O Salvador sabia o que aconteceria com Ele na cruz. Não podemos imaginar o que Ele sentiu e pressentiu com antecedência. Por isso, a maior reverência e contenção são necessárias aqui.
Esses sofrimentos "pré-sentidos" atingiram seu clímax no Getsêmani. Lá, Ele estava "muito angustiado e aflito", estava "em luta" e orava com mais fervor, de modo que "seu suor tornou-se como grandes gotas de sangue que caíam no chão". Mas ali Ele não lutou com o diabo, nem com a morte, nem com o medo da morte. Não - ao contrário, Ele viu diante de Si o cálice da ira de Deus contra o pecado. O fato de que Ele esvaziaria esse cálice na cruz do Gólgota, de que Seu Deus teria de abandoná-Lo ali em julgamento, só isso causou a imensurável agonia de Sua alma (Marcos 14.33; Lucas 22.44).
Em nosso versículo do dia, o Senhor de fato diz que estava "angustiado" até que Seu batismo fosse concluído. A palavra "batismo" nos faz pensar em Sua morte. No entanto, estar confinado não significa medo da morte, mas algo completamente diferente. Enquanto a obra de redenção não fosse concluída, o Senhor Jesus não poderia deixar seu amor pelas pessoas fluir livremente. Seu amor estava retido em seu coração, por assim dizer, porque a questão do pecado ainda não havia sido resolvida. Pois o pecado ainda estava entre o homem e Deus. Nesse aspecto, Ele foi "constrangido". Em primeiro lugar, as santas exigências de Deus com relação ao pecado tinham que ser completamente satisfeitas por meio do sacrifício perfeito de Jesus Cristo, só então o amor de Deus pela humanidade poderia fluir sem obstáculos, só então a graça poderia fluir abundantemente (Romanos 5:20).
Amor maravilhoso! A própria angústia do Senhor antes de sua morte mostra a grandeza divina e o poder de seu amor.
Leitura diária da Bíblia: 2 Crônicas 8: 1 - 18; 2 Timóteo 4: 9 - 22
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