Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas. Romanos 3: 21

Caráter e missão da lei e do evangelho

Patrick Hamilton (1504-1528)

A lei nos ensina a reconhecer nossos pecados, o evangelho nos dá a cura para isso.

A lei nos anuncia o julgamento, o evangelho a redenção.

A lei é a palavra da ira de Deus, o evangelho a palavra da graça de Deus.

A lei nos leva ao desespero, o evangelho nos dá paz.

Uma disputa entre lei e evangelho

A lei diz: pague o que você deve!

O evangelho proclama: Cristo pagou por você.


A lei nos chama: Você é um pecador miserável, morra sob seu julgamento!

O evangelho prega: teus pecados são perdoados; Deus te dá vida eterna.


A lei ensina que você deve sofrer a punição por seus pecados.

O evangelho prega: Cristo assumiu a punição que você merecia.


A lei diz que a ira de Deus repousa sobre você.

O evangelho ensina que Cristo reconciliou você com Deus através do seu sangue.


A lei pergunta: onde está sua justiça, onde estão suas boas obras, onde está o pagamento que você pode oferecer a Deus? O evangelho responde: Cristo pagou por você, Ele é sua justiça, sua santidade, sua total satisfação.

Mais importa obedecer a Deus do que aos homens Atos 5: 29

Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Apocalipse 2: 10

Não negaste o meu nome. Apocalipse 3: 8

Fiél até a morte

Patrick Hamilton (1504-1528) era bisneto do rei escocês James II. Ele estudou na Universidade de Paris, onde entrou em contato com os ensinamentos de Lutero, e lendo o Novo Testamento rapidamente adquiriu um conhecimento básico da verdade. Ansioso para aprender mais, em 1527 ele viajou para a Alemanha.


Na Universidade de Marburg, Hamilton escreveu seu único livro, Loci Communes. Este livro é baseado no contraste entre lei e evangelho ou entre obras e fé e atesta a doutrina bíblica da justificação pela fé.


Depois de alguns meses, Hamilton sentiu que estava pronto para retornar à Escócia e servir seus compatriotas. Ele estava bem ciente de quão perigoso era esse passo. Pouco depois de voltar para casa, ele se tornou uma bênção para muitos. Muitos de seus parentes e alguns nobres, mas também muitos camponeses e artesãos, aceitaram o evangelho bíblico.


Logo, porém, Patrick Hamilton foi acusado de algumas teses de seu livro de heresias e condenado à morte após um curto processo. Em 29 de fevereiro de 1528, ele foi queimado na fogueira. A execução dolorosa durou seis horas porque a madeira não quis queimar a princípio. Enquanto isso, Hamilton resistia em meio aos sofrimentos a todos os pedidos para desistir de seus ensinamentos. Finalmente, ele orou em voz alta: "Senhor Jesus, receba meu espírito".


Amanhã seguirão algumas teses do livro de Hamilton.

Tende sal em vós mesmos e paz, uns com os outros.

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um. Marcos 9: 50; Colossenses 4: 6

O sal era um conservante importante nos tempos antigos. Evita a deterioração de muitos alimentos quando são colocados nele. Isso também explica o significado da palavra no sentido figurado, especialmente em contextos bíblicos.

Quando a palavra de Deus produz seu efeito no poder do Espírito Santo e opera em nossa consciência e coração, o mal é combatido. Isso significa "sal" compreendido espiritualmente. O Senhor Jesus quer que Seu povo se envolva através de sua influência, tanto que certa vez os chamou de "o sal da terra". Ele mesmo foi exemplo para nós. Onde Ele ia em sua vida, os espíritos eram identificados. O mal foi descoberto e não pôde resistir à sua natureza sagrada. Isso também indica o sal, que foi parcialmente adicionado aos sacrifícios na época do Antigo Testamento.

Mas isso é diferente conosco. Primeiro, precisamos da ação do sal em nós, antes que possamos apresentar algo da santidade de Deus. No nosso interior, devemos constantemente lutar por pureza e santidade. Portanto "tende sal em vós". Isto significa: deixe-se conformar pela santidade de Deus.

Somente então seremos capazes de falar com graça ao nosso redor e, ao mesmo tempo levar em consideração a seriedade da santidade de Deus. Ambos precisam ir juntos. Somente então "aqueles que estão do lado de fora" podem ser beneficiados.

Podemos confiar que "a sabedoria do alto", que é primariamente "pura", nos guiará a encontrar a palavra certa em todas as situações (Tiago 1: 5, 3,17).

E disse Faraó a seus servos: Acharíamos um varão como este, em quem haja o Espírito de Deus? Gênesis 41: 38

O faraó está convencido: José é a melhor opção; Não há alternativa para ele! Ele é o único homem que pode salvar o povo do perigo iminente. Ele é o único competente para administrar como vice-rei todos os bens do Faraó e da terra do Egito. Ninguém é tão sábio quanto ele - um homem "em quem está o Espírito de Deus".

Quando a fome chegou e o povo clamou por pão, o Faraó enviou todos a José: "Ide a José; o que ele vos disser fazei" (v. 55). E de fato: José tem a resposta para as questões e necessidades deles.

Com isso, José é uma figura clara para o Senhor Jesus. Quem é como nosso Senhor? Ele é "o mais distinguido entre dez mil", é o "escolhido" de Deus. Ele é o único a quem Deus pode dizer: "Tu és o meu Filho amado, em quem me comprazo". "Porque nele foram criadas todas as coisas … e todas as coisas subsistem por ele." Não há alternativa para Ele também! Ninguém pode ser comparado a Ele! Ninguém é como ele! (Cântico dos Cânticos 5: 10; Isaías 42: 1; Marcos 1: 11; Colossenses 1: 16, 17).

Sim, ninguém é como Ele: somente Ele é capaz de se tornar nosso Salvador e Redentor. Nele "temos a salvação, o perdão dos pecados", porque "ele fez a paz pelo sangue de sua cruz" (Colossenses 1: 4, 20).

Quão grande, quão único é o Senhor Jesus! Não queremos ir a Ele e fazer tudo o que Ele nos diz? Não queremos nos prostrar diante dEle, prestar homenagem a Ele e adorá-Lo?

"Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder.” Apocalipse 4: 11

Estou como um homem sem forças.

O eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos confins da terra, nem se cansa, nem se fatiga. Salmo 88: 4; Isaías 40: 28

Ambos os versículos da Bíblia falam profeticamente da mesma pessoa: de Jesus Cristo. Ele é Deus, o Filho; Ele é "Deus bendito eternamente". Ele criou o céu e a terra. Todas as coisas são criadas por Ele (João 1: 1, 18; Romanos 9: 5; Colossenses 1: 16, 17). Mas o filho se humilhou e se tornou homem. Quando criança pequena no berço, dependia dos cuidados de sua mãe. Em sua vida, ele conheceu as dificuldades e os problemas desta terra. Ele ficou cansado, sozinho, com fome.

Contudo, o Filho não deixou sua divindade quando se tornou homem: Jesus Cristo é Deus e homem em pessoa. Assim como Ele andou nesta terra, Ele era quem ia "sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder" (Hebreus 1: 3).

Para o observador terrestre, no entanto, a glória de sua divindade estava oculta sob a capa de sua humanidade, assim como a glória do Santíssimo estava oculta por trás do véu do tabernáculo. E o Filho, como homem na terra, assumiu uma posição dependente na qual não queria usar seu poder divino independentemente do Pai (Hebreus 10: 20; João 5: 19, 30).

No entanto, não houve nenhuma mudança na sua própria divindade. E, de tempos em tempos, seu poder divino se tornou visível, especialmente quando Ele trazia os mortos de volta à vida com uma palavra (João 11: 43; Romanos 1: 4).

A humilhação do Filho de Deus foi ainda mais profunda: ele se tornou "como um homem que não tem poder". Ele foi capturado, amarrado, açoitado e crucificado. Como crucificado, Ele ofereceu uma imagem de extrema fraqueza e desamparo. Então ele morreu. No entanto, ele não morreu de exaustão, mas gritou em voz alta e entregou o Espírito. O Filho de Deus tinha autoridade e poder para dar a vida (Mateus 27: 50; João 19: 30; 10: 17, 18).

Disse-lhe Pedro: Ainda que todos se escandalizem, eu, jamais! ... Mas ele insistia com mais veemência: Ainda que me seja necessário morrer contigo, de nenhum modo te negarei. ... Então, foram a um lugar chamado Getsêmani; E, levando consigo a Pedro. Marcos 14: 29 - 33

Pedro ama seu Senhor de todo o coração, mas aqui ele se superestima. E nem sequer se deixa advertir pelas claras palavras do Senhor.

Surpreendente é o que o Senhor faz. Ele não coloca Pedro de lado, como nós talvez faríamos. Não, logo depois ele o leva ao Getsêmani e o escolhe junto com Tiago e João para acompanhá-lo - como alguns de seus melhores amigos, para acompanhá-lo mais um trecho. No jardim, Pedro está presente quando o Senhor os informa da profunda angústia em seu coração (capítulo 14: 33, 34).

O Senhor Jesus leva Pedro, embora ele saiba que Pedro nem vigiará com ele por uma hora, mas adormecerá. Quantas vezes o Senhor me trata com a mesma paciência quando me superestimo ou cometo outros erros. Então o Senhor também me leva e se mostra, e abre meus olhos para sua glória, seu amor, seus sofrimentos. Não é maravilhoso ter um Senhor que não nos deixa cair?

O Senhor não impediu que Pedro caísse, mas o alertou a tempo. E Pedro? Ele não deveria ter percebido o mais tardar no Jardim do Getsêmani quão fraco ele realmente era - incapaz vigiar com o Senhor? Mas a superestimação do discípulo o deixou cego às advertências do Senhor e levou à sua profunda queda. Mas o Senhor Jesus estava ali para Pedro, quando ele falhou e O negou três vezes. Ele olhou para Pedro para convencê-lo e curá-lo. E esse olhar de dor e amor não deixou de produzir seu efeito (Lucas 22: 61, 62).

"Eu repreendo e castigo a todos quantos amo" Apocalipse 3: 19

E os seus discípulos, chegando ao pé dele, rogaram-lhe, dizendo: Despede-a, que vem gritando atrás de nós. Mateus 15: 23

Queridos discípulos,


Vocês notaram, mais tarde, que o que vocês disseram naquele momento realmente não estava certo? Essa mulher não gritou atrás de vocês, mas atrás Dele, seu Senhor e Mestre. Ela queria chamar a atenção dEle por seus gritos.

Eu posso entender que ela incomodou vocês. Vocês queriam ter paz e ela gritava. E não parou. E seu Mestre ignorou os gritos dela. Ficou calado. Isso deve ter irritado vocês, porque, Ele sempre pôs fim a todas as necessidades. Vocês então sugeriram a Ele: "Despede-a", faça-a parar! Vocês realmente queriam que ele fizesse um milagre? Ou Ele deveria rejeitar a mulher e mandá-la embora? De qualquer forma - fico feliz que a mulher não tenha desistido. E que a fé dela cresceu pouco a pouco. Quando ela então se agarrou somente à sua misericórdia, Ele curou sua filha. Os gritos cessaram.

Eu também pensei muitas vezes como vocês. Ou desejei assim. Ou até falei. Infelizmente. Pois, quando uma necessidade me incomodava muito ... ou se para alguém demorava a cair a ficha … ou se alguém tropeçava repetidamente.

Vocês puderam se alegrar da fé da mulher e do milagre na criança depois? E além da alegria da mulher, vocês também perceberam a alegria silenciosa de vosso Senhor e Mestre? Sim, "os seus caminhos [são] mais altos do que os vossos caminhos, e os seus pensamentos, mais altos do que os vossos pensamentos" (Isaías 55: 9). E, claro, também que os meus.

O que vocês experimentaram certamente vos humilhou - mas também deixou felizes. Assim como a mim e outros.

Atenciosamente, um discípulo de hoje.

Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, ... e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus. João 12: 21

Filipe (2)

Filipe não era um discípulo secreto de Jesus, caso contrário, esses gregos não teriam chegado até ele. Mas o pedido deles o embaraça. Pessoas dos povos pagãos perguntam por Jesus! - Jesus não é o Messias, não é principalmente o Redentor do povo de Israel?

Inicialmente, Filipe fala com André, que também é um dos doze apóstolos de Jesus. Então, ambos vão a Jesus com o pedido dos gregos. O Senhor considera isso uma oportunidade para falar sobre sua morte na cruz, necessária para que ele pudesse "atrair todos a si", e não apenas homens de Israel.

