São chegadas as bodas do Cordeiro, cuja esposa a si mesma já se ataviou, pois lhe foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Apocalipse 19: 7, 8

Neste verso, nos é concedido uma espiada no futuro, no dia em que a igreja (congregação) glorificada, como Noiva do Senhor Jesus, estará de pé na frente de seu noivo, sem "mácula, nem ruga," santa e irrepreensível. Hoje a noiva ainda está sendo santificada, purificada, nutrida e cuidada pela Palavra, por Cristo, mas então ela estará em absoluta beleza diante daquele que a ama infinitamente (Efésios 5: 26, 27).

E se estamos ansiosos por este dia, quanto mais então o Senhor! Ele, que deu tudo para possuir sua noiva, anseia por tê-la consigo. Para ele, o dia das bodas significa a realização de seu amor, a recompensa, o fruto do penoso trabalho de sua alma. Este dia faz parte "da alegria que lhe estava proposta" pela qual ele suportou a cruz do Gólgota (Hebreus 12: 2}.

O vestido. que a Noiva vestirá, revelará o que a graça de Deus tem sido capaz de fazer aos crentes na terra: a "justiça dos santos", o que eles fizeram por amor a Ele. Cristo se regozijará em tudo o que Ele pôde fazer em nós e no que torna visível sua natureza.

Não é um grande incentivo para nós? Cristãos podem não ser reconhecidos hoje, podem ser desconhecidos e mal compreendidos. No entanto, tudo que fizerem para o seu Senhor, será encontrado novamente. No dia das bodas será visível para a glória e a alegria do noivo.

Que incentivo para todo crente no dia de hoje!

Disse Natã ao rei: Vai, faze tudo quanto está no teu coração, porque o SENHOR é contigo.  2 Samuel 7: 3

Depois de anos conturbados e difíceis, o reino de Davi se consolidou. Em muitas dificuldades, Davi experimentou a ajuda de Deus. Agora ele vive em paz em sua casa real. Ele pensa na "habitação de Deus". Naquela época, a arca da aliança era o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo. Ela estava em uma tenda que Davi tinha armado para ela em Jerusalém (capítulo 6: 17). Não seria apropriado construir uma casa sólida para Deus como templo?

Davi compartilha essa idéia com o profeta Natã. Natã imediatamente reconhece as boas intenções de Davi e concorda com seu plano. Tudo está claro pode começar! Mas espere: uma boa resolução não é suficiente, mesmo que um profeta de Deus dê o sua aprovação! Na noite seguinte, Deus comunica a Natã seus planos. Não Davi, mas seu filho Salomão deve construir o templo.

Não experimentamos algo semelhante? Temos um desejo sincero de fazer algo por Deus, algo que basicamente corresponde à Palavra de Deus. Talvez até encontremos crentes que aprovem este projeto. E, no entanto, pode ser que Deus tenha outros planos.

Davi e Natã foram um pouco precipitados. Mas Deus não os culpa. Pelo contrário, Ele usa essa situação para instruir e abençoar Davi. E Davi está profundamente comovido pela sabedoria e bondade de Deus e pela plenitude da bênção que Deus promete. Ele dá glória a Deus e o adora: "Portanto, grandíssimo és, ó SENHOR Deus, porque não há semelhante a ti, e não há outro Deus além de ti" (versículo 22).

Ainda hoje, o Senhor quer abençoar e recompensar aqueles que sinceramente procuram servi-Lo. Vamos apenas perguntar cuidadosamente por sua vontade e esperar por sua orientação!

Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover do céu pão, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia. Êxodo 16: 4

Médico chefe visita o hospital. O paciente, que sofreu um grave acidente, faz uma última pergunta: "Doutor, quanto tempo tenho que ficar assim?" A resposta vem com um pequeno sorriso: "Por enquanto só por hoje!"

Naquele tempo na viagem pelo deserto Deus deu a Israel a mesma resposta: "Diariamente a porção para cada dia". Em seguida o Maná caiu: dia após dia, o suficiente para cada dia, não demais e não de menos.

A mesma resposta que Deus nos dá hoje. Ele não nos dá a força por uma semana ou um mês de antecedência, mas Ele nos dá como precisamos, dia após dia. Então, misericórdia para segunda-feira na segunda-feira, graça para terça-feira na terça-feira. Por que devemos nos preocupar com o que será o amanhã? Especialmente porque o Senhor Jesus nos diz: "Não vos inquieteis com o dia de amanhã". Uma vida de fé é uma vida cotidiana! A graça de Deus é suficiente para cada dia, e a pessoa experimenta sua ajuda e orientação "dia a dia" (Mateus 6: 34).

Os faróis de um carro iluminam em uma estrada escura apenas o próximo trecho da estrada. Se você continuar dirigindo, os faróis iluminarão o próximo trecho da estrada. Assim você chega ao seu destino durante a noite - e nunca andou no escuro. Todo o caminho estava claro, embora apenas uma curta distância estivesse iluminado. Da mesma forma, Deus nos leva: trecho em trecho e dia a dia.

É uma vida de bênção: carrega-se o seu fardo, deprimente como é, a princípio apenas até o anoitecer. Se faz o próprio trabalho, por mais difícil que seja, inicialmente apenas por hoje. Através do poder de Deus, podemos avançar com fé e amor até o sol se pôr. Não é necessário mais que isso! Apenas energia para um único dia pequeno. Só por hoje!

Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos! 

Salmo 133: 1

Alegrei-me quando me disseram: Vamos à Casa do SENHOR! Salmo 122: 1

Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações.  Hebreus 10: 25

Um cristão havia parado de frequentar as reuniões dos cristãos. Não lhe traziam nada - assim pensava ele.

Um dia ele estava sentado diante da lareira, com um servo do Senhor que o visitou. Depois de um tempo, o hóspede pegou a pinça de carvão, pegou uma brasa incandescente no meio do fogo e colocou-a na borda fria externa da lareira.

O pregador pediu ao dono da casa para prestar atenção ao que aconteceria com a brasa. Depois que o pedaço de carvão ficou vinte minutos de fora, o convidado pegou-o na mão e disse ao homem:

"Agora você pode ver o quanto a brasa mudou! Como ela está agora?

"Toda preta", foi a resposta.

"Como se sente ela agora?"

"Quase frio", respondeu o homem.

“Mas como se sentiria ela agora se ficasse com as outras?" Continuou o pregador.

Sorrindo, o homem respondeu: "Agora você me pegou!"

Daquele ponto em diante, este cristão visitou novamente as reuniões dos irmãos.

