Em sua última viagem a Jerusalém, o Senhor Jesus permaneceu interiormente solitário, embora Seus discípulos O acompanhassem. Ele tinha muitas vezes tentado dizer-lhes algo do que o movia interiormente. Ele queria que eles soubessem o que o esperava em Jerusalém.
Mas quando Ele falou, de como iria sofrer ali, que seria ridicularizado, injuriado e tratado vergonhosamente, eles só mostraram incompreensão. Como Ele ansiava por sua compaixão! Como Ele deve ter sido magoado por seu comportamento superficial e egocêntrico quando Ele tentou despertar a simpatia deles!
Quando todos os terríveis sofrimentos ficaram tão próximos e impressionantes diante de Sua alma santa e pura, e Ele quis se retirar uma vez mais para o Jardim do Getsêmani para orar, Ele pediu a Seus três discípulos de maior confiança, que ficassem com Ele e vigiassem com Ele. Mas como não entenderam o que moveu seu Senhor, logo adormeceram. Assim, o Senhor Jesus permaneceu sozinho e incompreendido.
Mas havia Aquele que realmente O compreendia e que sabia de Sua aflição de alma e de Seus sentimentos mais profundos: foi o Pai que percorreu este difícil caminho para o Gólgota com Seu amado Filho. "Ambos andaram juntos" (vide Gênesis 22: 6, 8).
Nosso Senhor sabia: o Pai me entende. Ele sabe, como esta zombaria amarga, estas provocações blasfemas e os tratamentos vergonhosos dos homens me machucam. Mas então, nas três horas de trevas na cruz, Deus também teve que se afastar dEle - Aquele que só Ele o entendeu e por causa de quem Ele seguiu este caminho!
Leitura diária da Bíblia: Êxodo 5: 15 - 6: 8; Lucas 2: 8 - 20
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