Filipe poderia ter ido a Jesus sem André. Por outro lado, os discípulos não são solitários ao seguir o Senhor. Eles O seguem juntos, e é natural que se aconselhem, apóiem e ajudem.

Mais uma vez, encontramos Filipe na Bíblia. Pouco antes de sofrer na cruz, Jesus explica aos discípulos o relacionamento deles com Deus, o Pai. Ele diz: “Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai.” Então Filipe pede: “Senhor, mostre-nos o Pai”, e o Senhor responde interrogativamente: “Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe?" (João 14: 7 - 9).

Este é um ponto essencial da fé cristã: Jesus Cristo é desde a eternidade o Filho de Deus. Como filho, Ele é quem revela o Pai. Deus Pai se torna visível em toda a vida de Jesus, mas também em sua morte e ressurreição. Somente através do Senhor Jesus podemos saber quem é Deus e como Ele é.

E achou a Filipe, e disse-lhe: Segue-me! João 1: 43

Filipe (1)

Filipe vem de Betsaida, na Galiléia, no norte de Israel. Um dia Jesus "o encontra" e imediatamente o chama para segui-lo. As simples palavras "Segue-me!" colocam Filipe diante de uma grande decisão.

Jesus Cristo não insiste com nenhum homem. Ele convida - e o homem precisa decidir se deve ou não atender a esse chamado. Filipe está imediatamente pronto para seguir Jesus. O que o levou a esta decisão?

O próprio Filipe diz: "Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na Lei e de quem escreveram os Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José" (v. 45). Filipe é um daqueles que há muito esperavam o prometido Redentor. Em sua alma, há uma necessidade e uma busca pelo Salvador. E então ele se encontra com o Salvador que busca e salva. Como é fácil dar-lhe seu coração e sua vida! E ao seguir o Senhor Jesus Cristo, os olhos se abrem cada vez mais para ver quem Ele realmente é.

Mais tarde, lemos sobre outra nova experiência desse homem. O Senhor pergunta a ele: "Onde compraremos pão, para estes comerem?" (Capítulo 6. 5). Filipe calcula, quanto dinheiro seria necessário para alimentar tantas pessoas. Mas não é isso que o Senhor quer ouvir agora. Jesus espera uma resposta da fé. Ele mesmo está aqui! Ele, o filho de Deus! Ele cuidará de todo o necessário. Foi o que Filipe aprendeu nesta ocasião. E é disso que os discípulos de Jesus devem se lembrar hoje, repetidas vezes no caminho da sucessão.

(Final amanhã)

Não temas, mas fala e não te cales! Atos 18: 9

No final do outono, apenas algumas pessoas ainda estão sentadas do lado de fora em frente a cafeteria da universidade. Eu distribuo folhetos cristãos.

O garçom sai. “O que você está fazendo?” Eu explico para ele. “Você não tem permissão para isso.” Ele me pede para ir até o chefe. O proprietário é italiano. Quando eu quero explicar para ele com mais detalhes o que é, ele me interrompe: "Diga-me, por que você faz isso?" “Ofereço esses folhetos do evangelho para encaminhar as pessoas ao Salvador, ao Senhor Jesus Cristo."

Ele aperta minha mão e diz: “Tudo bem.” Ele é católico. Ele também acredita que Jesus Cristo é o Filho de Deus e o Salvador. Ele me convida para um capuccino.

No final, é o garçom que me leva até a porta. Ele gostaria de ter uma Bíblia italiana, mas ele não sabe onde comprar uma. “Eu consigo isso para você.” Com grande prazer, deixo a cafeteria, onde entrei com alguma preocupação. Mas o Senhor resolveu todas as dificuldades. Portanto, fui encorajado a não reter a mensagem da salvação em Jesus Cristo. Ele põe sua bênção nisso.

Em nosso tempo desorientado e ímpio, há tantas pessoas carregando um fardo pesado sobre suas almas: o fardo dos pecados que somente uma pessoa pode suportar: Jesus Cristo, o Salvador crucificado e ressuscitado.

Que alegria e bênção estão envolvidos quando confessamos abertamente nosso Senhor!

Sela. Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa ...

Sela. Os homens ... são mais leves do que a vaidade. Salmo 62: 5, 6, 9, 10

Duas vezes aparece “Sela” neste Salmo. Nas duas vezes, a linha de pensamento muda exatamente nesse ponto.

“Sela” significa uma pausa, mas cheia de tensão em antecipação do que vai acontecer. “Sela” é como uma pausa para atenção: “Essa é a minha palavra até aqui” - “atenção, observe como segue!”

Nos versículos 3 e 4, lemos como Davi foi oprimido, e enganado com todo o poder e astúcia do inimigo. Ele se sentia fraco e desamparado. Então um “Sela” segue e ele se desfaz dos pensamentos assustadores e ora: "Somente em Deus, ó minha alma, espera silenciosa". Que o inimigo seja poderoso e astuto - Davi confia em seu Deus. Ele sabe que Deus é sua salvação e glória, e que seu refúgio está nele. E ele incentiva o povo a fazer o mesmo.

Então, novamente segue um “Sela”, e Davi continua: “Os homens ... são mais leves do que a vaidade”. Davi tem em mente a grandeza e o poder de Deus e, portanto, ganha coragem. O inimigo perdeu seu terror para ele. Ele ainda está lá, sem dúvida, mas Davi não tem mais medo dele. Ele é mais leve do que a vaidade - quase um nada!

Estes dois “Sela”, não tem também uma mensagem para mim? Talvez o poder e as mentiras de Satanás estejam me causando inquietação? Então, quero - Sela - confiar em Deus e descansar. Mas talvez eu também siga meu caminho em comunhão e confiança em Deus? Então - Sela - o inimigo, perderá seu terror para mim. Essa pausa muda minha vida! Ela está ali, para mim "para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança" (Romanos 15: 4).

E orou para que, se fosse possível, passasse dele aquela hora. E disse: Aba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres.. Marcos 14: 35, 36

Nossos versículos da Bíblia nos levam às últimas horas do Senhor Jesus antes da cruz. Mal podemos imaginar o que lhe significava esta morte, que estava diante Dele. Seriam dores físicas inimagináveis. Ele fora destinado à tortura e morte dolorosa na cruz. Eles queriam infligir nele a dor mais cruel.