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações." Atos 2: 42

Quando entrou em casa, os seus discípulos lhe perguntaram em particular: Por que não pudemos nós expulsá-lo? Marcos 9: 28

Esta é uma pergunta importante que os discípulos fazem aqui ao Senhor Jesus: por que não pudemos expulsá-lo?

Um pai trouxe seu filho gravemente doente aos discípulos. Ele é mudo e surdo e possesso demoníaco. E isso desde a infância. É uma ameaça à vida, pois o demônio o joga repetidas vezes na água e no fogo “para matá-lo" (verso 22).

Porque o Senhor Jesus não está presente, os discípulos tentam expulsar o demônio. A ordem para fazer isso foi dada pelo Senhor. Mas eles falham miseravelmente! Então Jesus vem e cura o menino com uma palavra de ordem.

Os discípulos fazem ao Senhor a pergunta quando estão sozinhos com ele. E em sua resposta Ele lhes dá três razões para o seu fracasso: falta de fé, falta de oração, falta de jejum. Sem dúvida, os discípulos eram experientes em expelir demônios; eles provaram que podiam aplicar o poder dado pelo Senhor (capítulo 6: 7, 13). Eles também sabem o que os conecta aos recursos divinos: a oração. E eles também sabem como evitar a distração das coisas naturais e terrenas: através do jejum. Mas aqui lhes falta poder, fé e dependência!

Com que frequência nos parecemos com eles! Conhecemos a Bíblia, temos experiência - mas sentimos que nos falta o poder espiritual! Nos falta a confiança simples e fé confiante no poder do Senhor ...; nós não oramos intensivamente, nem dependentes ...; e temos dificuldade em nos abster e renunciar pelo Senhor e Sua obra. Será de admirar se também nós fracassamos?

Vamos fazer como os discípulos! Procuremos o silêncio com nosso Senhor e façamos as nossas perguntas a Ele!

Por esta causa, eu, Paulo, sou o prisioneiro de Jesus Cristo por vós, os gentios. Efésios 3: 1

O apóstolo Paulo conhecia o sofrimento e a dor por experiência própria. Em 2 Coríntios 11: 23-33 ele dá detalhes sobre isso. Como Paulo suportou tudo isso? Não poderia ele ter se poupado desses sofrimentos? Sim, ele teria, mas a que preço! Mas eram sofrimentos de um tipo muito especial: sofrimento por Cristo e sua igreja.

No serviço do Senhor Jesus e dos Seus, o apóstolo arcou com um tipo especial de sofrimento. Ele sentiu a inimizade de muitos judeus que não queriam ver que a graça de Deus se voltasse para os gentios. Eles não queriam ouvir que Cristo havia "derribado a parede da separação" e "de ambos fez um", os crentes dos judeus e dos gentios - "para que dos dois criasse, em si mesmo, um novo homem, fazendo a paz" (cap. 2: 14, 15). Por Paulo ter esse mandato para proclamar as boas novas e o conselho de Deus às nações, ele sofreu a hostilidade de seus "compatriotas, segundo a carne". Paulo, no entanto, amava e sentia por eles "grande tristeza e incessante dor no coração" (Romanos 9: 1-5).

O apóstolo permaneceu firme. Ele suportou de bom grado todos esses sofrimentos por Cristo e por todos que aceitaram esta mensagem gloriosa. Além disso, Paulo até escreve: "Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós" (Colossenses 1: 24).

As palavras "por vós" também são impressionantes aqui. Isso não significa apenas os crentes em Éfeso e Colossos, nós estamos incluídos nisso. Nós também somos beneficiários da grande graça de Deus e do ministério de Paulo. Com que devoção Paulo proclamou a palavra da cruz e todo o conselho de Deus! Nós também devíamos testificar com zelo e bondade o Senhor e Sua Palavra neste mundo. O Senhor nos dá muitas oportunidades, e também gostaria de nos dar a coragem e alegria para tanto.

E, levantando-se logo diante deles e tomando a cama em que estava deitado, foi para sua casa glorificando a Deus. E todos ficaram maravilhados, e glorificaram a Deus. Lucas 5: 25, 26

Um paralítico é levado ao Senhor Jesus. Jesus vê a fé desse pequeno grupo e diz ao paralítico: "Homem, os teus pecados te são perdoados" (verso 20). Um pouco mais tarde Ele o convida: “Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa" (verso 24). E de fato, o paralítico, que agora estava livre de sua culpa e doença, vai para casa.

E agora é dito tanto do curado como dos espectadores que eles glorificaram a Deus. Como essa glorificação de Deus se expressa? Podemos imaginar um pouco a felicidade da pessoa curada. Há pouco completamente incapaz, agora muito saudável. Como isso aconteceu? Por Deus. Ninguém pode perdoar pecados, exceto Deus somente. Ninguém poderia curá-lo, exceto Deus. É por isso que sua gratidão é direcionada a Deus. Ele reconhece o amor e poder de Deus, revelado a Ele e ele fala a respeito e louva.

Não podemos nós, como cristãos, aprender muito com esse homem? Conhecemos o Senhor Jesus como o Filho de Deus, que veio para nos libertar de nossos pecados e todas as suas conseqüências. Ele morreu por nós. Ele sofreu na cruz o juízo de Deus, que merecemos. Estamos felizes em agradecer a Deus e ao nosso Senhor em oração por sua misericórdia e amor por nós. E em nosso local podemos dizer o que Deus fez para nós.

Os gloriosos atributos de Deus e Suas ações milagrosas levam os crentes a glorificar a Deus com corações agradecidos - diante dEle mesmo e diante dos homens. Desta forma, podemos glorificá-lo e inspirar os outros a contemplar a grandeza de Deus e a glorificá-lo maravilhados.

"Aquele que oferece sacrifício de louvor me glorificará" Salmo 50: 23

E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; ... Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramado em favor de vós. Lucas 22: 19, 20

Quando estamos "reunidos para partir o pão" (Atos 20: 7), percebemos o profundo simbolismo que o Senhor Jesus tem associado ao pão e ao vinho? Embora o pão permaneça pão e o vinho permaneça vinho, mas são sinais muito significativos: Sinal de sua morte.

O pão é uma figura do corpo santo e sem pecado do Senhor Jesus, "levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro". Pois o Senhor não apenas disse: "Isto é o meu corpo", mas também adicionou "que é dado por vós". Ele morreu por nós. Ele não foi morto na cruz como um malfeitor, como seus inimigos o chamavam. Também não como um mártir por uma justa causa ou ideia. Não, a "oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez" veio para salvar e santificar todos aqueles que nEle crêem. "Cristo morreu pelos nossos pecados". escreve o apóstolo Paulo (1 Pedro 2: 24; João 18: 30; Hebreus 10: 10; 1 Coríntios 15: 3).

