: " Mas não foi tão grave assim".

Encontramos uma diferença em Davi, quando Deus o convence de seu pecado através do profeta Natã. Davi não encobre nada; ele diz claramente: "Pequei contra o SENHOR". Ele vai até a raiz do mal e reconhece que o pecado surgiu em seu próprio coração.

Se, como Davi, confessamos honesta e sinceramente nossa culpa, a resposta de Natã é igualmente aplicável a nós: "Também o SENHOR traspassou o teu pecado; não morrerás" (2 Samuel 12: 13; Salmo 51).

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 23: 16 - 40; Romanos 1: 8 - 17

Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos. Judas 3

O Senhor Jesus é o autor de nossa salvação (Hebreus 2: 10). Nele possuímos grandes riquezas: redenção, perdão, reconciliação, justificação e muito mais. As verdades da salvação são um tema que nos traz alegria quando pensamos nelas em detalhes. Judas obviamente também sentiu esta alegria; portanto, ele quis apresentar este tema aos destinatários de sua carta. Mas as coisas acabaram sendo diferentes. Em vista dos grandes perigos, Judas foi conduzido pelo Espírito Santo a chamar para uma luta pela fé. "Fé" aqui significa a fé cristã, como proclamada ou escrita pelos apóstolos. Ela foi revelada aos apóstolos e uma vez transmitida aos crentes. Assim, ela não está sujeita ao conhecimento científico progressivo.

 

Infelizmente, temos que notar que o ensino dos apóstolos é fortemente atacado - especialmente as cartas do apóstolo Paulo. Este já era o caso no tempo de Judas e tem continuado até hoje. É por isso que nos pede para lutar pela fé, para defendê-la. Devemos manter firme "o modelo das sãs palavras" e rejeitar "doutrinas várias e estranhas" (2 Timóteo 1: 13; Hebreus 13: 9).

Uma ilustração memorável é fornecida pelo breve relato de Sama: este herói de Davi defendeu com sucesso um campo de lentilhas, ficando no meio dele (2 Samuel 23:11, 12). Nós também só podemos defender sobre o que "colocamos nosso pé", o que se tornou nossa posse espiritual.

Às vezes é preciso muita força para lutar pelo bem da fé, mas o Senhor nos dá uma perspectiva maravilhosa ao fazer isso:

"Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa!" Apocalipse 3: 11

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 23: 1 - 15; Romanos 1: 1 - 7

O que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará. Deus ama ao que dá com alegria. Graças a Deus, pois, pelo seu dom inefável! 2 Coríntios 9: 6, 7, 15

Um homem rico que se contava um cristão orava freqüentemente com sua família para que Deus cuidasse dos pobres e infelizes. Mas quando alguém necessitado tocava a campainha de sua porta, ele respondia prontamente que não tinha nada supérfluo para dar.

 

Muitas vezes, seu filho pequeno havia testemunhado tristemente tais cenas quando seu pai mandou os pobres embora. E ainda assim, durante as orações noturnas, ele sempre o ouvia orando pelas pessoas que não tinham as necessidades mais básicas.

Um dia ele disse: "Pai, eu gostaria muito de ter seu dinheiro". - "O que você faria com ele, meu filho?" - "Eu o usaria para responder suas orações".

Isso não acontece conosco também, que fazemos boas orações sem realmente ficarmos comovidos com o que estamos pedindo? Não esquecemos muitas vezes em nossas orações que a resposta deles tem muito a ver com nossa própria responsabilidade?

Em quantas ocasiões lemos nos Evangelhos que nosso Senhor repreendeu os fariseus hipócritas: muitas vezes eles tinham em mente apenas seu prestígio religioso e seus próprios interesses sob o pretexto de belas orações.

Em total contraste com isso, o Senhor Jesus Cristo nos mostrou verdadeira dedicação e como esquecer a si mesmo e participar dos problemas dos outros - como convém a todos os que se chamam cristãos.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 22: 13 - 30; Lucas 24: 44 - 53

E tomou o seu cajado na mão, e escolheu para si cinco seixos do ribeiro, e pô-los no alforje de pastor, ... e lançou mão da sua funda. 1 Samuel 17: 40

Como um jovem pastor, Davi é bom com sua funda. E no entanto, quando Davi confronta o gigante Golias, ele não confia em sua experiência. Ele sabe pela fé que "do SENHOR é a guerra" e que ele confronta Golias "em nome do SENHOR dos Exércitos" (v. 47, 45).

 

Para sua funda, Davi tirou cinco pedras lisas do riacho. E uma única pedra matou o poderoso inimigo. Aplicando isto a nós, podemos ver palavras bíblicas individuais nestas pequenas pedras lisas. Quando vivemos na dependência de Deus, Seu Espírito pode nos guiar a escolher uma palavra bíblica adequada para derrotar o inimigo. Vemos isto também com nosso Senhor: 1000 anos depois de Davi, o Senhor Jesus foi tentado por Satanás, o grande inimigo, no deserto. Três tentações individuais desta época nos são relatadas. A cada uma delas o Senhor respondeu com uma única "palavra da boca de Deus" e pôs Satanás em fuga (Mateus 4: 1-10).