Mas este não foi este o motivo.pelo qual Jesus orou. "Se fosse possível, passasse dele aquela hora". A razão mais profunda era que ele seria "feito pecado"! Ele sofreria o julgamento de Deus em favor daqueles que o mereciam. Portanto, por mim e ti! Isso significaria a maior angústia para Aquele que era sem pecado e "não conhecia o pecado". É por isso que Ele clama a seu Pai "com forte clamor e lágrimas": "Todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice!" (2 Coríntios 5: 21, Hebreus 5: 7).

Sim, para Deus é tudo possível. Mas nesta questão, Deus não age de acordo com Seu poder - e o Senhor Jesus também não quer usar Seu próprio poder. Em vez disso, ele diz: "Se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade" (Mateus 26: 42). Não havia outro caminho, pois Deus viu nossa culpa e viu que não poderíamos salvar a nós mesmos. Somente este caminho poderia trazer os homens de volta ao relacionamento com Ele.

Em seu poder, Deus poderia "tirar o cálice dele", mas não em seu amor! O cálice não pôde passar. Então o Senhor Jesus deixou o jardim da oração e foi à cruz. Lá Ele se entregou, para que possamos voltar a Deus.

E disse Mefibosete ao rei: Tome ele também tudo, pois já veio o rei, meu senhor, em paz à sua casa. 2 Samuel 19: 30

Mefibosete é um homem que sofreu muito em sua vida. Ele foi gravemente incapacitado desde a infância. Não era culpa dele que o reino tivesse caído para o amigo de seu pai Jônatas e não para ele mesmo. Quantos outros não teriam ficado amargurados em sua situação! Mas ele não ficou. Com isso ele está nos dando um sermão hoje.

Quando Davi foge de seu filho Absalão, Mefibosete é caluniado por seu moço, Ziba (2 Samuel 16: 3), de modo que Davi atribui a esse homem todas as posses de Mefibosete. Isso significa uma grande injustiça para este homem já miserável. Aqui, em nosso capítulo, o assunto vem à tona e Davi é forçado a rever sua decisão errada, pelo menos em parte: agora Mefibosete deve compartilhar a propriedade com Ziba.

No entanto, isso não é uma reparação completa, e as pessoas com senso de justiça meneiam a cabeça. Mas como Mefibosete reage? Devemos por nosso nome em seu lugar. "Tome ele também tudo", respondeu Mefibosete. Ele está realmente pronto para renunciar à posse que merece, pela alegria de seu Senhor retornar em paz.

"De onde esse homem tão injustiçado, com tanta frequência, toma esta força?", perguntamos a nós mesmos. A resposta só pode ser: Ele vive na graça! "Quem é teu servo", disse Mefibosete uma vez a Davi, "para tu teres olhado para um cão morto tal como eu?" (2 Samuel 9: 8). Não foi só da boca para fora. Claramente ele vivia constantemente na convicção de que a graça de Deus o conduzia e sustentava. Isso devia ser assim conosco (Romanos 5: 2; 2 Timóteo 2: 1; 2 Pedro 3:18).

Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. João 11: 5

Aparentemente, os três irmãos em Betânia eram bem diferentes um do outro:

Maria amou o lugar aos pés do Senhor Jesus (Lucas 10: 39). Ela tinha um caráter calmo e um profundo amor ao Senhor.

Marta era mais uma mulher prática que se sentia responsável em sua própria casa. Ela viu o trabalho e se atirou nele. Ela foi capaz de avaliar uma situação rapidamente e teve imediatamente uma sugestão em mãos, do que fazer agora. Certamente ela não amava menos o Senhor Jesus (Lucas 10: 38, 40).

E então Lázaro: Até agora ele não havia aparecido; Em João 11, lemos sobre grande fraqueza, doença e morte. E nunca lemos que ele tivesse dito alguma coisa.

Três pessoas muito diferentes - mas o amor do Senhor Jesus valia de modo igual a eles! Ele amou todos eles!

Deus, que se dizia o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, veio à Terra na pessoa de seu Filho e amou Marta, Maria e Lázaro! Ele ainda ama cada um dos seus com o mesmo perfeito amor!

Que aqueles, que eram amados pelo Senhor Jesus também conheciam e viviam em Seu amor, fica claro em suas palavras: "Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas". E o Senhor mostra Seu amor por Ele para os discípulos e diz: "Lázaro, o nosso amigo, dorme" (João 11: 3, 11).

Neste amor do Senhor Jesus, nossos corações sempre podem encontrar a paz novamente - se nosso Senhor ainda espera por alguns dias ou se Ele já veio para intervir em nossa miséria.

Vi também, naqueles dias, judeus que tinham casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. E seus filhos falavam meio asdodita e não podiam falar judaico. Neemias 13: 23, 24

Esse foi um estado triste que Neemias descreve aqui. Alguns judeus, contra a vontade de Deus, haviam tomado mulheres de povos vizinhos. E as consequências podiam ser vistas em seus filhos: eles falavam nas línguas dos povos pagãos. Mas a língua na qual Deus havia dado promessas e mandamentos não era mais compreendida.

Depende de nós qual "linguagem" a próxima geração falará. Se falarmos a linguagem comum do mundo e como eles "falam", nossos filhos falarão ainda menos do que nós a "linguagem da fé" e não permanecerão firmes nesta fé.

Assim, as palavras de Paulo a Timóteo também se aplicam a nós: "Conserva o modelo das sãs palavras que de mim tens ouvido, na fé e na caridade que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós" (2 Timóteo 1: 13, 14).

Inicialmente, o próprio Paulo possuía esse bem antes que pudesse repassá-lo. Então ele teve que apresentá-lo à próxima geração e vivê-lo. A segunda carta a Timóteo mostra como Paulo viveu de acordo com esse bem da fé. E Timóteo, seu "verdadeiro filho na fé", que foi marcado pela influência preservadora de seus antepassados, podia agora, ele mesmo, retransmitir esse bem (1 Timóteo 1: 2; 2 Timóteo 1: 5). Paulo conseguiu comissioná-lo: "Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina" (2 Timóteo 4: 2).

Timóteo conhecia a "linguagem da fé" e não falava "na linguagem de um povo ou de outro". Quão motivador; vale a pena passar "o modelo das sãs palavras" para a próxima geração.

E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis. Colossenses 3: 23, 24

"Meu chefe sempre está presente!"