Esse pensamento poderia nos deixar intocados quando estamos "reunidos para partir o pão"? Existe um "maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos"? (João 15: 13).

O cálice é também um símbolo da morte do Senhor Jesus. O sangue é, de acordo com a Palavra de Deus, o símbolo da alma e da vida. Então o cálice indica que o Senhor Jesus deu a vida por nós. Ao mesmo tempo, o sangue é o meio que Deus ordenou para que os pecados possam ser expiados e perdoados. Somente através da morte do Senhor Jesus as santas reivindicações de Deus podem ser cumpridas e os pecadores cometidos podem ser perdoados. Devemos nos lembrar disso quando bebemos do cálice (Levítico 17: 11, Romanos 3: 25, Mateus 26: 28).

E temos esperança ... a fim de anunciar o evangelho para além das vossas fronteiras.  2 Coríntios 10: 15, 16

Essas palavras nos mostram a compaixão e a devoção do apóstolo Paulo como um exemplo para todos os que se importam com o evangelho. Você também pensa além do seu entorno imediato? Talvez isso signifique para você: até a próxima casa, a próxima rua ou a próxima cidade ou até mesmo "mais distante". Você só pode reconhecer pessoalmente a resposta para isso na presença do Senhor.

Você pensa em pessoas fora do seu próprio ambiente? Entenda-me corretamente: eu não quero que você deixe o seu lugar atual, pelo menos, não antes que você saiba que seu trabalho terminou ali. Mas quero lembrá-lo que o evangelho deve ser espalhado. Significa "além das vossas fronteiras"!



O pastor permanece junto ao rebanho e cuida dele. Mas o evangelista está a caminho para recolher as ovelhas. Deixe que ele pregue o evangelho nos cantos mais escuros e mais remotos do mundo, para que as pessoas sejam salvas lá! Este é o evangelho e o evangelista está lá para isso.

Mas talvez também tenhamos que nos perguntar até que ponto ainda somos responsáveis ​​por "além das nossas fronteiras". Estou convencido. que um cristão que não tem no coração, que a mensagem seja transmitida, está em um estado sério e ameaçador. O mesmo se aplica a uma comunidade de crentes. Aqueles que participam ativamente do evangelho estão em boa saúde (Filipenses 1: 5).

Talvez eu não tenha o dom de um evangelista, e minha contribuição é continuar dizendo algumas palavras sobre minha fé, distribuindo folhetos ou orando por preocupações específicas. Mas uma coisa é certa: somente um cristão que tenha o evangelho em seu coração é espiritualmente sadio. Ele tem olhos que olham para fora.

Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. 1 Coríntios 3: 1

Na palavra bíblica de hoje, o apóstolo Paulo fala aos crentes, isto é, aos filhos de Deus, que têm o Espírito Santo neles (1 Coríntios 6:19). E, no entanto, ele distingue entre "espiritual" e "carnal". O fato de o Espírito Santo habitar em nós não parece nos tornar "espirituais" automaticamente. Para isso, nossa mente e nosso comportamento devem ser determinados pelo Espírito de Deus.

Talvez não consideremos o suficiente que todo o nosso pensamento, fala e atuação venha de uma das duas fontes possíveis. Se tem as características da carne, se é governada por nossa natureza antiga e pecaminosa, então somos carnais. Mas quando nossas expressões de vida nascem da nova natureza e, portanto, do Espírito de Deus, então somos "espirituais". De uma dessas duas fontes, vem tudo em nós. Motivos espirituais e carnais também podem aparecer misturados, de modo que nossas ações são difíceis de interpretar; no entanto, tudo remonta a essas duas fontes (Gálatas 5: 16, 17, 25).

Agora Deus quer que em um crente toda a personalidade - isto é, compreensão, vontade e sentimento - esteja sob a supervisão do Espírito de Deus e seja guiada por Ele. Só então podemos evitar "obras da carne". A carne em si só pode produzir o mal, porque nela "não habita bem nenhum" (Romanos 7: 18).

Portanto, dia a dia, devemos abrir o coração e a mente para a palavra de Deus, pedir em oração pela vontade de Deus e alinhar nossos objetivos à Sua vontade. Então o Espírito de Deus pode nos guiar nos detalhes da vida, e nós "andaremos no Espírito" e nos mostraremos "espirituais".

Não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus. 2 Coríntios 3: 5

O apóstolo Paulo foi, sem dúvida, um homem ativo, que estudava bem sua tarefa e depois a executava completamente. Ele agiu assim tanto antes quanto depois de sua conversão. Para se tornar um homem útil, ele ouvira atentamente seus professores desde muito cedo; e o que ele aprendeu com eles, ele aplicou.

O que ele não sabia antes do encontro com Cristo e o que seus professores não podiam lhe transmitir, era a sabedoria que só pode ser encontrada na pessoa do Filho de Deus (1 Coríntios 1: 30-31). Depois que o Senhor se revelou a ele diante de Damasco, Paulo não quis ouvir ninguém a não ser Ele. Todo o resto ele agora considera perda de tempo, até mesmo prejudicial. Ele queria reconhecer cada vez mais a Cristo e tornar-se mais semelhante ao modelo divino para ter comunhão com Ele e servi-lo.

Seu bom treinamento, vida correta e tudo o que ele poderia ter considerado útil de si mesmo, isto ele descartou. A “destreza” que ele agora precisava no serviço do Senhor veio de Deus.

Nós pensamos de vez em quando ou até mesmo falamos o que nós mesmos aprendemos e produzimos. O apóstolo no entanto não fez nada por si mesmo.

Ainda hoje, a sabedoria e a capacidade espiritual de servir ao Senhor vêm somente de Deus.

"Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não da nossa parte." 2 Coríntios 4: 7

Aproximou-se dele um leproso rogando-lhe, de joelhos: Se quiseres, podes purificar-me. Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão, tocou-o e disse-lhe: Quero, fica limpo! No mesmo instante, lhe desapareceu a lepra, e ficou limpo.    Marcos 1: 40 - 42

Para compreender corretamente a cena aqui, devemos entender o desespero que o diagnóstico de lepra trouxe com ele: Nos tempos bíblicos lepra era, de fato incurável. Isso significava: um exterior desfigurado, membros deformados, solidão desoladora. A lepra era contagiosa - então um leproso era expulso da comunidade do povo.