No caso de Davi, é notável que ele recusou a ajuda humana quando Saul quis dar-lhe sua armadura. Davi não estava acostumado a tal coisa, e isto não era uma deficiência: ousadamente ele disse a Golias que "o SENHOR salva, não com espada, nem com lança" (v. 39, 47).

Para nós hoje é semelhante: "As armas de nossa guerra não são carnais, mas divinamente poderosas" (2 Coríntios 10: 4). Com muita freqüência, os crentes combatem as pessoas com meios e métodos do mundo terrestre e não estão conscientes de que os poderes espirituais estão operando nos bastidores. Uma dessas ferramentas inapropriadas seria se envolver com a política do mundo a fim de alcançar resultados espirituais. Em vez disso, vamos nos engajar na guerra espiritual - com o poder da Palavra de Deus e somente em nome de Jesus Cristo.

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 22: 1 - 12; Lucas 24: 28 - 43

Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. João 20: 21

A comissão para os discípulos

Que reunião no dia da ressurreição de Jesus! Os discípulos estão reunidos com os corações perturbados e temerosos, quando de repente o Senhor ressuscitado vem em seu meio e proclama a paz. A visão do Senhor Ressuscitado transforma seu medo em alegria. Finalmente, eles têm a certeza alegre: Ele ressuscitou verdadeiramente! Os discípulos presentes certamente se lembram deste encontro especial para o resto de suas vidas.

Então o Senhor lhes dá uma missão: Ele os envia para o mundo, para o povo incrédulo. De acordo com o caráter do Evangelho de João, o Senhor conecta a missão aos discípulos com Seu próprio envio pelo Pai. O Pai O enviou ao mundo, agora Ele envia os discípulos para o mundo.

Sua missão tem sido revelar o Pai; Ele tem cumprido esta missão perfeitamente. "Quem me vê a mim vê o Pai" (cap. 14: 9). A tarefa dos discípulos agora é mostrar Jesus Cristo aos homens.

Desde o Dia da Ressurreição, esta comissão vai para cada discípulo de Jesus. Assim como o Filho revelou seu divino patrão - o Pai - nós também devemos dar a conhecer nosso patrão - o Filho. Através de nosso comportamento e palavras, queremos tornar Cristo visível. Paulo nos lembra que "nos revestimos de Cristo" e somos uma "carta de Cristo". Sim, Cristo deve "tomar forma" em nós (Gálatas 3: 27; 4: 19; 2 Coríntios 3: 3).

Aqueles que nos rodeiam podem realmente ver Jesus Cristo em nossas vidas?

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 21: 1 - 14; Lucas 24: 13 - 27

 

E chegaram à aldeia para onde iam, e ele fez como quem ia para mais longe. E eles o constrangeram, dizendo: Fica conosco.... E entrou para ficar com eles. Lucas 24: 28, 29

Com que amor o Senhor Jesus cuidou de seus discípulos no dia de sua ressurreição! Mesmo a caminho de Emaús, dois deles experimentam seus cuidados pessoais. Ele caminha com eles, os conforta, os admoesta e os instrui. Mas então, no final do caminho, Ele fez como quem ia para mais longe. Por que Ele faz isso? Será que Ele quer mesmo seguir em frente?

 

Sim, e este pensamento é de grande seriedade: com Aquele que é "a Verdade" não pode haver fingimento, não pode fingir-como-se! Ele está realmente disposto a seguir em frente e o faria se eles O deixassem prosseguir. Israel, Sua noiva terrestre, não estava pronta para Ele e teve que experimentar isto (Cantares 5: 2, 3, 6). As religiões e ideologias humanas se impõem, até mesmo usam a violência - não é assim com o Senhor Jesus. Ele está preocupado com nossos corações. Seu olhar amoroso e questionador nos coloca à prova. Podemos nos dar bem sem Ele?

Estes dois passam na prova. Seu "constranger" mostra que aprenderam sua lição com o coração. Portanto, o Senhor Jesus também responde com o coração permanecendo com eles - não mais para ensiná-los, mas para ter comunhão com eles. De Sua mão eles recebem o pão, pois Ele sempre continua sendo o doador.

Será que "constrangemos" o Senhor Jesus como resposta do nosso coração ao Seu esforço? Como é comovente, o fato de Ele esperar por isso! Que grande perda seria se O deixássemos "seguir em frente", quando precisamos de Sua proximidade mais do que nunca - agora que o dia de graça está se aproximando da noite!

Leitura diária da Bíblia: Jeremias 20: 1 - 18; Lucas 24: 1 - 12