Um trabalhador crente, uma vez, teve algo a fazer em outro departamento de seu emprego. Quando chegou lá, um colega lhe disse: "Hoje isso não importa para nós; o chefe não está aqui." Então respondeu outro colega, que ele conhecia como cristão: "Meu chefe sempre está presente!"

“Meu chefe sempre está presente!” Esta é uma ilustração clara de nossos versículos bíblicos, hoje. Esse trabalhador crente "acertou na mosca" em poucas palavras.

Todos os cristãos que trabalham em uma posição subordinada devem pensar e agir da mesma forma. Seja trabalhador, empregado, funcionário público ou para qualquer que alguém trabalhe, também em todos os lugares, ele deve considerar que Jesus Cristo é seu mestre, a quem ele quer servir também fielmente na profissão.

É notável que em nosso versículo do dia, Cristo seja citado três vezes como o Senhor. Para os "servos" que são abordados aqui e freqüentemente tiveram senhores terrestres difíceis, isso não apenas trouxe uma obrigação para eles, mas também foi muito encorajador. Foi um grande consolo para eles incluir o Senhor Jesus em suas circunstâncias e fazer seu trabalho "como ao Senhor".

Além disso, como todos os crentes, os "servos" tinham que esperar uma rica herança no céu que estava certa para eles. E, portanto, espera-se de "herdeiros" tão ricos, que aceitem algo pesado na vida terrena. É mais do que compensado pela herança celestial.

Aprendi a contentar-me com o que tenho. Filipenses 4: 11

Aprender a não ter, não é o mesmo que aprender a se contentar.

Em tempos de crise ou em emergências pessoais, somos forçados a aprender a ficar privado de algo. Mas se então aceitamos essas circunstâncias da mão de Deus e, portanto, nos contentamos com ela, é outra questão. Qualquer um que possa ficar satisfeito olhando apenas para Deus fica menos perturbado com a amargura da privação. A sabedoria da vida diz: "pobre não é quem tem pouco, mas quem precisa muito".

O apóstolo Paulo também passou a conhecer privação e fome, porque ele diz:

"Já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece." Filipenses 4: 11 - 13

Então, Paulo aprendeu a ser interiormente equilibrado, mesmo em tempos de falta. Se ele estava saciado ou com fome, com abundância ou falta, ele estava sempre satisfeito com a condução do Senhor. Ele foi instruído em tudo e foi capaz de suportar tudo. A abundância não o deixava confiante e a falta não o desanimava.

Como isso foi possível? Ele diz: “Tudo posso naquele que me fortalece.” O apóstolo não pairava sobre as circunstâncias, mas gostava de seu mestre e sempre estava ciente de sua presença. Nele, ele encontrou sua força. A Palavra de Deus também nos diz:

"Não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força." Neemias 8: 10

… nem cheiro de fogo tinha passado sobre eles. Daniel 3: 27

Os três amigos de Daniel, dos quais isso é dito, serviram a Deus no lugar onde Ele os havia colocado. Quando a tentação se aproximou deles, eles fizeram a vontade de Deus. E quando foram jogados na fornalha, o fogo não teve poder sobre eles. Eles foram libertados, e não se podia sentir o menor cheiro de queimado.

No serviço fiel para Deus, também nós podemos experimentar proteção na tribulação. E depois disso, podemos honrá-Lo pelo fato de que nossas palavras e nosso comportamento nada revelam das dificuldades que superamos e que não se percebe nenhuma lamentação, excitação ou amargura em nós. Então a provação da nossa fé resulta na glorificação do Senhor.

Deus te chamou para o lugar onde você está agora? Você se submete a Ele em tudo? Então Ele irá protegê-lo - na provação, mas também depois. Sua graça e comunhão com Ele impede que o "cheiro de queimado" enfraqueça seu testemunho.

Alguns cristãos passam por profundas provações pessoais sem que outros percebam um cheiro de queimado. Através de sua vida de fé, ele irradia paz, conforto e até alegria, apesar de seu profundo sofrimento.

Onde Deus te quis, e onde você trabalha, pode haver uma atmosfera opressiva e envenenada. Você não deixará que isso o domine; não há cheiro de queimado em você. Talvez você também viva entre formalistas ou pessoas presunçosas, de quem emana algo opressivo ou sufocante. Então fique em comunhão com Deus e seja protegido! A falta de escrúpulo e a justiça própria podem contaminar. Não deixe nenhum cheiro de queimado aderir em você!

Como isso é possível? Somente quando você vive em íntima comunhão com Deus. Viver com Ele e por Ele, que é o refúgio para você.

Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha. 1 Coríntios 11: 26

Quando o Senhor Jesus instituiu sua ceia na última celebração da Páscoa no grande cenáculo mobilado, em Jerusalém, "ele pegou o pão, agradeceu, partiu e deu a eles" com as palavras: "Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós!" E quando os crentes se reunirem desde então para "partir o pão", devem lembrar-se de que o Salvador entregou seu corpo, santo e sem pecado, à morte por deles (Lucas 22: 19; Atos 20: 7). Porque essa é a idéia principal de partir o pão: a memória de sua morte. Sempre que comemos o pão e bebemos do cálice, então, quando agimos de acordo com seu legado, não o fazemos por nós mesmos, mas em sua memória.

E também "fazemos" mais algo quando comemos o pão e bebemos do cálice: Nós anunciamos sua morte, a "morte do Senhor". Somente na primeira carta aos coríntios é que lemos esse significado de sua ceia. Que grande testemunho, é expresso através de um ato tão simples! Ao fazer uso desses "sinais visíveis", testemunhamos sua morte para o mundo visível e invisível. E embora esse testemunho se concentre na morte do Senhor Jesus, não exclui o pensamento de Sua ressurreição, pois proclamamos a morte do Senhor através da ceia do Senhor, "até que Ele venha", até que Ele, o Senhor ressuscitado e glorificado, volte.

A ceia do Senhor nos é dada como instituição permanente e como testemunho permanente de sua morte - o tempo todo que a igreja de Deus está na terra. Assim, essa instituição é tanto uma "ceia memorial" na qual pensamos Nele, como também um "monumento" que proclama simbolicamente sua morte. Ela deve continuar até que Ele volte para levar os crentes. No céu, essa proclamação não é mais necessária.

E, tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor e não aos homens, ... porque a Cristo, o Senhor, servis. Colossenses 3: 23, 24

Serviço para o Senhor

Como é que alguns crentes realizam seu trabalho com sem alegria? Você está cansado da rotina habitual? "Sempre o mesmo", assim também ouvimos irmãs dizerem, que estão cansadas da rotina diária do trabalho doméstico. Muitas vezes, oculto por trás de tais sensações, está um profundo cansaço interior, que basicamente nada tem a ver com a natureza do trabalho e que mesmo com discursos animadores não pode ser dominado.

Alguns podem pensar que a alegria de trabalhar seria evidente se pudessem servir diretamente ao Senhor, por exemplo em missão. Mas, por um lado, nem todo crente é chamado para um ministério de tempo integral e, por outro lado, nosso presente versículo enfatiza o ministério terrestre: "Tudo quanto fizerdes ..."

Todo trabalho podemos e devemos fazer de coração, como para o próprio Senhor. Se deixarmos isso claro, o trabalho que fazemos por amor a Ele não nos deixará sem satisfação interior. Então nós também faremos aquilo que não oferece alegria em si com a devoção que Ele merece. Então, fazemos nosso trabalho com cuidado especial e "não servindo só na aparência, como para agradar aos homens" (v. 22), porque queremos agradar ao nosso Senhor, mesmo que nossa atividade ainda possa ser tão pequena aos olhos das pessoas.

Sejamos motivados: “porque a Cristo, o Senhor, servis” E se estivermos deprimidos, o olhar para a recompensa nos dará um impulso adicional (compare Hebreus 11: 26).

Bem-aventurado o homem cuja força está em ti … Vai indo de força em força.

A tribulação produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança. Salmo 84: 5, 7; Romanos 5: 3, 4

Se um cristão quer "ir de força em força", ele deve estar ciente de que seus recursos estão em Deus. Sabemos disso, mas nossa fé precisa se aplicar aos detalhes da vida todos os dias novamente, para aceitar da mão de Deus, render-se a Deus, esperar por Deus e receber de Deus.

Nossa vida traz consigo dificuldades e sofrimentos - evidentes e ocultos. Como reagimos a essas provas? Não seremos vitoriosos se agirmos como se nada fosse, e também não se nos rebelarmos contra. Mas a fé nos permite aceitar todas as provações da mão de Deus. Nós nos submetemos a Deus; Ele permitiu a provação e sabe o seu fim!

Mas a fé não fica inerte. Pela fé, sabemos o que devemos fazer com o fardo que é muito pesado para carregar: podemos entregá-lo ao nosso Deus e Pai. Na oração, levamos a Ele tudo o que nos sobrecarrega, e a paz de Deus enche nossos corações!

Então podemos esperar fielmente pela resposta de Deus, confiando em Seu amor e poder. Essa confiança produzirá em nós, provação e esperança, essas virtudes preciosas que honram o Senhor.

Finalmente, no momento certo, receberemos a resposta de Deus. Talvez seja uma resposta diferente da que esperávamos, mas certamente uma resposta melhor, porque contribuirá para o nosso crescimento espiritual. Será um incentivo para continuar no caminho da fé.

Ora, o Deus de paz, ... vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém! Hebreus 13: 20, 21

Eu observo o afinador de piano no trabalho. Com um dedo da mão esquerda, ele pressiona as teclas sucessivamente, enquanto que na mão direita segura a chave de afinação, e regula a tensão das cordas. Ele ouve todos os sons com a máxima atenção. Em pequenos passos, ele tensiona ou relaxa a corda até que gradualmente dê o tom certo. O trabalho exige paciência, empatia e precisão que apenas um ouvido afinado e uma mão habilidosa podem ter.

Ao ver isso, penso em nosso Pai Celestial, cujo ouvido ouve tudo o que vem de seus filhos. Quantas notas erradas existem: palavras, ações e pensamentos que o entristecem e não correspondem à sua perfeição! Sinto-me lembrado de que nosso Divino Mestre está constantemente trabalhando para moldar, corrigir e afinar-nos com seus pensamentos.

Senhor, permita-nos ser em tuas mãos "instrumentos" dispostos que produzem "sons" que te agradam! Afina nossas vidas com as instruções de sua santa palavra e o efeito de teu Espírito, para fazer nossos corações vibrarem e proclamar teu louvor!

Sempre estaremos muito atrás do Filho de Deus, que na terra cumpriu todo o bom prazer do Pai. Mas o Pai quer produzir um eco em nossos corações - um eco no qual Ele reconhece algo da beleza moral de Seu Filho.

De sorte que, se alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor e preparado para toda boa obra.  -  Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra. 2 Timóteo 2: 21; 3: 16, 17.

Pré-requisitos para boas obras (2)

Somente quem tem vida de Deus é capaz de fazer obras, que encontram a aprovação de Deus. Com razão, Deus pode esperar dos crentes, que estejam prontos, disposto a fazer tais boas obras (Efésios 2: 8 - 10; Tito 3: 1). Os versículos acima deste texto nos dão mais dois pré-requisitos para fazer boas obras: Devemos separar-nos do mal e ser ensinados pela palavra de Deus.

Se os cristãos querem ser úteis ao Senhor e estar disponíveis a Ele "para toda boa obra", eles também devem ficar longe de todo mal. Qualquer pessoa que mantiver comunhão com heresias, não apenas se exporia à sua influência, mas também expressaria que ele é indiferente a Cristo e sua honra. Então você não seria mais "idôneo para uso do Senhor" e não "preparado para toda boa obra". Nossas obras, mesmo serviços simples e práticos, não seriam para a glória do Senhor.

Também é muito importante que nos deixemos ser ensinados pela palavra de Deus. Afinal, não se trata apenas de fazer qualquer coisa pelo Senhor, mas aquilo de que Ele nos encarregar para fazer. Em comunhão com Ele, quando oramos a Ele e lemos Sua Palavra, recebemos o arsenal de que precisamos. Assim podemos reconhecer as "boas obras" que o Senhor coloca diante de nós e realizá-las em sua homenagem.

Admoesta-os a que … estejam preparados para toda boa obra. Tito 3: 1

Pré-requisitos para boas obras (1)

"Boas obras" são um tópico importante no Novo Testamento. No entanto, o homem nunca pode reivindicar suas obras como um mérito diante de Deus e compensar pecados.