O homem aqui é um leproso - não sabemos mais sobre ele. Sua imagem causa nojo. Família e amigos deixaram-no. Na verdade, ele está apenas esperando pela morte. Mas até então ele sofre exterior e interiormente. Quando ele vem a Jesus, ele cai "com o rosto em terra" e pede ajuda. Ele está visivelmente desesperado (Lucas 5: 12).

Ele diz: "podes purificar-me ..." Ele está plenamente convencido de que o Senhor tem o poder que ninguém mais tem: o poder de curá-lo. Ele tem fé, até mesmo grande fé! Mas algo o deixa inseguro. E isso depende de tudo: ele não sabe se Jesus quer. Que lamentável, que o leproso ainda não conheça o amor de Jesus! Ele diz: Eu sei que você pode, mas eu não sei se você quer!

Talvez você mesmo esteja em uma situação em que acredita que o Senhor pode. Mas você não tem certeza se Ele também quer? Ou você está se perguntando se ele esqueceu de você? O que o Senhor faz aqui? Profundamente comovido, Ele diz: "Eu quero; seja limpo!" Ele toca o doente, certamente o primeiro toque depois de muitos anos! E imediatamente o doente está curado.

O Senhor Jesus também olha para você com compaixão. Ele pode e quer provar ser poderoso para ajudá-lo e abençoá-lo.

Agora pois, vos encomendo a Deus e à palavra da sua graça, àquele que é poderoso para vos edificar. Atos 20:32

Em seu discurso de despedida aos anciãos de Éfeso, o apóstolo Paulo indica duas ameaças principais para os crentes: "lobos vorazes" penetrariam do lado de fora para dentro do rebanho de Deus, e "não pouparão o rebanho". Porque lobos penetrarão no meio do rebanho? Eles penetram para espalhar e destruir - para prejudicar ao máximo o rebanho. Mas não é só isso: do meio dos próprios cristãos, "se levantarão homens falando coisas pervertidas". Seu objetivo não seria dirigir os discípulos ao Senhor Jesus, "para o grande pastor das ovelhas", mas para "afastá-las de trás dEle" (v. 29: 30, Hebreus 13: 20).

Dados esses perigos, Paulo não os encomenda a alguma ajuda humana. Ele não diz que os apóstolos teriam sucessores que estivessem vestidos com autoridade oficial como eles mesmos. Não, Paulo os encomenda a Deus e à palavra de sua graça.

Poderíamos ter melhor proteção do que o grande e todo-poderoso Deus? Paulo "confiou" ou "entregou" o rebanho a Ele. Ele os colocou, por assim dizer, nas mãos de Deus, que adquiriu este rebanho, sua congregação, ou igreja, através do "seu próprio sangue" (verso 28).

Em segundo lugar, Paulo confiou os crentes à "Palavra da Sua Graça". Que necessidade temos, além da proteção e preservação de nosso Deus, também a orientação e direção por meio de Sua Palavra. Caso contrário, como poderíamos, com profunda convicção, dar certos passos de fé? Onde mais podemos obter clareza para reconhecer claramente e rejeitar as "coisas erradas" que chegam aos nossos ouvidos?

Somente "a palavra de sua graça" pode realmente nos edificar ou nos fortalecer. "Pode tornar-te sábio para a salvação" de todo perigo (2 Timóteo 3: 15).

Refrigera a minha alma Salmo 23: 3

O pastor fortalece e refrigera suas ovelhas - às vezes de forma bem diferente do que elas esperam!

Pastor Wilhelm Busch (1897-1966) conta como uma canção o tirou da depressão mais profunda:

"Eu era pastor em uma área onde tudo estava espiritualmente morto. E lá, onde o evangelho funcionava, havia resistência. E aconteceram alguns erros próprios. Depois sofri de fortes dores nas costas, o que só era suportável quando andava de bicicleta. Eu estava cansado, desapontado, desanimado.

Quando estava de bicicleta num dia quente de verão, de repente ouvi cantar. Vinha de um bar. Então, curiosamente passei pelas janelas abertas e tentei ver o que estava acontecendo. No meio de pessoas em mesas e balcões, estava um grupo de jovens que estava cantando:

0h, que você poderia crer
que você veria milagres.
Seu Jesus estaria
sempre ao seu lado.

Obviamente ninguém ouvia os cantores, mas era como se meu mestre tivesse falado comigo e quisesse me refrescar com a canção. Mais tarde, me arrependi de não ter apertado as mãos dos cantores, talvez com toda a rejeição eles precisassem de encorajamento."

Muitas palavras da Bíblia, sejam cantadas, ditas ou escritas, ainda existem hoje, para algo o qual não se destinavam. Mas nosso Senhor sabe quando, onde e como o refrigério certo alcança seu objetivo: "assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei" (Isaías 55: 11). Notemos hoje, bem conscientes estas evidências do Seu cuidado e amor!

O SENHOR é a minha força e o meu cântico; ele me foi por salvação; este é o meu Deus; portanto, lhe farei uma habitação; ele é o Deus de meu pai; por isso, o exaltarei. Êxodo 15: 2

Depois que o povo de Israel foi resgatado do Egito, lemos pela primeira vez um hino de louvor na Bíblia.

Os israelitas realmente tinham motivos para cantar. Deus os salvou do anjo do juízo através do sangue do cordeiro da Páscoa, e finalmente os libertou definitivamente de seus inimigos através do Mar Vermelho. Agora eles estavam seguros e a caminho da terra que Deus queria lhes dar. Seus corações estavam cheios de louvor e agradecimento por aquele que os havia salvo.

Sim, somente os salvos podem realmente louvar a Deus e agradecer-Lhe. Nós também devíamos sempre ter uma canção em nossos corações que trata dEle, nosso Deus, seu fazer, seu poder e glória! É a Expiação do Senhor Jesus, "a redenção que há em Cristo Jesus", que hoje faz tinir nossos corações e abrir nossas bocas para um "novo hino", um "louvor ao nosso Deus".

No Antigo Testamento lemos repetidas vezes como o povo expressou sua alegria, seus agradecimentos a Deus através de canções e cânticos de louvor.

Nós, crentes hoje, que estamos muito mais próximos de Deus do que Israel, não temos muito mais motivos para fazê-lo? Sim, o pai procura corações de gratidão; seu coração anseia pela canção de seus remidos. "Por meio de Jesus, pois, ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome" (Hebreus 13: 15).

Aqui, "no deserto", podemos começar com o que continuaremos eternamente na casa do Pai com todos os redimidos.

