De maneira que não se podiam discernir as vozes de alegria das vozes do choro do povo; ... as vozes se ouviam de mui longe. Esdras 3: 13

Esta é a história de um recomeço: muitos judeus voltaram do cativeiro para Jerusalém. Com a aprovação benevolente do rei persa, eles começam a reconstruir o templo que havia sido destruído cerca de 50 anos antes. O lançamento da fundação é acompanhado pelos sacerdotes e levitas com um louvor solene a Deus. O povo responde com grandes vivas.

Mas também os antigos que viram o templo anterior estavam juntos. Eles descobrem que este humilde recomeço não é de forma alguma comparável à grandeza do antigo templo, e isso os faz chorar alto. Agora, a declaração surpreendente de nosso versículo é que esse choro não é uma dissonância com a exultação alegre da multidão. Não, o choro combina-se com a exultação de tal maneira que não se pode mais distinguir dele. Contribui assim para que o som do louvor seja ouvido mui longe.

Isso também não é uma característica de muitos recomeços de hoje - onde quer que Deus dê a graça para reconstruir algo que foi destruído ou deteriorado? Como regra, permanece um resquício de tristeza pelo que não pode ser restaurado. Essa dor, entretanto, deve ser tal que se junte ao louvor a Deus e não interfira nele.

Vamos rever a imagem deste júbilo de agradecimento: a tristeza e o sofrimento podem muito bem emitir um tom grave nele, mas não gera nenhuma dissonância, mas soam juntos e, assim, se une às vozes superiores mais claras para criar harmonia. Então pode ser um testemunho da bondade do Senhor, cujas "vozes se ouvem mui longe",

Leitura diária da Bíblia Números 35: 1-34 - Mateus 18: 15-20