Jó e seus amigos ficaram sentados no chão por sete dias e não disseram uma palavra sequer. Anteriormente, Jó havia aceitado tanto suas pesadas perdas quanto sua doença da mão de Deus. Mas agora, diante do silêncio de seus amigos, seus pensamentos começam a girar. Jó pondera sobre o motivo de seu sofrimento e seu coração se enche de amargura. Como ele não consegue encontrar uma resposta, surgem dúvidas sobre a justiça e a bondade de Deus.
E, então, Jó desabafa: ele amaldiçoa o dia de seu nascimento. Nesse desabafo de desespero, nesse lamento sobre seu nascimento, há quatro pontos que também podemos encontrar em nós mesmos - se os resumirmos em termos gerais.
- Jó pensa em algo que aconteceu no passado. Ele deseja que isso nunca tivesse acontecido (vs. 1-10).
- Em seguida, vêm as grandes perguntas sobre os porquês que costumamos fazer: Por que Deus permitiu que isso acontecesse; por que Ele não impediu? (v.11.12).
- Jó pensa em como as coisas poderiam ter sido diferentes (v. 13-19).
- Jó questiona as ações de Deus em relação às pessoas que sofrem em geral e reclama porque não vê saída (vs. 20-26).
Como um homem de fé como Jó pode se abater dessa forma? Sim, sua fé é genuína; ele não renuncia a Deus. Mas seu sofrimento é tão grave, suas emoções são tão violentas, seu desânimo é tão grande que ele grita sua angústia. Jó sente que Deus o conduziu a um beco sem saída (v. 23). - Somente mais tarde ele reconhecerá a grandeza e a bondade de Deus dessa forma.
Por mais triste e devastador que seja esse capítulo, ele é um testemunho da absoluta honestidade da Bíblia. Ela não encobre nada, mas descreve esse colapso emocional de um homem de fé, mas também nos fala sobre o glorioso resultado. Dessa forma, você e eu podemos nos sentir compreendidos e apoiados se tivermos uma experiência semelhante.
Leitura diária da Bíblia: 2 Crônicas 2: 11 - 18; 2 Timóteo 1: 1 - 7
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