Conheço as tuas obras, sei que não és frio nem quente. Antes fosses frio ou quente!  Apocalipse 3:15

A Palavra da Bíblia de hoje fala de pessoas que nadam no fluxo do cristianismo, muitas vezes ostentando prerrogativas cristãs e, no entanto, na realidade, não possuem nada. Eles dizem: "Estou rico, conquistei muitas riquezas e não preciso de mais nada”. Mas o Senhor Diz: "Contudo, não reconheces que és miserável, digno de compaixão, pobre, cego e que está nu!" Não é deprimente?

Uma confissão cristã "herdada", a complacência e uma formalidade praticada: Tudo isso pode levar a um tal estado de lassidão que o Senhor precisa dizer: "porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca" (Apocalipse 3: 16, 17). "Quem dera fosses frio ou quente!" - Isso significa: Pelo menos tome uma posição clara!

Não é todo mundo chamado para uma decisão? Em meio à saciedade geral e à indiferença, o Senhor busca pessoas que abram o coração a ele. Ele lhes promete sua preciosa comunhão: "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo." (Apocalipse 3: 20).

É preciso coragem para dar um passo, que os outros não entendem, mas não há outro caminho para a paz com Deus e a comunhão com o Senhor Jesus.

Você não quer levar a sério hoje? Confesse sua falha ao Senhor Jesus; diga a Ele que deve ser diferente com você; creia no poder expiatório de seu sangue, que fluiu na cruz do Gólgota! Você encontrará perdão dos seus pecados, e Ele, o Senhor, vai transformar sua vida.

No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi ao Senhor assentado sobre um alto e sublime trono .... serafins estavam acima dele ... E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. Isaías 6: 1 - 3

Este espectáculo, que Deus concedeu ao profeta Isaías, foi uma apresentação especial. Ela está ligada com a nomeação do profeta: Isaías foi enviado a um povo, que em geral não estava mais disposto a ouvir a Deus. O profeta precisava de forte apoio para sua fé. Este apoio consistiu de um profundo sentimento da grandeza e glória de Deus. "Isaías disse isso quando viu a sua glória e falou dele." A partir dessas palavras em João 12: 41, percebemos que essa glória finalmente indica o Senhor Jesus.

Mas esse espetáculo teve outro efeito no Profeta: Isaías exclama:
 
"Ai de mim, que vou perecendo! Porque eu sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios; e os meus olhos viram o rei, o SENHOR dos Exércitos!” Isaías 6: 5

Ele está consternado com sua própria inutilidade e incompetência. Mas um dos serafins toca seus lábios com uma brasa incandescente do altar. Como resultado, a boca de Isaías é consagrada, por assim dizer, para o ministério profético.

Quanto mais forte seria nosso testemunho como filhos de Deus no mundo, mesmo se estivéssemos mais cheios da grandeza e glória do nosso Deus!

Quão mais crível seria se falássemos mais - tendo nossa inaptidão diante dos olhos - na verdadeira consagração, como somente o sacrifício de Cristo pode nos conceder.

Contemplemo-lo mais!

E, na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo! Atos 23:11

Talvez às vezes gostamos de estar sozinhos, por exemplo, à noite, depois de um dia agitado, que também trouxe alguns problemas. Mas a solidão que se estende por um longo tempo é algo completamente diferente. Ela é difícil de suportar. E o que dizer da solidão interior que hoje é o destino de tantas pessoas? É difícil não ter ninguém com quem você possa compartilhar sua dor quando for necessário.

Mas há Um que sofreu a maior solidão, para que ela nos fosse poupada: o Senhor Jesus se fez homem, participou de nossas circunstâncias de vida terrenas, para nos compreender por experiência e carregar nossos fardos.

Ele convida a todos: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos" Ele aprendeu o que isso significa, ficar sozinho. Ele aprendeu do lado exterior: "o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça" (Mateus 11: 28, Lucas 9: 58). Mas ele também experimentou a solidão interior que é mais dolorosa: incompreendido pelo povo ao qual Ele queria dar a conhecer o amor de Deus, e incompreendido por seus discípulos. Solitário, Ele permaneceu em Sua crucificação frente ao ódio do povo.

Sozinho - em uma forma única sozinho - nas horas de trevas, quando o Deus justo o castigou por causa dos nossos pecados quando Ele exclamou: "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?"

Com base na sua obra de salvação, ele pode dizer aos seus: "Não vos deixarei órfãos" e "eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos" (João 14: 18; Mateus 28: 20). Ele sempre cumpriu essa promessa, e Ele a manterá até o fim, para você e para mim!

Não matarás. Êxodo 20: 13

O mundo de povos reconhece que não se deve matar e pune assassinos por suas ações responsáveis. No entanto, muitos filmes, séries de televisão e romances tratam o assassinato brutal como se fosse um assunto completamente inocente que poderia servir à distração e diversão. Como cristãos precisamos nos perguntar: o que é mais importante, a emoção ou o mandamento de Deus?

Muitos dizem: "Tudo isso é apenas ficção, sem relação com a vida real". E, no entanto, há criminosos que seguem cenas brutais em filmes ou jogos de computador e agem da mesma maneira. Além disso: pode um cristão ver cenas de assassinato e violência ou mesmo imoral com uma consciência limpa para seu entretenimento? Não há interação entre o que se absorve e o que se faz?

O próprio Senhor Jesus revela essa interação: "A candeia do corpo são os olhos". Nossa mente é influenciada pelo que vemos. Ele prossegue dizendo: "Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso". O mal que olhamos terá uma má influência em nossas mentes (Mateus 6: 22, 23).

A causa está em nossa natureza pecaminosa, que encontra prazer com o mal. Isso também se aplica aos inúmeros livros ou filmes nos quais os limites divinos para a sexualidade vivida são desconsiderados. Quem procura entretenimento e dispersão onde a ordem divina é pisada, contribui ativamente para que suas inibições do pecado se tornem cada vez mais baixas. Portanto, o aviso e a promessa do profeta Isaías são muito relevantes para nós:

"O que anda em justiça e que fala com retidão, que arremessa para longe de si o ganho de opressões, que sacode das suas mãos todo o presente; que tapa os ouvidos para não ouvir falar de sangue e fecha os olhos para não ver o mal, este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, e as suas águas serão certas. Os teus olhos verão o Rei na sua formosura e verão a terra que está longe.” Isaías 33: 15 - 1 7

Porque Deus,... é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém, esse tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.

2 Coríntios 4: 6, 7

A resistência ao gelo

Era inverno e geadas severas cobriam a terra. O jardim não foi poupado. As plantas restantes foram cobertas com uma espessa camada de geada. Toda a vegetação parecia destruída.