Segundo as Escrituras, as obras dos incrédulos são sobretudo "obras más" ou "obras mortas" (Colossenses 1: 21; Hebreus 9: 14). Repetidas vezes enfatiza, quando se trata da redenção, a salvação, que experimentamos, nossas obras não são os meios, mas apenas a graça de Deus através de Jesus Cristo.

Mas quando alguém nasce de novo, quando experimenta "a lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo", as "obras" são classificadas de maneira bem diferente! Então nós mesmos somos uma obra de Deus, "criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas". Boas obras são então nosso objetivo na vida. Deus nos "preparou", e devemos estar preparados para fazê-las em benefício de outros (Tito 3: 5, 8; Efésios 2. 10).

“Para toda boa obra” - Vamos manter os olhos abertos, para reconhecemos as oportunidades que o Senhor nos dá. Nisso também queremos lembrar que não podemos escolher obras que nos agradam. Não. Nós somos chamados para estar prontos para qualquer boa obra.

À tua disposição, meu Deus e meu Senhor!
À tua disposição, quanto mais, mais!
À tua disposição em alegria e tristeza,
diariamente, toda hora, pronto para Jesus.

(Conclusão amanhã)

Porque assim diz o Alto, o Sublime, que habita a eternidade, o qual tem o nome de Santo: Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o contrito e abatido de espírito. Isaías 57: 15

Três locais de habitação são citados aqui, onde Deus pode e quer habitar.

Primeiro, ele habita "no alto". Este é o seu local de habitação como "o alto, o sublime, que habita a eternidade". "Os céus e até o céu dos céus não te podem conter", e Ele "habita em luz inacessível". Aqui vemos toda a sua grandeza e onipotência (1 Reis 8: 27, 1 Timóteo 6: 16).

Além disso, Deus habita “no santuário". É aqui que ele habita como o que "tem o nome de Santo", o lugar do encontro entre Deus e o homem. Este já foi o santuário terrestre em Jerusalém. Para os crentes de hoje, é o santuário celestial onde eles podem entrar na presença de Deus como sacerdotes "mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas". Aqui se mostra a graça e o amor de Deus (Hebreus 10: 10).

Mas o que diremos do terceiro local de habitação, "com o contrito e abatido de espírito"? - Não é pequeno demais para que o alto e sublime entrar no coração do miserável que, contrito e abatido de espírito! Deus não espera que ele suba à sua altura; Não! Deus vem a Ele "para vivificar o espírito dos abatidos e vivificar o coração dos contritos". Ele é " Pai de misericórdias e Deus de toda consolação" (2 Coríntios 1: 3).

Você está abatido de espírito? Então olhe para Ele e você ficará "iluminado" e teu "rosto jamais sofrerá vexame"! (Salmo 34: 5).

Agradeça a Ele por estar tão perto de você. Você "ainda o louvará na salvação da sua presença" (Salmo 42: 5).

Porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nele, estais aperfeiçoados. Colossenses 2: 9, 10

A influência de falsos mestres ameaçou os cristãos em Colossos com graves perigos, que queriam levar os colossenses "como despojo" do Senhor. As tentações não pretendiam renunciar completamente a Cristo; antes, eles deviam colocar outras coisas ao lado de Cristo. Então eles o perderiam de vista como cabeça. Esses perigos eram: filosofia (sabedoria humana), tradições (estatutos, mandamentos, doutrinas dos homens) e outros elementos do mundo (adoração a anjo).

Deus respondeu a esse desenvolvimento, dando aos colossenses através do apóstolo Paulo, a precedência que o Senhor Jesus Cristo tem em todas as coisas: Ele é em todas as esferas o primeiro, tanto na criação como na igreja e na ressurreição. Cristo é:

• “O primogênito de toda a criação” (capítulo 1: 15);

• “A cabeça do corpo, da igreja” (cap. 1: 18);

• “O primogênito de entre os mortos” (cap. 1: 18) e

• “O cabeça de todo principado e potestade” (capítulo 2: 10).

Os cristãos em Colossos não deviam se ocupar com "sombras" depois de possuírem o "corpo" em Cristo (capítulo 2: 17). O Espírito de Deus descreve a glória do Senhor de uma maneira excelente para eles e, em certa medida, resume tudo na declaração: "Nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade" (2: 9).

E quanto aos crentes, eles estão aperfeiçoados, trazidos à plenitude, Nele! Que declaração tremenda e maravilhosa! Não, os crentes não precisam lidar com "elementos" inúteis, que não podem dar a eles o que há muito têm em Cristo. Agora, uma coisa é importante: apegar-se a Cristo, a cabeça (capítulo 2: 19).

Consideremo-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos. Hebreus 10: 24, 25; Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR! Salmo 122: 1

E onde estão os outros?

Dez leprosos estavam na entrada de uma aldeia. Com suas roupas rasgadas e “cabelos desgrenhados”, eles tiveram que obedecer a lei da Lei Mosaica: "Imundo! Imundo!” (Levítico 13: 45). E ninguém se atreveu a tocá-los. Então eles viram Jesus de longe e gritaram: "Jesus, Mestre, compadece-te de nós!" (Lucas 17: 13). Conscientes de sua miséria, eles apelaram para a graça de Deus. Certamente eles ouviram algo dos milagres de Jesus. que testemunhavam de seu poder e seu amor. E eles não foram desapontados:

"Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados". Assim o Senhor Jesus respondeu à fé daqueles que pediam ajuda (Lucas 17: 14).

O que esses dez leprosos curados fizeram? Nove apenas seguiram o seu caminho. Eles nos lembram os cristãos que foram convertidos, mas que depois apenas estavam satisfeitos por serem salvos. Ou seja, eles estão felizes por Deus ter perdoado seus pecados, mas eles não se importam mais com seu Salvador. Mas o décimo, um samaritano, um estrangeiro, voltou para louvar a Deus e agradecer ao Senhor Jesus. Assim hoje, todo crente devia ser um adorador.

Então o Senhor perguntou: “Onde estão os nove?” Hoje, os remidos se reúnem no Dia do Senhor para adorar e louvar a Deus e ao Senhor Jesus. Se faltamos, então esta pergunta não se aplica a nós?: "E onde está você?"

[João] enviou-os ao Senhor para perguntar: És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? Lucas 7: 19

João Batista conhece bem o Senhor Jesus. No Jordão, ele disse ao povo: "Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus" (João 1: 34). Ele está feliz e convencido de que o Messias prometido chegou.