Mas, à medida que o tempo ficava mais ameno, o gelo derretia, e agora os canteiros de alho-poró, alface de cordeiro e salsa de inverno mostravam seu verde no meio de outras plantas que tinham se tornado negras devido à geada.
O contraste é impressionante: antes da geada, todas as plantas eram verdes, e agora apenas as folhas de algumas espécies retiveram sua vitalidade. Embora anteriormente eles tivessem apenas folhas tenras como as outras, o Criador lhes deu a habilidade notável de suportar a geada.

Amigos crentes, incluindo nós, somos espiritualmente muito fracos, mas o nosso Salvador-Deus colocou em sua graça em nós um tesouro: sua vida, o próprio Cristo.

As provações, que são o destino de todas as pessoas, também nós não somos poupados. Às vezes choramos e suspiramos de pesar e tristeza, mas não nos afligimos como "aqueles que não têm esperança" (1 Tessalonicenses 4: 13).

O Senhor Jesus, nosso grande amigo, nos ama! Nunca vamos duvidar disso! Com todas as lágrimas e dores, temos uma alegria profunda porque Ele está perto de nós. Em nossa fraqueza, Ele quer nos dar repetidas vezes Sua graça e força, o que é suficiente para todas as necessidades e dificuldades (2 Coríntios 12: 9), para que a luz divina possa irradiar em nós.

O Senhor zelou por eles com paciência, no deserto, durante cerca de quarenta anos.  Atos 13: 18

Em seu sermão na sinagoga de Antioquia, Paulo menciona o êxodo de Israel do Egito e a entrada na terra de Canaã (v. 17, 19). No meio, está esta curta frase sobre a longa e perigosa jornada do povo através do deserto.

Paulo não descreve os detalhes da jornada, nem os numerosos obstáculos, nem os freqüentes fracassos do povo. Ele simplesmente diz o que Deus fez a seu povo neste tempo: Ele os carregou, como uma ama um bebê; Ele cuidou e tratou deles. Tudo isso é indicado na palavra "zelou".

Até mesmo Moisés diz da jornada no deserto: "viste que o SENHOR, teu Deus, nele te levou, como um homem leva seu filho, por todo o caminho que andastes" (Deuteronômio 1: 31). "Carregado" e "cuidado", este é o resumo animador desta jornada difícil na perspectiva de Deus!

Nós também estamos em um mundo cheio de perigos, armadilhas e seduções, muito parecido com Israel no deserto. Isso levanta a questão: podemos nos sentir confortáveis ​​neste "grande e terrível deserto", podemos estar bem? Obviamente, sim, porque se o próprio Deus cuida de nós e nos carrega. então não há obstáculos ou deficiências intransponíveis em que Ele não possa ajudar (Deuteronômio 8: 15).

Se aplicarmos a nós, espiritualmente a viagem no deserto pelos israelitas: quando estamos bem? Muito simples: se recebemos o que precisamos para a jornada, então estamos bem: orientação divina que nos dá uma direção clara de estação para estação e nos ajuda a superar todos os obstáculos e alimento divino que nos dá força espiritual e saúde. Ambos são encontrados na Palavra de Deus - no Senhor Jesus. À medida que nos nutrimos e somos guiados por Ele, experimentamos hoje que somos "cuidados" e "tratados" no deserto.

E, o levaram para fora, a fim de o crucificarem. E constrangeram um certo Simão Cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do campo, a que levasse a cruz.   Marcos 15: 20, 21

Simão de Cirene veio do campo. Ele terminou seu trabalho matinal antes do calor do dia. Como estrangeiro, ele não estava entre a multidão que exigia em voz alta a morte de Jesus desde o amanhecer. Agora ele encontrou a caravana do povo, que levava o Senhor ao local da execução. Soldados, líderes religiosos e o povo faziam insultos e zombavam. Muito atrás, algumas mulheres choravam.
 
Mas Simão evidentemente não queria nada além de seguir seu caminho sem interferir neste evento. Mas ele não podia fazer isso: ele foi forçado a carregar a cruz de Jesus. Com que sentimentos ele fez isso, não sabemos. Pode-se imaginar que ele foi tocado por este "espetáculo" singular, e que seu filho Rufo talvez pudesse ser "o escolhido no Senhor" a quem Paulo menciona (Romanos 16: 13).

Há pessoas ao nosso redor que, como Simão, estão absortas em seu trabalho ou em seus negócios e acham que os sofrimentos de Jesus não são da sua conta? Então queremos dizer-lhes isto: não se pode permanecer indiferente ou neutro diante da cruz de Jesus.

A caravana seguiu para o morro do Gólgota. E como naqueles dias, o mundo hoje está suplantando o Senhor Jesus e acreditando no triunfo. Aqueles que se confessam e crêem nEle são desprezados, e o próprio Senhor lhes diz que todos devem "tomar sua cruz e segui-Lo". Mas, na realidade, este é o caminho do triunfo, porque na cruz Ele foi o vencedor, embora parecesse diferente (Marcos 8: 34; Romanos 8: 17; Colossenses 2: 15).

Portanto, vamos nos confessar corajosamente e não nos envergonhar da cruz!

Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.

Romanos 8: 33, 34

Deus é por nós - é disso que se trata aqui. Quem mais poderia ser contra nós? O texto acima nos dá três descrições, três tesouros: O que somos diante de Deus, o que Deus é para nós, o que Cristo é para nós.

Nós somos "os escolhidos de Deus". Era direito de Deus escolher dentre todos os homens aqueles que Ele queria como filhos, que associaria com Seu Filho Jesus Cristo e aos quais queria dar um lugar na casa do Pai. É por isso que Ele "nos elegeu nele antes da fundação do mundo". Essa é a sua graça! (Efésios 1: 4).

"É Deus quem justifica." Ninguém mais pode nos justificar. Ele encontrou um caminho no qual Ele, como um Deus Santo, pode aceitar pecadores. Esse caminho levou seu Filho à cruz e à morte, pois somente desta forma as justas exigências de Deus referente ao pecado poderiam ser satisfeitas. Agora Deus é justo quando justifica "aquele que tem fé em Jesus" (Romanos 3: 26).

E é Cristo que assumiu completamente nossa causa diante de Deus: Ele morreu - por nós; Ele ressuscitou - por nossa causa; e Ele agora tem o lugar à destra de Deus, em sua presença direta - e usa a si mesmo por nós. Ele quer ter comunhão com você e comigo e fala com Seu Deus sobre nós. Quem poderia nos representar mais efetivamente do que Aquele que morreu por amor de nós e a quem Deus ama porque é seu filho?

Vamos guardar firme: Deus é para nós!

Nasceu-lhe o sol, quando ele atravessava Peniel; e manquejava de uma coxa. Gênesis 32: 31

O Caminho de Jacó (2)

20 anos se passaram desde que Deus apareceu a Jacó em um sonho. Nesse ínterim, ele, que tinha chegado ao irmão de sua mãe com só um bordão, adquiriu grandes rebanhos e se tornou pai de onze filhos e uma filha. Mas mesmo assim, ele permaneceu Jacó, o "suplantador".

No caminho de volta a sua terra natal, Jacó ouve que seu irmão Esaú vem ao seu encontro com 400 homens. Jacó tem grande medo de que Esaú se vingue dele e faz todos os preparativos possíveis para reconciliar Esaú ou salvar pelo menos parte de sua propriedade em um ataque. E então Jacó está novamente sozinho à noite.

Desta vez, Deus aparece para ele na figura misteriosa de um homem e luta com ele. Jacó resiste com todas as suas forças - até que o homem desconhecido desloca seu quadril. Finalmente, ele se agarra ao estranho e exclama: "Não te deixarei ir se me não abençoares”. Então ele recebe o nome de Israel, que significa "Deus prevalece": Ele, que coxeia em seu quadril, triunfante de uma maneira paradoxal, porque ele se permitiu ser vencido por Deus.

Jacó chama o lugar de "Peniel" e confessa: "Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva!" 25-31}. E agora "o sol nasce" para um novo dia. Ele traz reconciliação com Esaú.
Finalmente, Jacó também encontra seu caminho de volta a Betel, onde Deus apareceu primeiro para ele. Ele testifica que Deus respondeu a ele no dia de sua tribulação e estava a caminho com ele (capítulo 35: 3). E em Betel, Jacó-Israel pode finalmente edificar um altar para confessar, e adorar o SENHOR como seu Deus. Na verdade, uma história muito moderna.

Partiu Jacó ... Tendo chegado a certo lugar, ali passou a noite, pois já era sol-posto.  Gênesis 28: 10, 11

O Caminho de Jacó (1)

O nome de Jacó, o ancestral do povo de Israel, na verdade significa "suplantador". E esse nome também correspondia ao seu caráter.

Deus havia prometido que Esaú serviria uma vez seu irmão mais novo, Jacó. Mas Jacó tinha dúvidas e fraudulentamente usurpou a bênção paterna, destinada a Esaú, o primogênito. Esaú jurou vingança contra ele. Por isso Jacó teve que sair de casa e fugir para uma terra estranha. Sua situação é apropriadamente ilustrada pelo pôr do sol que nos ocupa hoje: o sol se pôs; longe de casa, seu caminho o leva para a escuridão da solidão e da estranheza.

Justamente nesta noite, Jacó vê a "escada do céu" em um sonho. Acima dela, aparece o Senhor para ele e renova-lhe suas promessas. Ele promete a Jacó que Ele irá protegê-lo e que Jacó retornará. É incrível que Deus não reprova Jacó por suas fraudes. No entanto, quando Jacó acorda, assusta, - sua consciência despertou nele? - e ele diz: "Quão terrível é este lugar!" (V.12-17).

Mas sua natureza rapidamente recupera o contrôle: Ele oferece a Deus uma espécie de acordo com uma condição: "Se Deus for comigo ...", com a contra-oferta: "o SENHOR será o meu Deus ... e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo” (v. 20 - 22).

Deus pode aceitar tal oferta? Ele não concedeu incondicionalmente a Jacó sua proteção e bênção? Deus trará Jacó de volta a este lugar mais de 20 anos depois, mas até lá Ele fará um grande esforço para colocá-lo no caminho certo.

(Conclusão amanhã)

Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão. Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus feixes. Salmo 126: 5, 6

Não achamos nesta palavra um grande encorajamento para nós? Quando aplicamos esses versos a nós, além de seu significado profético, vemos que os semeadores não estão sozinhos. Eles têm em mente Aquele que conhecia as lágrimas bem antes deles, quando Ele, o Divino Semeador, caminhou sobre esta terra.

É um privilégio podermos semear para Ele - com certeza. Mas a eternidade mostrará que também foi um privilégio experimentar as "lágrimas" que Ele mesmo experimentou tantas vezes. Devemos ser desencorajados quando tudo parece "em vão" e "à toa"? Não, porque assim como para Ele, assim é para nós "o meu direito está perante o SENHOR, e o meu galardão, perante o meu Deus" (Isaías 49: 4).

"Considerai pois aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos! Hebreus 12: 3

No dia da colheita, todas as dores e lágrimas serão esquecidas. Portanto, “não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido" (Gálatas 6: 9).

Vamos nos encorajar: nosso Salvador também conheceu as lágrimas; e seu júbilo compartilharemos com Ele. E os feixes - o fruto das sementes que espalhamos com Ele e para Ele nos sulcos da terra - pertencem a ele. Ele adquiriu "através do sangue de sua cruz".

Os teus olhos verão o rei na sua formosura, verão a terra que se estende até longe.   Isaías 33:17

Entretanto, estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo e habitar com o Senhor.   2 Coríntios 5: 8

O último olhar

Um colecionador de obras de arte estava morrendo. Quando ele viu o crucifixo nas mãos do padre que havia sido chamado para sua cama, ele lançou um olhar interessado para ele e murmurou: "Marfim … obra de Würzburg … valor médio." Então ele fechou os olhos para sempre.

O homem passou sua vida inteira como perito, examinando e avaliando obras de arte: Quem é o artista? De que época vem a peça? E qual o valor disso? Mesmo ante os portões da morte, sua mente não conseguia se desprender.

Conheci um velho que não falava de nada além de suas florestas até o final, como usá-las e que lucro obter com elas. Isso não é miserável?

A Bíblia, por outro lado, nos mostra o grande fim de alguns homens de fé que são totalmente contrários aos nossos exemplos:

O moribundo Jacó adorava a Deus, apoiado sobre a extremidade do seu bordão. E quando seu filho José entregou sua vida, ele não falou aos filhos de seu passado glorioso como o primeiro ministro do Egito, mas deu instruções para a transferência de seus ossos para a terra que Deus lhes havia prometido (Hebreus 11: 21, 22).

Quando Paulo estava prestes a ser martirizado, ele estava instado a "partir e estar com Cristo" (Filipenses 1: 23).

E quando Estêvão foi apedrejado, ele olhou para o céu e viu Jesus à destra de Deus (Atos 7: 56).