Mas então a situação muda. João é preso por Herodes. Ele não esperava isso. Obviamente, existem perguntas e dúvidas no círculo dos discípulos de João, mas também em seu próprio coração. João talvez estivesse errado? Afinal, Jesus não é o Messias?

Agora, João está fazendo a única coisa possível e correta: por meio de mensageiros, ele apresenta esta pergunta ao próprio Senhor Jesus. Em sua resposta, o Senhor aponta as muitas maravilhas que Ele faz. Elas são uma marca visível da "Vinda" do Messias. E, finalmente, o Senhor diz a palavra de advertência: "Bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço" (v. 23). Bem -aventurado aquele que pela fé se apega ao Senhor Jesus - mesmo quando o mundo o rejeita, e quando aqueles que creem nele, sentem essa rejeição, ou mesmo quando expectativas há muito esperadas não se cumprem.

Expectativas não cumpridas e decepções que todos conhecemos. Pensamos que o Senhor nos ajudaria a realizar nossos planos, mas as coisas aconteceram de outro modo. Estamos necessitados, contamos com Ele, o grande ajudador, mas nos sentimos abandonados. E agora? Passamos a duvidar?

A resposta que o Senhor Jesus tem para nós, como de João: Bem-aventurado aquele que se apega a Ele! Seus planos e caminhos são frequentemente diferentes do que imaginávamos; mas eles são sempre sábios e bons. Portanto, incentivemo-nos hoje a continuar a confiar nEle e a confiar em Suas promessas! Ele nunca desapontará nossa confiança muitas vezes fraca.

Bendize, ó minha alma, ao SENHOR, ... quem ... te coroa de graça e misericórdia. Salmo 103: 2, 4

As coroas ou louros de vencedor mencionadas no Novo Testamento ainda estão no futuro para os crentes. Eles são um sinal do reconhecimento do Senhor Jesus pelo que foi aprovado em nossas vidas. Mas em nossa palavra do Salmo não se fala em uma recompensa futura, mas em uma coroa com a qual Deus já adorna o crente.

O pecado roubou ao homem toda a verdadeira honra. Na vida dos fiéis, por outro lado, a bondade e a misericórdia de Deus vêm à luz. Essas são as jóias que os coroam e se destacam. Foi a bondade de Deus que uma vez levou você ao arrependimento quando ainda era pecador.

Agora você é filho dele e tem a maravilhosa promessa: "Porque os montes se retirarão, e os outeiros serão removidos; mas a minha misericórdia não se apartará de ti" (Romanos 2: 4; Isaías 54: 10).

Nosso Deus também é "o Pai de misericórdias". Quando você está em circunstâncias difíceis e as fraquezas te oprimem, você pode pensar na palavra: "As minhas compaixões, à uma, se acendem". Sim, suas misericórdias e bondades são "desde a eternidade" e "as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã" (2 Coríntios 1: 3; Oséias 11: 8, Salmo 25: 6: Lamentações 3: 22, 23).

Quão bela é esta coroa nos filhos de Deus! Ela brilha ainda mais. quanto mais notamos a bondade e a misericórdia de Deus em nossas vidas, dando atenção e nos apoiando nelas. Então não seremos mais insatisfeitos ou murmuradores, mas agradecidos. E, ao fazer isso, podemos ser um incentivo e um testemunho para muitos outros.

Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, ... porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração. 1 Samuel 16: 7

Uma narrativa judaica fala de um homem que bateu na porta de um homem rico um dia. De vestido esfarrapado, pediu-lhe acomodações para a noite. Mas o homem rico riu e o expulsou.

Alguns dias depois, o homem apareceu novamente, mas bem vestido. O homem rico não reconheceu o mendigo anterior, e o convidou para entrar. Para o jantar, ele trouxe para o hóspede o melhor vinho da adega. Seu visitante pegou o copo e, obviamente, derramou o vinho desajeitadamente sobre suas roupas. Seu copo foi reabastecido uma segunda, depois uma terceira vez - de cada vez, o vinho foi derramado em suas roupas.

Então o hóspede se virou para o seu anfitrião agora atordoado e disse: "Alguns dias atrás eu vim a você em trapos e você me expulsou. Hoje eu vim com roupas caras e você me convidou. Então você não convidou a mim, mas minhas roupas. É por isso que teu vinho é melhor para minhas roupas”, Com essas palavras, o hóspede misterioso se despediu e se foi.

Isso poderia acontecer comigo também? Que eu vejo o smartphone, carro, casa ou férias de um irmão ou irmã e depois o julgue? Do Senhor Jesus, até seus inimigos tiveram que reconhecer que Ele "não olha a aparência dos homens". O amor que o Senhor me mostrou não deveria me tornar capaz de "por humildade, considerar ... os outros superiores a mim mesmo? (Mateus 22: 16, Filipenses 2: 3 e Tiago 2: 2 - 9).

Disse mais o SENHOR: Eis aqui um lugar junto a mim; e tu estarás sobre a penha. Quando passar a minha glória, eu te porei numa fenda da penha e com a mão te cobrirei, até que eu tenha passado. Depois, em tirando eu a mão, tu me verás pelas costas.  Êxodo 33: 21 - 23

Moisés intercedeu em nome do povo culpado e recebeu a promessa de Deus: "A minha presença irá contigo, e eu te darei descanso." Quando Deus acrescenta: "achaste graça aos meus olhos, e eu te conheço pelo teu nome", Moisés fica tão impressionado que pede: "Rogo-te que me mostres a tua glória!" Deus deve rejeitar esse desejo, porque isso significaria a morte de Moisés, mas Ele não o deixará assim, mas virá a Moisés em graça ( ng. v. 12 - 20).

Que esta palavra de Deus fale conosco em seu significado figurativo: nenhum homem pode chegar diante de Deus em sua terrível glória - isso inevitavelmente significaria a morte para ele.

Mas há um lugar com Deus, há uma penha e pensamos em Cristo. Nele, o homem encontra a fenda de segurança quando Deus, em sua glória judicial, passa neste lugar - a cruz do Gólgota - para julgar o pecado naquele que não tem pecado.

Só então Deus quer abaixar a mão: Olhando para trás, à obra da expiação, o homem, que agora está reconciliado com Deus, pode vê-lo. Ainda mais: Ele pode olhar para "glória de Deus, na face de Cristo Jesus". Isso já é, aqui e agora, o privilégio dos remidos! (2 Coríntios 4: 6).