SENHOR, SENHOR Deus compassivo, clemente e longânimo e grande em misericórdia e fidelidade; que guarda a misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado, ainda que não inocenta o culpado Êxodo 34: 6. 7

Bondade não significa fraqueza

Às vezes as pessoas dizem: "Deus é tão bom que Ele finalmente salvará todas as pessoas".

Mas bondade não significa fraqueza. O Deus vivo em quem cremos não é apenas amor, Ele também é luz, é santo e justo. Isto é o que a Bíblia diz (1 João 1: 5; 4: 8, 16). É por isso que ela nunca diz que "Deus é bom", como se ouve freqüentemente. O Deus da Bíblia é fiel, Ele mantém sua palavra e realiza o que Ele anunciou e prometeu tanto julgamento como punição, graça e perdão.
Bondade também não significa esquecimento. Por mais antigas que sejam as nossas transgressões, enquanto não confessarmos nossa culpa a Deus, Ele não perdoa e não as "esquece". Mas quando o fazemos, Deus perdoa completamente e para sempre. E isso, não por fraqueza ou bondade, mas porque seu filho Jesus Cristo sofreu o castigo merecido por todos os que crêem Nele. Então Deus pode nos perdoar, - mais ainda - nos justificar. Deus declara que o crente é justo, como se nunca tivesse pecado.

A bondade também não significa compromisso. Não pensemos que Deus tolera o pecado, que Ele reconhece nossas boas intenções e, portanto, ignora "pequenas" mentiras e transgressões e apenas julga as transgressões "graves"!

Deus é justo e ele é amor. Mas ele não é fraco; e ele não pode tolerar o mal. Hoje Ele salva todos os que se voltam para Ele e crêem no Senhor Jesus e em Sua obra de salvação.

E o resto? Deus é completamente justo! Como eles poderiam escapar de seu juízo se eles recusam sua graça?

E, vendo-a os filhos de Israel, disseram uns aos outros: Que é isto? Porque não sabiam o que era. Disse-lhes, pois, Moisés: Este é o pão que o SENHOR vos deu para comer. Êxodo 16: 15

“O que é isso?” Os israelitas perguntaram quando encontraram, uma manhã, algo comestível, desconhecido no chão, no começo de sua jornada pelo deserto. Em hebraico, soava como: "Man hu?" Então, Moisés o apresentou como um alimento novo, que recebeu seu nome: "maná". Foi o que Deus já havia anunciado: "Eis que vos farei chover pão dos céus" (Êxodo 16: 4).

O maná era alimento que satisfazia as necessidades do deserto: onde o solo não produzia nada, Deus enviou "pão do céu", caído na terra pela manhã e que tinha que ser recolhido.


O maná nos aponta para Cristo, que, como "o pão vivo" veio do céu à terra (João 6: 48 - 51). Como ser humano na terra, Ele foi o primeiro e único homem cuja vida esteve em todos os sentidos de acordo com os padrões de Deus. Toda ação, toda palavra, todo pensamento, tudo estava em completo acordo com a vontade de Deus. para seu prazer e para sua glorificação.
 
Nesta perfeição, Cristo é o tema dos quatro evangelhos que descrevem sua vida. Ao seguirmos seu caminho através da terra, conhecendo suas ações e absorver suas palavras, Cristo se torna nosso alimento. Seu exemplo perfeito nos moldará, nos tornaremos mais semelhantes a Ele quanto mais nos alimentarmos dEle.

Para conhecer melhor a Cristo, sempre queremos perguntar: "O que é isso?"

E veio a palavra do SENHOR segunda vez a Jonas, dizendo. Jonas 3.1

Esta é uma mensagem que contém esperança e conforto. Um crente, um servo de Deus, pode falhar, mas isso não é motivo para Deus desistir dele para sempre.

Jonas recusara a missão de Deus e acabou por se encontrar na barriga do grande peixe. Nas profundezas, ele aprendeu o que significa perdão e obediência. Quando Deus o chamou pela segunda vez, Jonas foi pregar em Nínive o juízo vindouro. Agora, Deus podia usá-lo para uma grande bênção.

O grave pecado de Davi, o rei de Israel, é outro exemplo de como Deus restaura um crente depois de uma queda. Davi deixou-se convencer de seu pecado e se arrependeu sem restrições. E Deus não abandonou ele. Ele perdoou e abençoou-o depois em sua vida de fé. A vida posterior de Davi prova isso.

João Marcos fez um bom começo como companheiro de Paulo e Barnabé. Mas então ficou demais para ele, e ele se separou. Deus não o deixou ir. De fato, Marcos mais tarde retornou à luta pela fé e foi chamado a escrever o evangelho de Jesus como o servo que nunca falha.

Pedro negou o Senhor de maneira vergonhosa. Homens não lhe teriam dado mais uma chance. Não é assim com o Senhor Jesus! Mais tarde, esse discípulo trabalhou e sofreu com grande fidelidade. Duas cartas levam seu nome e, através de seu martírio, ele glorificou o Senhor (João 21: 18, 19).

Deus também não terminou conosco, mesmo que tenhamos falhado. Se ele vê um coração quebrantado e partido, ele se curva a nós para nos erguer novamente.

Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo. Romanos 15: 13

Esperança - esta é uma palavra à qual todas as pessoas se apegam e através da qual procuram se encorajar. "Toda esperança é permissível" - dizemos, e sabemos muito bem que aqui na terra nenhuma esperança é segura. Tais esperanças são frequentemente seguidas de desapontamento, se não de desespero.

Na linguagem da Bíblia, esperança significa certeza. Somente a esperança cristã é uma esperança segura, pois é baseada nas promessas de Deus e se estende a um futuro que não é desconhecido. Em contraste com todas as ilusões do coração humano e dos belos sonhos que alguns fazem do futuro, a esperança cristã daqueles que a possuem dá profunda alegria e satisfação. Finalmente, ela tem um objetivo, um conteúdo de vida: a pessoa do Senhor Jesus. Toda bênção divina tem sua origem nEle.

Estes incluem:

• Vida eterna, obtida pela fé em Cristo, que morreu na cruz para nos reconciliar com Deus (Tito 1: 2);

• Sua iminente vinda ao arrebatamento de sua igreja (congregação), consistindo de todos os que O aceitaram como seu Salvador (Filipenses 3: 20);

• Sua glória, a qual Ele compartilhará todos os seus (Romanos 5: 2).

Ao longo do caminho, Cristo é o nosso poder, permitindo-nos suportar todas as provações da vida. E mesmo quando os crentes adormecem, não precisamos nos afligir como "aqueles que não têm esperança" (1 Tessalonicenses 4:13).